Fanfics Brasil - Capitulo - 10 Por um encontro de amor - AyA - Adaptada - Finalizada

Fanfic: Por um encontro de amor - AyA - Adaptada - Finalizada | Tema: AyA


Capítulo: Capitulo - 10

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Na segunda-feira, ao chegar ao escritório às oito horas da manhã, Ruth Wiley encontrou Anahi trabalhando em sua sala.
— Ora, ora, caiu da cama? — perguntou a sorridente secretária.
Não, ela não havia caído da cama coisa nenhuma. Aliás, não tinha conseguido pregar o olho durante as noites do fim de semana todo. Era só tentar dormir que a figura de Poncho Herrera aparecia em sua mente, espantando seu sono e deixando-a angustiada.
— Bom dia, Ruth. Como foi o seu fim de semana?
— Ah, foi ótimo! O jantar de sexta-feira com meu marido estava divino. Depois, nós dois fomos...
A secretária interrompeu seu relato ao ver o quadro de Sam Sposato num canto da sala. É que Anahi decidira que o escritório era o lugar mais apropriado para ele.
— Mas que beleza de pintura, Anahi. O quadro é lindo!
— Você gostou? Então leve-o para a sua sala.
— Ah, não, eu não posso tirá-lo de você... — O tom culpado da voz de Ruth não conseguiu esconder sua ansiedade em ter o quadro.
— Eu insisto. E quer saber de uma coisa? Você até vai me fazer um favor. Se o levar, Tony vai furar a sua parede, em vez da minha...
— Então eu aceito. Muito obrigada!
Ruth levou triunfante a pintura para a sua sala e Anahi deu graças, a Deus por ela não ter perguntado sobre o artista. Mais cedo ou mais tarde, a secretária notaria o nome Sposato assinado e com certeza faria perguntas. Mas, agora, a última coisa que ela queria era falar sobre a exposição de sexta-feira.
Pouco depois, Ruth voltou com a correspondência. Anahi fez força para se concentrar no trabalho e, usando de toda a sua autodeterminação para vencer o sono, começou a ditar algumas respostas.
Seu humor só piorou no momento em que Jonathan Court, o tesoureiro da companhia, abriu a porta da sala e pôs a cabeça para dentro.
— Será que você tem um minutinho para falar comigo, Anahi?
Era sempre assim. Ele chegava, não dava nem bom-dia e ia direto ao assunto.
— Sente-se, Jonathan. Só vou acabar de ditar uma carta a Ruth e já falo com você.
Aí ele foi obrigado a cumprimentar a secretária e ficou ali de pé, impaciente e nervoso por estar sendo deixado de lado.
"Esse Tio Patinhas que espere", pensou Anahi, enquanto continuava a ditar a carta para Ruth.
Dez minutos depois, a secretária saiu da sala, deixando sua chefe desolada na companhia de Court.
— Sente-se — disse ela. — Agora, podemos conversar e...
— Não quero me sentar, Anahi. Só vim até aqui para lhe mostrar isto. — E jogou uma pasta em cima de sua mesa. — São as exigências dos líderes sindicais. Todas elas ridículas!
Desde o princípio, o relacionamento entre Anahi e o tesoureiro fora muito difícil. Jonathan Court nunca escondera a insatisfação por tê-la na direção da Puente e ela não tolerava sua prepotência e sovinice. Jonathan agia como se a empresa e o dinheiro fossem dele.
— Esses líderes sindicais devem estar pensando que somos uma instituição de caridade! — continuou o Tio Patinhas. — Eles querem nos levar à falência!
Anahi deu um suspiro desanimado.
— Deixe-me estudar esses papéis com calma, Jonathan. Quando terminar, chamo você.
Court não ligava a mínima para o aumento do custo de vida e tinha uma enorme desconsideração pelos fatores humanos envolvidos nas negociações com o sindicato. Ele só parecia viver para os números. Não era de se admirar que a pobre senhora Court estivesse se entregando cada vez mais às bebidas...
— Vou dar uma olhada nisso — repetiu ela.
— Ótimo. Quanto mais rápido estudar os papéis, melhor. Não se esqueça de que temos que apresentar uma contra-proposta em três dias.
— Está certo, Jonathan. Agora, se você me dá licença, tenho uma reunião com os advogados daqui a pouco.
Court balançou a cabeça, foi andando em direção da porta e, antes de deixar a sala, voltou para perto da mesa dela.
— Olhe, Anahi, eu estou com uma coisa entalada na garganta e tenho que colocar para fora. Não posso esconder mais a minha desaprovação pelo modo com que você vem negociando com o sindicato. Por favor, não estou querendo dizer que não tem capacidade para lidar com isso... Mas é que você é inexperiente e está mostrando uma generosidade que não é muito funcional. Além disso, eu acho que...
Anahi levantou-se abruptamente.
— Agora já basta, Jonathan. Sei o que estou fazendo. E, se me dá licença, tenho um compromisso agora.
Court virou as costas e deixou a sala sem dizer uma só palavra. Anahi se afundou na poltrona, murmurando:
— Mas que droga!
Minutos depois, a voz de Ruth soou no interfone:
— Parece que você não vai ter sossego hoje, querida. O muito distinto Howard Bartley está na linha B.
"Era só o que faltava", pensou.
— Vou atender — disse finalmente com resignação.
O tom de voz de Howard fez com que ela ficasse mais irritada ainda.
— Anahi, minha querida menina... — Ele mais parecia um canastrão, com seu jeito exagerado e artificial. Deveria largar seu emprego de advogado e entrar num programa de calouros para tentar a sorte como ator. Além do mais, era um dos homens mais esnobes da cidade. — Tenho a impressão de que você está me evitando, garota bonita.
— Não estou evitando você, não, Howard. É que ando tão ocupada...
— Ocupada com os membros do sindicato, não é? Imagino que eles estejam lhe dando muito trabalho mesmo...
Discutir aquilo era a última coisa que Anahi tinha em mente.
— Olhe — disse ela, cortando a conversa. — Preciso desligar agora, porque tenho uma reunião dentro de cinco minutos.
— Ainda não, minha cruel senhorita, ma belle dame sans merci. — O francês perfeito de Howard Bartley chegou a doer no ouvido de Anahi. O esnobismo dele era cada vez mais insuportável. — Ainda não desligue, querida. Quero convidá-la para almoçar. Afinal, você deve estar enjoada de comer tanta pizza, não é?
Anahi não entendeu muito bem o que ele queria dizer com aquilo, mas não perguntou para não alongar a conversa ainda mais.
— Por favor, aceite o meu convite, querida...
Ela sabia que ele não iria desistir enquanto não conseguisse levá-la para almoçar, e acabou aceitando para se livrar da obrigação.
— Tudo bem, vamos lá — murmurou, com desânimo.
— Maravilhoso! Escolha o lugar e eu faço a reserva. Sentindo-se desanimada e contrariada, Anahi acabou escolhendo um restaurante italiano recém-inaugurado, perto do escritório.
Howard não pareceu muito satisfeito com a opção, mas engoliu a proposta.
— A que horas podemos nos encontrar? — perguntou ele.
— À uma e meia. Agora preciso desligar.
Ela colocou o fone no aparelho, bufando de raiva. Almoçar com Howard Bartley não era exatamente o melhor programa do mundo...
Após a reunião com os advogados, Anahi pegou a bolsa e foi a pé para o restaurante combinado. Howard a esperava no bar e, ao vê-la, seu rosto se iluminou. Anahi tinha que admitir que ele era um homem muito atraente... de boca fechada. Porque, quando começava a falar, conseguia ficar intragável.
Ao entrar ali, Anahi percebeu o que a fizera escolher o tal restaurante: fora uma pequena vingança contra Howard, já que ele não gostava muito de comida italiana. Mas havia algo mais, ela bem sabia. De uma forma ou de outra, aquele lugar lhe lembrava o Fedora`s.
— Você está maravilhosa — disse ele, beijando-a no rosto. — Um colírio para olhos cansados.
Ela deu um sorriso meio sem graça e um garçom os levou até a mesa reservada. Anahi deu graças a Deus por estar usando uma jaqueta por cima da roupa, porque a temperatura caíra e ainda por cima o ar-condicionado estava ligado. Mas, mesmo assim, ela se perguntou se o frio que sentia vinha mesmo da queda do termômetro. Tinha uma ligeira desconfiança de que era a companhia de Howard que a fazia se sentir assim.
O garçom anotou os pedidos e, ao ficarem a sós, ele tomou sua mão e levou-a aos lábios.
— Anahi, minha Anahi... Sinto você tão distante... Será que alguém está tomando o meu lugar?
Pobre Howard! Ele não tinha lugar nenhum para ser tomado... Ela forçou um sorriso.
— Já disse que tenho andado muito ocupada.
— Com as negociações com os líderes do sindicato, não é? Mas não se preocupe. Aumente o salário dos seus empregados ao nível da inflação e tudo estará bem... Sei que é isso que eles estão querendo.
E subitamente Howard sentiu vontade de morder a língua por ter falado demais.
— Ei, como é que você sabe disso? — Anahi começou a ficar desconfiada de alguma coisa. Aquilo, juntamente com o comentário prévio a respeito da pizza, lhe dizia que Howard estava sabendo de seu envolvimento com Alfonso Herrera. E isso a desagradava profundamente. — Fale! Como é que você está a par das exigências do sindicato?
Howard ficou insatisfeito com sua própria indiscrição.
— Jonathan Court me contou — acabou confirmando.
— Court lhe contou isso? Mas a troco de quê?
— Bem... Jonathan é primo de minha mãe, você não sabia? Ele foi jantar em casa outro dia e o assunto veio à tona...
— Não, eu não sabia que vocês eram parentes. Mas que interessante... — Anahi não pôde esconder a ironia em sua voz. — Então, quer dizer que você tem um espião dentro do meu escritório...
Howard olhou para baixo e não respondeu.
— E, já que estamos abrindo o jogo — continuou ela —, posso saber o que você quis dizer a respeito da pizza?
Ele sorriu, mas não foi um sorriso agradável. Foi um sorriso cheio de sarcasmo.
— É que eu... bem, é que eu vi você outro dia entrando na sua casa com aquele tal de Poncho Herrera. E, pelo que deu para perceber, ele ficou ali dentro durante um bom tempo... Naturalmente, eu imagino que, depois disso, o seu prato preferido tenha passado a ser pizza, não é? Então, decidi convidá-la para comer algo mais decente, para variar um pouco. Só que, infelizmente, você escolheu um restaurante italiano...
Howard tinha levantado a voz e os ocupantes da mesa ao lado ouviram a conversa. Pelo jeito como olharam feio para ele, deviam ser italianos e amantes de pizza.
Anahi não estava disposta a ficar ali, ouvindo desaforos. Levantou-se de súbito e pegou sua bolsa.
— Você vai me desculpar, Howard, mas é que eu tenho um compromisso agora do qual tinha me esquecido completamente. Preciso ir embora. Sinto muito.
Ele se levantou de boca aberta, mas, antes que pudesse impedi-la, Anahi já estava na porta.
Aliviada, ela respirou o ar úmido do começo da tarde e foi andando alegremente em direção ao escritório.
Ruth não podia ter ficado mais surpresa quando viu Anahi entrar na sala assim tão cedo e pedir um sanduíche.
— Sanduíche? Será que desta vez o nobre Howard Bartley deu uma de pão-duro e não lhe pagou um almoço decente?
Anahi limitou-se a sorrir e não respondeu. O sanduíche lhe foi entregue e, após devorá-lo, voltou ao trabalho com força total. "Adeus, Howard Bartley", pensou. Pelo menos, estava livre dele. Quisesse Deus que para sempre.
A tarde passou depressa e, quando Anahi percebeu, já eram quatro horas. Sentia-se cansada. Levantou-se para relaxar os músculos doloridos do pescoço e ficou olhando a paisagem da janela. As árvores do parque City Hall estavam carregadas de folhas novas e a grama verde era um descanso para os olhos. Mas, mesmo contemplando tanta beleza, Anahi sentiu-se triste e solitária.
Pouco depois, Ruth lhe informava que o Sr. Poncho Herrera estava na linha A. Ela atendeu o telefone imediatamente.
— Meu fim de semana foi horrível sem você, Anahi...
Aquela voz rouca e gentil era tudo o que ela precisava para começar a tremer da cabeça aos pés. Sentiu-se derreter inteira e teve vontade de gritar bem alto que o amava.
— Anahi? Você ainda está aí?
— Estou — respondeu suavemente.
— Meu Deus, como eu senti a sua falta, querida... Olhe, preciso conversar com você. Será que podemos jantar hoje? Por favor, Anahi...
E, vendo que ela hesitava, ele insistiu:
— Por favor...
Não havia como negar. Anahi estava morrendo de vontade de vê-lo e uma recusa só iria servir para deixá-la ainda mais abatida.
— Tudo bem, vamos jantar juntos, Alfonso.
— Ótimo. Conheço um restaurante magnífico na Desbrosses Street e sei que você vai gostar.
— Desbrosses Street? Não sei onde fica.
Ele começou a rir.
— É, você não deve conhecer mesmo. É uma rua cheia de fábricas e depósitos e, bem no meio dela, existe esse restaurante fora de série. A que horas posso passar para apanhá-la?
Anahi deu uma olhada em sua roupa e ficou contente por estar bem vestida. Não havia necessidade de ir para a sua casa se trocar.
— Você pode passar para me pegar aqui no escritório mesmo, Alfonso. Lá pelas sete, mais ou menos.
— Ótimo. Eu a apanho então a essa hora. Você me espera em baixo e eu buzino, está bem? Ah, estarei com um Porsche vermelho.
"Um Porsche", pensou ela. Então fora por isso que ele consertara o Fiat com tanta facilidade.
— Estarei esperando você, Alfonso.
— Arrivederci, querida.
Quando Ruth deixou o escritório, Anahi abriu uma gaveta e tirou um estojo de maquiagem que guardava para emergências como aquela. Pintou-se com muito cuidado, penteou os cabelos e quase derramou um vidro de perfume no corpo. Queria que aquela noite fosse muito especial. E seria, ela tinha certeza.



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Autor(a): ayaremember

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CAPÍTULO V Anahi desceu às sete horas em ponto, após ter retocado a maquiagem uma infinidade de vezes. Assim que chegou à calçada, avistou o Porsche vermelho.Alfonso encostou no meio-fio e abriu a porta para que ela entrasse. O trânsito estava parado, de modo que ele pôde dar uma boa olhada nela por um longo momento. Seu olhar ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 19



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  • franmarmentini Postado em 18/05/2014 - 20:58:02

    essa história foi muito linda!!! amei ;)

  • franmarmentini Postado em 18/05/2014 - 20:03:53

    to super emocionada :( anda any vai atraz do poncho!!!!!!

  • franmarmentini Postado em 09/05/2014 - 06:49:23

    ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii

  • steph_maria Postado em 07/05/2014 - 22:19:33

    Owwwww o Alfonso é tão romântico é quase um homem perfeito, adorando a web é tão linda, espero que Alfonso não mude pela pressão do sindicato =/

  • franmarmentini Postado em 05/05/2014 - 19:39:26

    mas pq any ta tão irredutível assim meu deus...ele não fez nada pra ela poxa!!!

  • steph_maria Postado em 02/05/2014 - 22:56:18

    Anahi se afastando dele poxa e eu pensei que ele que ia acabar magoando ela =/ quero mais posts!!

  • franmarmentini Postado em 29/04/2014 - 07:03:11

    ;( poxa não quero eles separados.

  • franmarmentini Postado em 24/04/2014 - 21:31:15

    continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

  • belle_doll Postado em 24/04/2014 - 20:29:24

    UP............. UP............. UP............. UP............. UP............. UP............. UP............. UP............. UP............. UP.............

  • franmarmentini Postado em 23/04/2014 - 16:20:29

    to amando a fic*


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