Fanfic: Um Amor Diferente | Tema: Anahí - Alfonso - Romance - Hot - Drama - Amizade

A viagem havia sido longa. Anahí deitou a cabeça no banco confortável do carro, e fechou os olhos. As lembranças daquela horrível noite voltavam em sua cabeça com tanta força que ela simplismente desejava esquecer cada ato e cada momento simplesmente vivido ali.
Quando aquele lobo e aquele vampiro apareceram brigando daquela forma, Anahí nunca pensou que poderia acabar sendo uma deles. Ela não deveria ter sobrevivido, assim como sua mãe, ela deveria ter morrido.
Agora estava indo rumo ao pequeno vilarejo onde um antigo amigo da família morava. Anahí não sabia como e nem o porque, mais sua mãe conhecia um lobisomem e era para perto dele que ela estava indo agora. Talvez melhorar e aprender a viver com isso, ou talvez não morrer pelo primeiro que descobrisse o que ela era.
Não importava, agora ela estava sozinha e sem ninguem no mundo, esse homem era o que chegava mais perto de alguem na sua vida, mais ela não o conhecia e nem sabia o que ou quem ele era.
O motorista diminuiu a velocidade e subiu por uma rua estreita. A rua era tão perfeita, tinha pequenas e luxuosas casas se extendendo por ela. Alguns dos muros das casas eram fechados por plantas trepadeiras deixando tudo ainda mais lindo e colorido.
No final da ladeira ele parou, em frente a uma linda casa. O portão era enorme e não dava para ver muita coisa, ele era dourado e de uma forma bem antiga e peculiar.
O motorista abriu o portão com um pequeno controle e entrou com o carro, logo depois o portão se fechou novamente. Depois do portão principal, a propriedade era enorme. A casa ficava no meio de um enorme quintal e na parte de trás se extendia uma enorme floresta fechada. A propriedade era ainda mais bonita por dentro. O jardim era perfeito, bem verdinho e bem tratado, muito colorido e bem dividido, separando uma parte para o carro, que ia até a garagem, e outra para andar, que levava até a porta principal. Esses dois caminhos, para carro e pessoas, eram feitos por pedras pressas no chão de uma forma desajustada e perfeita. A casa era enorme, aparentava ter três andares, era toda de pedra e vidro. Uma arquitetura perfeita, com mistura antigas e novas.
Da porta principal saiu um homem alto e forte. Os cabelos eram escuros e a pele bronzeada. Ele vestia camisa social preta e a calça jeans era da mesma cor. O rosto dele não era velho, mais rancorozo. Não havia sorriso, nem brilho e muito menos felicidade naquele olhar tão traiçoeiro e pespicaz. Ele cruzou os braços no tórax e esperou o carro se aproximar. O motorista parou o carro deixando a porta de Anahí de frente para o tal homem parado no pé das escadas que levavam a entrada. Anahí soltou o sinto e, assim que o motorista abriu a porta, ela desceu.
Não havia sol naquele dia, o tempo estava chuvoso e nublado. A claridade afetou seus olhos, deixando-a irritada. O homem passou os olhos por ela, avaliando cada feição, gesto ou olhar dela.
- Anahí? - Ela assentiu, ele extendeu-lhe a mão. - Prazer, sou Willian.
- Prazer. - Ela lhe apertou a mão com delicadeza, ele se afastou do toque com tal rigidez que a deixou confusa.
- Sinto muito pela sua mãe, Helena era uma de minhas melhores...amigas. - Ele murmurou, o tom de sua voz era calmo e baixo, se não fosse pela perfeita audição, Anahí nunca teria entendido nada. - Vamos entrar, irei te apresentar para Antonia e os outros empregados. - Ela quase não via os lábios, grossos e rosados dele, se mexerem com cada palavra dita. - Xavier, leve as malas dela para o quarto.
O motorista assentiu e retirou as malas do carro subindo as escadas apressado. Willian extendeu a mão, lhe indicando o caminho, Anahí começou a subir as escadas quando ouviu um barulho vindo do fundo da propriedade, vozes femininas e masculinas, gargalhadas e algumas batidas a assustaram.
- Quem são? - Ela se voltou para ele, observando seu olhar zangado.
- Você os conhecera em breve. - Ele foi curto. - Se limpem e venham para a sala. - Anahí percebeu que aquelas palavras não eram para ela, os barulhos cesaram junto com a frase, seja quem fosse o respeitava bastante.