Fanfics Brasil - Capitulo - 3 Por um encontro de amor - AyA - Adaptada - Finalizada

Fanfic: Por um encontro de amor - AyA - Adaptada - Finalizada | Tema: AyA


Capítulo: Capitulo - 3

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Agora, por uma razão que não conseguia, ou não queria, admitir, Anahi começou a conversar com ele, de modo a não deixá-lo ir embora.
— Eu acho que o meu Fiat parece um carrinho de criança perto do seu caminhão, não é? Qual desses é o seu? — perguntou, apontando para os veículos estacionados ali. Ele pareceu surpreso com a pergunta. Depois, a resposta veio rápida:
— Para falar a verdade, meu... caminhão não está aqui.
— Isso quer dizer que você está sem condução, não é? — A voz de Anahi era animada. — Talvez eu possa lhe dar uma carona...
Ela chegou a ficar assustada consigo mesma. Nunca, em toda a sua vida, havia conversado com um estranho na rua. E agora, não só conversava, como ainda lhe oferecia uma carona.
Era esquisito. Aquele homem tinha algo que fazia com que ela confiasse nele, algo que lhe lembrava sua família. Talvez isso acontecesse porque ele era um motorista de caminhão. Não, aquilo era bobagem. Havia milhares de caminhoneiros no mundo e ela nunca tivera essa impressão antes. A verdade era muito simples: aquele era o homem mais excitante que ela já tinha visto na vida.
— É muita gentileza sua me oferecer uma carona... A voz dele agora era suave e ela sentiu novamente um frio na espinha.
— Você é que foi muito gentil por ter consertado o meu carro.
Anahi entrou no Fiat e abriu a porta para ele. Aquele gigante moreno fazia com que o seu carrinho parecesse menor ainda, e o simples pensamento de esbarrar nele por acaso, ao trocar de marcha, deixou-a inquieta.
"Se as minhas mãos não estivessem na direção", pensou, "elas iriam voar pra cima dele".
— Onde posso deixar você? — perguntou com voz firme, tentando parecer natural. Ligou o motor e o carro começou a andar.
— Quero que me deixe em algum lugar onde eu possa jantar com você.
Foi aí que o coração de Anahi disparou de vez. As coisas estavam indo rápidas demais para seu gosto... Uma parte de si sentiu-se amedrontada, mas a outra deu pulos de alegria.
— O que me diz? Quer jantar comigo ou não?
Anahi hesitou. Subitamente, percebeu que seria muito doloroso vê-lo descer de seu carro e sumir de sua vida para sempre. Não, aquilo ela não podia permitir. Então respirou fundo, para tomar coragem.
— Aceito. Aonde poderemos ir?
Ele sorriu e, novamente, seus dentes muito brancos, em contraste com a pele bronzeada, aceleraram o pulso de Anahi.
— Poderíamos ir a um lugar bem informal, já que estou vestido deste jeito. Ou talvez você prefira que eu dê uma chegada em casa para trocar de roupa...
— Não. Nem pense nisso! Você está ótimo vestido assim.
Na verdade, os jeans e a camiseta que ele usava não eram exatamente próprios para um jantar num restaurante. Mas Anahi não queria que ele fosse trocar de roupa porque... detestaria a idéia de se separar dele, mesmo por alguns instantes. E isso a assustava. Desde seu nefasto romance com Don, ela nunca se sentira tão dependente de um homem.
"Vamos, controle-se, Anahi Puente", disse a si mesma.
— Conheço um lugar ótimo onde poderemos jantar — procurou falar com calma. — É um restaurante pequeno, numa rua tão estreita que não cabe sequer uma bicicleta estacionada.
Ele deu um sorriso.
— Combinado. Vamos para lá.
O Fiat deslizou pelas avenidas de Manhattan. Anahi procurava se concentrar no trânsito, mas constantemente sua atenção era desviada para o homem a seu lado. Teve a impressão de que ele era italiano, por causa dos cabelos preto e olhos muito verdes, da maneira galante e dos traços marcantes, quase perfeitos. Um dos caminhoneiros, no B.C, o chamara de Alfonso. E ela ficou pensando se aquilo era nome ou apelido.
Finalmente, chegaram à Perry Street. Anahi estacionou o carro numa vaga, com absoluta precisão.
— O restaurante fica a um quarteirão daqui — explicou. — Não vamos conseguir lugar mais perto para estacionar.
Ambos desceram do carro e foram andando em direção à West Fourth Street. E quando Alfonso segurou o braço dela para atravessarem a rua, seu toque foi tão forte que ela quase perdeu o equilíbrio
— Sinto muito — disse ele, sorrindo. — Não tinha me dado conta de que você era tão leve...
Essas palavras foram ditas com tanto charme que, pela primeira vez na vida, Anahi se sentiu feliz em ser baixinha. É que ele fizera com que ela se sentisse feminina, protegida e segura. E, por sua vez, o gigante moreno pareceu ainda mais viril e poderoso, forte como um caminhão transportando uma carga de vinte toneladas. O contraste entre os dois era enorme. E Anahi sentiu um grande desejo de ser abraçada por ele...
Ela ficou vermelha com seu próprio pensamento. Felizmente, em poucos minutos chegaram em frente a uma porta meio escondida, na tal ruazinha estreita.
— Fedora`s! — exclamou ele. — Quem diria que era aqui que você iria me trazer!
Anahi olhou para Alfonso. O comentário não podia ser de desaprovação, porque ele tinha um grande sorriso nos lábios.
— Então você também gosta daqui, não é? — continuou.
— Gosto muito! Estive aqui algumas vezes e adorei a comida.
— Não diga! Sabe de uma coisa? Freqüento este restaurante desde que me dou por gente. Foi inaugurado nos anos cinqüenta e os donos ainda são os mesmos.
Ele abriu a porta e, com cuidado, ambos desceram uns degraus que levavam a uma sala aconchegante, iluminada por luzes de abajur.
Era um lugar descontraído e familiar, onde se podia encontrar pessoas de todos os tipos, usando roupas que iam desde os jeans até sofisticados vestidos de noite. A comida e o vinho eram excelentes e os preços, bem baixos.
Anahi sorriu para um garçom que conhecia e ouviu Alfonso exclamar:
— Enrico! Come vai, paesano?
Virando-se, ela viu um homem grisalho atrás do bar, estendendo os braços:
— Donato... figlio! Bene, bene... E você, como vai?
— Molto bene — enfatizou Alfonso, olhando para Anahi. Ela ficou vermelha na hora. Mas, se foi de alegria ou de embaraço, não pôde saber. Talvez de ambos...
— Quem é essa moça adorável? — perguntou Enrico. — Acho que já a vi antes por aqui... É o tipo da pessoa que não se pode esquecer...
Foi aí que Anahi percebeu que Alfonso ainda nem sabia seu nome. Então, rapidamente, estendeu a mão e sorriu para o velho italiano.
— Sou Anahi Puente.
Com o canto do olho, reparou que Alfonso a olhou de um modo meio estranho. Seria impressão? Deveria ser, pois ele logo voltou a falar com Enrico, animadamente:
— Fedora está aqui? — perguntou.
— Não, infelizmente ela não vai poder estar aqui hoje...
Anahi lembrou-se da última vez em que jantara aqui. Comia tranqüilamente quando uma mulher muito loira e impecavelmente vestida fizera uma entrada charmosa, quase teatral no salão. Era Fedora. Ela circulara por todas as mesas, conversando com os clientes que conhecia e curvando-se para beijar o rosto de um ou outro amigo, com graça e vitalidade.
Com grande espanto, Anahi soubera que aquela mulher já passava dos sessenta anos. Ela parecia ter, no máximo, uns quarenta.
— Fiquem ali, naquela mesa — sugeriu Enrico, apontando para uma mesa isolada num canto.
— Tudo bem? — Alfonso perguntou a Anahi.
Ela fez que sim com a cabeça. Ambos trocaram um rápido olhar e, nesse instante, todo o apetite dela sumiu como por magia.
Um garçom simpático anotou o que eles queriam beber e Alfonso comentou:
— É uma pena que Fedora não esteja aqui hoje. Eu costumo chamá-la de tia, porque ela e minha mãe são como irmãs. Enrico é marido dela.
Para Anahi, aquilo parecia uma estranha e maravilhosa coincidência.
— Mas eu já conheci essa mulher extraordinária! Ela até me deu um beijo no rosto, quando jantava aqui sozinha outro dia... Vai ver que percebeu que eu estava meio triste...
— Fedora deve ter gostado muito de você, senão jamais a teria beijado.
A conversa então foi morrendo, como se ambos estivessem tendo dificuldades em encontrar alguma coisa amena para dizer. É que eles ainda mal se conheciam para que certos assuntos fossem tocados.
Quando o garçom trouxe os drinques, Alfonso levantou seu copo.
— Vamos beber a uma noite muito especial — murmurou, olhando nos olhos dela.
Anahi repetiu o brinde, mas teve que abaixar a cabeça. Não queria que ele visse o que dizia seu olhar: um desejo ardente e uma certa vulnerabilidade, que nunca existira durante seus vinte e nove anos.
— Este lugar é como minha própria casa — comentou Alfonso. — Eu adoro tudo por aqui. É engraçado, mas as pessoas do Fedora`s parecem especiais... Desde Enrico até o ajudante da cozinha, eles são como uma grande família. E, falando em família, você se dá bem com a sua?
Anahi sorriu.
— Muito... Talvez você tenha ouvido falar de meu pai, Mike Puente.
— É claro que sim. Quem não ouviu? Ele era uma grande pessoa. Você deve ter... sentido muito a morte dele, não é?
— E como... — Sua voz balançou um pouco e ela tentou sorrir. — Ele foi mesmo um homem maravilhoso.
Percebendo que ela ficara triste com a lembrança, Alfonso tomou-lhe a mão e levou-a aos lábios, para grande alegria de Enrico e dos garçons que os observavam.
Anahi sentiu naquele momento algo que nunca sentira antes. Era como se seu corpo todo estivesse pegando fogo... E ela percebeu que estava perdendo o controle de si mesma.
— Você é tão bonita, Anahi Puente... É a mulher mais bonita que já vi em toda a minha vida.
Foi maravilhoso ouvir Alfonso dizer aquilo, porque, na verdade, ela já estava preocupada com sua aparência. Afinal, não se olhava num espelho há horas.
Então, satisfeita, Anahi sorriu e levou o copo de vinho aos lábios. Um pouco depois, Gene, o garçom, apareceu trazendo o jantar. Alfonso pedira uma das especialidades da casa, pão de carne, para ambos.
— Este é o único lugar de Nova York onde se pode confiar num pão de carne, não é, Gene?
— Isso mesmo, Alfonso. A pessoa sabe o que há dentro do pão. Em certos lugares, você precisa adivinhar quem é que está ali dentro..
O garçom então completou o serviço e retirou-se discretamente.
— A piada de Gene foi de muito mau gosto, não foi? — desculpou-se Alfonso.
Anahi sorriu.
— De jeito nenhum. Acho que meu pai teria feito o mesmo comentário... Agora, me diga uma coisa. Qual é o seu nome, afinal? É Alfonso ou Donato?
Ele tomou um gole de vinho antes de responder.
— É Donato. Alfonso é o apelido que os meus companheiros me deram. Sabia que Donato, em latim, quer dizer, "presente de Deus"? Foi minha mãe que o escolheu. Só que eu acho que ela exagerou um pouco...
"Do modo como você me faz sentir", pensou ela, "esse nome até que é muito apropriado..."
— E o seu sobrenome? — perguntou.
O sorriso desapareceu do rosto dele. Olhou para a garrafa de vinho em cima da mesa e pareceu pensativo por alguns instantes.
Acabou dizendo, finalmente:
— Meu sobrenome é Bardolino, como o vinho. Acredita nisso?
Não, ela não acreditava. E foi aí que um pensamento terrível lhe ocorreu: aquele homem era casado e não podia lhe contar o nome verdadeiro. Mas, se ele fosse realmente comprometido, teria a coragem de freqüentar um lugar onde todos o conhecessem? Anahi não sabia. Ela agora estava confusa e apreensiva.
Alfonso deve ter percebido essa súbita confusão, porque largou o garfo e pegou a mão dela.
— Acredite — disse ele, em tom de súplica. — Não sou um marginal, nem um fugitivo. E muito menos um homem casado...
— Você não me deve satisfações — foi a resposta de Anahi.
A comida, a princípio tão apetitosa, subitamente ficou repugnante. Seu corpo todo estava trêmulo. Ela gostara tanto daquele homem e, de repente, a história toda estava mudando de rumo.
— Você está enganada, Anahi. Eu lhe devo satisfações, sim. Seu julgamento -é muito importante para mim... — Ele a estudou por alguns instantes e continuou: — Droga. Tudo estava indo tão bem entre nós... Agora, sinto que você está diferente...
Ela procurou sorrir.
— Não estou diferente, não, Alfonso. É impressão sua.
— Impressão? Mas você nem tocou no seu prato!
— Bem, parece-me que você também comeu muito pouco...
— É, acho que perdi a fome de uma hora para outra.
"Oh, Donato", disse ela, silenciosamente. "Eu também não estou com a mínima vontade de comer..."
A verdade era que Anahi o queria muito. E tinha a impressão de que ele a queria da mesma forma. Alfonso olhou em volta.
— Gostaria de falar tantas coisas a você... — A voz dele era tensa, excitada, quase dramática. — Mas não aqui. Talvez num lugar mais quieto...
— E eu gostaria de ouvi-las.


 


 


 


Beijo



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Autor(a): ayaremember

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Era como se Anahi estivesse experimentando uma sensação diferente, inexplicável. O mundo inteiro parecia ter mudado. Até ela mesma.— Eu quero ir embora daqui — disse ele. — Vamos dar uma volta? Acho que poderia conversar com você durante horas seguidas.— Engraçado... — A voz de Anahi soou tão baixa ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 19



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  • franmarmentini Postado em 18/05/2014 - 20:58:02

    essa história foi muito linda!!! amei ;)

  • franmarmentini Postado em 18/05/2014 - 20:03:53

    to super emocionada :( anda any vai atraz do poncho!!!!!!

  • franmarmentini Postado em 09/05/2014 - 06:49:23

    ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii

  • steph_maria Postado em 07/05/2014 - 22:19:33

    Owwwww o Alfonso é tão romântico é quase um homem perfeito, adorando a web é tão linda, espero que Alfonso não mude pela pressão do sindicato =/

  • franmarmentini Postado em 05/05/2014 - 19:39:26

    mas pq any ta tão irredutível assim meu deus...ele não fez nada pra ela poxa!!!

  • steph_maria Postado em 02/05/2014 - 22:56:18

    Anahi se afastando dele poxa e eu pensei que ele que ia acabar magoando ela =/ quero mais posts!!

  • franmarmentini Postado em 29/04/2014 - 07:03:11

    ;( poxa não quero eles separados.

  • franmarmentini Postado em 24/04/2014 - 21:31:15

    continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

  • belle_doll Postado em 24/04/2014 - 20:29:24

    UP............. UP............. UP............. UP............. UP............. UP............. UP............. UP............. UP............. UP.............

  • franmarmentini Postado em 23/04/2014 - 16:20:29

    to amando a fic*


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