Fanfics Brasil - Capitulo - 4 Por um encontro de amor - AyA - Adaptada - Finalizada

Fanfic: Por um encontro de amor - AyA - Adaptada - Finalizada | Tema: AyA


Capítulo: Capitulo - 4

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Era como se Anahi estivesse experimentando uma sensação diferente, inexplicável. O mundo inteiro parecia ter mudado. Até ela mesma.
— Eu quero ir embora daqui — disse ele. — Vamos dar uma volta? Acho que poderia conversar com você durante horas seguidas.
— Engraçado... — A voz de Anahi soou tão baixa que ele teve que inclinar-se em direção dela para ouvi-la. — Eu penso da mesma forma.
— Mas, mamma mia, Enrico vai ter um ataque cardíaco se sairmos agora! Ninguém deixa o Fedora`s sem ter antes esvaziado os pratos!
— O que faremos então? Acha que seria uma boa idéia jogarmos a comida debaixo da mesa?
Os dois caíram na risada. Então, pouco depois, o riso foi morrendo e eles se olharam de maneira séria, quase solene. Era como se um estivesse vendo nos olhos do outro a atração inexplicável, forte e selvagem, que existia entre ambos.
— Tive uma idéia — disse Alfonso, quebrando o silêncio. — Vamos comer bem depressa para sairmos rápido daqui, está bem?
— Vou fazer o possível!
Anahi colocou um pedaço de pão na boca e o engoliu o mais rápido que pôde. Quase engasgou.
— Ei, também não exagere! — brincou Alfonso.
Pouco depois, os pratos já estavam devidamente esvaziados. O garçom trouxe a conta e Alfonso deixou algumas notas em cima da mesa, sem se dar ao trabalho de conferi-las.
Enrico, ao vê-los saindo da mesa, ficou revoltado.
— Ei, aonde é que vocês vão, assim tão cedo? Por acaso a senhorita não gostou da comida? Se quiserem, posso mandar vir outro prato da cozinha!
Anahi deu um leve sorriso e Alfonso teve que fazer força para reprimir uma gargalhada.
— Não é nada disso, Enrico — disse ele. — A comida estava ótima! É que nós não tínhamos percebido que já era tão tarde, sabe? Vamos ao teatro e as cortinas se levantam às sete e meia em ponto!
Então, em meio a despedidas calorosas, eles deixaram o Fedora`s. Passaram por um espelho no bar e Anahi aproveitou para dar uma olhada no rosto. E o que viu foi uma pessoa estranha, outra mulher cheia de entusiasmo e alegria de viver.
O céu já estava escuro quando eles saíram. Soprava um vento morno, típico das noites de primavera de Nova York.
Alguém tocava clarineta num apartamento da Perry Street. O som vindo do instrumento era leve, suave, um pouco misterioso até. E, naquela hora, Anahi teve um estranho pressentimento: nada mais, dali para frente, seria como antes...


 


CAPÍTULO II


Eles foram andando pela Perry Street, de mãos dadas.
— Será que Enrico acreditou naquela história de teatro às sete e meia? — perguntou Alfonso. — Acho que eu devia ter inventado uma desculpa melhor.
Os dois começaram a rir. Anahi nunca se sentira tão feliz em toda a vida. Sentir a mão de Alfonso apertando a sua era como estar no paraíso. Se um simples toque já era assim tão gratificante, como então seria sentir as carícias dele em todo o corpo? Tal pensamento foi o suficiente para que ela se derretesse inteira.
Estar com Alfonso era tão bom que o cenário em volta parecia mágico. As ruas estreitas, com seus sobrados de tijolos aparentes, transformavam-se como por encanto nas ruelas de Paris, reduto de artistas de alma e coração boêmios. Até as árvores secas e murchas ganhavam nova beleza e vida.
O clarinetista anônimo continuava a encher a noite com o som de seu instrumento.
— Parece Greg tocando... — foi o comentário espontâneo de Anahi.
Alfonso olhou para ela com certa curiosidade.
— Quem é Greg?
Ela sorriu.
— É meu irmão.
— Ah, bom! — Alfonso suspirou de alívio. — Já estava pensando que era algum namorado!
Feliz da vida, Anahi respondeu, sorrindo:
— Não tenho namorado, acredite. Chegaram finalmente ao Fiat estacionado.
— Seu irmão toca clarineta? — perguntou ele, ajudando-a a entrar no carro.
A sensação de ter Alfonso sentado tão pertinho dela, naquele Fiat pequeno, fez com que as palavras mal saíssem de sua boca. Anahi procurou controlar-se e respirou fundo.
— Toca — respondeu por fim. — Você pode imaginar uma coisa dessas? Um filho de Mike Puente tocando clarineta?
Alfonso sorriu.
— É meio difícil de se imaginar, mesmo... Como é que ele começou a se interessar por música?
Anahi aproveitou a ocasião para discursar a respeito de sua família e lhe contou que Greg sempre fora o artista dos Puente.
— Ele não puxou papai na altura, nem na força. Enquanto Marty se transformou num homenzarrão, Greg não cresceu muito. Acho que deve ter puxado a família da mamãe. Assim como eu...
Foi aí que Anahi percebeu a razão pela qual estava falando tanto: é que queria adiar o mais possível o momento de decidir para onde ambos deveriam ir.
Na verdade, ela queria muito que Alfonso fosse à sua casa. Mas, por outro lado, não tinha o hábito de receber estranhos em sua própria sala de estar. Por incrível que pudesse parecer, aquele homem já tão importante para ela não passava de um estranho...
— Onde é que você gostaria de ir? — perguntou ele, com naturalidade.
Naquele momento, Anahi lembrou-se de que nem Howard Bartley, seu amigo de tanto tempo, costumava freqüentar sua casa. Mas, agora, nada importava. Tudo o que ela mais queria na vida era ficar ao lado daquele gigante moreno, cujo nome mal sabia.
— Para casa — respondeu, simplesmente.
Os olhares se encontraram. Alfonso não disse uma só palavra, mas seus olhos recitavam poemas e cantavam baladas para ela. Um sorriso sensual apareceu em seus lábios e ele balançou a cabeça. Quando falou, finalmente, sua voz tremia um pouco:
— Será maravilhoso ir à sua casa, Anahi.
Foi aí que ela ficou um pouco apreensiva e achou melhor acrescentar rapidamente:
— O mínimo que eu podia fazer para agradecer a sua gentileza seria lhe oferecer um drinque na minha casa.
Alfonso não respondeu e ela então percebeu o quanto seu comentário soara falso. Na verdade, Anahi não queria retribuir-lhe gentileza alguma. Tudo o que mais desejava era beijar aqueles lábios bem-feitos e sentir o corpo dele bem perto do seu...
Tal desejo era tão perturbador que Anahi começou a dirigir o carro com uma certa insegurança. Ela guiava desde os dezesseis anos, mas, subitamente, era como se tivesse tirado carta na véspera. Tudo parecia novo e diferente quando se tinha ao lado um homem chamado Alfonso.
Ao virar na Sétima Avenida, ela quase bateu num carro. Então, sentindo-se completamente inapta para ir em frente, tomou a decisão que lhe pareceu mais acertada.
— Parece que eu não estou nos meus melhores dias hoje, não é, Alfonso? — comentou, sorrindo. — Será que você poderia dirigir para mim?
— Mas é claro que sim. Pode parar aqui mesmo.
Alfonso desceu do carro rapidamente e eles trocaram de lugar. Vendo-o ao volante, Anahi sentiu-se completamente relaxada e impressionada com a facilidade com que ele dirigia um carro esporte.
— Você me disse que tinha outro irmão, não é? — perguntou ele, enquanto o carro deslizava pelas ruas movimentadas de Manhattan.
Anahi ficou trêmula.
— Marty — disse ela. — Ele morreu no Vietnã.
— É verdade, ele foi mandado para lá... — A voz de Alfonso era muito gentil. — Sinto muito, Anahi, eu devia ter me lembrado disso.
"Devia ter me lembrado", repetiu ela, silenciosamente.
Mas devia ter se lembrado por quê? A troco de que aquele homem sabia que seu irmão Marty havia morrido no Vietnã? Era muito estranho... Mas, por alguma razão inexplicável, ela resolveu não tocar mais no assunto.
Eles agora estavam na Sexta Avenida, em meio a um trânsito infernal.
— Deve ter sido muito duro para você perder dois membros da família, não é? — comentou Alfonso. — Ainda bem que você tem outro irmão...
— É verdade. Graças a Deus, ainda tenho Greg. Ele é um amor, sabe? Dolores, a mulher dele, também é um doce de criatura. E os dois já me fizeram tia. Tenho dois sobrinhos maravilhosos!
— Você gosta de crianças — declarou ele. Não era uma pergunta e sim uma constatação.
— Eu adoro!
— Eu também.
Daquela vez, ele olhou para ela e sorriu abertamente.
"Ai, meu Deus", pensou ela. "Aqui estou eu falando o que não devo. Conheci esse homem há duas horas e já começo a falar de crianças..."
Anahi ficou quieta e pensativa. Como conhecia pouco aquele gigante moreno que agora dirigia seu carro! Alfonso Bardolino... Seria mesmo esse seu nome verdadeiro? Não, certamente que não. Isso ainda a aborrecia, mas ela resolveu não pensar mais no assunto. Estava muito feliz por estar perto dele e não iria deixar que nada nesse mundo estragasse aquele momento mágico.
— Aqui estamos nós.
Alfonso brecou o carro em frente ao portão da casa de Anahi.
— Está trancado. Um minutinho só que já vou abrir.
Ela desceu, abriu o portão com sua chave e Alfonso estacionou o Fiat na garagem.



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Autor(a): ayaremember

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 19



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  • franmarmentini Postado em 18/05/2014 - 20:58:02

    essa história foi muito linda!!! amei ;)

  • franmarmentini Postado em 18/05/2014 - 20:03:53

    to super emocionada :( anda any vai atraz do poncho!!!!!!

  • franmarmentini Postado em 09/05/2014 - 06:49:23

    ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii

  • steph_maria Postado em 07/05/2014 - 22:19:33

    Owwwww o Alfonso é tão romântico é quase um homem perfeito, adorando a web é tão linda, espero que Alfonso não mude pela pressão do sindicato =/

  • franmarmentini Postado em 05/05/2014 - 19:39:26

    mas pq any ta tão irredutível assim meu deus...ele não fez nada pra ela poxa!!!

  • steph_maria Postado em 02/05/2014 - 22:56:18

    Anahi se afastando dele poxa e eu pensei que ele que ia acabar magoando ela =/ quero mais posts!!

  • franmarmentini Postado em 29/04/2014 - 07:03:11

    ;( poxa não quero eles separados.

  • franmarmentini Postado em 24/04/2014 - 21:31:15

    continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

  • belle_doll Postado em 24/04/2014 - 20:29:24

    UP............. UP............. UP............. UP............. UP............. UP............. UP............. UP............. UP............. UP.............

  • franmarmentini Postado em 23/04/2014 - 16:20:29

    to amando a fic*


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