Fanfics Brasil - 10 meses e 5 dias depois... Despedida de Solteira - AyA

Fanfic: Despedida de Solteira - AyA | Tema: Ponny- Hot


Capítulo: 10 meses e 5 dias depois...

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Um soluço me escapou pela garganta. Bem que tentei respirar, mas era como se o ar do planeta tivesse acabado, mesmo tendo consciência da brisa marítima que nos atingia. Olhei para a caixinha preta aveludada em minhas mãos. Olhei para o Alfonso. Tornei a olhar a caixa. Voltei a observar o Alfonso.


Quando guiei meus olhos na direção da caixa novamente, já não conseguia ver mais nada. Minha visão havia embaçado por causa das lágrimas grossas que escorriam sem pudor. Prendi os lábios e a abri, pois a curiosidade falou mais alto. No início vi uma aliança dourada mais grossa do que o comum, com o desenho de um coração, onde metade era brilhante e a outra era fosca, em baixo relevo. Enxuguei as lágrimas e percebi que na realidade eram duas alianças; a que tinha a metade fosca do coração era maior.


Puxei a que tinha as pedrinhas brilhantes, mas a outra veio junta. Minhas mãos tremiam tanto que demorei um pouquinho para entender que elas possuíam imã exatamente onde se localizava o coração. Soltei um longo suspiro e olhei para o Alfonso. Ele parecia apreensivo. Tinha até uma ruguinha entre suas sobrancelhas.


Voltei a chorar de imediato. Sabia que aquele safado estava aprontando alguma coisa, mas não fazia ideia de que era aquilo. Depois de tantos momentos difíceis achei que demoraríamos mais para darmos outro passo. Parei até mesmo de pesquisar sobre cerimônias ao ar livre. Tentei esquecer essa história toda de casamento durante todos aqueles meses, de modo que estava mais do que espantada.


Mais uma vez... Aquele homem lindo me surpreendia.


– Sim... – murmurei baixinho, curtindo cada instante de sua expressão se modificando. A ruguinha sumiu, o sorriso apareceu. Os olhos da cor do mar brilharam. – Sim! – gritei, rindo e chorando ao mesmo tempo. – Sim, mil vezes sim!


Atirei-me em seus braços, quase derrubando as alianças. Tentei segurá-las com firmeza e empurrei Alfonso até a areia. Não desisti até que seu cabelo ficou todo sujo e meu corpo inteiro por cima do seu.


Beijei-lhe como uma maluca. Enfiei minha língua na sua boca sem dó nem piedade. Parava apenas para rir e chorar mais um pouquinho. Alfonso só ria largamente e alisava meus cabelos, cuidando para deixá-los atrás da minha orelha.


– Gostou da aliança?


– É linda! – Ainda sentada em volta da cintura dele, curvei-me para trás e as observei mais uma vez. Percebi que estavam grafadas por dentro. Na que tinha brilhantes estava escrito em letras pequeninas e cursivas: "Me surpreenda". Na maior, "O que você quer?".


Dei um grito fino, achando aquilo a coisa mais perfeita que já tinha visto na vida. Alfonso gargalhou e se sentou, apoiando-me pela cintura até me acomodar melhor em seu colo. Pegou as alianças e as dividiu.


– Achei que não faria sentido você usar um anel de noivado sozinha. Optei pelas alianças, bem mais bonitas e também posso usar. , admito, eu queria usar.


Rimos.


– São perfeitas, meu príncipe. Você é perfeito.


– E você agora é a minha noiva.


Aquiesci.


– E futura esposa.


Sorri e lhe dei um selinho estalado. De repente, um pensamento fez meu sorriso morrer.


Lembrei-me de que já tinha passado três anos noiva do Manuel Velasco, e tudo deu errado. Quero dizer, certo. Quero dizer, você entendeu...


É duro demais pensar que passei três anos organizando um casamento que não deu em nada. Não queria me estressar daquela vez; por mim, seria algo simples e sem frescuras. Nosso amor era assim: simples. Eu não precisava de uma igreja lotada de gente que sorri falsamente para o nada. Só queria meus familiares mais próximos e as minhas amigas. Até porque sei que seria julgada por gente que não faz diferença na minha vida. Sei perfeitamente que é loucura casar tão cedo depois do que me aconteceu. Sei também o que vão pensar: que irei sair correndo de novo, tornando-me a versão mais recente da Noiva em Fuga.


Só queria que estivessem presentes as pessoas que confiam em mim e compreendem as minhas atitudes. Mas, mesmo assim, é inevitável que a notícia se espalhe na família e a situação fique chata.


Por isso eu não queria demoras. Quanto mais cedo estiver casadíssima, melhor.


– Não quero demorar a ser sua esposa, lindo... É sério. Vamos fazer isso depressa, eu quero me casar contigo.


Alfonso sorriu torto. Aproveitei para lhe dar mais um beijinho. Coisa linda!


– Essa é a minha ideia, Anahí. Não quero demorar nadinha... Só não me caso com você amanhã porque sua mãe fez questão de preparar um almoço de noivado.


– Sério? Amanhã? – Fiquei surpresa. – Meus pais sabem disso tudo?


Ele aquiesceu, puxando minha mão direita.


– Para quem você acha que pedi sua mão?


Gargalhei instintivamente só de imaginar o Alfonso falando com meus pais sobre aquilo. Papai ficaria louco!


brincando, né?


– Claro que não.


"Como não, meu Deus?"


Alfonso foi colocando a aliança com o meio-coração brilhante no meu dedo anelar. Coube direitinho, na medida. Depois, ele levou minha mão até a sua boca e beijou o anel demoradamente, deixando seus olhos maravilhosos fixos em mim.


Céus! SOCORRO!


Só me restou sorrir com cara de bocó. Dava para sentir tudo dentro de mim derretendo aos poucos por tudo o que aquele homem me fazia. Alfonso tinha o dom de fazer cada instante com ele ser perfeito.


Peguei a aliança maior e lhe puxei o dedo com ternura, repetindo seus gestos. Beijei sua mão e, logo em seguida, beijei sua boca. Não foi um beijo qualquer. Foi um beijo longo, repleto de desejo, amor, carinho. Repleto de todas as coisas que nos faziam estar ali naquele momento.


– Princesa... Lembra-se de quando combinamos que casaríamos na praia?


– Não tiro isso da cabeça... Já cheguei até a fazer um monte de pesquisas na internet. Posso dizer que sei tudo sobre cerimônias ao ar livre, tenho até salvo nos favoritos o modelo de um vestido lindo!


Ele fez uma careta, mas depois sorriu.


– Mesmo?


– Uhum. Não me diga que achou ser o único que pensava em casamento! – Rimos.


– Quero que seja aqui – informou mansamente, alisando-me os cabelos.


– Aqui? Aqui, aqui?


– Aqui!


Olhei a nossa volta. Aquela parte da praia era pouco movimentada, quase não passava ninguém. Além de que era espaçosa o bastante, dava tranquilamente para realizar um casamento.


– Outro dia pensamos em todos os detalhes – sugeriu, sem esperar minha resposta. – Agora quero aproveitar o fim de semana com a minha noiva.


Alfonso tirou centenas de fotos nossas usando as alianças. Eu havia aprendido a gostar de pousar; nosso apartamento era repleto de fotografias em todos os cantos, até no banheiro. Ele também estava juntando material para "re-personalizar" sua parede. Eu a adorava daquele modo – só com fotos dele –, mas era difícil convencê-lo a deixar como está. Já tinha desistido de fazê-lo mudar de ideia.


Despedimo-nos do palco onde nosso amor nasceu, prometendo que voltaríamos muito em breve. Podíamos almoçar no hotel, mas Alfonso fez questão de me levar em um restaurante especialista em frutos do mar. Como sempre adorei – ele sabe bem disso – sequer reclamei. Comi tanto que bateu logo uma fraqueza. Foi por isso que decidimos voltar para o quarto e descansar um pouco. Eu não cheguei a dormir, mas ele pregou os olhos assim que nossos corpos se aninharam.


Passei a maior parte do descanso namorando a minha aliança. Desculpa, sou mulher e, com tal, piro quando vejo qualquer joia. Aquela era linda, perfeita. De muito bom gosto. Revirei-a de todas as formas até chegar à conclusão de que havia sido cara. Aquelas pedrinhas certamente eram diamantes.


Foi inevitável pensar no meu antigo noivado. Manuel Velasco não havia falado com meus pais, foi logo falando comigo, afinal, sempre fui complicada de se lidar. Chegou a meu apartamento em um dia comum dizendo que já era a hora de casarmos. Eu topei depois de refletir bastante, como se tivesse pensando se assinaria um contrato ou não. Compramos as alianças juntos, pois ele dizia que era muito difícil me agradar e que não entendia nada sobre joias. Por ele, comprava a mais baratinha.


Bom, acabamos comprando uma razoável e bem simples, apenas um círculo dourado e fino.


Soltei um longo suspiro. A diferença era tão grande que chegou a me perturbar. Não houve emoção com o Manuel. Nem uma raspinha daquilo que eu estava sentindo com o Alfonso. Só houve conveniência mesmo. Fui muito burra em achar que estava tudo certo, nos eixos. Não fazia ideia de que podia ser diferente. Que podia me trazer tanta felicidade que me via incapaz de suportá-la.


Sorri.


Alfonso me fazia a mulher mais feliz do mundo. Eu precisava fazer alguma coisa por ele. Algo grandioso, especial, único. Ele merecia, principalmente depois de todas as controvérsias pelas quais passou. Depois de ter sofrido tanto, seria natural se Alfonso fosse um homem rígido e frio, mas era exatamente o oposto.


Fiquei pensando e repensando, tentando colocar as coisas em ordem. Estava tão eufórica que nada conseguiu vir à minha mente, mas não desistiria tão fácil. Precisava retribuir tanta dedicação, tanto romantismo... tanta... Sei lá, é difícil explicar. Ser amada é muito bom, mas tenho certeza de que ser amada pelo Alfonso é sensacional.


Depois do descanso, fizemos um tour pelo hotel. O lugar era enorme e bonito. Tiramos muitas fotos e nos divertimos nos balanços e escorregadores do playground. Parecíamos duas crianças. O jantar acabou sendo no hotel mesmo e, depois de uma volta noturna na praia, onde quase fizemos amor entre uns coqueiros, decidimos não nos arriscar. Amamo-nos no conforto do quarto.


Fiz questão de fazer uma massagem nele – já havia obrigado o Alfonso a me ensinar alguns movimentos, assim não me sentiria tão inútil por não conseguir fazê-lo relaxar tanto quanto ele me fazia. Eu não era lá tão boa naquilo, mas bem que tentava. Ele era tão receptivo e ficava tão quietinho que não duvidava de que estivesse gostando.


O domingo chegou, fechando nosso primeiro dia de noivado. Depois de um café da manhã reforçado e de eu ter finalmente pegado um bronze decente na beira da praia, seguimos de volta para casa. Quero dizer, para a casa dos meus pais. Confesso que estava nervosa com aquele almoço. Não sabia quem estaria lá, mas Alfonso me garantiu que ia ser uma reunião bem simples. Apenas para não deixar passar em branco.


Fazia uma hora que estávamos viajando no Black Cat quando ele mostrou que estava pensando no casamento tanto quanto eu:


– Quem serão os nossos padrinhos?


– Hum... Acho que não cabe ter minhas amigas como damas de honra de novo... Até porque a cerimônia vai ser bem mais simples. Quanto aos padrinhos... Talvez eu possa escolher um casal e você outro.


– Boa ideia...


Passamos longos minutos refletindo sobre aquilo.


– Acho que os meus padrinhos serão a Cláudia e o Renato – falei. – Eles são casados há alguns anos... Não consigo pensar em um melhor... AH! Que tal a Lara e o Fernando?


– Muito bom, princesa! Adorei. Eles foram fundamentais para a nossa trajetória, nada mais justo do que convidá-los.


Estava decidido. Lara e Fernando haviam nos ajudado tanto que me envergonhei de não ter pensado neles logo de cara.


– E você, já escolheu? – perguntei.


– Sim, Júlia e Ricardo.


– Ótimo! Fechou!


Alfonso me olhou de soslaio, fazendo uma caretinha linda.


– Agora só falta o resto.


– Só? Todo o resto, né? – Rimos.


Realmente, havia muito a ser feito. Sei perfeitamente que um casamento dá trabalho de ser planejado – escute a voz da experiência! –, mesmo um simples. É tanto detalhe minucioso que aparece... As coisas vão crescendo por si só. Sem planejamento é impossível levar qualquer ideia adiante.


Claro, eu estava louca para começar a planejar. Planos podia ser meu sobrenome facinho. Estava quase cuspindo meu coração quando chegamos à casa dos meus pais. Eles tinham um belo quintal, por isso achei que o almoço seria realizado ali. Realmente não me enganei. Fomos aplaudidos quando chegamos, e pude ver as pessoas mais especiais da minha vida reunidos ali. Além dos meus pais, óbvio, estava a minha avó por parte de mãe e meu avô por parte de pai, ambos eram viúvos. Vi também minha tia Zilda e seu marido, a quem chamo de tio também.


Pronto, eram os únicos familiares.


Fabiana, Jéssica, Paloma, Cláudia e Renato, Lara e Fernando também estavam presentes, fechando o círculo de amigos. Para a minha surpresa, os pais do Alfonso marcaram presença, bem como a Júlia e o Ricardo. Ele ficou visivelmente emocionado, pois não esperava vê-los ali.


O almoço estava delicioso. Fiquei sabendo depois que a Mãe do Alfonso havia se juntado com a minha mãe nos quitutes. As duas cozinhavam super bem e, pelo visto, tinham usado esse talento em comum para iniciarem uma boa amizade. Claro que fiquei nas nuvens! Tudo o que eu mais queria era que nossas famílias se unissem.


Fizemos o convite aos padrinhos ali mesmo. Júlia chegou até a chorar de emoção quando Alfonso a convidou para ser sua madrinha. Lara e Fernando não pouparam agradecimentos. Eles eram tão lindos juntos! Tudo bem que só tinham seis meses de namoro, mas viviam num grude que nem Alfonso e eu conseguíamos compreender.


Ficamos por lá até anoitecer. Jéssica fez questão de fazer o entretenimento do ambiente, todo mundo ria das coisas que ela falava. Principalmente quando a Claudinha ria como uma hiena, aí sim ninguém conseguia ficar calado.


Voltamos para casa acompanhados por um sentimento único de aconchego. Alfonso estava tão feliz e realizado que, pela primeira vez na nossa história, dormiu primeiro que eu. Permaneci sentindo seu cheiro e pensando em como seríamos felizes juntos. Passei horas encarando a minha aliança e sorrindo para o vento.


Do nada, tive uma ideia. Finalmente uma ideia à altura do meu lindo príncipe.


 


 


 


 


 


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Debaya: Ai Deb tem cm não se derreter por ele?? Mto pftoooooo eu quero um desses pra mim onde será q acha? :/ KKKKKKK Vdd mta emoção e as alianças *-* Traumanteeee <3


 


 


Mila :3


 



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Autor(a): Nana

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 374



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  • queren_fortunato Postado em 08/05/2016 - 09:02:26

    Não me canso de ler essa fanfic, é a melhor de todas,e esse final que PERFEITO <3

  • jessAyA Postado em 20/02/2016 - 18:57:57

    Melhor fanfic que já li na minha vida. Obrigada Nana.

  • anniepuente Postado em 26/10/2014 - 02:16:59

    Acho que vou... Chorei! Puts, estive sumida e ainda to no capitulo &quot;1 ano, 3 meses e 3 dias depois... -Por Jéssica&quot;, mais tinha que comentar pra não pensar que se livrou de mim kkk, mds, casamento perfeito... <3

  • franmarmentini Postado em 22/10/2014 - 10:23:35

    to chorrando aki pq acabou...e agora como vou ficar sem ler essa fic* que eu amooooooooooooooooooooooooo tanto....amei amei amei amei simplesmente tudo tudooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo SAUDADES!!!!!!!!

  • franmarmentini Postado em 22/10/2014 - 10:09:16

    O.o

  • debaya Postado em 22/10/2014 - 06:39:46

    Own q final mais lindoooooo!!!!! Me enrolei, atrasei, mas tinha q comentar o ultimo cap. Perfeeeeeeeito ser uma garotinha de lindos olhos verdes como o do papai babão lindo!!!! Meu sonho baby ponny na vida real...Vou sentir mta falta dessa web, sou xonada nela...nos vemos na sua Mila...bjus Ah! Nana...foi maravilhosa

  • franmarmentini Postado em 20/10/2014 - 14:49:02

    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk poncho tá pior que a any ta mais ansioso que ela kkkkkkkkkk isso fazem mais um baby :)

  • franmarmentini Postado em 20/10/2014 - 14:40:16

    :)

  • debaya Postado em 17/10/2014 - 02:21:49

    Tô boba aqui imaginando Any com barrigão esperando baby ponny e Poncho todo babão cuidando....ai que sonhooooo!!!!! Tomara q seja a menininha q ele tanto quer...rs Mila, tô lendo a sua fic e já tô na parte q ela espia ele no banho...safadany kkkkk já já vou poder comentar Posta mais

  • franmarmentini Postado em 16/10/2014 - 10:22:15

    ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii poncho é um fofo e any ta taradona kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk bem que podia ser gemeos assim tem um menino e menina kkkkkkkkkkkkkk


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