Fanfics Brasil - Capitulo - 8 Por um encontro de amor - AyA - Adaptada - Finalizada

Fanfic: Por um encontro de amor - AyA - Adaptada - Finalizada | Tema: AyA


Capítulo: Capitulo - 8

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Ela sempre se sentia muito bem quando ia ao apartamento do irmão, perto do Lincoln Center Plaza. Era aconchegante, convidativo e sua decoração em tons de terra conseguia acalmar qualquer ânimo exaltado.
— É engraçado — acrescentou Dolores. — Mas você também está... como posso dizer... meio diferente.
— Vai ver que é o meu cabelo. Estou de coque hoje e nunca tenho o hábito de usar cabelo preso.
Sua cunhada não pareceu muito convencida, mas mesmo assim deu um sorriso doce que iluminou seu rosto e acentuou pequenas rugas no canto dos olhos. Aos trinta e cinco anos, Dolores Puente era uma mulher bonita, de pele morena e cabelos pretos, nariz aquilino, boca bem-feita e um corpo curvilíneo. Ninguém, refletiu Anahi, poderia ser mais diferente do que o loiro Greg. Eles eram pessoas opostas, exatamente como ela e Alfonso...
Mas Anahi não queria pensar naquilo. E procurou mudar de assunto:
— É uma pena que Greg não tenha podido vir para o jantar, não é? Mas, de qualquer modo, é tão bom estar aqui com você.
Dolores sorriu novamente, mostrando seus dentes perfeitos e muito brancos. Sua parte espanhola, herdada do pai, um músico clássico, era bem visível.
— Eu adoro os meus homens, sabe, Anahi? Mas às vezes é um alívio quando dois deles estão dormindo e o outro está trabalhando...
Anahi também sorriu. As crianças já haviam sido colocadas na cama e Greg aceitara um convite para participar do arranjo musical de um comercial que estava sendo gravado num estúdio da Rua Sessenta e Nove. Ele havia dito a Dolores que talvez não chegasse a tempo para o jantar e que elas não deveriam esperá-lo.
— É incrível como esses meninos crescem — comentou Anahi. — Às vezes, fico uma semana sem vê-los e acho que eles já fizeram uma diferença enorme!
Nesse momento sentiu que a cunhada a estudava com mais intensidade ainda e procurou desviar os olhos.
— Não adianta disfarçar, minha querida criança... — Dolores deu uma boa olhada no rosto da cunhada. — Estou dizendo desde o começo desse jantar que você está diferente. Eu disse isso na hora do aperitivo, na hora da paella e na hora da sobremesa.
Anahi não respondeu e Dolores prosseguiu:
— O que está havendo, querida? Vejo um brilho nos seus olhos... um brilho que só existia no tempo de Don McKendríck. Anahi, será que você encontrou outro homem como ele?
O ataque foi tão direto que Anahi ficou completamente pasma.
— Oh, não — ela acabou dizendo. — Não encontrei ninguém como ele, pode ficar tranqüila.
— Ah! — exclamou a triunfante Dolores. — Então pelo menos você encontrou alguém! Eu sabia que esse brilho nos olhos não era por causa do respeitável Howard Bartley...
Anahi sentiu vontade de morder a língua. Não queria falar sobre aquilo com Dolores, nem com ninguém. É que tudo era tão difícil, tão bizarro... A última coisa que ela queria nesse mundo era dar esperanças ao irmão e à cunhada, quando ela estava cansada de saber que o incidente iria acabar em nada.
— Mas fale-me sobre ele — continuou a animada Dolores. — Onde encontrou o homem que modificou o seu olhar?
Anahi serviu-se de mais vinho do Porto e tentou sair daquela enrascada.
— Bem, eu realmente conheci alguém, Dolores. Mas não fique muito animada. É que não vai dar certo...
— Ora, e por que não? Quem é ele? Ah, já entendi. O homem é casado, não é?
— Não, não é isso. Mas, de qualquer modo, nós dois não podemos...
Anahi fez uma pausa, por absoluta falta de ter o que falar. Afinal, seria muito constrangedor contar o modo como eles haviam se encontrado. E mais constrangedor ainda seria dizer que ela convidara um estranho para tomar um drinque em sua casa e quase fizera amor com ele, no sofá.
— Bem, eu espero pelo menos que esse tal homem não seja um terrorista ou um prisioneiro...
— Ah, nem uma coisa, nem outra. — Agora, a voz de Anahi era muito séria. — Mas vou lhe contar a verdade. Estou apaixonada por um cantor de rock de dezesseis anos, com o cabelo até a cintura. Sei que jamais poderei me casar com ele. Afinal, como é que eu poderia fazer uma coisa dessas com você, Greg e os meus adoráveis sobrinhos? Pense um pouco, Dolores... Não ficaria meio estranho ter esse rapaz a meu lado, nas festas de Natal da companhia?
Dolores, percebendo a brincadeira, começou a rir.
— Olhe, Anahi, eu peço desculpas por ter sido tão intrometida. Mas é que estou sempre torcendo para que você encontre alguém que faça você feliz...
— Você não tem nada de que se desculpar, cunhada. Só quero que acredite em mim: não conheci ninguém especial e estou ótima.
— Mas a minha torcida para que você encontre alguém continua firme. Quer mais vinho?
Anahi olhou para o relógio e levantou-se.
— Não, obrigada. Aliás, já estou de saída. Amanhã é dia de trabalho e você sabe que eu me levanto com os caminhoneiros...
Daí ela percebeu o quanto seu comentário fora infeliz e não pôde deixar de ficar vermelha. Vestiu apressadamente o blazer e pegou a bolsa, tentando esconder o rosto.
— Mande um beijo para Greg — disse ela, indo embora. — E mil abraços nos herdeiros.
— Pode deixar. E volte mais vezes, cunhada querida!
Anahi entrou no Fiat estacionado na frente do prédio e, enquanto dirigia, pensou na mentira que contara a Dolores. Ela havia conhecido alguém muito especial, sim. E não sabia como as coisas iriam ser sem ele, dali para frente. Uma chuva fina começou a cair.


— Não vai ser nada fácil esquecê-lo — disse Anahi baixinho, ao chegar ao escritório na manhã seguinte. Tirou a capa de chuva, encostou a sombrinha num canto e foi aí que viu um buquê de rosas vermelhas em cima da mesa. Nenhum cartão à vista.
— Que tempo horrível, não? — comentou Ruth Riley, entrando na sala com a correspondência. Apontou para as rosas e continuou: — Elas chegaram quando eu estava abrindo o escritório e não vi nenhum cartão. Será que foram mandadas por Howard Bartley?
Anahi balançou a cabeça, evitando olhar nos olhos da secretária.
— Pode ser...
— Vi também os lírios na lata de lixo. Com certeza foram enviados pela mesma pessoa...
— É, provavelmente. E vieram sem cartão também — mentiu ela.
— Meu Deus, mas que emocionante.
Ruth Riley ficou parada diante dela durante mais algum tempo, louca para continuar a conversa. Mas Anahi fingiu que estava entretida com a correspondência e a secretária acabou desistindo.
“Aqui estou eu, enganando outra pessoa que adoro...” pensou ela , vendo Ruth sair da sala. “Mas não posso nem pensar em lhe contar que quase fui para a cama com o líder sindical Poncho Herrera...”
Conforme o dia ia passando, Anahi encontrava cada vez mais dificuldade para se concentrar. Howard ligou duas vezes. Na primeira, ela se recusou a atender e disse a Ruth que estava muito ocupada. Acabou atendendo na segunda, desculpou-se pelo desencontro da outra noite e recusou um convite para almoçar no dia seguinte.
Estava quase sufocada de tanto trabalho, mas ao meio-dia, em vez de pedir um sanduíche no escritório, resolveu enfrentar a chuva e foi comer alguma coisa num restaurante das proximidades.
Sentiu-se um pouco irritada durante a tarde inteira. De uma maneira ou de outra, esperava que Alfonso lhe telefonasse.
Ele não telefonou, mas na manhã seguinte Anahi encontrou rosas brancas em cima da mesa. E na outra manhã, um lindo buquê de flores do campo.
No dia das flores do campo, o telefone tocou. E, para sua grande alegria, não era Howard Bartley. Era Alfonso Herrera.
— Como vai, srta. Puente?
Ouvir aquela voz máscula foi o suficiente para que ela se derretesse toda. Não deixava de ser engraçado ouvir Alfonso chamá-la de "senhorita", depois de tudo o que acontecera ...
— Tudo bem — respondeu, tentando parecer natural.
— Estou telefonando para lhe fazer um convite, senhorita. Um convite para a exposição de arte dos motoristas de caminhão. O vernissage é esta tarde, às três horas, na Rua Dezesseis. Achei que gostaria de dar uma olhada. Alguns empregados da Puente estão expondo...
Ele esperou pela resposta e Anahi respirou fundo. Já tinha ouvido falar nas exposições que os caminhoneiros costumavam fazer anualmente, mas nunca havia sido convidada para nenhuma delas. E agora, o líder sindical em pessoa ligava, pedindo que comparecesse. Era evidente que aquilo era uma desculpa para vê-la. E ela não sabia se ficava eufórica ou aborrecida.
— Srta. Puente? — repetiu ele.
— Eu... bem, quero dizer, será um prazer comparecer ao vernissage, Du..., isto é, Sr. Herrera. E... obrigada pelos lírios — acrescentou num impulso. — Eram lindos.
— Fico contente que tenha gostado. A que horas pretende vir?
— Lá pelas quatro, eu acho.
— Ótimo. Até lá, então.
Anahi desligou, sentindo-se nas nuvens. Rever Alfonso seria maravilhoso. Como havia sentido a falta dele...
Passou o tempo todo olhando para o relógio e, às três e meia, tratou de largar o trabalho e foi se arrumar diante do espelho do banheiro. Ainda bem que o vestido que escolhera pela manhã era bonito e sofisticado, bem próprio para uma exposição de arte. E também deu graças a Deus por seus cabelos estarem em ordem. Então, após passar um pouco de perfume, pegou a bolsa e apagou as luzes.
— Vou ao dentista — disse ela a Ruth. — E não pretendo voltar mais hoje.
— Dentista? Mas que desagradável... Espero que não doa muito, Anahi.
Ela balançou a cabeça, sorrindo.
— Não vai doer, não. É só uma limpeza. Bom fim de semana, Ruth, e até segunda. Se quiser, pode ir embora agora.
— Obrigada. Eu vou mesmo. — A secretária parecia muito contente. — Assim, vou ter um tempinho para fazer umas compras, antes do meu grande encontro.
O grande encontro era seu jantar habitual de sexta-feira com o marido, com quem era casada há muito tempo.
— Divirta-se, então. Até segunda.
Anahi acenou para ela e deixou o escritório. Estava nervosa como se estivesse mesmo indo ao dentista.
Resolveu deixar o Fiat estacionado e foi de táxi até a Rua Dezesseis para ganhar tempo. Sabia que seria muito difícil encontrar algum lugar por ali para deixar o carro.
Ao sair do táxi, começou a suar frio. Estava ansiosa, sua respiração era irregular e ela quase se arrependeu de ter vindo. É que seria um vexame horrível começar a tremer na frente dele...
"Calma, Anahi Puente", ordenou a si mesma.
Respirou fundo e subiu os degraus que levavam à galeria de arte, que nada mais era do que uma antiga loja de móveis reformada. Conforme foi se aproximando, ouviu música de gravador e o ruído de vozes e de riso.
O salão estava lotado de caminhoneiros bem vestidos e suas respectivas e felizes famílias. Havia também dois repórteres com máquinas fotográficas e equipamentos de televisão num dos cantos.
Nas paredes, via-se uma longa fila de quadros e desenhos, todos eles com molduras de madeira. E havia também uma seção de esculturas perto da janela. Anahi deu graças a Deus pelo local ter ar condicionado, porque o calor que sentia, devido a todo o seu nervosismo, já estava passando da conta.
E foi aí que ela avistou Alfonso Herrera. Ele estava elegantíssimo, vestido com uma calça marrom de linho e uma camisa creme com os três primeiros botões abertos, que revelavam seu tórax bronzeado e másculo. E sorria, mostrando os dentes muito brancos.
Ele segurava uma escultura nas mãos, aparentemente admirando-a, para a grande felicidade do homem a seu lado, que devia ser o artista. A peça mostrava uma mulher curvilínea nua e Alfonso disse algo em voz baixa para o outro homem. Ambos riram.
Anahi ficou de longe, observando-o. As mãos dele na escultura fizeram com que ela se lembrasse das carícias em seu próprio corpo, e aí seu coração disparou de vez.
Foi naquele momento que Alfonso a viu. O sorriso dele ficou mais largo e seu rosto mudou. Agora, ele não parecia mais o homem confiante e seguro de minutos antes. Seu olhar era ansioso como o de uma criança em expectativa, seu sorriso feliz, mas um pouco hesitante.
— Srta. Puente — disse ele, do outro lado da sala, e caminhou em sua direção. Ela notou que as cabeças viraram e todos olharam para eles. Anahi sabia que os contatos sociais entre os empregadores e líderes sindicais eram, no máximo, distantemente amigáveis. Patrões eram patrões, sindicato era sindicato. As duas partes não costumavam se misturar.
Tudo isso só serviu para agravar ainda mais o nervosismo de Anahi. Era impossível ver Alfonso Herrera e conversar com ele sem ficar vermelha. Não deixava de ser ridículo uma mulher da idade dela agir como uma adolescente ao se encontrar com o primeiro amor, mas ela simplesmente não conseguia evitar.
Alfonso estendeu-lhe a mão, sorrindo. Ela respondeu ao cumprimento e, como esperava, sentiu o mesmo choque que experimentara na primeira vez que ele a tocara.
— Que bom que está aqui — disse Alfonso, baixinho.
Ela estava pensando em alguma coisa para dizer, quando foi salva por um conhecido de Alfonso, de cara vermelha, que se aproximou e tocou no braço dele.
— Ei, rapaz, como é que foi a sua conferência? Estou louco para saber!
— A conferência foi a mesma... —Alfonso interrompeu a frase e olhou para Anahi, que percebeu que ele estava reprimindo um palavrão, exatamente como Mike Puente fazia em sua presença. Não pôde deixar de sorrir. — Foi a mesma chatice de sempre — continuou. — Estou contente por estar de volta.
"Então ele esteve viajando", pensou Anahi. "Vai ver que foi por isso que não me telefonou..."



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Autor(a): ayaremember

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Aí Alfonso apresentou o tal homem de cara vermelha a Anahi, que reconheceu seu nome como sendo o de um importante líder sindical. Ele logo se afastou, deixando os dois novamente a sós. Então, indiferente à multidão que os observava, Alfonso olhou bem fundo nos olhos dela.— Eu senti a sua falta, Anahi Puente.— E você ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 19



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  • franmarmentini Postado em 18/05/2014 - 20:58:02

    essa história foi muito linda!!! amei ;)

  • franmarmentini Postado em 18/05/2014 - 20:03:53

    to super emocionada :( anda any vai atraz do poncho!!!!!!

  • franmarmentini Postado em 09/05/2014 - 06:49:23

    ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii

  • steph_maria Postado em 07/05/2014 - 22:19:33

    Owwwww o Alfonso é tão romântico é quase um homem perfeito, adorando a web é tão linda, espero que Alfonso não mude pela pressão do sindicato =/

  • franmarmentini Postado em 05/05/2014 - 19:39:26

    mas pq any ta tão irredutível assim meu deus...ele não fez nada pra ela poxa!!!

  • steph_maria Postado em 02/05/2014 - 22:56:18

    Anahi se afastando dele poxa e eu pensei que ele que ia acabar magoando ela =/ quero mais posts!!

  • franmarmentini Postado em 29/04/2014 - 07:03:11

    ;( poxa não quero eles separados.

  • franmarmentini Postado em 24/04/2014 - 21:31:15

    continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

  • belle_doll Postado em 24/04/2014 - 20:29:24

    UP............. UP............. UP............. UP............. UP............. UP............. UP............. UP............. UP............. UP.............

  • franmarmentini Postado em 23/04/2014 - 16:20:29

    to amando a fic*


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