Fanfic: Despedida de Solteira - AyA | Tema: Ponny- Hot
Lara entrou no carro sem falar nada; coisa tão rara que me deu medo no mesmo instante. Será que estava de TPM? Se estivesse, sabia que não adiantaria que eu falasse merda nenhuma. Aliás, seria até pior se falasse, pois ela com certeza me comeria vivo! Nunca queira ver a Lara de TPM. Ou ela chora ou vira bicho. Pela cara que fazia, entendi que estava pior do que uma leoa braba.
Eu seria o cara mais burro do mundo se atiçasse.
Foi por isso que liguei o som – gosto de tudo que for rock, mas naquele dia estava a fim de Charlie Brown Jr., por ser mais light. Se eu colocasse Metallica ou Sepultura a leoa que habitava em Lara atacaria sem pensar duas vezes.
Fiquei curioso para saber o que tanto a estressava, mas supus que fosse algum problema na loja ou em casa. Sua irmã mais nova sempre a deixava possessa, e por motivos idiotas, vale salientar.
Não gostava de vê-la daquele jeito, mas entenda que é melhor ficar sem gostar e se manter intacto do que ficar ouvindo gritos e chororô à toa.
Eu estava particularmente feliz. Aquele era meu terceiro dia de aula na faculdade de psicologia. Resolvi voltar a estudar depois que percebi que não devia culpar a faculdade pelo meu envolvimento com as drogas. Precisava parar de ficar trancando os semestres, por isso só agora, depois de pouco mais de dois anos mantendo distância, decidi que era o momento de voltar.
Conversei com o reitor, professores e vários coordenadores. Vou precisar pagar novamente algumas matérias, mas a maioria que já havia pagado conseguiu se manter intacta no meu currículo.
Óbvio que fazia aquilo por mim, mas sei que também era pela Lara. Ela já era formada e tinha duas pós-graduações, o que me deixava com cara de tacho. Não que pensasse em deixar a loja da Anahí – ela ganhava muito bem, tinha todos os benefícios e gostava de vender cosméticos. Segundo ela, era uma coisa que sabia fazer como ninguém. Todos os dias vinha me dizendo que conseguiu esgotar o estoque disso e daquilo outro. A loja da Anahí só fazia crescer, e Lara via um futuro muito promissor fazendo parte deste crescimento. Eu apoio, claro!
Mas velho... É horrível ficar se sentindo um demente na frente de alguém tão inteligente como a Lara. Ela conversava sobre todas as coisas do mundo, enquanto eu só sei falar direito sobre skate, seriados, rock e psicologia. Isso nunca chegou a perturbá-la – pelo menos jamais havia se queixado –, mas era uma necessidade minha voltar a estudar, a exercitar a mente.
Eu também não pretendia deixar o Alfonso tão cedo. Se acontecesse, seria para montar uma clínica ou algo assim, porém realmente estava aprendendo a gostar de tudo relacionado à fotografia.
Andei fazendo até alguns cursos mais básicos para não ficar totalmente por fora. Alfonso às vezes parava tudo o que estava fazendo só para me ensinar algo novo, e cada aprendizagem me deixava ainda mais encantado.
Não sentia necessidade de ganhar mais do que estava ganhando. Minha vida como garoto de programa me rendeu uma boa grana, mas como nunca fui de gastar tanto assim, andei economizando e tenho o bastante para bancar o resto da minha faculdade. Para mim já é o bastante, mas...
Lara estava me preocupando. Desde que havíamos sido convidados para ser padrinhos do casamento da Anahí e do Alfonso, ela não falava sobre outra coisa. Soltou dois milhões de indiretas – e diretas também, ainda me lembro da noite em que chegou para mim e perguntou: você pensa em casar um dia, Fernando? –, obrigou-me a pesquisar sobre decorações de casamentos, decidimos oferecer toda a decoração da festa como presente, e passou horas levantando a teoria de que jamais ficaria bem dentro de um vestido de noiva.
E então eu usava de toda a psicologia para convencê-la de que os seus problemas com relação ao próprio corpo existiam apenas em sua mente. Mas Lara odiava quando eu falava sobre isso, portanto decidi parar de dar uma de psicólogo para o lado dela. Não adiantava, Lara precisava de um profissional que não podia ser eu.
Falando sério, só conseguia me perguntar como iria casar aos vinte e quatros anos, sem uma faculdade, sem casa própria – meu apartamento era alugado –, e claro, sem saber se nosso relacionamento daria certo.
É claro que eu a amo, isso não está em questão. Só que ela simplesmente NÃO ENTENDE QUE EU A AMO!!!!!!!!!!!
Lara tem um puta ciúme de mim. Nenhuma mulher pode olhar pra minha cara que ela acha ruim, isso inclui senhoras de idade e pré-adolescentes. O problema de tudo é que chamo muita atenção, pô, eu tenho um metro e oitenta e seis de altura, meu corpo é todo tatuado e meu cabelo quase bate na minha bunda! CLARO que um monte de gente olha pro meu focinho, seja homem ou mulher, mas Lara não entende!
Se um dia der uma louca nela? Se decidir me deixar, do nada? Se desistir de lutar contra esse ciúme maldito? Cara... Como vou casar com alguém tendo essas dúvidas me tirando o sono? Não podia. Simplesmente não dava para ser inconsequente e fingir que tudo estava a mil maravilhas. Não podia me magoar, muito menos magoá-la.
Tínhamos um problema sério para ser resolvido, porém eu não sabia mais o que fazer. Já estou meio cansando de mostrar o tempo todo que ela é a mulher que escolhi para ser minha. Se Lara ao menos entendesse isso e parasse de se achar feia e gorda o tempo todo, tenho certeza de que noventa e nove por cento dos nossos problemas teriam fim.
Estacionei em frente à sua casa. Estava acostumado a lhe dar carona todos os dias; Lara não tinha carro por opção, mas me sentiria um filho da puta se deixasse que voltasse para casa de ônibus.
Até porque aquele era um momento em que conversávamos um pouco. Nossa rotina era corrida, portanto aproveitávamos ao máximo cada segundo que passávamos juntos.
Em dias de semana era quase impossível termos um pouco de paz, e agora que minha faculdade começou, ficou um tanto pior. Já não fazíamos amor há umas duas semanas, pois precisei trabalhar no sábado passado – Alfonso me pagava um extra generoso para dar uma força aos outros funcionários.
Além de tudo, o pai da Lara não gostava muito de que ela dormisse lá em casa, e eu não tinha cara de dormir na dela. Até porque não adiantaria muito, pois Lara divide o quarto com a irmã. Eu seria jogado no sofá e ficaria por isso mesmo.
Por causa desses fatores que cada chance, mesmo que diminuta, era devidamente usada para matarmos a saudade que não nos abandonava.
Pena que naquela noite ela decidiu me ignorar.
– Até amanhã, docinho – falei, inclinando-me para beijá-la. Lara nem saiu do lugar. Também nem olhou para minha cara. Fodeu! Será que ficou com raiva porque a chamei de docinho? Ela não gostava que eu a chamasse assim porque doces engordam. Tentei justificar dizendo que doces são gostosos e irresistíveis como ela, mas não colou. – Não vai me dar um beijo?
Ela suspirou e se virou na minha direção, dando-me um selinho tão frio quanto um iceberg.
Sabia que não merecia aquilo; estava cansado e meio que tentando fugir de estresse. Ainda tinha uma aula inteira pela frente e, quando chegasse ao meu apartamento, malharia na sala de ginástica do prédio. Não substituía uma academia, mas já era alguma coisa, visto que não tinha mais tempo para malhar.
– O que aconteceu, Lara? – Coloquei uma mexa do seu cabelo para trás. Lara não cortava o cabelo desde que começamos a namorar. Ela queria deixá-lo maior do que o meu, embora não dissesse isso em voz alta, mas faltavam ainda uns dez centímetros.
– Agora que você pergunta?
– Não quis discutir...
Mas pelo visto não ia ter jeito. Que merda!
– Hoje eu esgotei o estoque de rímel – ela murmurou, fazendo uma careta. Fiquei observando, só esperando o lado ruim da coisa. Eu não sabia nem o que era um rímel, mas fingi ser o maior entendedor do planeta.
Lara demorou séculos para prosseguir:
– Vendi todos eles para as formandas que foram fazer tomada no estúdio do Alfonso hoje. Sabe quais eram os principais comentários entre elas?
Fodeu de vez.
– Quais, meu amor? – Alisei a lateral do seu rosto de leve. Não ia adiantar perder a cabeça, precisava manter a calma.
– Ai, meu Deeeeeuuuusssss, vocês viram aquele cara do cabelão? Que lindo! – imitou uma voz ridícula, e não parou por aí: – Ai, amiga, e aqueles olhos? E aquela boca? E aqueles braços? E aquela cera no ouvido! – Lara fechou os olhos com força. – Elas falaram sobre cada item de uma lista enorme de tudo que era seu!
Gargalhei instintivamente. Foi sem querer! Lara conseguia ser engraçada até mesmo quando brigava comigo.
– E você ainda ri? – Fez biquinho. Ficava ainda mais linda quando estava com raiva, mas eu que não era doido de fazer aquele comentário.
– Ué, amor, vou fazer o quê? Chorar? Relaxa! – Curvei-me para lhe beijar a boca, mas Lara recuou. Foi então que aconteceu o que eu não queria que acontecesse: aquilo começou a me irritar. – O que foi? Vai falar o mesmo de sempre, de novo? Você não cansa nunca, Lara?
Ela me encarou. Fazia uma expressão tão sofrida que fiquei com dó. Seus olhos já estavam marejados, era uma questão de tempo para que começasse a chorar. Contei até dez mentalmente e segurei a irritação.
– Você devia ter ficado orgulhosa, amor. – Voltei a alisar seus cabelos. Sua expressão mudou para algo muito perto do: não acredito que falou essa merda!
– Fiquei foi com muito ódio! – vociferou.
É... Fodeu mesmo. Ai, ai...
– Por quê? Você é a única que pode usufruir do meu cabelo... Da minha boca, dos meus olhos... Da minha cera do ouvido... – Ri um pouco para tentar amansar o clima, mas só fiz papel de tolo.
– Estou cansada disso, Fernando. Cansei... Simplesmente cansei.
– Os caras também te olham, Lara, e nem por isso fico desse jeito.
– Pedreiros em construções não contam, Fernando. Dá licença.
Lara pegou sua bolsa, retirou o cinto de segurança e saiu do carro.
– Puta que pariu... – murmurei baixinho antes de decidir sair também. – Lara! Lara! – Ela andava vagarosamente na direção do jardim da sua casa. Puxei-lhe uma mão assim que a alcancei. – Para com isso, amor...
– Não dá pra aguentar esse bando de puta olhando pra você! – rosnou baixinho, desvencilhando-se de mim.
Agora me diga uma coisa: que culpa tenho em tudo isso? Caralho, eu só fazia amar aquela mulher. Mais nada. Só pensava nela o tempo todo: Lara isso, Lara aquilo, será que a Lara dormiu bem? Será que a Lara já almoçou? Acho que a Lara vai gostar disso... ARGH! Que raiva!
– O que você quer que eu faça? – gritei, puto da vida. Jamais havia me alterado daquele jeito. Nunca levantei a voz para ela, mas foi inevitável. Simplesmente saiu. – Me diz, o que quer que eu faça, Lara?
Ela se assustou bastante. Puts, susto foi apelido. Lara ficou tão estarrecida que passou longos segundos apenas me observando, com olhos esbugalhados e os lábios trêmulos. As lágrimas escorreram rapidão.
– Não faça nada, Fernando... – disse com sua voz infantil. Deu vários passos para trás, deixando-me plantado como um dos arbustos do jardim.– Não precisa fazer nada.
AAAAAH, VELHO! Que saco!
Sem saber se sentia pena dela ou de mim mesmo, acabei pensando um pouco mais em mim e voltei para o carro. Os pensamentos me acompanharam por todo o caminho até a faculdade. Eu precisava fazer alguma coisa, nosso relacionamento não podia seguir aquele rumo. Não por causa da insegurança de Lara.
Mas, cara... A culpa não era minha!
Jamais a trairia com qualquer outra mulher que fosse. Sentia uma falta absurda de sexo, admito, mas isso não significa nada. Sequer conseguia imaginar transar com alguém que não fosse ela. Lara era a minha mulher. Era quem me fazia feliz, apesar de todos seus problemas de insegurança. Ela me completava em todos os âmbitos da minha vida. Não queria perdê-la.
Não conseguiria perdê-la.
Andei pelos corredores da faculdade pensando nela. Quase passei direto pela minha sala.
Estava um pouco atrasado, por isso pedi licença ao professor – que já tinha começado a aula – e me sentei lá no fundão. Todo mundo olhou para mim. Sinceramente eu já estava acostumado com aquilo; não significava que estava sendo paquerado, pois as pessoas me olham, acima de tudo, com curiosidade.
Depois que a aula recomeçou, percebi que continuava sendo observado. Virei para o lado instintivamente e percebi duas garotas olhando para mim. Desviei os olhos e abri o caderno, fingindo que estava prestando atenção.
Fala sério... Tá, tudo bem, se todo mundo olhasse para Lara onde quer que fosse eu ficaria igualmente puto. O pior de tudo é que muitos homens a paqueram, só que Lara nunca acha que é com ela. Só eu percebo, e então seguro sua mão, puxo-a para o outro lado, encaro o sujeito... Faço qualquer coisa para o otário desistir de paquerá-la. Não gosto da situação, mas também não me estresso com isso.
Depois de três horas sentado pensando na Lara e em como era ridícula a sensação de vazio que sentia por causa da nossa discussão – e, claro, quase mandando Freud, Piaget e Behavior tomarem em seus devidos rabos –, percebi que eu podia facilitar as coisas. Refletindo melhor, cheguei à conclusão de que podia me expor menos, pelo menos quando estivesse trabalhando.
Assim que as aulas acabaram fiz o meu primeiro teste: coloquei o casaco, cobrindo todas as minhas tatuagens, e dei umas mil voltas no meu cabelo até que ficasse devidamente preso. Saí da sala e fui caminhando por vários corredores. Quase passei despercebido. Digamos que a atenção sobre mim foi reduzida em uns oitenta por cento.
Sentindo-me animado e esperançoso, liguei para ela. Chamou e ninguém atendeu. Que porra...
Liguei de novo. Nada. Decidi mandar uma mensagem. Quando Lara tinha piti e não queria falar comigo, pelo menos respondia via SMS.
Quero você hoje. Estou indo te pegar. Diga a seu papaizinho que não estou nem aí com a opinião dele sobre isso.
Mandei, mas logo me arrependi. Fui meio grosso, sei lá. Affe, que merda, por que consigo ser tão imaturo?
Sua resposta chegou em menos de meio minuto:
Nem pensar.
Suspirei profundamente, caminhando até o estacionamento. Entrei no carro e dei partida. No caminho, tirei o casaco e soltei o cabelo. Era inútil ficar me mascarando. Será possível que preciso deixar de ser quem sou? Eu não tenho vergonha de mim, mesmo sendo constantemente criticado e sofrendo muito preconceito. Cada tatuagem tinha um significado, havia uma história importante por trás delas. Lara conhecia todas. Aliás, ela amava minhas tattoos. Na verdade ela amava tudo o que era meu, podia sentir cada fibra do seu amor. Puts... O que eu estava fazendo de tão errado para que ela não conseguisse sentir o meu amor?
Simplesmente me desesperei. Coloquei o som do carro no volume mais alto e fui dirigindo para minha casa. Aquela seria mais uma noite solitária e confusa. Odiava o sentimento de estar perdendo a Lara. Doía muito, velho...
Estava na metade do caminho quando meu celular apitou. Era uma mensagem da Lara. Quase morri antes de conseguir abri-la:
Não queria estar assim contigo, bebê.
Sorri um sorriso amplo de orelha a orelha. Quando Lara voltava a me chamar de bebê significava que a raiva já tinha ido embora.
Respondi bem rápido, já mudando o meu trajeto. Passaria na casa dela de todo jeito, não importava se era tarde. Precisava ao menos beijá-la.
Eu te amo. Dorme comigo hoje.
Estava desesperado mesmo, e daí? Ela sabia disso, pois conhecia cada um dos meus instintos.
Além de que tudo ficava bem entre nós depois que fazíamos amor. Lara ficava com a autoestima elevada durante alguns dias, fazendo deles os melhores.
Ela não me respondeu de imediato, mas nada me faria voltar. Assim que estacionei na frente da sua casa, recebi outra mensagem:
Papaizinho liberou. Estou te esperando.
– RÁÁÁÁ, moleque!!! – praticamente gritei, gargalhando à toa.
Meus dedos digitaram a mensagem tão rápido que as palavras saíram todas erradas:
Tô te esprand na frente da sua csa.
A porta que dava para o jardim se abriu dois minutos depois, e ela veio lindamente, segurando uma mochila. Assim que entrou no meu carro, nem esperei que falasse mais merda alguma: beijei sua boca com tanto desejo que fiquei excitado. Poderia fodê-la ali mesmo, mas me controlei. Respirei fundo e me concentrei em dirigir.
– Desculpa, bebê – murmurou. A vozinha de criança que Lara fazia me deixava louco. Reduzia todo o meu raciocínio a pó.
– Tudo bem.
– Tudo bem nada. Eu sou uma burra. Sempre estrago tudo! – Percebi sua voz se modificando para uma chorosa. Segurei sua recheada coxa esquerda. Do jeito que eu amava. Fala sério, quem gosta de osso é cachorro. Faço do tipo leão, pra combinar com a leoa que habitava nela. Sou carnívoro assumido.
– Isso vai acabar no dia em que perceber que só tenho olhos para você.
– Ah, bebê, eu sei, mas é que... Dá muita raiva!
– Não, você não sabe, Lara. – Observei-a, mas tive que prestar atenção na pista. – Não faz ideia do quanto eu te amo. Tento fazer com que entenda, mas não consigo.
Ela se inclinou e pegou uma mexa do meu cabelo. Puxou devagar até me obrigar a chegar bem perto dela. Continuei olhando para frente, mas senti sua boca pequena encostar ao meu ouvido.
Caracas... Fiquei todo arrepiado!
– Eu também te amo, meu gostoso – sussurrou de um jeito sexy.
Puta merda, chega logo, apartamento!
Depois dessa dirigi tão rápido que em menos de dez minutos já estávamos subindo pelo elevador. Começamos a nos beijar loucamente ali mesmo, aproveitando que eram onze e pouca da noite e não havia movimento no prédio.
Prendi Lara contra o espelho do elevador e deixei todo o meu corpo envolver o seu. Ela fez questão de segurar meu pau duro por cima da calça, deixando-me ainda mais excitado. Se entrasse alguém antes do meu andar nem haveria como disfarçar.
Quando finalmente chegamos, Lara já tinha a blusa erguida e um lado do sutiã para baixo, deixando um seio exibido. Sequer permiti que tornasse a se vestir: abri a porta rapidamente e a puxei, guiando-a diretamente para o meu quarto.
Ela deixou sua mochila cair em algum lugar da sala. Meu apartamento era pequeno, mas bem equipado e organizado. Eu limpava tudo sozinho – não que fizesse isso frequentemente, pois morria de preguiça –, então fiz questão de um canto pequeno para não dar trabalho desnecessário. O meu quarto era o ambiente mais espaçoso e limpo, afinal, era onde passava a maior parte do tempo.
Joguei Lara na minha cama. Ela soltou um grito divertido, e acabamos rindo juntos. Tirei minha camisa, o tênis e me atirei em cima dela. Beijei-lhe a boca, mas logo fui descendo pelo seu pescoço, inspirando seu cheiro mesclado com o perfume que usava.
Lara tocava todo o meu corpo, guiando mãos deliciosas e ousadas pelos caminhos exatos para me deixar ainda mais excitado. Quase morri de tesão quando senti seus dedos desabotoarem a minha calça. Ela fez meu pau ficar pra fora em poucos segundos, e já começou a remexê-lo.
Eu tinha tanta pressa – foi quase como se servissem um banquete a um faminto – que tratei de retirar sua blusa e, junto com ela, seu sutiã. Minhas mãos envolveram seus seios. Fui sugando-os de uma forma meio indecisa; não sabia se beijava um ou o outro. Queria os dois e ponto final.
Lara se contorcia um pouco e soltava gemidos fininhos, mas não largou minha ereção por nada.
Sua mão já estava meio lambuzada pelo líquido que me lubrificava, deixando-me pronto para estar nela. E eu sinceramente não conseguia mais esperar.
Levantei-me até ficar de joelhos na cama. Desabotoei seu shortinho jeans e o retirei junto com a calcinha; pra quê demorar, né? Não posso deixar de comentar que a visão da Lara completamente nua na minha cama é a coisa mais linda e excitante do mundo. Cheguei até a soltar um suspiro de desejo, que partiu do fundo da minha alma. Como aquela mulher gostosa podia se sentir feia?
Passei minhas mãos pelo seu corpo, sentindo meus olhos arderem. Lara me olhava com uma expressão muito sensual. Parei meus dedos na sua bela vagina, deixando-os brincarem um pouquinho naquele território abençoado pelos deuses. Lara gemeu e, instintivamente, abriu bem as pernas.
Foi impossível não querer enfiar minha língua nela. Por mais pressa que eu tivesse para possuí-la, jamais ignoraria aquilo. Foi por isso que me curvei diante dela, abri suas pernas ao máximo e caí de boca. Mandei ver nos movimentos, deixando-os sempre bem acelerados. Sentir seu gostinho saboroso entre meus lábios foi tão bom que por um instante pensei estar sonhando. E mais ainda quando Lara envolveu meus cabelos em suas mãos e os puxou, gozando de um modo intenso.
Quase a aplaudi. Seu corpo se contorcendo, soltando espasmos frenéticos, e sua boca emitindo sons maravilhosos era uma cena digna de Oscar. Lara mal terminou de gozar e foi se levantando, ainda com meus cabelos em suas mãos. Eles lhe serviram como rédea para me fazer deitar na cama.
Logo em seguida, ela terminou de retirar minha calça e a cueca. Meu pau ainda estava firme como rocha, o danado mal podia esperar para ver o que ela ia fazer com ele. Lara é uma verdadeira amante do sexo oral; sua boca pequena é um espetáculo quanto se trata do assunto. Fazia aquilo tão bem que alguém devia lhe premiar.
Tentei me controlar para não gozar rápido. Admito que havia aprendido a segurar o clímax quando ingressei na vida de garoto de programa, por isso que quase sempre conseguia. Foi uma tortura esperar que ficasse satisfeita de me sugar. Estive perto do êxtase pelo menos umas três vezes.
Ela sabia disso, pois meu corpo parecia convulsionar toda vez que acontecia.
Depois da eterna sessão de tortura, ela finalmente parou e foi beijando o meu corpo. Fazia pausas para lamber o contorno de cada tatuagem, seguindo trajeto do meu abdome até o pescoço.
Velho... Foi excitante. Excitante pra caralho!
Soltei um gemido alto quando pernas grossas se abriram ao redor da minha cintura e, sendo ajudada pelas suas mãos, minha ereção encontrou conforto dentro dela. Lara curvou-se para trás; ergueu a cabeça e abriu a boca, emitindo seus malditos gemidinhos infantis. Não dava para esperar, muito menos para deixar que controlasse os movimentos.
Foi por isso que segurei sua cintura com força e, apoiando minhas costas na cama, comecei eu mesmo a movimentar meu quadril. O ritmo se tornou bastante acelerado, fazendo nossas peles baterem uma na outra com força. Lara aumentou drasticamente a frequencia dos seus gemidos. Puxei-lhe os cabelos castanhos, obrigando-a a quase se deitar sobre o meu peito. Ela inclinou para frente, apoiando os braços em mim.
Curvando-me um pouco, abri o caminho para beijá-la. Línguas necessitadas brincaram e dançaram, contracenando malabarismos e nos enchendo de ainda mais desejo. Nosso beijo era incrível; fazia nossas bocas se encaixarem perfeitamente.
Lara entrou no segundo orgasmo depois de longos minutos rebolando em cima de mim. Ela estava tão quentinha e molhadinha! Não permiti que se afastasse nem para gemer; ela se contorceu lindamente e gozou em silêncio, prendendo seus lábios nos meus.
Seu corpo estremeceu de um jeito tão gostoso que foi impossível não gozar junto; tive um orgasmo intenso e igualmente silencioso. Não deixei que nossos corpos se desgrudassem nem por um segundo.
Permanecemos daquele jeito até que nossos corpos suados de prazer finalmente se esfriaram.
Havia uma mistura de cabelos castanhos – o meu era alguns tons mais claros – espalhados pelo colchão, e assim permaneceu. Lara depositou sua cabeça no meu peito e relaxou. Ainda estávamos encaixados.
– Como não ter ciúme de tudo isso? – ela disse baixinho. – Não consigo não ter ciúme da melhor coisa que já me aconteceu.
– É só confiar nessa coisa... – murmurei. Segurei seu queixo, obrigando-a a erguer a cabeça para me olhar. – Eu te amo, Lara. Não deixe esse ciúme nos separar. Por favor... Não sei mais viver sem você.
Ela balançou a cabeça positivamente. Depois, voltou a depositá-la no meu peito. Enrolou algumas mexas do meu cabelo entre os dedos.
– Não vou deixar – definiu.
E eu sinceramente acreditei nela.
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Franmarmentini: Vamos ver né q ideia a anny teve :3 Foi pft *-*
Debaya: KKKKKKKKKKKKK Sem dúvidaaa precisam fabricar :/ Tmb sou supeeeeeeer apx. por ele *-* hahahahaha vamos ver né oq ela vai aprontar... Bjs
PS: Girls lembrando que não posto FDS ou seja até segunda bjs :)
Mila :3
Autor(a): Nana
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É engraçado o modo como as coisas mudam tão depressa. Mais engraçado ainda é perceber o quanto as pessoas mudaram. Começando comigo; há quase um ano vivia imerso no meu mundinho vazio, quase sem esperanças, sem amigos, família... Eu era outro homem. Um cara que hoje em dia tento esquecer, mesmo sabendo ser imposs ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 374
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queren_fortunato Postado em 08/05/2016 - 09:02:26
Não me canso de ler essa fanfic, é a melhor de todas,e esse final que PERFEITO <3
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jessAyA Postado em 20/02/2016 - 18:57:57
Melhor fanfic que já li na minha vida. Obrigada Nana.
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anniepuente Postado em 26/10/2014 - 02:16:59
Acho que vou... Chorei! Puts, estive sumida e ainda to no capitulo "1 ano, 3 meses e 3 dias depois... -Por Jéssica", mais tinha que comentar pra não pensar que se livrou de mim kkk, mds, casamento perfeito... <3
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franmarmentini Postado em 22/10/2014 - 10:23:35
to chorrando aki pq acabou...e agora como vou ficar sem ler essa fic* que eu amooooooooooooooooooooooooo tanto....amei amei amei amei simplesmente tudo tudooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo SAUDADES!!!!!!!!
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franmarmentini Postado em 22/10/2014 - 10:09:16
O.o
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debaya Postado em 22/10/2014 - 06:39:46
Own q final mais lindoooooo!!!!! Me enrolei, atrasei, mas tinha q comentar o ultimo cap. Perfeeeeeeeito ser uma garotinha de lindos olhos verdes como o do papai babão lindo!!!! Meu sonho baby ponny na vida real...Vou sentir mta falta dessa web, sou xonada nela...nos vemos na sua Mila...bjus Ah! Nana...foi maravilhosa
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franmarmentini Postado em 20/10/2014 - 14:49:02
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk poncho tá pior que a any ta mais ansioso que ela kkkkkkkkkk isso fazem mais um baby :)
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franmarmentini Postado em 20/10/2014 - 14:40:16
:)
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debaya Postado em 17/10/2014 - 02:21:49
Tô boba aqui imaginando Any com barrigão esperando baby ponny e Poncho todo babão cuidando....ai que sonhooooo!!!!! Tomara q seja a menininha q ele tanto quer...rs Mila, tô lendo a sua fic e já tô na parte q ela espia ele no banho...safadany kkkkk já já vou poder comentar Posta mais
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franmarmentini Postado em 16/10/2014 - 10:22:15
ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii poncho é um fofo e any ta taradona kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk bem que podia ser gemeos assim tem um menino e menina kkkkkkkkkkkkkk