Fanfic: Despedida de Solteira - AyA | Tema: Ponny- Hot
Mais uma sexta-feira bem esperada. Quando se mora com um homem feito o Alfonso, as sextas ganham um brilho intenso, uma expectativa que parece que algo grandioso vai acontecer. E sempre acontece, pois estar com ele é uma grandiosidade. Desde que eu havia voltado para ficar – e antes também, claro –, nossos fins de semana eram sempre especiais, mesmo quando sequer saíamos da nossa cama.
Curtir momentos "preguicinha" com ele era incrível.
Eu estava particularmente cansada por causa do encontro entre amigas da noite anterior – as meninas estavam tão animadas que acabei bebendo mais do que devia e chegando mais tarde do que planejei –, portanto tinha trabalhado contando as horas para estar em casa. Precisava de uma boa noite de sono e de acordar com café da manhã na cama, como sei que Alfonso sempre fazia aos sábados. Depois nós costumávamos nos exercitar juntos, dando algumas voltas ao redor da praça do bairro, aproveitando o friozinho que sempre fazia antes do clima realmente começar a esquentar. Na volta, sei que faríamos amor ainda no chuveiro.
Prepararíamos o almoço ouvindo som. Descansaríamos na varanda; ele lendo alguma revista de fotografia e eu afundada nos meus livros. Desde o meu retorno, Alfonso se deu o luxo de não trabalhar cobrindo eventos nos fins de semana, deixando todo o serviço para os seus funcionários.
Segundo ele, não importava se deixasse de ganhar dinheiro, pois nada pagaria por aqueles momentos que passávamos juntos. Eu concordo, mesmo parecendo egoísmo da minha parte.
À tarde, assistiríamos a alguns filmes. Jogaríamos videogame, e eu como sempre tentaria vencê-lo em vão. Podíamos jantar fora ou comer qualquer besteira gordurosa na barraquinha de lanches que se instalava perto da pracinha. Daríamos outra volta na praça, mas desta vez em nível de passeio, curtindo a brisa fria da noite. Faríamos amor durante a madrugada. Acordaríamos tarde no domingo e visitaríamos os meus pais ou os pais dele – mantemos essa regra fundamental, pois era importante para nós dois que não deixássemos de nos relacionar com a nossa família.
Assistiríamos programas de auditório péssimos quando chegássemos a nossa casa.
Comeríamos as sobras do almoço que minha mãe ou Dona Lourdinha faziam questão de pôr em uma vasilha para que trouxéssemos. Dormiríamos no sofá, tendo Lulu e Don Juan em nossos braços, e depois Alfonso me carregaria para cama. Dependendo da minha disposição, faríamos amor bem tranquilamente.
E então já estaria feliz, satisfeita e absolutamente plena para iniciar mais uma semana de trabalho.
Cheguei em casa louca para seguir a nossa rotina de fim de semana. Encontrei Alfonso na sala cutucando uma câmera profissional, estava com os cabelos molhados e vestido como se fosse sair.
Droga.
Achei imediatamente que ele precisava cobrir um evento naquela noite. Não fazia parte dos meus planos, mas tudo bem...
– Oi, princesa – saudou quando me viu, levantando-se do sofá para me dar um selinho. – Como foi o dia?
– Normal... Aonde você vai, amor? Está tão cheiroso. – Deliciosamente cheiroso. Queria muito redescobrir o que tinha por debaixo daquela camisa verde de mangas compridas, que combinavam com os olhos dele.
– Aonde nós vamos... Você vem comigo.
– Eu?
– Sim, senhora. Vamos jantar fora hoje.
– Hum... Alguma ocasião especial? – Entrelacei os dedos em seu pescoço e lhe beijei a boca desenhada.
– Estar contigo é uma ocasião especial, Anahí. Vamos? – Sempre romântico. Céus... Eu havia tirado a sorte grande. Não enjoava nunca de escutar suas lindas palavras, e ele parecia não enjoar de dizê-las.
– Claro, só preciso de um banho. Pode?
– Pode! Vista roupas quentes, está frio lá fora.
Tomei um banho revigorante e, decidida a obedecê-lo, escolhi uma calça preta com botas escuras, blusa branca de mangas e separei um casaco leve. Não sabia para onde ele me levaria, mas certamente estaria frio por lá, caso contrário não me diria o que vestir. Pelo menos essa havia sido a minha leitura.
Não encontrei metade dos meus artigos de higiene e maquiagens. Não estavam em parte alguma do banheiro, nem do quarto. Fiquei gritando perguntando onde estavam as minhas coisas, mas Alfonso disse que estava fazendo uma arrumação e que eu colocasse qualquer outro perfume por enquanto.
Disse também que era um pecado aplicar maquiagem no meu rosto, pois ninguém teria coragem de pintar por cima de uma obra de arte.
Gargalhei com isso, achando lindo mesmo sem concordar com ele, mas acabei saindo de cara limpa. Usei apenas o gloss labial que vivia na minha bolsa. Alfonso era tão persuasivo! Às vezes não conseguia me livrar da impressão de que ele me tinha em suas mãos. Depois eu ficava achando que era o contrário. Acho que a gente se pertencia, e isso era tão estranho quanto maravilhoso.
Seguimos no Black Cat; o trânsito do horário de pico já havia terminado, portanto Alfonso correu mais do que o de costume. Estranhei um pouco, pois ele sempre foi bem certinho. Resolvi não ligar, principalmente depois que ligou o som e colocou uma seleção das melhores músicas da banda Kid Abelha. Outra trilha sonora do nosso relacionamento.
Ficamos cantando em voz alta e rindo de nós mesmos. Alfonso começou a contar algumas situações engraçadas que às vezes rolavam no estúdio, o que acabou me distraindo bastante. Chegava a chorar de tanto rir, e achei ótimo não ter que me preocupar com rímel manchando. Acho que passaria a usar menos maquiagens quando estivesse na sua companhia. Sentia-me especialmente divertida e espontânea naquela noite.
Depois de cruzarmos a cidade vizinha e entrarmos numa BR, percebi que jantaríamos longe até demais. Onde raios Alfonso estava me levando? Perguntei na hora.
– Relaxa, Anahí. Você vai gostar, prometo.
– Faz uma hora que entramos no carro, estamos viajando sem eu saber? – A ideia me deixou perturbada. Alfonso sabe que tenho aversão a viagens de última hora. Uma parte de mim se preocupa exageradamente e se sente insegura. Aliás, ele sabe muito bem que tenho problemas em aceitar surpresas. Se bem que as dele jamais me decepcionavam, eu já estava acostumada, mas não deixavam de me angustiar.
– Confia em mim, princesinha? – Alfonso fez uma carinha linda de pidão enquanto me olhava bem rápido. Voltou a prestar atenção na pista.
– Claro que confio, mas você é um... – Parei. Juntei A mais B em um segundo. Estávamos seguindo pela BR, minhas coisas desapareceram... Claro que não íamos apenas jantar fora, afinal, a que horas retornaríamos? Eram quase nove da noite. – SAFADO! Você está me sequestrando! – Aquilo não foi uma pergunta.
Alfonso gargalhou.
– Foi só um sequestro relâmpago básico, linda – disse na maior cara de pau.
– Básico? Você planejou todo o crime! – Gargalhei de mim mesma, e ele acabou me acompanhando. De repente, meu estômago congelou e me calei. A preocupação finalmente me atingiu. – Tem certeza de que está trazendo tudo?
– Pensando bem, acho que me esqueci das suas calcinhas.
– Ai, meu Deus! – Minhas mãos começaram a tremer. Foi inevitável. Sim, sou complicada.
Alfonso riu ainda mais.
– Estou brincando, Anahí. Confie em mim, se me esqueci de alguma coisa com certeza não foi de nada relevante.
Permaneci em silêncio. Alfonso já me conhecia, portanto segurou minha coxa esquerda e falou ternamente:
– Amor, não se preocupe. Confia, está bem?
– Tudo bem, príncipe. – Sorri. Aquilo certamente era melhor do que tê-lo cobrindo algum evento. Um fim de semana juntos em qualquer lugar do mundo era magnífico, sendo assim, tratei logo de me acalmar. – Não adianta perguntar para onde estamos indo, certo?
– Certo!
– Aaaaah... Diz pra mim, príncipe!
– Nem morto! Nada vai me fazer falar.
Ajeitei-me no banco carona. Olhei a pista escura a nossa volta; só tinha mato de um lado e mato do outro. Estávamos seguindo rumo ao litoral sul, então obviamente não iríamos ao sítio do Renato e da Júlia.
Queria matar o Alfonso por me deixar tão curiosa. Ele sabe que não consigo sentir aquela coisa esquisita chamada antecipação. Eu podia torturá-lo para que me dissesse logo. Acabei tendo uma ideia muito louca...
Virei meu corpo na sua direção e lhe encarei maliciosamente.
– Nada mesmo?
– Nadinha.
– E se eu... – Curvei-me devagar, começando a passar minhas mãos pelo seu corpo. Não disse mais nada. Alfonso olhou para mim sem entender, depois guiou seus lindos olhos até onde eu estava dedilhando: os botões e o zíper de sua calça.
– Anahí... Enlouqueceu? – Ele começou a rir. Senti-me uma idiota, mas não retirei minhas mãos dali. Com certo esforço, consegui achar o zíper e começar a abri-lo. Alfonso reduziu a velocidade de imediato.
– Aonde vamos? – perguntei baixinho, deixando meus dedos encontrarem o tecido da cueca que ele usava. Não conseguia ver nada por ali, apenas sentia.
– Isso não vai funcionar...
– Certo... Continue dirigindo e não me diga nada. – Com a ajuda da outra mão, consegui lhe livrar do botão. O acesso ficou bem mais fácil para mim. Alfonso suspirou e fez seu corpo retesar, mas ele estava perdido. Sem saídas.
Foi fácil demais arrancar seu sexo para fora. Ele não estava firme, mas era só uma questão de tempo. Alfonso grunhiu baixinho.
– Anahí... Isso é perigoso! – Tentou se livrar das minhas mãos, mas novamente não conseguiu. Eu estava me divertindo muito com aquilo, cheguei até a rir alto enquanto ele se contorcia e tentava me expulsar.
Ri mais ainda quando percebi que sua ereção dava sinal de vida. Chacoalhei-a com jeito entre meus dedos, alisando-a logo em seguida. Alfonso se contorceu um pouquinho e suspirou.
– Isso é golpe baixo, Anahí.
– Diz, amorzinho, diz para onde vamos, vai... – sussurrei com a boca encostada em seu ouvido.
– Torturadora! – Ele riu, soltando um espasmo que indicava que havia se arrepiado por inteiro.
Sua ereção estava gostosamente pronta para mim. Movimentei minhas mãos com lentidão forçada, parando para alisar a ponta.
Alfonso soltou um gemido involuntário.
– Diz, amor...
– Desse jeito não vamos chegar nunca! – Percebi que estávamos sendo ultrapassados, mas como a pista era dupla, não me preocupei tanto quanto deveria. Sério, eu devia ter perdido todo o meu juízo.
A lógica me dizia que era mais fácil deixar aquilo de lado e chegarmos logo do que prosseguirmos e eu continuar na curiosidade por mais tempo.
– Diz, amor! – Fiz a minha última tentativa.
– Princesa, posso gozar quantas vezes você quiser enquanto dirijo... Não vou dizer nem sob tortura.
– Hunft!
Desistindo de vez, tornei a vesti-lo devagar. Foi complicado, pois Alfonso ainda estava excitado e sua ereção vibrante não queria voltar a se esconder dentro da calça. Rimos demais daquilo tudo durante muito tempo. Quando finalmente conseguíamos parar e o carro voltava a ficar silencioso, tornávamos a rir de novo.
Meia hora depois comecei a ficar angustiada com a estrada que seguíamos trajeto. Eu conhecia aquele lugar. Quando pegamos o acesso para uma cidade litorânea, meu coração acelerou drasticamente. Era a mesma praia da minha despedida de solteira. Uma sensação de nostalgia quase deixou meu cérebro em frangalhos.
Fiquei calada, só imaginando o que o Alfonso havia aprontado. Só me senti mais aliviada quando pegamos outra rota, bem diferente da utilizada para chegar à casa de praia onde havíamos nos conhecido. Sei lá, uma parte de mim queria voltar para aquele lugar, mas a outra queria distância.
Estranho, não? Acho que tinha receio de recordar um período da minha vida em que estive tão confusa quanto foi possível.
Entretanto, minha surpresa foi bem maior quando, depois de seguirmos pela orla em que o cheiro de maresia se fazia presente, entramos em um hotel imenso. Tipo, grande mesmo, com cinco estrelas enormes e bem acesas na frente. Havia um chafariz monumental na frente e tudo era tão brilhante que foi impossível não soltar um "uau" assim que cruzamos largos portões de ferro.
– Mentira, né, Alfonso?
– Verdade, princesa. – Ele sorriu torto.
– Há quanto tempo planeja isso?
– Acho que a minha vida inteira – respondeu baixinho.
– É sério, amor, desde quando planeja isso tudo? – Seguimos através de um amplo estacionamento, mas só paramos na frente da porta da gigantesca recepção do local. Tudo ali reluzia.
– Uns quatro dias, Anahí.
– Você é um filho de uma mãe! – Rimos.
Descemos do carro, e Alfonso deixou as chaves com um manobrista trajado tão elegantemente que senti pena de mim mesma. Devia ter colocado salto e, definitivamente, feito uma maquiagem aprimorada. A brisa marítima estava tão fria que precisei pôr o casaco logo de cara.
Caleb abriu as malas do Black Cat, e um funcionário retirou duas bagagens grandes de dentro dela.
"Meu Deus, espero que ele tenha trazido meu biquíni", pensei na hora.
Morreria e mataria por algumas horas queimando ao sol; minha pele estava com uma coloração esquisita, pois não ia à praia desde... Desde a minha despedida de solteira.
O chão da recepção estava tão encerado que era possível usá-lo como espelho. Nunca havia entrado em um ambiente tão limpo na minha vida. Meus olhos ficaram brilhando, atenta a cada detalhe do lugar, enquanto Alfonso pegava as chaves do quarto reservado e dava entrada nos nossos documentos.
Sorria amplamente, parecia uma boba. Aquele homem maravilhoso jamais me decepcionava.
Parecia estar vivo apenas para me surpreender. Olhei-o demoradamente; conversava com o recepcionista como se tivesse domínio completo de si mesmo e do mundo. Céus... Como eu o amava!
Era tanto que senti vontade de chorar.
Contive-me. Suspirei fundo e sorri para ele quando pegou as chaves. Fomos acompanhados pelo funcionário que carregava nossas malas. Subimos alguns andares do elevador e depois percorremos um amplo corredor repleto de portas chiquérrimas, todas trabalhadas.
Entrei no quarto reservado muito depressa, parecia uma criança curiosa. Era lindo; amplo, organizado, com cheirinho de flores e produto de limpeza. Do jeito que meu senso calculista adorava. A cama era enorme e estava coberta por uma colcha grossa de estampa florida. Os armários e todos os móveis eram de um azul bem clarinho – quase branco –,trazendo harmonia junto com os artigos decorativos. Um luxo.
Abri a porta do banheiro e vi um ambiente tão grande quanto o quarto. Maravilha! Acho que cabiam umas dez pessoas dentro do box, além de que uma banheira de hidromassagem redonda e convidativa jazia no canto. Pias imensas e espelhos adornados completavam o ar requintado.
– Vem aqui, Anahí – Alfonso me chamou lá fora. Segui sua voz, passando pelo quarto e por uma pequena sala onde havia uma mesa redonda, sofás e tapetes que pareciam caríssimos.
Ele me esperava na varanda, debruçado em uma barra de proteção dupla feita de madeira. A vista era toda voltada para o mar. Uma imensidão azul-escura, quase negra, se fez presente bem diante de nós. O cheiro de maresia me trouxe calma, o vento frio não chegava a incomodar e achei que a vista estaria ainda mais bela pela manhã.
Dei um beijo tão grande no Alfonso que achei que o engoliria. Foi uma briga de línguas e lábios que nos deixou lambuzados de saliva, mas quem disse que me importei? Estava emocionada.
Surpreendida.
– Te amo, lindo príncipe – sussurrei no seu ouvido.
– Eu também, princesa. – Ele sorriu torto e me olhou de um jeito tão meigo que achei que fosse derreter. – Vamos. Está com fome?
– Uhum.
Quase perdemos o horário do jantar oferecido pelo hotel. O restaurante era imenso, mas tinha horários corretos para cada uma das refeições. Caso o hóspede perdesse a hora, teria que comer no seu próprio quarto ou no bar localizado no terraço em frente ao mar. Eu não ligaria em comer no terraço, mas dentro do restaurante estava mais quentinho.
O serviço de buffet era impressionante. Mal conversamos naquele meio tempo, pois a comida estava uma maravilha, composta de uma variedade assustadora. Comi tanto, mas tanto, que foi difícil tirar meu traseiro da cadeira. Bem que tentamos voltar para o quarto, mas minha incapacidade de me locomover fez com que sentássemos em uma das cadeiras do terraço – na verdade pareciam poltronas de tão grandes, pesadas e confortáveis.
Não tinha muita gente por ali, mas Alfonso e eu ficamos mais tempo do que o previsto. A escuridão do mar nos atraía, além de que nosso papo acabou fluindo naturalmente. Conversamos sobre tantas coisas que não vimos as horas passarem. Quando menos percebemos, o lugar estava cheio de gente, e, no palco adiante, estavam montando alguns equipamentos de som. Ficamos para ver que tipo de música rolaria, e adoramos quando uma verdadeira seresta se deu início.
Animamos de tomar algumas taças de vinho enquanto ouvíamos o melhor da MPB. Cantamos junto com os outros hóspedes, foi bem descontraído. Depois de três taças e uma hora de música boa, Alfonso simplesmente se ergueu e me ofereceu uma mão.
Fiquei sem entender e o encarei fixamente, sendo absolvida pelo seu olhar azul. Uma onda nostálgica se apoderou de mim; lembrei-me do momento em que ele me chamou para dançar pela primeira vez. Havia sido exatamente daquele modo, sem nada dizer.
Acredito que demorei séculos apenas o encarando. A atração que eu sentia por ele era mesmo mágica. Algo acontecia dentro de mim toda vez que nossos olhares se cruzavam, e nada foi capaz de modificar isso. Acredito que nada jamais modificaria.
– Senhorita Anahí, será que essa dança vai te atrair desta vez? – Alfonso finalmente falou, provocando risos em nós dois. Óbvio que ele também se lembrou.
– Você me atrai – respondi e peguei sua mão sempre macia e aconchegante. Ele sorriu torto.
– Foi exatamente isso que pensei naquele dia, quando você me perguntou o que me atraía... – Puxou-me devagar. Fui me levantando aos poucos, até que ele me apoiou pela cintura e foi me levando para perto do salão. Alguns casais também dançavam.
– Sério que pensou isso?
Alfonso aquiesceu e me deu um selinho, começando a me embalar numa dança bem lentinha. Só então que prestei atenção na música que tocava:
Como vai você?
Que já modificou a minha vida
Razão de minha paz já esquecida
Nem sei se gosto mais de mim ou de você
Arrepios intensos percorreram o meu corpo. Sério, tive vontade até de chorar. Nunca ouvi uma verdade tão grande quando aquela: eu realmente não sabia se gostava mais do Alfonso ou de mim mesma. Entrelacei meus braços em sua nuca, e ele enterrou o rosto no meu pescoço, sussurrando a música bem baixinho:
Vem, que a sede de te amar me faz melhor
Eu quero amanhecer ao seu redor
Preciso tanto me fazer feliz
Meu Deus, alguém me ajude! Quase pedi socorro e saí gritando. Achei que havia passado vários momentos de verdadeira emoção com o Alfonso, mas... Depois de tudo o que aconteceu, depois de cada palavra dita, de cada gesto, cada toque, cada situação em que nos amamos, e também nas em que discutimos... Depois dos dez meses mais intensos da minha vida... Podia dizer com convicção que nunca o amei tanto quanto naquele instante; sentindo suas mãos em mim, desejando-me, sua voz rouca no meu ouvido, mostrando as verdades de cada verso... Foi tão significante e intenso que jurei a mim mesma que viveria apenas por ele.
Vem, que o tempo pode afastar nós dois
Não deixe tanta vida pra depois
Eu só preciso saber
Como vai você?
Depois daquela inusitada dança, acho que o Alfonso pensou a mesma coisa que eu pensei. Precisava ser dele com urgência, meu corpo implorava pelo seu. Gritava tanto que me deixava desesperada. Não dava para esperar. Mesmo sem que disséssemos nada, terminamos com nossas taças de vinho e subimos para o quarto.
Começamos a nos beijar loucamente assim que ele fechou a porta atrás de nós. Ele praticamente expulsou as minhas roupas de mim, deixando-me completamente despida tão rápido que chegou a assustar. Fiz o mesmo com ele, mas de um jeito sem noção; empurrávamo-nos pelas paredes enquanto investíamos nossas bocas uma na outra. Foi difícil até de entender nossos gestos, principalmente porque eu estava sob o efeito do vinho.
Chegamos à cama já totalmente nus. Alfonso depositou seu corpo sobre o meu e penetrou em mim sem mais delongas. O primeiro choque é sempre intenso, mas aquele superou todas as expectativas.
Gritei alto de prazer e um pouquinho de dor. Uma dor deliciosa, que significava que o meu homem havia me invadido, tomado para si o que já era seu. Fui me entregando em doses homeopáticas. Apesar de sentir pressa – quem não teria pressa para amar aquele homem mais que perfeito? –, tentei me acalmar e curtir cada segundo da entrega.
Tê-lo em mim era a melhor sensação do mundo. Meu sexo cedia a cada investida e vibrava, exigia, queixava-se do retrocesso e gargalhava maliciosamente com o choque.
– Eu te amo, Anahí... Te amo tanto, tanto... – ele sussurrou resfolegante, sem diminuir o ritmo. Sua expressão de desejo era quase sofredora. Faíscas verdes saíram dos seus olhos e me afogaram em um mar de desejo e prazer.
Alfonso nem me esperou responder, prendeu seus lábios nos meus e só se afastou depois de longos minutos, quando o meu êxtase não pôde mais ser contido. Havia, finalmente, me entregado de vez.
– Alfonso! – gritei seu nome bem alto. Queria que entendesse o quanto meu corpo, e tudo o que acontecia nele, era seu.
Ele gritou alguns segundos depois, acelerando o ritmo até se tornar uma coisa indefinida. Só me lembro de ter soltado gemidos repletos do mais completo deleite. Senti o exato instante em que começou a me preencher, deixando espasmos percorrerem seu corpo e me atingirem em cheio.
Céus... Eu amava ser o motivo do seu clímax.
– Anahí – murmurou de um jeito sofrido, tornando a me beijar.
Sabia que a noite estava apenas começando. Sabia também que, se dependesse de mim, todas as noites do restante das nossas vidas seriam exatamente daquele jeito.
Minha certeza só não conseguia ser maior do que o meu amor.
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Ligia: Oie :) Calminha vamos ver oq o poncho vai aprontar ne? :3
Franmarmentini: O poncho é mtoooooooooooooo fofo *------------* Vamos rezar pra q eles enfim tenham paz u.u KKKKKK
Mila :3
Autor(a): Nana
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 374
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queren_fortunato Postado em 08/05/2016 - 09:02:26
Não me canso de ler essa fanfic, é a melhor de todas,e esse final que PERFEITO <3
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jessAyA Postado em 20/02/2016 - 18:57:57
Melhor fanfic que já li na minha vida. Obrigada Nana.
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anniepuente Postado em 26/10/2014 - 02:16:59
Acho que vou... Chorei! Puts, estive sumida e ainda to no capitulo "1 ano, 3 meses e 3 dias depois... -Por Jéssica", mais tinha que comentar pra não pensar que se livrou de mim kkk, mds, casamento perfeito... <3
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franmarmentini Postado em 22/10/2014 - 10:23:35
to chorrando aki pq acabou...e agora como vou ficar sem ler essa fic* que eu amooooooooooooooooooooooooo tanto....amei amei amei amei simplesmente tudo tudooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo SAUDADES!!!!!!!!
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franmarmentini Postado em 22/10/2014 - 10:09:16
O.o
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debaya Postado em 22/10/2014 - 06:39:46
Own q final mais lindoooooo!!!!! Me enrolei, atrasei, mas tinha q comentar o ultimo cap. Perfeeeeeeeito ser uma garotinha de lindos olhos verdes como o do papai babão lindo!!!! Meu sonho baby ponny na vida real...Vou sentir mta falta dessa web, sou xonada nela...nos vemos na sua Mila...bjus Ah! Nana...foi maravilhosa
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franmarmentini Postado em 20/10/2014 - 14:49:02
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk poncho tá pior que a any ta mais ansioso que ela kkkkkkkkkk isso fazem mais um baby :)
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franmarmentini Postado em 20/10/2014 - 14:40:16
:)
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debaya Postado em 17/10/2014 - 02:21:49
Tô boba aqui imaginando Any com barrigão esperando baby ponny e Poncho todo babão cuidando....ai que sonhooooo!!!!! Tomara q seja a menininha q ele tanto quer...rs Mila, tô lendo a sua fic e já tô na parte q ela espia ele no banho...safadany kkkkk já já vou poder comentar Posta mais
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franmarmentini Postado em 16/10/2014 - 10:22:15
ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii poncho é um fofo e any ta taradona kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk bem que podia ser gemeos assim tem um menino e menina kkkkkkkkkkkkkk