Fanfic: Despedida de Solteira - AyA | Tema: Ponny- Hot
Levantei da cadeira, disposta a seguir para a cafeteria e tirar aquilo a limpo. Ia armar o maior barraco mesmo. Podia até rolar socos e puxões de cabelo. Não precisava assistir ao vídeo, certo? Certo. Errado. Eu precisava assistir àquela porcaria. Chegar à cafeteria ignorante poderia ser uma enorme desvantagem.
Eu não queria dar socos na vadia sem saber os motivos reais. Tinha que ser forte e dar ao menos uma conferida. Só uma olhadinha básica. Tornei a me sentar e dei dois cliques no vídeo sem pensar duas vezes. A tela demorou a abrir, mas já deixei a setinha apontada para o "x". Seria rápido; uma espiadinha e eu encerraria a exibição. Dois segundos de puro horror se passaram até que o vídeo finalmente começou a ser exibido. Claro que o horror não passou depois que a primeira cena se desenrolou na minha frente. A imagem era nítida até demais, de modo que pude ver perfeitamente o Alfonso fodendo uma mulher loira de quatro. Ok, eu estava preparada para uma foda. Não, não estava preparada, mas pelo menos já imaginava. Eu só não fazia ideia de que ele podia foder alguém que estava completamente amarrada à cama, enquanto a chicoteava com força. Cada chicotada provocava um estalido que misturava gritos e gemidos. Comecei a pular de susto em cada um deles, enquanto mais lágrimas se acumulavam e escorriam em jorros fartos. Alfonso parecia estar se deliciando com aquilo. Seu olhar era brutal, o rosto se mantinha rígido, mas havia algo diferente nele. Não consegui ver o rosto da mulher loira, afinal, a maldita estava com a cara enterrada nos lençóis vermelhos. Aliás, tudo era vermelho, até a parede do fundo. O dossel da cama também era revestido por um tecido fino vermelho. Sim, reparei em tudo. Tudo mesmo, pois em vez de um segundo de foda, acabei assistindo ao vídeo até o fim.
Entre a angústia e o desespero que me fazia chorar alto, vi quando o Alfonso chicoteou a mulher
doze vezes – eu contei, pois ele a fez gozar na sétima e gozou depois da décima terceira. Ele gritou de prazer, mas seu urro foi mais alto e feroz do que o normal. O pior de tudo foi quando chamou o nome dela: Anastasia. Doeu. Doeu muito, muito mesmo. O vídeo não era tão longo assim. Foram apenas quatro minutos de puro terror. Os piores quatro minutos da minha vida. Só assisti uma vez – não sou masoquista como aquela mulher –, mas reparei em todos os detalhes. Até mesmo a data do vídeo, que era da semana passada. Busquei minha memória e percebi que havia sido um dia em que o Alfonso chegou tarde em casa. Super cansado. "Não... Não... É mentira! Ele jamais te trairia. Esse vídeo foi editado, Anahi." "E se..." "Não!" "Mas se o Alfonso estiver..." "Claro que não, Anahi!" "... Sentindo falta de..." "Para de pensar nisso, caramba!" Céus... Meu mundo virou de cabeça para baixo. De novo. Desesperada, só me restou fechar tudo e sair correndo. Passei pela loja como um foguete e corri até a cafeteria. Ainda com lágrimas nos olhos, procurei pelas poucas mesas do estabelecimento. Havia apenas uma mulher loira no local. Identifiquei muito rápido. Era ela. A ministra Fernanda Pires. “Eu vou te matar, filha de uma mãe!”, meu cérebro berrava enquanto ia me aproximando.
A cínica apenas me acompanhou com um olhar calmo e um sorriso doentio estampado na cara esticada. Pensei trezentas vezes em esbofeteá-la antes mesmo de falar alguma coisa. Assim que cheguei perto o bastante, lembrei-me de que ela era uma ministra e o fato de agredi-la acabaria sobrando para mim.
– O que quer? – vociferei depois que me sentei completamente sem jeito em uma cadeira de ferro diante dela. – Não vai tê-lo de volta. Desista.
Fernanda apenas sorriu ainda mais amplamente. A ideia de esbofeteá-la voltou. Cerrei os punhos e senti mais lágrimas quentes escorrendo. Que ódio!
– Você nunca o terá completamente, Anahi. Acho que quem deve desistir é você. – Impressionante como sua voz soava tranquila, tal qual quando a conheci na inauguração do estúdio.
Seus modos elegantes permaneciam intactos, e me perguntei se alguma coisa era capaz de atingi-la de verdade.
– Não seja ridícula. O que fez foi coisa de garota de colegial. Não caio em armadilhas infantis.
– Seu namorado é um garoto de programa. Sabia disso? Ele te contou?
– É claro que eu sei que o meu namorado é um ex-garoto de programa.
A louca parou de sorrir. Por aquilo ela não esperava. Ponto para mim. Infelizmente seu momento de contrariedade durou pouco. Ela logo voltou a exibir seus dentes brancos e perfeitos. Jogou os cabelos loiros e compridos para o lado e me olhou como se tivesse pena de mim.
– Ele te trai.
Dessa vez fui eu quem ri. Só que foi uma gargalhada, que se misturou com minhas lágrimas. Elas estavam incessantes, por mais que eu tentasse controlá-las.
– Você mente.
– Você é uma boa submissa, Anahi?
Meu Deus. Que louca!
– Não existe esse lance de apanhar e bater entre nós. Não me importa o que ele precisou fazer para te dar prazer, foi tudo um trato. Você não passou de uma cliente.
– Pode ser, mas é disso que ele gosta. Assistiu ao vídeo? Conseguiu ver a carinha de satisfação que ele fez? Eu sei dar prazer, você não.
Argh! A raiva já tinha ultrapassado os limites. Novamente precisei cerrar os punhos para não bater bem no meio da cara feia dela.
– Não vai colar comigo, Fernanda – murmurei ferozmente. – Esqueça. Conheço o Alfonso muito bem. Confio nele e sei que me ama. Seus esforços foram em vão, colocar uma data qualquer em um vídeo é a coisa mais fácil do mundo hoje em dia.
A vadia permaneceu silenciosa. O sorriso cínico ainda estava lá. Enxuguei as lágrimas e sorri também. Se era para ser cínica, abriríamos uma competição. Eu estava disposta a ganhar. Jamais deixaria aquela bruxa vencer.
– Estou tentando te abrir os olhos, Anahi. Gostei de você. Educada, gentil, bonita... Num instante arranjará outra pessoa. É nisso que dá tentar ser amiga.
– Agradeço muito a sua amizade, queridinha, mas o Alfonso é meu. Sinto muito, você perdeu.
Meio que me arrependi de ter dito aquilo. As consequências foram cruéis para que meu cérebro entendesse. Fernanda sorria em um segundo, já no outro apertava meu braço com força, enfiando unhas compridas na minha carne. Gemi de dor, olhando ao redor. Ninguém nos reparava, até porque nossa mesa estava um tanto afastada das demais. A maldita havia calculado até isso.
– Solte-me! – rosnei, puxando meu braço com força.
A unha dela se enfiou ainda mais em mim, provocando uma dor absurda. Não consegui me soltar.
– Você vai terminar esse namorinho estúpido hoje mesmo. – Sua voz agora parecia o grasnado de um ganso. Uma coisa horrível de se ouvir.
– Quero ver você me obrigar. – Puxei meu braço de uma só vez e consegui me afastar, mas percebi que estava sangrando.
Peguei um bolo de guardanapo e pressionei o ferimento. Céus... Que loucura era aquela? Minha cabeça latejava com tanta força que achei que fosse desmaiar. O estômago havia se transformado em pó, entretanto não daria a ela o gostinho de parecer uma fraca.
– Anahi, não me subestime.
– Você que está me subestimando. Não há nada que possa fazer para que eu me separe do homem da minha vida.
Ela riu.
– Venho te vigiando durante muito tempo. Será fácil demais contar aos seus pais que tipo de homem é o seu namorado. Sei onde eles moram. Sei seus nomes, idades... Sei tudo sobre eles.
Congelei. Arregalei os olhos ao máximo.
– Você é uma bandida.
– Não, meu bem... Não sou uma psicopata, jamais faria mal aos seus pais. Mas nada me impede de enviar aquele vídeo a eles. E a toda a sua família, um a um. O triste fim da minha sanidade.
Enfiei minhas unhas em seu braço com a maior força que reuni. Olho por olho, dente por dente.
Autor(a): Nana
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Conseguia sentir o ódio deixando minha visão embaçada. Quero dizer, achei que fosse o ódio, mas só eram as lágrimas. Fernanda tentou puxar o braço, mas cravei as unhas da outra mão também. Parecia um animal selvagem, mas e daí? Foda-se o mundo, só estava defendendo o que me pertencia. – N&at ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 374
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queren_fortunato Postado em 08/05/2016 - 09:02:26
Não me canso de ler essa fanfic, é a melhor de todas,e esse final que PERFEITO <3
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jessAyA Postado em 20/02/2016 - 18:57:57
Melhor fanfic que já li na minha vida. Obrigada Nana.
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anniepuente Postado em 26/10/2014 - 02:16:59
Acho que vou... Chorei! Puts, estive sumida e ainda to no capitulo "1 ano, 3 meses e 3 dias depois... -Por Jéssica", mais tinha que comentar pra não pensar que se livrou de mim kkk, mds, casamento perfeito... <3
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franmarmentini Postado em 22/10/2014 - 10:23:35
to chorrando aki pq acabou...e agora como vou ficar sem ler essa fic* que eu amooooooooooooooooooooooooo tanto....amei amei amei amei simplesmente tudo tudooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo SAUDADES!!!!!!!!
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franmarmentini Postado em 22/10/2014 - 10:09:16
O.o
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debaya Postado em 22/10/2014 - 06:39:46
Own q final mais lindoooooo!!!!! Me enrolei, atrasei, mas tinha q comentar o ultimo cap. Perfeeeeeeeito ser uma garotinha de lindos olhos verdes como o do papai babão lindo!!!! Meu sonho baby ponny na vida real...Vou sentir mta falta dessa web, sou xonada nela...nos vemos na sua Mila...bjus Ah! Nana...foi maravilhosa
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franmarmentini Postado em 20/10/2014 - 14:49:02
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk poncho tá pior que a any ta mais ansioso que ela kkkkkkkkkk isso fazem mais um baby :)
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franmarmentini Postado em 20/10/2014 - 14:40:16
:)
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debaya Postado em 17/10/2014 - 02:21:49
Tô boba aqui imaginando Any com barrigão esperando baby ponny e Poncho todo babão cuidando....ai que sonhooooo!!!!! Tomara q seja a menininha q ele tanto quer...rs Mila, tô lendo a sua fic e já tô na parte q ela espia ele no banho...safadany kkkkk já já vou poder comentar Posta mais
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franmarmentini Postado em 16/10/2014 - 10:22:15
ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii poncho é um fofo e any ta taradona kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk bem que podia ser gemeos assim tem um menino e menina kkkkkkkkkkkkkk