Fanfic: Por um encontro de amor - AyA - Adaptada - Finalizada | Tema: AyA
Aí Alfonso apresentou o tal homem de cara vermelha a Anahi, que reconheceu seu nome como sendo o de um importante líder sindical. Ele logo se afastou, deixando os dois novamente a sós. Então, indiferente à multidão que os observava, Alfonso olhou bem fundo nos olhos dela.
— Eu senti a sua falta, Anahi Puente.
— E você me mandou flores — disse ela em voz baixa, incapaz de controlar seu sorriso trêmulo. — Elas eram lindas.
Estar tão próxima de Alfonso era perturbador e ela desejou que ambos não estivessem num lugar público. Com certeza, sua excitação era óbvia para todos que a observavam. Anahi tinha consciência de que seu rosto estava vermelho como fogo.
Por isso, foi um enorme alívio quando ela ouviu seu nome ser chamado:
— Srta. Anahi!
Virou-se e viu um homem grisalho e sorridente que se aproximava.
— Sam! — exclamou, feliz. — Mas que prazer em vê-lo aqui!
Era Sam Sposato, um dos funcionários mais antigos da companhia.
— Não me diga que você está expondo algum trabalho...
— Estou, sim! — disse o animado Sam. — E fico muito feliz em ver a senhorita aqui, esta tarde. E você também, Alfonso. Não esperava que viesse à exposição.
— Ora, Sam, eu estava louco para ver o que vocês fazem nas horas de folga... tirando a televisão, é claro!
O velho sorriu e estudou Anahi e Alfonso com cuidado.
— Quem diria! A caçulinha do grande Mike Puente conversando bem juntinho de Alfonso Herrera. Nem dá para acreditar!
Ambos se entreolharam. E ninguém abriu a boca. Ela tentou imaginar o que Alfonso estaria pensando. Certamente a mesma coisa que a assombrava desde o dia em que soubera quem era ele: no fato de que ambos estavam em lados opostos e jamais poderiam se envolver um com o outro. Mas agora já era tarde. Anahi sentia-se cada vez mais atraída por ele, por ele inteiro, seu rosto e corpo, sua boca e mãos. Até o som de sua voz fazia com que ela sentisse arrepios de excitação.
Então, para quebrar o silêncio e temendo que o desejo estivesse estampado em seus olhos, Anahi disse rapidamente:
— Ora, Sam, por que é que estamos aqui de pé? Quero ver os seus quadros! — E, deliberadamente, acrescentou: — Afinal, é para isso que eu estou aqui!
Ela não olhou diretamente para Alfonso e não ficou sabendo qual foi sua reação ao ouvir aquilo. Só escutou o que ele disse, logo depois:
— É por isso também que eu estou aqui.
Os três foram até onde estavam os quadros de Sam Sposato. Em cima das gravuras, via-se uma placa com o nome da companhia.
Anahi examinou as pinturas a óleo com cuidado e ficou impressionada com a habilidade do velho italiano. Como é que um homem com as mãos calejadas pelo trabalho conseguia pintar com tanta sensibilidade? O quadro que ela mais gostou mostrava uma rosa, uma simples rosa vermelha num vaso branco e azul. Mas nada era tão simples assim, quando se estudava a pintura com mais cuidado. A rosa tinha um brilho especial que a fazia parecer um objeto nebuloso e as sombras azuladas da pintura enfatizavam ainda mais o ar romântico do trabalho.
— É maravilhoso, Sam! — exclamou ela, animada. — Vou ficar com ele. Quanto é?
Sam hesitou por alguns instantes.
— Bem, para a senhorita, é...
— Negativo. Não tem nada de "para a senhorita". Quero pagar a quantia estabelecida.
Anahi então deu uma olhada na moldura e viu que o preço estava marcado. Abriu a bolsa, fez um cheque e o entregou a Sam.
O rosto do velho iluminou-se de alegria.
— Como fico contente que a senhorita tenha gostado...
— Gostado? Eu simplesmente amei o quadro! Posso levá-lo agora mesmo? Mal posso esperar para colocá-lo em casa. Ou quem sabe no escritório?
Alfonso sorriu diante da ansiedade de Anahi.
— O que você me diz disso, Rembrandt? Ela pode levar o quadro agora?
— Mas é claro que pode! As câmaras de tevê já passaram por ele, sabe? Deixe-me desprendê-lo... Aqui está ele, srta. Puente. E muito obrigado.
— Sou eu que devo agradecer, Sam. Seu trabalho é lindo!
Foi só depois que o triunfante Sam se afastou com o cheque na mão que Anahi notou que o vice-presidente do sindicato, o cara de águia com bico e tudo, Aaron Weinfeld, e o secretário-tesoureiro, o Papai Noel Bernie Halloran, estavam por perto, vigiando-a. E ela teve medo de que ambos estivessem desconfiados de alguma coisa. Então, quando Alfonso sugeriu:
— Posso ajudá-la a levar o quadro para casa? — Anahi sentiu-se gelar.
CAPÍTULO IV
— Não, obrigada — Anahi acabou dizendo. — O quadro é leve e posso carregá-lo sozinha.
A resposta foi tão direta que o deixou completamente sem ação.
— Bem, acho que já vou indo — continuou ela. — Está muito tarde e eu...
— Mas você ainda nem viu os outros quadros! — interrompeu-a Alfonso, segurando seu braço. — Nem as esculturas! Não pode ir embora agora!
Anahi tentou livrar-se daquele toque.
— Sinto muito, mas preciso realmente ir embora...
Mas Alfonso era muito persistente.
— Ora, você ainda nem viu os quadros dos outros funcionários da Puente! — Ele tirou o quadro da mão dela. — Deixe que eu seguro isto para você. Venha comigo, vamos dar uma olhada nos outros trabalhos.
Anahi percebeu que ambos estavam chamando a atenção das pessoas em volta e resolveu ceder. Só que estava louca da vida por ser vista ao lado dele. Não havia uma só pessoa na exposição que não estivesse olhando para eles e aquilo a irritava profundamente. Mas o pior de tudo era sentir a presença fascinante de Alfonso a seu lado, sentir seu perfume natural almiscarado e saber que ele jamais seria seu.
Então, após dar uma rápida olhada nos quadros expostos, virou-se para Alfonso e tentou dar um sorriso.
— Eu sinto muito, mas preciso mesmo ir embora. Tenho um jantar hoje à noite — mentiu.
Alfonso franziu a testa, mas respondeu calmamente:
— Está certo. Mas posso pelo menos levar o quadro até a sua casa?
Anahi foi firme em sua resposta:
— Não, obrigada. Pode deixar que eu mesma o levo.
— O.K., como quiser. Bem, obrigado por ter vindo, Anahi, quero dizer, srta. Puente. Até... a próxima reunião.
Ela pegou o quadro das mãos dele antes que mudasse de idéia, acenou para Sam Sposato e deixou a exposição o mais depressa possível.
Poucos minutos depois, enquanto esperava um táxi na Sétima Avenida, ouviu um assobio atrás de si. Um táxi estava se aproximando. E, determinada a não deixar que ninguém o roubasse, Anahi adiantou-se em direção do carro.
O táxi parou perto da calçada e ela ia abrir a porta quando alguém surgiu atrás dela, pronto para roubar-lhe a condução.
— Ei, esse táxi é meu! — exclamou ela com raiva, virando-se para ver quem era o intruso.
Era Alfonso Herrera.
— Eu acho que esse táxi é nosso, Anahi Puente...
— Ei, vocês dois — gritou o motorista de dentro do carro. As buzinas soavam altas atrás dele. — Querem fazer o favor de decidir logo? Estamos atrapalhando o trânsito.
Alfonso quase empurrou Anahi para dentro, entrou também e fechou a porta, dando ao motorista o endereço dela.
O carro deslizou pela avenida e Anahi procurou se ajeitar no banco.
— Não é justo — murmurou. — Você entrou no meu táxi sem permissão.
— Seu táxi? Ora, srta. Puente, não sabia que, além da frota de caminhões, também possuía uma frota de táxis... Mas que interessante! Preciso organizar um sindicato de motoristas de praça! — E sorriu ironicamente.
— Maldição! Você adora brincar, não é, Alfonso Herrera?
— Não quis irritar você, acredite...
— Pois irritou!
O táxi continuou seu caminho. Só que o motorista não devia estar nos seus melhores dias, uma vez que passou dois sinais vermelhos e quase atropelou um homem que passeava com seu cachorrinho. Anahi prendeu a respiração diante de tais barbeiragens e achou melhor parar de discutir com Alfonso e segurar-se firme no banco. No que pareceu uma simples questão de segundos, o táxi parou diante da casa dela.
— É aqui? — grunhiu o motorista.
— É — responderam os dois em coro. Alfonso pagou a corrida e ambos deixaram o carro.
Na calçada, ela disse, apenas:
— Obrigada. Até logo, Alfonso.
— Gostaria de acompanhá-la até a porta e...
— Não precisa.
— Mas eu faço questão...
— Já disse que não precisa!
"Acho que vou gritar", pensou ela. Era insuportavelmente irritante, uma verdadeira loucura, sentir tanta atração por um homem proibido que não podia ser seu. Deus do céu, ela tinha que admitir que ele estava mais bonito do que nunca...
— Já disse — repetiu Anahi, quase em desespero. — Tenho um jantar e preciso me vestir.
— Cancele o jantar — disse ele, calmamente. — Por favor, Anahi...
— Não posso fazer isso. Ou melhor, não quero. Agora, se me dá licença...
E caminhou decidida até a porta.
— Espere!
Ele correu atrás dela.
— Preciso conversar com você, Anahi. Não vê que é muito importante para mim? Se quiser, nem preciso entrar. Posso falar aqui fora mesmo. Mas, por favor, me dê essa chance.
Ela estava encurralada. Sua vontade era de largar o quadro e abraçar Alfonso, convidá-lo para entrar e, assim que a porta se fechasse, implorar para que ele fizesse amor com ela. Mas Anahi sabia muito bem que envolver-se com aquele homem seria sua ruína.
— Por favor — Alfonso voltou a pedir. — Não vou tomar o seu tempo, eu prometo...
Ela deu um suspiro alto.
— Tudo bem, então. Vamos entrar um pouco, já que essa é a única maneira de eu me livrar de você.
Minutos depois, já dentro da sala de estar, Anahi encostou o quadro numa cadeira e olhou para Alfonso.
— Muito bem, estamos aqui, Sr. Herrera. Incomoda-se de dizer logo o que quer?
— De maneira alguma, senhorita. Vou direto ao ponto. O que eu quero agora é isso...
Então, Alfonso a enlaçou com seus braços enormes e forçou seus lábios contra os dela. Anahi tentou resistir, mas em poucos segundos toda a sua resistência caiu por terra. Seu corpo estava colado no dele e ela sentiu-se em fogo. Naquele momento, a sensatez desaparecera de sua mente; tudo o que importava era ficar, ali, sentindo aquele corpo másculo contra o seu.
Anahi perdeu a noção do tempo. A língua de Alfonso invadia sua boca, provocando-lhe arrepios de prazer, deixando-a trêmula. E ela o deixava ainda mais excitado, com suas carícias na nuca e nas costas. Ambos estavam tão colados um ao outro que Anahi pôde sentir a dureza masculina de Alfonso contra seu corpo.
De súbito, ele parou de beijá-la. Estava ofegante, o calor de sua respiração refletindo-se na boca e no cabelo dela. E murmurou numa voz rouca:
— Anahi, minha Anahi, me deixe ficar, me deixe ficar... Pelo menos converse comigo... — Seu olhar era doce e ele continuava a implorar. — Converse comigo, por favor...
Tudo aquilo mais parecia um sonho. As coisas saíam dos eixos cada vez que Alfonso Herrera a tocava, mas agora que ela conseguia raciocinar um pouco seus pensamentos começavam a ficar mais. claros. Ele tinha razão. Precisavam conversar. Não que isso fosse adiantar muito, uma vez que as barreiras entre eles eram mesmo intransponíveis. Mas pelo menos teriam chance de discutir a delicada situação em que se encontravam.
— Venha — disse ele, pegando sua mão e levando-a para o sofá.
Anahi fez questão de se sentar um pouco afastada dele. Se Alfonso tocasse seu corpo de novo, não teria condições de raciocinar por nem mais um minuto sequer.
Ele não a tocou. Limitou-se a tirar um cigarro do maço e a perguntar se o fumo a incomodava.
— É claro que não — murmurou ela.
Alfonso pegou o isqueiro de cima da mesa, acendeu tranqüilamente o cigarro e Anahi não pôde deixar de admirar a calma e o admirável controle que aquele gigante maravilhoso tinha sobre seus próprios sentimentos.
— O que aconteceu na exposição, Anahi? — A voz dele mostrava-se calma e pausada. — Você me pareceu tão feliz quando chegou à galeria... E depois, ficou fria e distante...
— Não aconteceu nada na exposição, acredite... — Anahi tremia enquanto falava. — O que acontece é que a nossa situação é muito difícil e não vejo solução para ela...
Alfonso deixou o cigarro no cinzeiro e tomou-lhe a mão.
— Pois eu vejo solução, sim, minha querida.
Ela esquivou-se daquele contato e notou o ar desapontado no rosto dele. Mesmo a distância, Alfonso Herrera tinha o dom de confundi-la. Anahi já estava achando difícil coordenar os pensamentos e respirou fundo para se acalmar.
— Não, Alfonso, você está errado... Como pode haver uma chance entre nós, se estamos destinados a lutar em campos opostos durante o tempo todo?
— É você que está errada, querida. Não se esqueça de que existe algo, muito forte entre nós... e isso é mais importante do que tudo. Ah, Anahi, eu fico completamente louco quando olho para você!
Ele se aproximou e tentou lhe beijar a boca. Mas ela recusou.
— Pare com isso! — Sua voz estava tensa, pois Anahi sentia vontade de chorar. — Não vê que qualquer relacionamento entre nós nunca vai dar certo? Pense um pouco, Alfonso. Ninguém, nem do meu lado, nem do seu, jamais vai nos deixar em paz. O que é que pode existir entre nós, a não ser problemas?
Alfonso se aproximou para beijá-la.
— O que pode existir entre nós é isso, Anahi querida...
Ela se levantou rapidamente, evitando-o.
— Não torne as coisas mais difíceis ainda, por favor! Não vê que o nosso caso é mesmo impossível?
Ele também se levantou.
— Se você pensa que eu vou desistir assim tão facilmente, está redondamente enganada, garota. Agora, que tal jantar comigo?
— Eu já disse que tenho um compromisso para hoje à noite.
Anahi quase que se arrependeu pela mentira. Na verdade, o que mais desejava na vida era ficar ao lado dele naquela noite, levá-lo para a cama e fazer amor até ficar exausta. Mas isso tudo só serviria para piorar as coisas ainda mais.
— Você não pode desmarcar o seu compromisso, Anahi?
Ela balançou a cabeça.
— Não, Alfonso. Não posso fazer isso.
— Tudo bem, tudo bem. — Ele deixou escapar um suspiro. — Mas diga ao homem com quem você vai sair que hoje é a última vez.
E, dizendo isso, beijou-a de leve no rosto e caminhou em direção à porta. Anahi deixou-se cair no sofá, perdida em pensamentos.
Autor(a): ayaremember
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Na segunda-feira, ao chegar ao escritório às oito horas da manhã, Ruth Wiley encontrou Anahi trabalhando em sua sala.— Ora, ora, caiu da cama? — perguntou a sorridente secretária.Não, ela não havia caído da cama coisa nenhuma. Aliás, não tinha conseguido pregar o olho durante as noites do fim de seman ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 19
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franmarmentini Postado em 18/05/2014 - 20:58:02
essa história foi muito linda!!! amei ;)
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franmarmentini Postado em 18/05/2014 - 20:03:53
to super emocionada :( anda any vai atraz do poncho!!!!!!
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franmarmentini Postado em 09/05/2014 - 06:49:23
ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
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steph_maria Postado em 07/05/2014 - 22:19:33
Owwwww o Alfonso é tão romântico é quase um homem perfeito, adorando a web é tão linda, espero que Alfonso não mude pela pressão do sindicato =/
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franmarmentini Postado em 05/05/2014 - 19:39:26
mas pq any ta tão irredutível assim meu deus...ele não fez nada pra ela poxa!!!
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steph_maria Postado em 02/05/2014 - 22:56:18
Anahi se afastando dele poxa e eu pensei que ele que ia acabar magoando ela =/ quero mais posts!!
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franmarmentini Postado em 29/04/2014 - 07:03:11
;( poxa não quero eles separados.
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franmarmentini Postado em 24/04/2014 - 21:31:15
continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
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belle_doll Postado em 24/04/2014 - 20:29:24
UP............. UP............. UP............. UP............. UP............. UP............. UP............. UP............. UP............. UP.............
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franmarmentini Postado em 23/04/2014 - 16:20:29
to amando a fic*