Fanfics Brasil - 18º Capítulo – Número Cinco Despedida de Solteira - AyA

Fanfic: Despedida de Solteira - AyA | Tema: Ponny- Hot


Capítulo: 18º Capítulo – Número Cinco

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As meninas me colocaram de pé no centro da sala. Minhas mãos tinham que ficar para trás,
pois uma das regras do desafio era que eu não podia encostar nada nos garotos além da boca. Manuel
apareceu com um tampão daqueles de dormir e o colocou no meu rosto, conferindo nos mínimos
detalhes se eu estava conseguindo ver alguma coisa.
- Confere direito, hem? Não pode roubar, Anahí! – ouvi a voz da Jéssica gritando.
Na verdade, estava uma gritaria medonha. Todo mundo parecia falar de uma só vez.
- Acabamos de aumentar o desafio! – bradou Marcelo. Pelo menos achei que fosse a voz dele.
– Se Anahí acertar, todos nós cairemos na piscina, menos ela e o Alfonso! Se errar, os dois cairão!
Ouvi mais gritos. Até eu gritei de empolgação. O tempo lá fora estava frio, a água da piscina
devia estar gelada. Ia ser o máximo assisti-los de camarote. Estava muito confiante na minha vitória.
E excitada também, pois ia provar, nem que fosse o mínimo, dos lábios do Alfonso. Tentei não me
concentrar na babaquice daquela brincadeira. Busquei encará-la como tal.
- Vamos começar! Façam uma fila aqui, garotos. – Jéssica dava os direcionamentos. -Fiquem
desordenados! Não, fica aqui, Alfonso!
- Você vai perder, Anahí! Não tem a menor chance! – Lara berrou.
- É isso aí, vai perder feio! – Fabiana gritou.
- Espero que o seu sapato não seja caro, amiga! – agora foi Paloma.
Eu apenas sorria de leve, sentindo meu coração bater cada vez mais acelerado. Se não pensava
em viver fortes emoções na minha despedida de solteira, bom, agora esse mero pensamento parecia
bem ridículo.
- Vamos começar! – Jéssica gritou. – Anahí, preste atenção; você vai beijar o cara número
um agora. No final, é só dizer o número. Combinado?
- Combinado! Estou pronta.
- Tem um último pedido? – perguntou Fabiana.
- Não... Nenhum. Estou numa boa – falei.
- Vai lá! Este é o número um! – berrou Jéssica, e as meninas gritaram muito alto.
Senti uma coisa leve nos meus lábios. Foi rápido, mas deu para perceber que não havia sido o
Alfonso. Até porque, sinceramente, duvidava muito que ele iria me beijar tão depressa.
- Agora vai o número dois! – ouvi alguém berrar. A gritaria era tanta que foi difícil manter a
concentração.
O cara número dois demorou um pouco mais. Senti um cheiro cítrico diferente, e o contorno
dos lábios eram grossos, envolvendo quase toda a minha boca. Tive quase certeza de que tinha sido o
Manuel. Mais gritos.
- Muito bem, agora este é o número três! – Jéssica prosseguiu.
Fiquei esperando um pouco, mantendo a posição. Minhas mãos para trás começavam a suar,
estava aguardando impacientemente pela vez do Alfonso. Um misto de angústia, uma antecipação
dolorosa queimava-me o estômago.
De repente, senti outros lábios nos meus. Eles estavam quentes, e eram doces, mas o cheiro que
senti não veio do Alfonso. Era um perfume diferente, que foi embora muito rápido. As meninas
gritaram mais uma vez, empolgadíssimas. Comecei a rir um pouco, aquilo começava a ficar hilário.
Inexplicavelmente, eu estava me divertindo.
- Número quatro! – berraram.
Meu coração deu um sobressalto. Céus... Aquilo parecia não ter fim. É por isso que não gosto
de surpresas e adivinhações. Tem coisa mais constrangedora?
Os lábios que senti eram pequenos e finos. Foi um selinho molhado e estalado, meio diferente.
Certamente não era o Alfonso. Não senti cheiro algum vindo do quarto rapaz.
- Agora, o quinto!
Seu perfume chegou primeiro. Sim, era ele. Alfonso ia me beijar, era questão de milésimos de
segundos. Com o coração prestes a sofrer um enfarto, entreabri meus lábios e esperei que viesse. Sua
boca estava quente e úmida, fazendo-me derreter instantaneamente. Foi um momento muito esperado,
mas que infelizmente passou num piscar de olhos. Porém, quando os lábios dele fizeram menção de
se afastar, pude sentir os pelinhos de sua barba por fazer roçando no meu queixo. Arrepiei-me por
inteira.
Ouvi mais gritos.
- Agora, o último, Anahí! – disse Jéssica. - O sexto! Pode ir.
O último beijo passou completamente despercebido. Juro, nada senti. Ainda estava absorta por
causa dos lábios do Alfonso. A sensação de prazer que haviam me causado era palpável, e eu
resfoleguei assim que me vi livre do sexto rapaz.
Soltei um longo suspiro e esperei que tirassem a minha venda com cuidado.
Todo mundo estava olhando para mim. Os gritos haviam cessado, pois aquela era a hora da
verdade. Pisquei os olhos inúmeras vezes, voltando a me acostumar com a claridade. Arrumei meus
cabelos, que tinham bagunçado quando a Jéssica retirou o tampão.
- E então, amiga, pode falar! – disse Fabiana.
- É, sem enrolar, você tem cinco segundos! – gritou Cláudia. – Cinco! Quatro! Três... – Do
nada, todo mundo começou a fazer uma contagem regressiva.
- Número cinco! – falei alto, mirando Alfonso. Ele estava fazendo a caretinha safada, mas, assim
que acertei, mudou a expressão para um sorriso aberto com dentes brancos à mostra. Coisa linda de
se ver.
Todo mundo gritou coisas inteligíveis. Só reparei na Paloma que, parecendo sofrer muito,
sentou-se com tudo no sofá. Os rapazes começaram a rir, enquanto assanhavam o cabelo de Alfonso e
davam-lhe tapinhas nas costas.
Foi então que ele começou a gargalhar. Sério, Alfonso riu de verdade, abertamente. O som que
produziu quase fez meu cérebro parar de funcionar.
- Não vale! Ela roubou! – gritou Fabiana, apontando um dedo para mim.
- Meu sapato é de camurça! – Paloma praguejou, colocando as mãos na cabeça. Finalmente
entendi porque tinha ficado tão esquisita; ela ia perder os sapatos, que deviam ter lhe custado o olho
da cara.
- Eu não roubei nada! – defendi-me. – Só adivinhei!
- Logo vi que Anahí estava confiante demais! – Paloma reclamou.
Lara foi a única que pareceu raciocinar um pouco sobre aquilo. Olhava-me de um jeito
esquisito, erguendo uma das sobrancelhas como se tentasse me desvendar. Pisquei os olhos, como
mecanismo de defesa. Tinha que fingir que aquilo havia sido completamente normal para mim. Ela
me conhece, e saberia se alguma coisa estivesse errada. O problema era que eu estava fazendo uma
coisa que nunca tinha feito antes – e que provavelmente Lara não conseguiria identificar, afinal,
sempre fui um poço de sensatez.
- Como você adivinhou? – Cláudia fixou os olhos na minha direção.
- Eu só adivinhei, galera, conheço o perfume do Alfonso – justifiquei, sentindo meu rosto corar
por ele estar ouvindo aquilo. – Só senti o perfume dele, e pronto. Nada demais!
As meninas pareceram ter se convencido. Os meninos ainda gargalhavam, super animados.
- Então, vamos correr para piscina! – Jéssica gritou, como se aquilo na verdade não fosse um
castigo.
Todo mundo correu como um bando de loucos, menos Paloma – que tinha saído do sofá só
porque Marcelo a pegou pelos braços –, Alfonso e eu. Decidi não encará-lo de novo. Saí pela porta de
vidro, escutando o barulho característico do primeiro mergulho. Jéssica emergiu e começou a gritar
como uma louca.
- Está fria pra cacete!
Todos foram mergulhando e rindo, menos a Paloma, que ainda estava inconformada. Ela tentou
retirar os sapatos, mas as meninas não deixaram. Sendo assim, mergulhou com tudo, gritando um
“foda-se” antes de pular. Comecei a gargalhar sem pausas. A cena na minha frente estava muito
engraçada; os rapazes tinham os ternos ensopados, e as meninas reclamavam de frio o tempo todo.
Não demoraram muito a começar uma guerra de água gelada para todos os lados.
Sentei-me em um sofá que estava numa distância segura da piscina. Fiquei só assistindo e
gargalhando.
- Você foi ótima. – Alfonso se aproximou, sentando-se ao meu lado. Nossas pernas se
encostaram. – Pensei que não acertaria.
- Se eu não soubesse que iria acertar, teria desistido do desafio – falei, sem olhá-lo.
- Ainda bem que sou um homem perfumado, não estava a fim de molhar o terno. – Ele riu de
leve.
Meu braço direito arrepiou, por isso resolvi me afastar um pouco. Não queria que nada dele se
encostasse a mim. Não era seguro.
- Pois é. Duvido que acertaria se fosse o contrário – instiguei. Aquele pensamento fez meu
coração espremer até quase sair suco. Não estava entendendo nada daquelas reações. Nunca me senti
tão estranha na minha vida inteira.
- O quê? Se eu tivesse com a venda e beijasse suas amigas?
- Exatamente.
- Acertaria do mesmo modo – Alfonso sussurrou, depois de um tempo.
- Ah, é? – perguntei.
- Sim.
Refleti um pouco mais sobre o que ele disse. Era muito fácil falar e me seduzir com as
palavras. Alfonso sabia fazer aquilo muito bem, mas não seria otária para cair. O objetivo dele era
fazer eu me sentir importante, acima de qualquer mulher. Fazia parte de seu trabalho, e do jogo de
sedução que era acostumado a jogar.
De repente, senti-me muito cansada. Exausta de verdade e... Um pouco triste. Uma sensação
horrível de melancolia invadiu o meu peito, deixando-me sem fôlego. Não sei dizer quando começou
ou como aconteceu. Só sei que, do nada, senti toda aquela tristeza se transformar em lágrimas. Alfonso
notou assim que a primeira escorreu pela minha face.
- Você está chorando? Por quê? – perguntou, erguendo a sua mão e alisando o meu rosto. Eu me
afastei de imediato.
- Senhorita Anahí, o que...
- Pare! – interrompi, entre lágrimas. – Apenas pare, Alfonso! Isso não tem graça!
Encarei-o. Ele estava com uma expressão estranha. Parecia confuso.
- Mas, o que eu...
- Essas mentiras, esse mundo de ilusão que criaram! – falei um pouco alto. – É tudo uma
falsidade! Pode ser divertido às vezes, e cheguei a achar que realmente fosse. Oh, sim, seria perfeito
se fosse verdade. Mas, não é!
Alfonso se aproximou um pouco, muito sério. Parecia realmente assustado com a minha reação
inusitada. Enxuguei as lágrimas e respirei fundo. Olhei para a piscina; as meninas ainda se divertiam,
não prestavam atenção em nós.
- Olhe pra mim, Anahí – pediu, com uma seriedade incrível na voz. Havia sido a primeira
vez que não tinha se referido a mim como senhorita. Fiquei tão impressionada, que o fitei
imediatamente.
Alfonso segurou o meu queixo com suas mãos macias. Seus dedos brincaram com meus lábios
por alguns segundos e, como sempre acontecia quando nossos olhos se enlaçavam, já não era dona de
meus próprios pensamentos.
- Não estava mentindo – murmurou. – Juro. Estou falando o que quero e o que sinto. Sem
pensar. Acredite, não menti.
Fiz de tudo para me controlar. Queria chorar, mas engoli o nó que havia se formado na minha
garganta. Como ele podia ser tão convincente? E por que sua opinião era tão importante para mim?
Tudo estava tão errado! Alguma coisa esquisita estava acontecendo, deixando-me perdida e muito
solitária.
Alfonso se aproximou ainda mais, deixando nossos rostos muito próximos. Cheguei a fechar os
olhos e a sentir sua respiração, mas não pude prosseguir. Não daquela forma, não na frente das
minhas amigas, que sabiam que existiria um noivo apaixonado esperando por mim no altar dali a uma
semana.
Manuel não merecia metade do que estava acontecendo naquele lugar.



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Autor(a): Nana

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 374



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  • queren_fortunato Postado em 08/05/2016 - 09:02:26

    Não me canso de ler essa fanfic, é a melhor de todas,e esse final que PERFEITO <3

  • jessAyA Postado em 20/02/2016 - 18:57:57

    Melhor fanfic que já li na minha vida. Obrigada Nana.

  • anniepuente Postado em 26/10/2014 - 02:16:59

    Acho que vou... Chorei! Puts, estive sumida e ainda to no capitulo &quot;1 ano, 3 meses e 3 dias depois... -Por Jéssica&quot;, mais tinha que comentar pra não pensar que se livrou de mim kkk, mds, casamento perfeito... <3

  • franmarmentini Postado em 22/10/2014 - 10:23:35

    to chorrando aki pq acabou...e agora como vou ficar sem ler essa fic* que eu amooooooooooooooooooooooooo tanto....amei amei amei amei simplesmente tudo tudooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo SAUDADES!!!!!!!!

  • franmarmentini Postado em 22/10/2014 - 10:09:16

    O.o

  • debaya Postado em 22/10/2014 - 06:39:46

    Own q final mais lindoooooo!!!!! Me enrolei, atrasei, mas tinha q comentar o ultimo cap. Perfeeeeeeeito ser uma garotinha de lindos olhos verdes como o do papai babão lindo!!!! Meu sonho baby ponny na vida real...Vou sentir mta falta dessa web, sou xonada nela...nos vemos na sua Mila...bjus Ah! Nana...foi maravilhosa

  • franmarmentini Postado em 20/10/2014 - 14:49:02

    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk poncho tá pior que a any ta mais ansioso que ela kkkkkkkkkk isso fazem mais um baby :)

  • franmarmentini Postado em 20/10/2014 - 14:40:16

    :)

  • debaya Postado em 17/10/2014 - 02:21:49

    Tô boba aqui imaginando Any com barrigão esperando baby ponny e Poncho todo babão cuidando....ai que sonhooooo!!!!! Tomara q seja a menininha q ele tanto quer...rs Mila, tô lendo a sua fic e já tô na parte q ela espia ele no banho...safadany kkkkk já já vou poder comentar Posta mais

  • franmarmentini Postado em 16/10/2014 - 10:22:15

    ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii poncho é um fofo e any ta taradona kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk bem que podia ser gemeos assim tem um menino e menina kkkkkkkkkkkkkk


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