Fanfic: Por um encontro de amor - AyA - Adaptada - Finalizada | Tema: AyA
— Como quiser, amorzinho! — E desligou o telefone com força.
"Mas como sou idiota!", foi seu pensamento imediato. Pôs a mão no bolso para pegar outra ficha, mas, quando ligou de novo, ninguém respondeu.
Mais uma vez, Alfonso bateu o fone e caminhou em direção à Rua Catorze, pensando: "Que todas as mulheres vão para o inferno! Todas elas!"
Mas algo dentro dele estava doendo. E muito.
Ainda chovia na manhã seguinte quando as negociações recomeçaram. Alfonso estava mais deprimido do que nunca e queria desesperadamente conversar com Anahi a sós, para se desculpar pela grossura de ter desligado o telefone.
Mas ela não parecia muito disposta a conversinhas particulares.
Anahi falava de maneira formal, mas estava tão bonita que ele tinha que se controlar para não mandar todo mundo para o inferno e fazer amor com ela ali mesmo, em cima da mesa.
Foi com tristeza que Alfonso notou que ela não estava usando nem o broche, nem o anel que ele lhe dera. E foi com mais irritação ainda que percebeu que essa era a primeira vez que deixava que alguma coisa interferisse nas negociações. Não estava nem um pouco satisfeito com as divagações de sua mente.
As conversas prosseguiram e, após uma hora de discussões estafantes, ninguém chegou a conclusão alguma. Anahi sugeriu que eles passassem para outro tópico e as negociações sobre o peso da carga, número de paradas e extensão dos percursos correram um pouco melhor.
Mesmo assim, ainda havia muitos pontos de discórdia entre as duas partes. Mas o pior de tudo era que Anahi parecia estar abandonando sua antiga posição liberal.
"Alguma coisa está acontecendo", pensou Alfonso. E sabia Deus o quanto ele queria descobrir o que era. Chegou a desconfiar de algum problema interno. Estaria certo?
Após uma rápida pausa para o almoço, eles voltaram às negociações e, novamente, não chegaram a nenhum acordo. Foi no meio das conversas que Alfonso notou que Jonathan estava com uma cara meio estranha. Ele não estava enganado. Alguma coisa muito séria deveria estar se passando na alta diretoria da Puente.
Quando a reunião terminou, as duas partes estavam insatisfeitas e aborrecidas com os resultados das conversas.
O dia seguinte foi uma réplica do anterior. Para piorar as coisas ainda mais, Alfonso ligara para a casa de Anahi várias vezes durante a noite anterior, mas ninguém atendera. Ele até chegara a imaginar que ela estivesse saindo com outro homem. Ou, mais trágico ainda, que estivesse em casa e ignorasse o telefone.
A reunião de quarta-feira foi exaustiva. Mas, quando terminou, Anahi nem pôde pensar em ir para casa, porque à noite o auditor lhe daria a resposta que tanto esperava.
Ruth deixou o escritório depois de providenciar um sanduíche reforçado para a sua chefe. Anahi nem conseguiu terminá-lo, pois sua ansiedade chegava a ser insuportável. Às sete e meia, o auditor bateu em sua porta.
— Entre, entre — disse ela, levantando-se. — Por favor, fale logo...
O velho auditor refastelou-se na cadeira.
— Você tinha razão em estar tão preocupada, minha filha. Seu tesoureiro realmente está desviando dinheiro da empresa. Os detalhes estão dentro desta pasta.
Anahi já esperava aquilo. Mas ouvir a confirmação de suas suspeitas era terrível.
— Deus do céu... — foi a única coisa que conseguiu dizer.
— Será que posso aconselhá-la, minha filha?
Ela fez que sim com a cabeça.
— Acho que será muito melhor para a Puente se você abafar o caso todo. Demita Court. E Noble também. Quando der uma olhada nesta pasta, vai perceber que ele também está envolvido na jogada. Você pode até fazer um acordo com eles. Se ambos devolverem todo o dinheiro roubado, você não leva o caso à polícia. Sabe de uma coisa? Publicidade agora em torno do fato só serviria para atrapalhar as coisas.
Anahi estava tão chocada que só tinha vontade de chorar.
— Não será uma loucura demitir Court e Noble agora, no meio das negociações com o sindicato?
O auditor balançou a cabeça.
— Sei que não é a melhor hora. Mas ficar com eles também não vai adiantar nada.
Anahi deu um longo suspiro.
— Tem razão. E obrigada por tudo. Nem sei como lhe agradecer.
— Esqueça. Fui muito amigo de seu pai e jamais poderia deixar de atender a um pedido da filha dele. Se precisar de mim novamente, é só chamar.
Muito depois de ele ter ido embora, Anahi ainda estava sentada na sua cadeira, imóvel. Só foi mais tarde que pegou o telefone e discou o número da casa de Jonathan Court.
— Sei que já é tarde — disse ela. — Mas preciso falar com você agora. Estou indo já para aí.
Desligou, pegou sua pasta, trancou o escritório e saiu.
CAPÍTULO VIII
Ao chegar para mais um dia de reunião, Alfonso Herrera olhou para Anahi discretamente. E não gostou do que viu. Ela estava linda como sempre, mas havia olheiras profundas e marcas de cansaço em seu rosto.
Não pôde deixar de imaginar se ela estava sentindo tanta falta dele quanto ele sentia dela. Ligara para sua casa tantas vezes na noite passada... e ninguém respondera.
Mas o que Alfonso achou mais estranho foi a ausência de Court e do advogado Noble. No lugar deles, havia um advogado muito jovem e um tal de Tommy Wilson, funcionário da Puente, que ele já conhecia.
As conversas continuaram, mas, para grande desespero de ambos os lados, ninguém conseguia chegar a conclusão nenhuma.
No final do dia, parecia só haver uma única solução.
Alfonso respirou fundo e disse:
— Srta. Puente, sendo assim, só vejo uma saída: a greve.
Anahi trocou olhares desesperados com os membros de sua diretoria.
— Não queremos isso de jeito nenhum, Sr. Herrera...
A voz dela estava tão trêmula que Alfonso não pôde deixar de se sentir angustiado. Anahi era uma mulher tão doce, tão pura... O que estaria fazendo no meio daquela guerra? Parecia tão indefesa...
Ele teve vontade de rir de seu próprio pensamento. Indefesa... Que nada! Tão indefesa quanto uma faixa preta de caratê, caso se considerasse o modo como ela vinha conduzindo as negociações.
— Acredite, Sr. Herrera — continuou ela —, uma greve agora é a última coisa que quero na empresa. Mas, já que não estamos conseguindo chegar a conclusão alguma, será que concorda com a intervenção de um mediador?
Alfonso olhou para dentro daqueles olhos azuis que tanto amava.
— A senhorita poderia nos dar um tempo para discutirmos isso? Uma meia hora, talvez?
— Podem conversar o tempo que quiserem, Sr. Herrera. — Anahi parecia mais aliviada e levantou-se, juntamente com os membros da diretoria. — Fiquem à vontade.
Assim que a porta se fechou atrás deles, Halloran foi logo dizendo:
— Na minha opinião, a greve é a única coisa decente a ser feita.
Weinfeld, porém, não foi tão categórico.
— Você está querendo ver o circo pegar fogo, meu chapa. Vamos com calma. A greve deve ser o nosso último trunfo.
— Vamos fazer uma votação — sugeriu Alfonso. — Quem concordar com o mediador que levante a mão.
Das seis pessoas na sala, somente Halloran ficou de mão abaixada.
— Cinco a um — disse Alfonso. — Vamos informar a srta. Puente da nossa decisão.
Alfonso estava em seu apartamento, lendo o jornal de domingo sem o mínimo interesse. Na sexta-feira e no sábado, tivera reuniões longas e exaustivas com o mediador. A princípio, os resultados haviam continuado nulos. No sábado, contudo, tinham começado a fazer progressos e provavelmente na segunda-feira tudo estaria acabado. Anahi acabara cedendo em vários pontos e o sindicato também abrira mão de muitas de suas exigências. No final das contas, nenhuma das partes estava satisfeita com os resultados.
O domingo custava a passar. Alfonso se lembrou do fim de semana em Long Island e teve vontade de chorar. A imagem de Anahi nua, na cama, gemendo de prazer com suas carícias veio-lhe à mente. Como era bom tocar o corpo dela, aquela pele macia e aveludada como um pêssego...
Não, Alfonso não podia mais agüentar aquilo. Tinha que vê-la. Nem que fosse a última coisa que faria na vida. Atirou longe o jornal e olhou pela janela. Caía uma garoa fina, mas mesmo assim vestiu uma capa e saiu.
Caminhou em direção ao centro da cidade e atravessou a Washington Square. O lugar estava cheio de desocupados, gente de aparência estranha e ele achou melhor sair dali. Continuou a andar com passos rápidos, pensando desesperadamente no que fazer. Uma moça provocante e sensual passou por ele e dirigiu-lhe um gracejo malicioso, mas Alfonso nem lhe deu ouvidos. Só havia uma mulher em sua vida. E precisava falar com ela de qualquer maneira, se não quisesse explodir de desespero.
Só havia uma saída: o telefone. Era isso mesmo. Tudo o que precisava era encontrar um telefone público e discar o número dela. Continuou a andar debaixo da chuva, à procura de uma cabine. Achou uma e apressou-se em ligar. Iria falar com ela de qualquer jeito. Não desistiria enquanto não conseguisse.
Anahi tapou os ouvidos para não ouvir o som agudo do telefone que não parava de tocar. Ela sabia que era Alfonso. Só podia ser.
Ligou a televisão bem alto para abafar o telefone, mas mesmo assim o chamado era bem audível. Droga. Por que não tirar o fone do aparelho?
Como as coisas eram estranhas... Até poucos dias atrás, Alfonso era o centro de sua vida. Mas agora tudo havia mudado. Não tinha jeito mesmo. O amor deles estava condenado ao fracasso. Ambos eram inimigos naturais, antagonistas completos. Nada poderia dar certo entre os dois.
Autor(a): ayaremember
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Então, já que as coisas eram assim, só havia uma única coisa a ser feita: esquecê-lo. Pelo menos, se isso fosse possível...O telefone parou de tocar e ela abaixou o volume da televisão. Deitou-se no sofá, sentindo-se fraca. Que semana horrível...Court e Noble, funcionários tão antigos da Puente, n&at ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 19
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franmarmentini Postado em 18/05/2014 - 20:58:02
essa história foi muito linda!!! amei ;)
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franmarmentini Postado em 18/05/2014 - 20:03:53
to super emocionada :( anda any vai atraz do poncho!!!!!!
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franmarmentini Postado em 09/05/2014 - 06:49:23
ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
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steph_maria Postado em 07/05/2014 - 22:19:33
Owwwww o Alfonso é tão romântico é quase um homem perfeito, adorando a web é tão linda, espero que Alfonso não mude pela pressão do sindicato =/
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franmarmentini Postado em 05/05/2014 - 19:39:26
mas pq any ta tão irredutível assim meu deus...ele não fez nada pra ela poxa!!!
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steph_maria Postado em 02/05/2014 - 22:56:18
Anahi se afastando dele poxa e eu pensei que ele que ia acabar magoando ela =/ quero mais posts!!
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franmarmentini Postado em 29/04/2014 - 07:03:11
;( poxa não quero eles separados.
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franmarmentini Postado em 24/04/2014 - 21:31:15
continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
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belle_doll Postado em 24/04/2014 - 20:29:24
UP............. UP............. UP............. UP............. UP............. UP............. UP............. UP............. UP............. UP.............
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franmarmentini Postado em 23/04/2014 - 16:20:29
to amando a fic*