Fanfics Brasil - 1º Capítulo – Politicamente Correta Despedida de Solteira - AyA

Fanfic: Despedida de Solteira - AyA | Tema: Ponny- Hot


Capítulo: 1º Capítulo – Politicamente Correta

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Oi, meu nome é Anahí.
Posso parecer uma pessoa normal, mas as aparências enganam mais do que queremos admitir.
Devo confessar que, no meu caso, os problemas começam rapidinho. Percebe-se logo pelo nome:
Anahí. Sim, eu sei que é engraçado, mas tente fazer um esforço para não me chamar de Anais.
Não é tão ruim assim, é?
Existem vantagens e desvantagens de se ter um nome incomum. Entretanto, a maior de todas as
desvantagens, para uma pessoa como eu, é que o fato de ter o nome escrito errado por causa da
idiotice de algum funcionário preguiçoso do cartório - ou pela falta de senso do meu pai - é
extremamente humilhante. Exato, você acaba de descobrir que meu nome era para ser Anais. Era...
Tenho vinte e sete anos. Bom, pelo menos esta é a idade do meu coração. O meu cérebro, por
sua vez, deve estar soprando sua sexagésima velinha. Não, não sou tão petulante para achar que sou
madura demais, inteligente demais ou experiente demais. Não falo neste sentido. Pode ter certeza de
que qualquer garotinha de dezesseis anos já passou por momentos mais marcantes do que eu, sabe,
aqueles momentos que você relembra e se dá conta de que aprendeu alguma coisa.
Sei que isso é meio confuso, mas você entenderá com o tempo. O problema é que o espelho diz
muitas coisas sobre a nossa idade – pelo menos o meu diz -, porém, não há definidora de idade tão
eficaz quanto a nossa própria personalidade.
Posso me explicar.
Sou uma pessoa definida pela sociedade moderna como a “politicamente correta”. Você deve
estar pensando: “Ora, não há nada demais em fazer as coisas certas, todo mundo devia ser como
você, Amande”. Não se engane, e jamais repita tal absurdo. Foi com esta ideia que a minha vida, aos
vinte e sete anos, navegou por mares que eu percebi, talvez tarde demais, que não me levariam ao
caminho que me traria a real felicidade.
Concordo que muita gente devia ter certos hábitos que eu cultuo, hábitos considerados antigos e
recalcados. Na verdade, chega a ser um dever de cada cidadão. Coisas básicas como desligar o
chuveiro enquanto estiver passando shampoo ou escovando os dentes, não dar descarga se for só o
número um, apagar todas as luzes quando sair de casa, levar sempre a sacolinha quando for passear
com o cachorro, nunca estacionar em lugares proibidos... Enfim, existe uma coisa que não abro mão,
e esta se chama ordem.
Gosto de tudo organizado, desde a minha gaveta de calcinhas até a minha lista de e-mails –
tenho certeza de que você nunca organizou sua caixa de e-mails, pelo menos não como eu, que separo
meticulosamente por ordem alfabética, de prioridade, data e assunto. Sigo uma rotina extremamente
rigorosa, criada e estudada por mim mesma. Não mudo nada para que fique longe dos padrões, por
isso odeio, simplesmente odeio, quando surgem imprevistos. Não há nada pior do que surpresas.
Tudo o que eu não puder calcular, classificar, dividir, separar por cores, simplesmente me causa
ânsia de vômito.
Desde pequena sou assim. Bom, não me lembro de nenhum momento na minha vida em que eu
tenha deixado alguma coisa fora do lugar. Guardava meus brinquedos logo quando eu terminava de
brincar, às vezes até antes disso. Nunca sujei um copo e o deixei em cima da pia. Acho que se a
minha mãe tivesse permitido, seria capaz até de, enquanto bebê, lavar minha própria mamadeira.
Nunca apertei a campanhia do vizinho e corri. Nunca fui a um lugar diferente do que tinha dito
aos meus pais. Nunca falsifiquei minha carteira de identidade, nem invadi boates ou filmes para
maiores de dezoito anos sem ter atingido esta idade. Jamais, em toda a minha vida, menti para
alguém. Claro, já omiti muitas coisas das pessoas, já disse sim quando queria dizer não – e também o
contrário -, visto que estou longe de ser uma sem-noção. Falo de mentiras mais óbvias, não de
simples mentirinhas que a boa educação exige vez ou outra.
Sou assim; verdadeira, correta, estrategista e muito dinâmica. Não sou tão divertida quanto
gostaria de ser, mas não posso dizer que sou uma pessoa amarga, silenciosa e introspectiva.
Converso com as pessoas, gosto de me comunicar e tenho mania de comprar livros. Sim, adoro
livros, de todos os gêneros. É engraçado observar tão de pertinho como as pessoas agem. Os livros
abrem uma porta repleta de experiências que não vivi – e que certamente jamais viverei, pois sou
escrava de minhas próprias atitudes -, e faz com que eu aprenda com elas sem, de fato, ter passado
por aquilo.
Tenho amigas legais, que são, em sua maioria, muito diferentes de mim. Não considero isso
uma desvantagem, pois sei que sem o amor delas eu não seria nada, e nunca, nunquinha mesmo, teria
conhecido o Alfonso. De certa forma, o Emanuel também. Bom, chego neles daqui a pouco... Quero
falar um pouco mais sobre as minhas grandes amigas, pois é por causa delas que se principia esta
história.
Estudamos juntas desde a sétima série, embora eu só as tenha conhecido na oitava – visto que,
antes disso, eu mal sabia que no horário do intervalo se podia fazer outra coisa além de lanchar, ir ao
sanitário e continuar estudando. Jéssica, de longe a mais extrovertida, louca de pedra e afoita
criatura vivente deste planeta, decidiu que seria divertido – leia-se cômico – fazer amizade com uma
nerd como eu. Confesso que me assustei com ela nos primeiros dias de amizade – pelo seu jeito
doidinho de ser-, mas depois fui apenas relevando e rindo sempre que possível. É bom rir da Jéssica,
ela está acostumada e você pode fazer isso o quanto quiser.
Acabei conhecendo as outras meninas por intermédio dela: Fabiana, Lara, Claudinha e, por
último, no ensino médio, Paloma se integrou ao nosso pequeno grupo. Paloma é a criaturinha mais
meiga e simpática que já vi. Ela é a que mais se parece comigo; consciente, organizada, inteligente e
pé no chão. Quando as meninas cometem alguma burrada ela é a primeira a aconselhar. Normalmente
fico ao seu favor, pois confio muito no seu poder de reflexão para solucionar os mais variados
problemas.
Foi no baile de conclusão da escola que elas, em unanimidade, decidiram ser o momento ideal
para que eu conversasse com o carinha que estava a fim: o Emanuel. Ele era muito inteligente,
embora não tão bonito, e fazia parte do grupo de xadrez. Sério, toda e qualquer boa nerd se apaixona
por um integrante da equipe de xadrez, é quase obrigatório. O fato é que passei o ano inteiro
paquerando Emanuel – entenda que para mim, naquela época, paquerar significava observá-lo
enquanto ele não olhava e virar o rosto assim que percebesse que eu estava olhando. Aqueles
momentos eram repletos de uma grande emoção, talvez a maior que já aconteceu na minha vida.
Claro, antes do Alfonso. Você vai compreender, aos poucos, que a minha vida se divide em dois
momentos: a. a. e d. a. (antes do Alfonso e depois do Alfonso).
Mas, voltemos ao Emanuel e ao maldito baile de formatura. Acabei seguindo os conselhos
das minhas amigas e, finalmente, decidi falar com ele. Conversamos bastante, na verdade foi a
conversa mais longa que já tive. Durou cerca de... Um ano e meio, que foi quando nós, já na
faculdade, demos nosso primeiro beijo – no meu caso, foi primeiro de verdade. Sim, demorou pacas
para sairmos do canto, mas tem fácil explicação: dois nerds juntos não dão certo neste tipo de coisa.
Somos capazes de decorar toda a obra de Tolkien, mas incapazes de confessar o quanto gostamos de
alguém.
Começamos a namorar naquele mesmo dia. Eu estava com dezoito anos, e ele, dezenove. Nosso
namoro foi bem tranquilo e tradicional. Víamo-nos todas as terças, quintas e sábados, com horário
meticulosamente cronometrado por mim. Sério, não dei trabalho aos meus pais com relação a isso.
Acho que fui muito mais rígida comigo mesma do que eles. Jamais deixei meus estudos, ou demais
coisas mais importantes do que um namoro, em segundo plano.
Não fazíamos nada sem que estivesse disposto na minha agenda. Emanuel  me conhecia bem,
sabia dos meus problemas de organização e aversão a surpresas. Eu também o conhecia, e isso
passou a nos completar de tal forma que fortaleceu o nosso relacionamento. Passamos por bons
momentos, crescemos juntos, construímos nossas carreiras... Ele se tornou um grande designer
gráfico, embora seu trabalho como freelancer tenha me chateado muito. Eu permaneci na área
administrativa, e acabei montando uma loja de cosméticos que vende mais do que água. Sério, você
não faz ideia de quantos produtos as mulheres usam. Nem eu sabia que conseguiria viver bem - até
demais - no ramo da beleza. Afinal, estou longe de ser um modelo de perfeição e não uso metade das
coisas que vendo.
Convidei a minha amiga Lara para vir trabalhar comigo na loja – ela não se deu bem na
faculdade de história, quero dizer, Lara é uma ótima historiadora, mas não têm muitas opções de
emprego na área -, ela é uma garota muito convincente. Minhas clientes acabam gastando o dobro do
previsto apenas sendo atendidas por ela, o que de fato fez com que se tornasse a gerente rapidinho, e
também o meu braço direito. Lara é tranquila, embora seja o tipo de pessoa que não consegue
arranjar nada na vida além de clientes. Apesar de ser muito convincente, é um fiasco quando se trata
de relacionamentos. A coitada já teve centenas de namorados, mas nenhum deles a mereciam. Só
você vendo os espécimes que ela encontra... Cada um mais imbecil do que o outro.
Meus encontros com as amigas acontecem de quinze em quinze dias, sempre na quinta-feira à
noite. Acredite, foi o melhor dia que conseguimos arranjar depois de cada uma ter seguido sua vida
em direções completamente distintas. Apesar de manter contato com a Lara na loja, nossos momentos
para conversar de verdade são nesses encontros, em que escolhemos a casa de alguém e nos
revezamos também na preparação do jantar e do que mais for necessário.
Somos muito ocupadas, principalmente a Cláudia, que já é uma mulher casada e mãe de uma
menina maravilhosa. Ela se vira em mil para concluir a faculdade de Agronomia, e não trabalha
porque simplesmente não sobra tempo. Já a Fabiana se deu muito bem na vida; escolhendo a área
jurídica, trabalha no Tribunal de Justiça da cidade. Ganha horrores.
Paloma seguiu o rumo da arte, por incrível que pareça, e recentemente abriu o próprio ateliê.
Ela faz pinturas em tela e esculturas de gesso sensacionais, só você vendo o quanto é talentosa. A
inauguração do espaço foi um sucesso, e minha amiga vive pra lá e pra cá, atendendo a solicitações
de clientes cada vez mais ricos, dispostos a pagar fortunas por uma obra-de-arte assinada por ela. A
Jéssica é um caso completamente a parte. Por ser louca – e até mesmo meio perturbada -, nunca
concluiu a faculdade e vivia fazendo freela como modelo numa agência. Pelo menos era o que eu
pensava...
Bom, o fato é que amo as minhas amigas. Por isso que, depois de quase nove anos de namoro,
quando Emanuel me pediu em casamento – e eu aceitei -, não podia deixá-las de fora da minha
felicidade. Foi com muito carinho que as convidei para uma noite de encontro de quinta-feira no meu
apartamento. E foi com muito carinho que defini que elas seriam as minhas madrinhas de casamento.
Claro, óbvio, que eu não podia esperar que as coisas fugissem da normalidade. Afinal, estava
tudo na minha agenda, todos os preparativos do casamento. Eu tinha criado um site só para isso, de
modo que, três meses antes do casório, eu já tinha todos os contratos devidamente quitados e tudo,
absolutamente tudo, sob controle; buffet completo, salão de festa, garçons, fotógrafos, igreja,
iluminação, filmagem, cerimonial, decoração, convites, vestido, maquiagem, depilação...
As coisas só começaram a desandar por causa da maldita despedida de solteira. Que, por sinal,
nem havia me passado pela cabeça.




  • Este foi o post de hoje! esta bom não esta? é graaandee e tem 8 paginas ai hahahahaha.Bem decidi por usar os nomes das amigas e colegas pelos orininais, assim agilizando as postagens, portanto Maite, Dulce e os demais estão fora =\, mas vão por mim a estoria é tao legal que nem sentimos tanto!Amanhã volto com mais post, comentem favoritem. Podem em add a vontade não tem problema e se alguém quiser conversar pelo Whats ai vai. 21 981732974 BjuuusssBeijo



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Autor(a): Nana

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- Despedida de solteira? Pra quê? – perguntei, tendo cinco pares de olhos bem abertosapontados na minha direção.- Como assim pra quê? – retrucou Jéssica, com um sorrisinho sarcástico estampado no rosto.Estávamos na casa da Lara, em nossa última reunião de quinta-feira antes do meu casamento,por isso n&a ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 374



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  • queren_fortunato Postado em 08/05/2016 - 09:02:26

    Não me canso de ler essa fanfic, é a melhor de todas,e esse final que PERFEITO <3

  • jessAyA Postado em 20/02/2016 - 18:57:57

    Melhor fanfic que já li na minha vida. Obrigada Nana.

  • anniepuente Postado em 26/10/2014 - 02:16:59

    Acho que vou... Chorei! Puts, estive sumida e ainda to no capitulo &quot;1 ano, 3 meses e 3 dias depois... -Por Jéssica&quot;, mais tinha que comentar pra não pensar que se livrou de mim kkk, mds, casamento perfeito... <3

  • franmarmentini Postado em 22/10/2014 - 10:23:35

    to chorrando aki pq acabou...e agora como vou ficar sem ler essa fic* que eu amooooooooooooooooooooooooo tanto....amei amei amei amei simplesmente tudo tudooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo SAUDADES!!!!!!!!

  • franmarmentini Postado em 22/10/2014 - 10:09:16

    O.o

  • debaya Postado em 22/10/2014 - 06:39:46

    Own q final mais lindoooooo!!!!! Me enrolei, atrasei, mas tinha q comentar o ultimo cap. Perfeeeeeeeito ser uma garotinha de lindos olhos verdes como o do papai babão lindo!!!! Meu sonho baby ponny na vida real...Vou sentir mta falta dessa web, sou xonada nela...nos vemos na sua Mila...bjus Ah! Nana...foi maravilhosa

  • franmarmentini Postado em 20/10/2014 - 14:49:02

    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk poncho tá pior que a any ta mais ansioso que ela kkkkkkkkkk isso fazem mais um baby :)

  • franmarmentini Postado em 20/10/2014 - 14:40:16

    :)

  • debaya Postado em 17/10/2014 - 02:21:49

    Tô boba aqui imaginando Any com barrigão esperando baby ponny e Poncho todo babão cuidando....ai que sonhooooo!!!!! Tomara q seja a menininha q ele tanto quer...rs Mila, tô lendo a sua fic e já tô na parte q ela espia ele no banho...safadany kkkkk já já vou poder comentar Posta mais

  • franmarmentini Postado em 16/10/2014 - 10:22:15

    ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii poncho é um fofo e any ta taradona kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk bem que podia ser gemeos assim tem um menino e menina kkkkkkkkkkkkkk


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