Fanfics Brasil - ~Sonhos Perdidos~ Sonhos Perdidos

Fanfic: Sonhos Perdidos | Tema: Lançamento


Capítulo: ~Sonhos Perdidos~

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Presságio

Você já parou para pensar que hoje pode ser seu último dia? Se você é uma pessoa saudável e já pensou, imagine uma pessoa com uma doença terminal, tente se por no lugar dela, tente sentir o medo e a tristeza e assim tente me entender. Todos os dias quando acordo, eu penso que a qualquer momento pode ser meu fim. Os médicos disseram que não passo de um ano, no máximo, mas disseram que enquanto faziam meus enxames notaram algo “incomum”, algo que nunca haviam isto em nenhum outro humano, ou até mesmo em algum ser, eles contaram a minha mãe que no meio do meu coração havia uma ave que brilhava insanamente. Mas como os médicos, sempre fazem, inventaram uma explicação lógica para o acontecido, eles disseram que o aparelho estava com defeito, por isso foi emitida uma luz que tomou forma de uma ave brilhante, eu não sei se existe uma ave em mim, mas que a algo de diferente em mim, isto há.




Abril
Dia: 01
Local: Brasil- Em minha cama

Ontem eu descobri que tenho uma doença em estágio terminal, simplesmente não sei o que fazer, estou totalmente sem chão, em um dia eu era apenas uma garota excluída, irmã da garota mais popular da cidade, e no outro sou uma garota com data de validade perto do prazo final. Eu não sei o que fazer, se houver alguém aí em cima, não me deixe morrer, não me deixe ir, eu não posso dizer adeus tão rápido, ainda tenho coisas para viver, tenho coisas que desejo fazer, tenho sonhos e objetivos eu vos suplico, não me deixe ir, não me abandone no momento que eu mais preciso, me responda por favor, me dê um sinal, uma luz, algo que me diga que ainda posso seguir em frente...




Dia: 02
Local: EUA - Em algum Hospital

Mais cedo, embarquei em um avião por volta das 07:05 da manhã, viajei do Brasil até aqui apenas para ouvir um médico dizer o que eu já sabia, seu nome é Dr. Marcontini, ele é alto tem por volta de 60 à 70 anos, é alto, magro, cabelos e sobrancelhas grisalhas, olhos azuis, atrás de um óculos de grau quadrado, vestido em um jaleco branco. Ele olhou para meus pais e soltou um suspiro ─ Querida Lizandra, nos dê alguns minutos ─ Dr. Marcontini tinha um sotaque meio italiano, achei isso estranho porque ele falava português fluente, mas estávamos no EUA.
Eu assenti com a cabeça. Ele sorriu para mim, seus dentes eram tão brancos que poderiam cegar alguém se refletissem a luz solar. Eu me levantei da cadeira que estava sentada, me pus de pé, caminhei até a porta e olhei para minha mãe, ela sorriu para mim como quem diz “Vá em frente” . Alguns minutos depois ouvi um choro contido de alguém, era minha mãe, logo após a voz grave que dizia:
─ Sei que é difícil querida, porém temos que nos manter fortes, por ela
─ Não posso ser forte o tempo todo
─ Ela irá precisar de você, agora mais do que nunca , seja forte ─ As palavras de papai, pareciam ter tocado mamãe, pois o choro desapareceu e um longo silêncio se estendeu, até que papai continuou: ─ Mary minha querida você é forte, sei o quanto é difícil, até porque ela também é minha filha, mas você tem que demonstrar não está abalada.
A porta se abriu vi papai abraçado com mamãe, mamãe estava enxugando o rosto com as costas das mãos. Dr. Marcontini falou em um tom abalado: ─ Entre, minha querida!
Eu entrei novamente na sala, só que não havia notado que tudo que havia naquela sala era branco, dos moveis até o piso.
─ Eu já sei doutor ─ eu disse ─ Vou morrer
─ Não desista minha pequena, a tecno... ─ Eu o interrompi
─ Não minta para mim, no Brasil, disseram que não passo de um ano, quanto tempo o senhor me dá?
Dr. Marcontini parecia abalado ─ Um ano no máximo, mas se você perder tempo se lamentando, será muito menos.
Eu não sabia o que realmente estava sentindo eu não conseguia pensar em nada que não se referisse a minha morte, eu queria chorar e me cortar e fazer toda essa dor passar, mas apenas chorei todo o dia e quando estávamos retornando ao Brasil não falei uma palavra sequer, apenas chorava, meus pais olhavam-me com uma cara de “Vamos lá, você consegue”, porém não falaram nada, eles apenas respeitaram meu silêncio.



















Dias: 03, 04, 05 e 06
Local: No meu quarto

Os 4 dias seguintes a minha viagem ao Estados Unidos, foram totalmente iguais, a Sra. Luna, batia na porta do meu quarto, deixava minha comida e ia embora, ah! A Sra. Luna é nossa cozinheira ela tem 68 anos, bem conservada é branca, tem cabelos verdes, quase sempre está vestindo vestidos longos e floridos. Sim, voltando, eu escova os dentes, tomava banho e blá-blá-blá, ouvia minhas músicas depressivas o dia todo e lia meus livros favoritos: A Culpa é das Estrelas, Um Amor Para Recordar, Harry Potter, Percy Jackson, Jogos Vorazes, Nárnia, A Última Música, entre outros. Quando a dor de saber que você irá “explodir” a qualquer momento batia eu aumentava o volume do som e ia ao banheiro, ligava o chuveiro e pegava qualquer objeto cortante que estivesse por perto, e começava a me cortar, eu sempre me cortava na parte superior da perna, porque é um lugar pouco visível e ninguém descobriria, enquanto a água batia em meus cabelos e eu chorava por ter que morrer a qualquer hora, a água batia em meus cortes, doía, mas por um tempo eu esquecia da dor da morte. Isso é uma injustiça eu sou tão jovem para morrer, eu supliquei a qualquer Deus que me desse um sinal que eu ficaria viva, mas nada, nem um sinal, nem recado, nem milagre, nada! Durante os quatros dias, tudo acontecia do mesmo jeito.




















Dia: 07
Local: Em algum lugar

Quando acordei pela manhã, eu me senti pior do que eu já estava, abri a porta para pegar meu café da manhã e me deparei com meu melhor amigo (e um dos únicos amigos que tenho), com a bandeja nas mãos, ele abriu um grande sorriso acolhedor e eu forcei um sorriso. Ele entrou no meu quarto sem eu ao menos convidar, colocou a bandeja sobre o criado-mudo e sentou-se em minha cama, olhou-me
─ Você tem alguma novidade?
Eu retirei o sorriso do rosto ─ Sim
Ele me olhou como se estivesse tentando me entender ─ Qual?
Contei-lhe toda a história da minha doença, de como eu estava me sentindo, de como eu estava lhe dando com a doença e por último pedi que ele guardasse segredo.
─ Mas você não deve se deixar abater pela doença
─ Eu sei, mas é difícil se olhar no espelho e ver uma bomba-relógio
─ Você não é uma bomba-relógio
─ Sim, eu sou, com cada segundo contado para minha destruição
─ Então senhorita, bomba-relógio, vamos aproveitar, cada segundo como se não houvesse amanhã, vamos esquecer essa doença, você é linda, todos somos bombas-relógios, pois Deus já escolheu o dia da nossa destruição, agora vá se arrumar, para descermos e falarmos com as pessoas normais
Ele me abraçou e tudo parecia estar bem, ah Nico, seu idiota você me faz tão bem. O Nico tem 1,75 m, pele morena, olhos verdes claros, musculoso, joga pelo time de vôlei da escola, o cabelo dele é cheio de dreads e tem uma tatuagem de um pegador de sonhos na costela. Me arrumei, ele me abraçou descemos conversamos com todas as pessoas, assistimos ao meu filme favorito Um Amor para Recordar, comemos chocolate e pipoca, tomamos vários refrigerantes, foi a melhor coisa da minha vida, queria que ele ficasse mais tempo, pelo menos para o almoço, no entanto hoje é o dia que ele presta serviços comunitários. Almocei e fui para o meu quarto, fiquei pensando na minha vida e toda a dor voltou, voltou como uma avalanche destruindo tudo em mim. Eu me sentia soterrada, sem forças para nem sequer erguer a cabeça. Sabe quando nada na sua vida faz mais sentido, e você só quer que a dor passe, você tenta conter as lágrimas, mas elas jorram como uma cachoeira, porém você não quer demonstrar fraqueza, no entanto dessa vez eu não me cortei, eu fiz algo para me sentir melhor, eu fiz algo para me sentir infinita, eu coloquei a música que eu mais amo no mundo “Clarity – Zeed” para tocar e coloquei-a em modo de repetição, peguei minha bicicleta e pedalei até uma pista antiga, onde quase não se tem movimento de qualquer meio de transporte, abri meus braços enquanto pedalava, a música tocava e pela primeira vez eu me senti completa, infinita, eterna, foi aí que eu pensei “Vou deixar que a tristeza seja atropelada pela minha locomotiva de felicidade, vou atropelar a dor com o amor, vou flutuar nos meus sonhos, caminhar sobre o amor e pisar na dor, vou ser feliz independente do que aconteça, vou ser feliz, não vou deixar minha doença me vencer, vou viver como se não houvesse amanhã”. Enquanto eu pensava, lágrimas percorriam meu rosto, mas não eram de tristeza e sim de felicidade, pela primeira vez eu era eterna, eu estava completamente feliz, eu estou infinita, mesmo sabendo que a felicidade é momentânea vou transformar fazer desse momento eterno, no meu pequeno infinito.
Eu fechei os olhos enquanto pedalava, soltei os braços e continuei a pedalar, bati em alguma coisa ou em alguém, e isso fez com que eu caísse da bicicleta, abri os olhos e me deparei com um garoto de pele morena, olhos castanhos claros, com um corte de cabelo estilo surfista, uma camisa laranja do Acampamento Meio-Sangue, ele era alto e musculoso, me lembrava muito o Nico( o Nico meu amigo não o Nico di Angelo), ele olhou diretamente nos meus olhos, tudo passou em câmera lenta, era estranho porque eu sentia meu corpo flutuar, tudo estava mais bonito, quando ele olhou diretamente nos meus olhos era como se penetrasse minha alma e descobrisse minha essência, foi estranho porque nunca senti isso, era como se ele me completasse.
Ele levantou, limpou a poeira da sua roupa, pois havíamos caído no acostamento que era todo de areia, ele então me estendeu a mão, eu dei a minha, sua mão era fria, mas dava para sentir seu coração quente, quando me levantou algo de estranho acontece, eu me senti como uma explosão de fogos de artifício, tudo bem que eu estava completamente feliz, mas esse “encontro” me fez sentir uma felicidade inigualável. Ele me olhou
─ Você está bem?
─ Sim e vô...vô...você?
─ Sim, sim, perdão, eu devia ter desviado da sua bicicleta
─ Não, não, foi culpa minha eu que estava de olhos fechados, pura imprudência, foi porque eu pensei que ninguém vinha aqui
─ Eu nunca vi ninguém aqui, eu só venho pra cá quando preciso pensar, esse lugar me dá uma felicidade que é inexplicável
─ Comigo acontece o mesmo, me desculpa por eu ter te atropelado? Tem certeza que não está machucado?
─ Não precisa se desculpar, eu não me machuquei, e essa “batida” foi a melhor coisa que me aconteceu
Senti meu rosto corar, eu não sabia o que falar, acho que pela primeira vez estava amando alguém e foi amor a primeira vista ou batido ─ Mas como é seu nome?
─ Arthur e o seu?
─ Lizandra ─ Eu sorri para ele e ele sorriu para mim acho que não é tão normal as pessoas se conhecerem por um “acidente”, mas quem sabe esse acidente não tivesse que acontecer ?!!!
Conversamos por 2 horas eu acho e descobri que a cada minuto que ele passava ao meu lado eu amava-o mais, mas nós nunca pode poderíamos ficar juntos ele é um cara saudável e eu sou uma garota com uma doença terminal, ele mora perto da minha casa tem duas irmãs, uma de 5 anos e a outra de 1 ano, ele vai mudar de escola, pois seu comportamento na última escola não foi, digamos exemplar. Ah o melhor ele vai estudar na mesma escola que eu e vai me visitar amanhã. Eu sei você deve está pensando “Acorda Lizandra, você vai morrer e deixara uma pessoa te amando, se acontecer é claro”. Mas amanhã eu direi a ele que tenho uma doença terminal, será melhor, se não posso tê-lo como meu namorado, que pelo menos ele esteja ao meu lado como um amigo. Ele voltou pra casa comigo, me deu um abraço e um beijo na testa, me deixou na porta de casa :
─ Você foi a melhor coisa que me aconteceu, hoje e sempre
Eu corei de novo ─ Você é a melhor coisa ─ Não entendi também porque disse isso mais saiu.
Ele me deu outro abraço e disse em meu ouvido ─ Virei amanhã ─ Sério mesmo essa frase me fez ser a doente mais feliz do infinito e além.
Quando ele me virou para dar tchau, meu coração disparou, eu estava tão feliz, mas algo sobrenatural aconteceu, meu corpo ficou em puro brilho e uma grande chama dourada saiu dos meus pés e disparou para cima em uma grande coluna dourada que chegará ao céu. Foi nesse instante que todas as brigas no mundo cessarão as guerras pararam, todas as pessoas se abraçaram, foi o dia mais lindo que a terra já teve, por apenas alguns minutos toda terra se amava, Lizandra nem Arthur sabiam, mas Lizandra era muito mais que uma simples humana.
Foi muito estranho aquilo o Arthur olhou para o meu rosto sem entender e eu entrei em casa correndo, me tranquei em meu quarto, quando chegou a mensagem do Arthur “O que foi aquilo?” eu respondi “Não sei, por favor Arthur, me deixa quieta, amanhã conversamos” Ele respondeu “Preocupado, mas respeitarei seu silêncio, te amo”. Minha noite toda eu fiquei pensando nisso, até que peguei no sono.



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Autor(a): carneiros.m

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).




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