Fanfics Brasil - Capitulo Final - 22 Por um encontro de amor - AyA - Adaptada - Finalizada

Fanfic: Por um encontro de amor - AyA - Adaptada - Finalizada | Tema: AyA


Capítulo: Capitulo Final - 22

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CAPITULO X


Mas o erro já fora cometido e agora não havia mais jeito. A única coisa que Anahi podia fazer era esquecer Alfonso Herrera e começar a se interessar por outros homens. Por isso, quando uma amiga a convidou para ir a uma festa no dia seguinte, ela não só aceitou, como dançou a noite toda. Foi uma das últimas convidadas a sair e, após ter flertado com todos os homens disponíveis, aceitou o convite de um deles para sair no sábado.
Acabou saindo mesmo, mas foi com tristeza que percebeu que ele a atraía tanto quanto o muito distinto Howard Bartley. E recusou um convite para um próximo encontro.
Anahi suspirou aliviada quando a segunda-feira chegou. Pelo menos, o trabalho preencheria sua vida vazia. Sua única preocupação era esconder seu rosto triste de Ruth Wiley, que não cansava de fazer comentários sobre seu pouco entusiasmo.
Numa manhã, a secretária foi um pouco longe demais com sua indiscrição e Anahi lhe deu uma resposta meio fria. Ruth, então, perdeu a paciência:
— Escute uma coisa, Anahi, já estou farta disso tudo que vem acontecendo por aqui. Trabalho nessa empresa há vinte anos e conheci você quando ainda era uma criancinha de tranças. Sei que alguma coisa muito séria está acontecendo, mas você não se abre comigo. E isso me magoa muito. Sinceramente, pensei que nós duas fôssemos amigas! Mas você me trata como se eu não passasse de uma secretária substituta!
Cheia de remorsos, Anahi olhou para a leal secretária. Era verdade. Havia ignorado Ruth Wiley por muito tempo e agora chegara a hora de consertar as coisas.
— Você está absolutamente certa — disse ela, gentilmente. — Vamos conversar.
As duas sentaram juntas e tiveram uma longa conversa que girou em torno de muitos assuntos, desde os problemas da empresa, até a triste vida sentimental de Anahi, que mencionou seu caso de amor fracassado e todo o seu sofrimento, só omitindo o nome de Alfonso Herrera. Convinha que ninguém ficasse sabendo. Tudo estava acabado mesmo e era melhor nem tocar no nome dele.
Quando a conversa chegou ao fim, Ruth se levantou e olhou para Anahi com carinho e afeição.
— Obrigada por confiar em mim, querida. Agora, eu sinto de novo que realmente pertenço a esta empresa.
Ela já estava se levantando para sair da sala quando um office-boy bateu na porta e entrou, trazendo um envelope amarelo.
— Telegrama para a srta. Puente.
Anahi abriu o envelope, leu a curta mensagem em voz baixa e soltou uma exclamação:
— Nossa! Por essa eu não esperava!
Ruth ficou preocupada.
— O que houve? Problemas, Anahi?
Anahi não quis olhar dentro dos olhos da secretária. O telegrama era de Alfonso Herrera...
Dizia: "Parabéns. Sua empresa está indo cada vez melhor".
Anahi teve que se controlar até que Ruth saísse e ela ficasse sozinha. Então, leu o telegrama centenas de vezes, entre risos e soluços de alegria.
Como é que Alfonso Herrera sabia que a Puente estava indo bem? Não importava. O importante era que ele ainda pensava nela. Senão, jamais enviaria telegrama algum.
Alfonso ainda não a havia esquecido... e aquilo era o bastante para deixá-la com vontade de chorar.
Bem, mas e daí? Agora já era tarde demais para consertar o erro. Ele ainda devia estar magoado com ela, e, de qualquer maneira, as coisas não iriam dar certo mesmo.
Estava tudo acabado. E quanto mais cedo ela aceitasse esse fato, melhor.
Mais tarde, naquele mesmo dia, após Ruth Wiley ter ido embora, Anahi tirou o telegrama da bolsa e o releu várias vezes, até que as lágrimas a impedissem de continuar. O pranto serviu para aliviá-la; quando finalmente enxugou os olhos, sentia-se mais leve, com uma estranha sensação de liberdade e de vazio.
Tudo estava acabado. Mas a vida continuava.
Foi aí que ela teve uma idéia. Como é que não havia pensado naquilo antes? Tiraria umas férias, faria uma longa viagem de navio e se divertiria até dizer chega. Era só falar com o agente de viagens e escolher o lugar. Tinha que ser o local mais bonito do mundo. Antes de embarcar, compraria muitas roupas lindas e faria um sucesso enorme. E então, Alfonso Herrera iria desaparecer de seu pensamento. Para sempre. De uma vez por todas.
Mas as coisas não aconteceram exatamente como ela previra.
Naquela mesma tarde, ao visitar o agente de viagens, a melancolia voltou ao seu coração. Não havia nenhum lugar nesse mundo que tivesse vontade de conhecer. E seu interesse pelas roupas novas também terminou em nada.
Então, sem decidir coisa nenhuma, resolveu apenas pegar uns folhetos turísticos para estudar em casa e foi embora.
Alfonso Herrera estacionou seu Porsche vermelho na frente do B. C, desceu e entrou no restaurante.
Havia muita gente por lá, tomando cerveja e conversando, mas Alfonso notou que eles não tinham uma expressão muito amigável no rosto.
— Oi, Alfonso — disse um deles, sem ânimo.
— Olá — falou outro, igualmente desanimado.
"Como as coisas eram diferentes há dois meses", pensou ele com tristeza. Sentou-se num dos banquinhos do balcão e pediu café.
— Como está quente, não? — comentou com o rapaz a seu lado.
— É... também, estamos bem no meio do verão... — foi a resposta sem graça do outro.
Logo depois, esse homem colocou a mão no bolso, tirou umas moedas e as deixou em cima do balcão.
— Bem, já vou indo. Tchau, Alfonso.
As outras pessoas ali ao redor também acabaram se dispersando.
— Tchau, Alfonso. Tchau, rapaz — era o que mais se ouvia por lá.
O restaurante ficou praticamente vazio e ele continuou a tomar seu café, pensativo.
— Brrr... está gelado aqui, não é?
Alfonso levantou os olhos ao ouvir o som daquela voz e viu que Polly, a garçonete ruiva, lhe sorria atrás do balcão.
— É verdade — disse ele, tentando dar um sorriso. — Acho que vocês aqui do B. C. têm o melhor ar-condicionado da cidade...
Polly lhe deu um olhar significativo, enquanto lavava as xícaras e os pires.
— Só que eu não estou falando sobre o ar-condicionado, Alfonso...
Ele olhou para a ruiva, surpreso.
— Então está falando sobre o quê, mulher?
— Sobre o modo gelado com que as pessoas estão tratando você.
Alfonso não esperava que ela fizesse aquele comentário e acabou dando um sorriso sem graça. A garçonete continuou a lavar a louça e a falar, decidida:
— O pessoal está frio com você por causa da demissão do velho Bernie Halloran, não é?
Ele ficou mais sem graça ainda.
— Você está muito bem informada, não é, Polly?
A garçonete parou seu trabalho e quase se debruçou sobre o balcão.
— Eu sei que estou sendo uma velha xereta, mas passo a maior parte da minha vida neste restaurante e não posso deixar de ouvir as coisas que são faladas aqui... E leio jornais, também. Sei que despediu Halloran e os seus companheiros estão loucos da vida por causa disso.
Alfonso suspirou e tomou mais um gole de seu café.
— Eu sei, Polly. Mas tive os meus motivos. E, para sua informação, fique sabendo que Bernie vai receber a sua aposentadoria normalmente, como se não tivesse sido despedido. Agora, que tal me servir mais uma xícara de café?
A garçonete colocou a máquina para funcionar e sorriu abertamente.
— Fico contente por ouvir isso, Alfonso. Sei que você tem bom coração.
E, aproximando-se dele, tocou de leve em seu rosto.
Como era bom ser tocado por uma mulher! Mesmo que a mulher fosse Polly. As mulheres tinham um jeito especial de tocar as pessoas... A mãe de Alfonso tinha aquele toque. E Anahi também.
Anahi... A lembrança dela começou a doer como um soco no estômago. E ele deixou escapar um longo suspiro.
— Fique sossegado, meu filho — continuou Polly. — Tudo vai dar certo. Seus companheiros vão acabar entendendo você.
— Só Deus sabe o quanto eu gostaria que os meus problemas se resumissem apenas aos problemas do sindicato ...
Polly sorriu.
— Hum... Eu bem que estava desconfiada de que havia outra coisa aborrecendo você, meu filho.
— Pois acertou em cheio!
— Problema com alguma mulher, não é? Estou certa?
— Certíssima!
A garçonete agora limpava o balcão com um pano e olhou em volta. Havia somente um freguês a uma mesa, que deveria morar nas vizinhanças. Não era caminhoneiro. Mesmo assim, Polly resolveu abaixar a voz.
— Será que você está tendo problemas com aquela moça loira que esteve aqui uns meses atrás, cujo carro havia quebrado?
Alfonso hesitou por alguns instantes, mas afinal acabou admitindo:
— Acertou em cheio, Polly.
— Eu me lembro dela. A moça era bonita mesmo!
— Bonita, não. Linda!
A garçonete parecia realmente interessada em ajudar.
— Então qual é o problema? Por acaso ela gosta de outro homem?
— Não é isso. É que...
Subitamente, Alfonso parou de falar. Nunca havia trocado confidências com Polly durante os nove anos em que ela trabalhava no B. C. e agora falar sobre assuntos tão pessoais o deixava meio constrangido. Mas então, ele pensou: "E por que não começar agora?" Ela sempre tivera a reputação de ter orelhas grandes e boca pequena; ouvia muito e falava pouco. Era isso mesmo. A ruiva Polly seria a mulher certa para ouvir seu desabafo.
— É que ela é a patroa — continuou Alfonso. — E eu sou o líder sindical...
A garçonete balançou a cabeça.
— Puxa, garoto, a sua situação é mesmo delicada!
— Eu não disse?
— Mas diga uma coisa. Você realmente gosta dela?
Alfonso sentiu como se tivesse levado um soco de novo.
— Se eu gosto dela? Pode apostar que sim!
— E ela gosta de você?
— Não sei. Às vezes acho que gosta. Às vezes acho que não. Mas não estamos mais juntos. Eu a pedi em casamento e sabe o que ela disse? Que as coisas jamais poderiam dar certo entre nós... E recusou. Acredite, Polly, isso me dói tanto!
— Bem, sendo assim...
A garçonete apoiou a cabeça nos dois cotovelos, em cima do balcão.
— Sendo assim, por que você não desiste de ser líder sindical e arranja outro trabalho?
Polly lhe serviu outra xícara de café e, dessa vez, colocou um pouco de creme chantilly para animá-lo.
— Agora você está falando como meu pai — comentou Alfonso. — O velho sempre me dizia que eu devia ter mais juízo e deixar a vida de líder sindical.
— Pois seu pai falou muito bem! — Polly estava cada vez mais animada. — Às vezes, não entendo como vocês agüentam essa vida! Trabalham vinte e quatro horas por dia e, ainda por cima, têm que enfrentar um problema atrás do outro. Deus me livre!
Alfonso tomou um gole de café e acabou com todo o creme chantilly.
— Humm... Que delícia de creme! Mas, voltando ao assunto, devo dizer que você está certa. Minha vida não é fácil, não... O velho sempre dizia que eu devia ser advogado trabalhista, mas o desejo de pertencer ao sindicato foi mais forte.
— Bem, agora você vai ter que tomar uma decisão, rapaz. Quando o inverno chegar, tenha certeza de uma coisa: os rapazes do sindicato não vão aquecer você nas noites frias...
Alfonso começou a rir.
— É, eu acho que não vão mesmo.
Polly passou a mão pelos cabelos dele.
— Garoto, se eu fosse vinte anos mais nova...
— Eu não estaria falando com você de outra mulher...
Ambos caíram na risada. Alfonso terminou seu café, levantou-se e colocou dois dólares em cima do balcão.
Polly nem acreditou no que viu.
— Ei, o que é isso, Alfonso? Onde você pensa que estamos? No Waldorf, por acaso?
— Isso é por você ter me ouvido, Polly. Valeu por uma terapia. Obrigado, querida. Muito obrigado.
Inclinou-se sobre o balcão e, para a grande surpresa da garçonete ruiva, deu-lhe um beijo no rosto.
Ela sorriu, satisfeita.
— Pense no que eu lhe disse, Alfonso. Se você realmente a ama, mude de profissão, faça o diabo, mas fique ao lado dela. Não jogue fora a chance de ser feliz...
— Vou pensar, Polly.
E, olhando a garçonete com carinho mais uma vez, deixou o restaurante.
Entrou no carro e pegou o caminho do centro da cidade para chegar em casa. Dirigiu o tempo todo sem dar uma só olhada para as pessoas que estavam dentro dos outros carros. Pois, se por acaso visse Anahi ao lado de um outro homem, teria um ataque do coração...
Chegando ao seu apartamento, tirou a roupa para entrar no banho. E foi aí que a imagem de Anahi nua em seus braços, gemendo de prazer e implorando para ser possuída, veio-lhe clara à mente. E Alfonso sentiu a pele pegar fogo.
— Deus do céu... Não posso agüentar isso nem um minuto mais!
Entrou rapidamente no chuveiro e girou o botão para a água fria. Ficou um tempo enorme tremendo de frio, enquanto seu desejo se acalmava.


Numa noite quente, no meio de junho, Anahi vestiu um robe longo e largo e ficou andando pela sala de estar de sua casa. Estava se sentindo infeliz, cansada, sem sono, muito desanimada para fazer qualquer coisa. Os folhetos da agência de viagens estavam espalhados em cima da mesa, esperando por sua decisão. Pegou um deles, cuja fotografia mostrava um casal de maio tomando sol numa praia deserta.
O mundo todo estava à espera dela. Mas de que aquilo adiantava? Que graça tinha viajar sozinha? Nenhuma... Acabaria achando tudo uma droga e não se divertiria em lugar nenhum. O que adiantava estar no Caribe, sozinha e aborrecida? De que valia estar nas Bahamas, se breves encontros amorosos não lhe interessavam? Havia se prometido uma viagem quando as negociações com o sindicato terminassem. Mas não havia um só lugar no mundo inteiro que tivesse vontade de conhecer. Não, estando sozinha. Não, sem a companhia de Alfonso.
Então, finalmente admitiu o que seu coração já vinha lhe dizendo há muito tempo.
Estava morta de saudades dele. E não iria conseguir esquecê-lo de maneira alguma.
Anahi suspirou, ouvindo o som da televisão de seu quarto. Havia ligado o aparelho porque o silêncio do apartamento era insuportável e ela sentia necessidade de companhia. Ouvir música era pior, porque a maioria delas lhe trazia lembranças de Alfonso. Na verdade, o som da televisão não estava muito claro por causa do ruído do ar-condicionado e a voz do repórter do jornal falado mal era ouvida. Não que aquilo importasse muito...
Acomodou-se no sofá e olhou em volta. Sua sala estava tão bonita, tão enfeitada com plantas e vasos de flores...
Mas de que adiantava tanta beleza, se Alfonso, o homem de sua vida, não estava lá para ver tudo aquilo?
Balançou a cabeça com força para afastar aqueles pensamentos nefastos. Tinha que parar de pensar naquele homem que provavelmente já a esquecera. Depois daquele telegrama, ela nunca mais ouvira falar nele. Alfonso sumira completamente...
Onde estaria naquele momento? Com outra mulher, talvez... O simples pensamento de que Alfonso Herrera pudesse estar fazendo amor com outra garota fez com que Anahi sentisse náuseas.
Tinha que parar urgentemente de pensar em coisas negativas. Levantou-se decidida do sofá e foi para o quarto ouvir o noticiário. Pelo menos teria alguma coisa em que se concentrar.
Ao chegar lá, ouviu qualquer coisa sobre o sindicato dos caminhoneiros. E também o nome Herrera.
A princípio, achou que sua mente estava lhe pregando uma peça e que estava ouvindo bobagens. Mas logo percebeu que não estava tão maluca quanto pensara. O repórter falava mesmo sobre Alfonso, que logo apareceu no vídeo.
O coração de Anahi disparou de vez e ela teve que se sentar na cama para não cair. Alfonso agora era entrevistado por uma repórter e respondia às perguntas com tranqüilidade. No dia seguinte, haveria uma reunião no sindicato para a aprovação do contrato que ele apresentara aos companheiros. Se o tal contrato fosse aceito, Alfonso continuaria na presidência. Se não fosse, ele teria que deixar seu cargo.
Anahi tentou se concentrar na entrevista. Alfonso estava mais bonito do que nunca, vestido com uma camiseta de mangas curtas que enfatizava seus ombros imensos e tórax musculoso. Mas ela não pôde deixar de notar que ele estava mais magro. Havia olheiras em seu rosto e rugas de preocupação que antes não existiam.
Anahi tremeu inteirinha ao se lembrar como era bom ficar aninhada nos braços dele, sentindo aquelas mãos fortes acariciando sua pele nua. Como era gostoso sentir-lhe o corpo másculo em cima do dela, enquanto seu membro entrava cada vez mais fundo em suas partes mais íntimas...
"Sou uma grande imbecil", pensou ela. "Aqui estou eu, louca de desejo por esse homem e não faço nada para reconquistá-lo..."
Tentou imaginar como estaria a vida de Alfonso. Uma grande correria, com certeza, pelo modo como ele aparecia no vídeo. Alfonso Herrera era a própria imagem do cansaço e da ansiedade.
Subitamente, Anahi desejou ir ao encontro dele, abraçá-lo e beijá-lo com paixão, gritando bem alto que o amava.
Só que era um grande absurdo. Ela simplesmente não podia fazer aquilo. Era impossível...
Foi um alívio ouvir o telefone. Até pouco tempo atrás, ela não queria falar com ninguém. Mas, agora, até que ouvir uma voz não seria mal. E correu para atender.
Era Dolores.
— Como vai, cunhada querida?
Anahi deu um suspiro.
— Mais ou menos...
— Por acaso você está assistindo ao noticiário?
Dolores também estava, pois Anahi podia ouvir o som da televisão e a voz de Alfonso do outro lado da linha.
— Estou, sim, cunhada.
— Você está com uma voz tão triste, Anahi...
Já que aquilo era uma verdade indisfarçável, ela resolveu nem protestar.
— Anahi? Você ainda está aí?
— Estou, Dolores.
— Então me diga uma coisa. Quando é que você vai parar de se punir desse jeito?
— Ora, mas o que você quer que eu faça, nessa altura dos acontecimentos? Que eu vá amanhã até o sindicato ver de perto se o pessoal aprova o contrato que Alfonso apresentou?
Aquela sugestão era tão ridiculamente absurda que Anahi esperou uma gargalhada do outro lado da linha.
Mas, para seu grande espanto, a risada não aconteceu. Em vez dela, veio a resposta de Dolores:
— Exatamente. É isso mesmo que você deve fazer.
Anahi ficou revoltada.
— Ora, Dolores, isso não tem cabimento! Como é que a dona da empresa Puente pode aparecer no sindicato sem mais nem menos? O pessoal todo está falando que Alfonso se vendeu para mim e, se eu aparecer por lá, o falatório vai piorar ainda mais! Francamente, eu acho que você não está se sentindo muito bem, cunhada.
— Pois você está completamente enganada. Estou no meu juízo perfeito.
— Não parece.
Dolores começou a rir.
— Ninguém disse que você deve ir como Anahi Puente, a dona da empresa...
— Não? Acho melhor você ser mais clara!
— Olhe aqui, Anahi, pelo que eu estou percebendo, você está louca de vontade de voltar para ele. Certo ou errado?
Anahi hesitou por longo momento, pensando se admitia ou não.
— Estou certa ou errada? — insistiu Dolores.
Não havia outro jeito senão confessar a verdade à insistente cunhada.
— Está certa, Dolores.
— Então faça o que o seu coração manda! Vá amanhã ao sindicato e diga a Alfonso que o ama!
— Mas eu já disse que não posso aparecer por lá!
— E eu já disse para você não ir vestida de você mesma! Vá disfarçada!
— Ora, Dolores, acho que você endoidou de vez!
— Não endoidei coisa nenhuma. Olhe, um dia eu tive que me disfarçar de loira para enganar meu pai e sair com Greg. E funcionou!
— Você disfarçada de loira? Inacreditável!
— Pois foi isso mesmo que aconteceu. Agora, empregue a sua imaginação e use o disfarce que quiser. O importante é que você vá ao encontro dele amanhã.
Anahi ainda não estava muito convencida.
— Não sei, Dolores...
— Olhe aqui uma coisa, cunhada. Pare de se autopunir e vá viver o seu grande amor. Nunca vi você tão infeliz na vida antes. Quero ver esse sorriso lindo no seu rosto de novo... Quero que você seja feliz, Anahi! Pare de ficar remoendo a sua infelicidade, vá ao sindicato e diga que o ama!
Anahi deu um longo suspiro.
— Tudo bem, Dolores. Vou pensar sobre isso.
— Não pense muito, não, Anahi. Ponha na sua cabeça que é isso que você deve fazer e faça!
Dizendo isso, desligou o telefone.
Anahi ficou por uns momentos parada, segurando o fone na mão, sorrindo e balançando a cabeça. Sua cunhada era mesmo uma figura...
Depois, pôs o fone no aparelho, pensativa. Ir ao sindicato, ao encontro de Alfonso... A simples idéia a deixava apavorada. E se ele a tratasse de maneira fria? E se não quisesse recebê-la? Não, aquilo ela não poderia suportar. E o pior de tudo... E se Alfonso estivesse lá com outra mulher?
— Ora, Anahi Puente — disse ela alto a si mesma —, você nunca teve medo de nada!
E aquilo era uma grande verdade. Não tivera medo de assumir a presidência da empresa, conduzira as negociações com firmeza e resolvera os problemas causados por Noble e Court. Só tivera medo de assumir seu amor por Poncho Herrera...
Voltou correndo para o seu quarto a fim de assistir ao resto da entrevista. A repórter era bonita e parecia muito interessada em Alfonso...
E foi ali, naquele momento, que ela tomou sua decisão. Iria lutar por ele, sim. Talvez já fosse tarde demais, mas, mesmo assim, iria tentar. Se não desse certo, pelo menos ela teria lutado por sua felicidade.
E foi dormir mais tranqüila, contente com sua decisão. No dia seguinte iria ao encontro de Alfonso no sindicato. E que Deus a ajudasse...


Anahi passou a noite praticamente em claro, pensando no que fazer. E quando se levantou, às sete e meia, já tinha decidido: iria ao sindicato disfarçada de repórter.
Foi até o armário e escolheu a roupa mais esportiva possível: uma calça jeans velha, camiseta amarela com decote em V e sandália de couro. Deixou de lado suas carteiras pequenas e pegou uma bolsa a tiracolo imensa, onde jogou todas as suas coisas. Depois de vestida, foi até o espelho e amarrou os cabelos num coque. Pena que não tivesse uma peruca morena, para que o disfarce saísse ainda melhor... Mas não fazia mal. Pegou uma boina do armário e a enterrou na cabeça. Óculos escuros enormes completaram o novo visual e, ao se olhar bem no espelho, riu de sua própria imagem. Ninguém poderia falar que aquela mulher era Anahi Puente.
Agora, para completar seu disfarce de repórter, só faltava uma coisa: uma máquina fotográfica. Ainda bem que ela possuía uma, guardada no fundo da gaveta. Nem filme tinha dentro, mas aquilo era o que menos importava. Deu uma boa espanada na câmara para tirar o pó, colocou-a no pescoço e, decidida, deixou sua casa.
Acabou dando graças a Deus pelo dia estar ensolarado, assim os óculos escuros estavam plenamente justificados.
Pegou um táxi na Quinta Avenida e deu ao motorista o endereço do sindicato, na Rua Dezoito.
O trânsito não estava muito intenso àquela hora e, no que pareceu uma fração de segundo, o carro estacionou em frente ao prédio de concreto com portas de vidro. Anahi nunca entrara ali antes, mas uma vez, num fim de semana, Alfonso havia passado por lá com ela para lhe mostrar seu local de trabalho.
Anahi desceu do táxi e subiu a escada que levava à porta de vidro. Em cima dela, havia o emblema do sindicato, uma roda de caminhão. Alfonso sempre usava um emblema na lapela com aquele símbolo.
Entrou no prédio e, imediatamente, seu coração começou a bater com tanta força que ela ficou com medo de que as pessoas em volta ouvissem. Mas o pior de tudo era o suor frio que lhe invadia o corpo inteiro. Anahi Puente estava literalmente apavorada.
Olhou em volta. Havia muitas pessoas no hall, homens, em sua maioria, e ela se sentiu muito insegura.
Daí, percebeu que, se continuasse a manter a imagem de timidez, poria a perder todo o seu disfarce. Afinal, como é que uma repórter poderia ser tímida e insegura?
Lembrou-se de que Alfonso lhe falara uma vez que a sala de reuniões ficava no primeiro andar. Com certeza, era ali que a votação estaria acontecendo. Com passos decididos, sem paciência para esperar o elevador, Anahi subiu a escada.
Não foi difícil achar a sala de reuniões. Assim que chegou ao primeiro andar, ouviu som de vozes vindo de uma das portas e foi até lá.
A sala de reuniões estava lotada. Havia homens conversando, rindo, gritando, tudo isso em meio a uma densa fumaça de cigarros e charutos, havia também, naquela bagunça toda, câmaras de tevê e vários repórteres.
Seu medo e insegurança retornaram.
``A princípio, tudo aquilo mais parecera uma aventura. Mas, agora, as coisas estavam se tornando muito sérias... E se alguém ali a reconhecesse? Daí, sim, ela estaria perdida...
Bem, mas agora não era hora de ter pensamentos negativos. Estava lá e precisava dar o melhor de si para que as coisas se arranjassem.
Anahi reparou que um repórter saía da sala de reuniões para respirar um pouco do ar não poluído do corredor. E sentiu que tinha que agarrar aquela chance. Não precisaria entrar na sala de reuniões para se informar onde Alfonso estava. Poderia perguntar para aquele repórter mesmo.
Estava se sentindo pouco à vontade, porque havia percebido que os homens perto da porta olhavam abertamente para ela. Também, vestida com aqueles jeans justíssimos que mais pareciam colados em seu corpo, não era de admirar. Alguns até assobiaram.
O repórter que fora respirar no corredor chegou perto dela e sorriu.
— Olá, boneca. Veio cobrir o evento?
Anahi procurou manter a calma e respondeu da maneira mais natural:
— Isso mesmo, companheiro. Aliás, estou querendo dar uma palavrinha com Alfonso Herrera. Você sabe onde ele está? Não o vi aí dentro da sala...
— Ele está no escritório, no quinto andar. Pelo menos é o que eu acho.
Anahi respirou fundo.
— Quinto andar? Tudo bem. Obrigada, companheiro.
— Ei, você não vai me contar em que jornal trabalha, boneca?
Ela deu o nome de um semanário da cidade e, antes que o repórter pudesse perguntar alguma coisa mais, desapareceu no corredor,
O elevador ficava ali perto e Anahi apertou o botão. Deu graças a Deus por ele ser automático, assim não precisava explicar nada ao ascensorista.
Quando o elevador chegou ao terceiro andar, um grupo de funcionárias do prédio entrou, mas ninguém se deu ao trabalho de olhá-la. As moças estavam muito entretidas entre si, reclamando sobre as horas extras de serviço e combinando onde iriam passar o fim de semana.
As funcionárias desceram no quarto andar e um homem entrou. Anahi começou a suar frio de novo, mas foi com alívio que o viu apertar o botão do sexto andar. E rezou baixinho para que Alfonso estivesse sozinho em sua sala. O pior seria se ele estivesse acompanhado... por uma mulher. Aí, sim, Anahi teria um ataque do coração.
Ao descer no quinto andar, ela ouviu vozes de homem no corredor. Se encontrasse Weinfeld ou qualquer um dos outros membros da diretoria do sindicato, estaria perdida.
Então, olhando em volta desesperadamente, avistou uma porta em cuja placa se lia: "Mulheres".
Entrou ali o mais depressa que pode e ficou com o ouvido colado na porta, dando graças a Deus pelo banheiro estar vazio. Quando o som de vozes desapareceu e ela ouviu o barulho da porta do elevador se fechar, saiu dali.
Olhou para o longo corredor. Havia muitas salas. Qual delas seria a de Alfonso? Não podia ficar entrando em todas para descobrir...
Foi aí que se lembrou que ele lhe havia dito um dia que seu escritório dava para a Rua Dezoito. Então, a sala de Alfonso só podia ser aquela no fim do corredor...
A sandália com sola de borracha era silenciosa e Anahi atravessou o corredor inteiro sem fazer barulho.
A porta da sala estava aberta e ela entrou no que pareceu ser a recepção. Havia uma mesa ali, provavelmente da secretária, que estava vazia. Anahi olhou em volta. Ninguém à vista.
"Alfonso não está aqui", foi seu primeiro pensamento. Depois, notou uma outra porta fechada, que devia ser a da sala dele.
Ficou parada um tempinho, pensando se batia na porta ou entrava de uma vez. Resolveu bater.
Mas suas batidas foram tão tímidas que ninguém do outro lado respondeu. Talvez a sala estivesse vazia mesmo...
Então ela resolveu entrar. Abriu a porta devagarinho, segurando a respiração.
Lá estava Alfonso, recostado numa poltrona de couro, com os olhos fechados. Parecia estar cochilando. E as profundas marcas de preocupação em seu rosto enterneceram o coração dela.
— Alfonso... — chamou Anahi, baixinho.
Ele abriu os olhos imediatamente. E levantou-se, ao vê-la.
Olhou-a com surpresa, como se não estivesse acreditando no que via.
— Meu Deus... É você mesma, Anahi?
Ela tirou a boina e os óculos.
— Em pessoa.
— Vamos, feche a porta!
Anahi obedeceu e se aproximou dele.
— Vim ver você, Alfonso.
— E posso saber o que é isso? Algum disfarce?
— Exatamente. Vim disfarçada de repórter.
Alfonso começou a rir e Anahi sentiu um desejo enorme de jogar-se nos braços dele.
— Eu vi você ontem na televisão — continuou ela. — E, juro, não pude mais me controlar. Senti muita saudade...
Alfonso não disse nada. Apenas tomou-a nos braços e a beijou com violência, apertando-a contra seu próprio corpo, até que ambos parecessem uma só pessoa. Era como sé o tempo não tivesse passado e eles nunca houvessem se separado.
Quando finalmente pararam de se beijar para tomarem fôlego, Anahi sussurrou:
— Eu pensei que fosse morrer de saudades, Alfonso... Pensei que não fosse mais agüentar ficar sem você...
Ele acariciou-lhe o rosto, desmanchou-lhe o coque e alisou seus cabelos com as pontas dos dedos.
— Meu amor, eu também estava a ponto de explodir... Ficar sem você durante esse tempo todo foi a pior coisa do mundo!
Beijaram-se de novo e, entre suspiros e gemidos, Alfonso disse-lhe, no ouvido:
— Se nós não nos casarmos, baby, acho que vou morrer. Não dá para viver sem você, meu amor...
Ela deitou a cabeça no ombro de Alfonso, sentindo a dureza masculina dele contra seu próprio corpo.
— Eu também não posso viver sem você, Alfonso. Simplesmente não dá...
Subitamente, eles ouviram um forte som de vozes e de aplausos vindo do primeiro andar, pelas janelas abertas.
— Ei, o que será que está acontecendo? — perguntou Anahi, assustada.
Alfonso sorriu.
— O contrato deve ter sido aprovado, baby. O pessoal acreditou em mim.
Os olhos dele estavam brilhantes de alegria e triunfo.
Gritos começaram a ser ouvidos.
— Alfonso! Alfonso!
Ainda abraçados, ele disse:
— A aprovação do contrato significa que eu continuo na presidência, Anahi. Os meus companheiros acreditaram em mim... Eles acreditam em mim, como eu acredito em nós dois, baby.
Anahi estava tão feliz quanto ele, exultando com seu triunfo. Mas os problemas ainda existiam...
— Alfonso — disse ela, timidamente —, será que podemos mesmo ficar juntos? Não se esqueça de que sempre estaremos em lados opostos...
Ele sorriu.
— Não necessariamente... Mas, se estivermos, vou poder olhar melhor para você. Olhe, Anahi Puente, vou falar rápido, por que daqui a pouco o pessoal todo vai entrar aqui. Haverá repórteres, câmaras de tevê, e a confusão vai ser geral. E eu quero que você esteja a meu lado. E sabe por quê? Porque quero apresentá-la como a futura Sra. Poncho Herrera.
Antes que ela pudesse dizer alguma coisa, Alfonso tirou uma caixinha do bolso da calça. Entregou-lhe o presente e, ao abri-lo, Anahi soltou um grito. Era um solitário de brilhante.
— Quer saber de uma coisa, baby? Comprei esse anel no dia seguinte à nossa primeira noite e o levo por toda parte, esperando pelo momento de colocá-lo no seu dedo. Só que já estava achando que nunca mais iria fazer isso...
Ela estava sem fala.
Alfonso então pegou sua mão e colocou o anel no seu dedo anular.
Nesse momento, Anahi percebeu que jamais iria tirá-lo, não importava o que fosse acontecer, não importava o quanto a situação de ambos fosse delicada.
— Alfonso... Como eu te amo!
Eles se beijaram de novo e ela voltou a deitar a cabeça no ombro dele.
— Mas o que será que vai acontecer conosco, Alfonso querido? Você vai continuar a ser um líder sindical... e eu vou continuar a ser a dona da empresa. Os problemas vão sempre existir.
— Como você é pessimista, garota! Olhe, vou lhe contar uma coisa. Não pretendo ser presidente deste sindicato para o resto da vida.
— Não?
— Isso mesmo. No próximo ano, quero deixar a presidência e me tornar um mediador. Sei que não será fácil, porque sempre acabarei pendendo para o lado do sindicato. Mas pretendo me esforçar muito para ser imparcial. E também estou pensando em voltar a exercer a profissão de advogado. Você sabia que eu sou formado em Direito Trabalhista?
Anahi balançou a cabeça.
— Alfonso, por acaso você está fazendo tudo isso por mim? Está largando a presidência por minha causa?
— Não somente por você, baby. Para falar a verdade, há tempos que estou querendo deixar essa vida louca que ando levando para me dedicar a um outro trabalho, desde que fosse ligado a leis trabalhistas. Quem sabe um dia acabo me transformando num grande advogado trabalhista?
Anahi estava tão feliz que mal podia acreditar no que ouvia.
— Você vai, sim, Alfonso. Inteligente do jeito que é, vai se transformar no maior advogado do país!
— Eu te amo tanto, Anahi... Gostaria de poder me casar com você agora mesmo! Se não fosse esse pessoal que está subindo para cá agora, levaria você para o altar neste minuto!
O ruído de vozes se aproximava cada vez mais. — Olhe, Anahi — continuou Alfonso —, eu sei que não vai ser fácil. Mas vamos considerar os nossos problemas como desafios. E os perigos, como aventuras, concorda?
Ela beijou o rosto dele.
— É claro que sim.
Nesse momento, uma verdadeira multidão invadiu a sala.
Em meio a gritos, aplausos e parabéns, Anahi continuou abraçada a Alfonso, pensando que agora tinha tudo o que mais sonhava na vida.
É claro que ainda havia problemas. As pessoas não iriam esquecer facilmente que Anahi Puente e Alfonso Herrera estavam juntos desde o início das negociações. E que Alfonso fora acusado de passar para o lado dela.
O casamento que estava para ser realizado só iria confirmar tais suspeitas.
Mas aquilo não importava mais. Importante agora era que os dois estavam juntos. E, dessa vez, para sempre.
Afinal, como dissera Alfonso, eles enfrentariam desafios, não problemas. Viveriam aventuras, não situações perigosas.
Não havia mais problemas intransponíveis para Anahi e Alfonso Herrera. Não agora. O amor que sentiam um pelo outro era forte o bastante para superar qualquer barreira.
Seja lá qual fosse o jogo, os dois lados sairiam vencedores.


 


 


 


Obrigada por acompanharem mais uma historia, espero que tenham gostado.

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Autor(a): ayaremember

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 19



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  • franmarmentini Postado em 18/05/2014 - 20:58:02

    essa história foi muito linda!!! amei ;)

  • franmarmentini Postado em 18/05/2014 - 20:03:53

    to super emocionada :( anda any vai atraz do poncho!!!!!!

  • franmarmentini Postado em 09/05/2014 - 06:49:23

    ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii

  • steph_maria Postado em 07/05/2014 - 22:19:33

    Owwwww o Alfonso é tão romântico é quase um homem perfeito, adorando a web é tão linda, espero que Alfonso não mude pela pressão do sindicato =/

  • franmarmentini Postado em 05/05/2014 - 19:39:26

    mas pq any ta tão irredutível assim meu deus...ele não fez nada pra ela poxa!!!

  • steph_maria Postado em 02/05/2014 - 22:56:18

    Anahi se afastando dele poxa e eu pensei que ele que ia acabar magoando ela =/ quero mais posts!!

  • franmarmentini Postado em 29/04/2014 - 07:03:11

    ;( poxa não quero eles separados.

  • franmarmentini Postado em 24/04/2014 - 21:31:15

    continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

  • belle_doll Postado em 24/04/2014 - 20:29:24

    UP............. UP............. UP............. UP............. UP............. UP............. UP............. UP............. UP............. UP.............

  • franmarmentini Postado em 23/04/2014 - 16:20:29

    to amando a fic*


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