Fanfics Brasil - Capítulo -80- 1 ano depois... Despedida de Solteira - AyA

Fanfic: Despedida de Solteira - AyA | Tema: Ponny- Hot


Capítulo: Capítulo -80- 1 ano depois...

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O despertador tocou e fui obrigada a interromper um sonho maravilhoso. Há semanas sonhava – e tinha pesadelos também – com o casamento. Faltavam ainda três meses para a cerimônia, e eu não sabia dizer se era muito ou pouco. Era muito porque não via a hora de estar casada com o Alfonso, e pouco porque eu estava enlouquecendo para que tudo saísse de um jeito pelo menos aceitável.


Alfonso e eu estávamos decidindo tudo em conjunto, o que é extremamente mais complicado do que se eu estivesse planejando sozinha. Mas preciso entender que ele não é como Manuel, que se contentava com qualquer coisa. Anahí é tão perfeccionista quanto eu; fez questão de participar de cada escolha, teceu mil e uma sugestões e, admito, teve as melhores ideias. A de contratar um gerador próprio para fornecer energia, por exemplo. O casamento seria realizado em um sábado, às três horas da tarde, mas conhecendo nossas famílias e amigos era óbvio que a festa duraria até anoitecer. Precisaríamos de luzes. Além do mais, casamento sem música não dá. Mesmo que ainda não soubéssemos como providenciar a música – Alfonso votava em uma banda simples, mas não havíamos encontrado alguma interessante o suficiente –, era óbvio que precisariam de energia.


No geral, estávamos ganhando muitos presentes. Como já possuíamos tudo dentro de casa, não fizemos questão de ganhar presente de convidado algum, mas as poucas pessoas que compareceriam estavam se reunindo para nos oferecer as coisas do próprio casamento. Júlia, por exemplo, fez questão de providenciar todos os doces. Ela tem uma grande amiga que trabalha com trufas deliciosíssimas – ela me fez provar tudo antes de contratá-la – e variados doces finos, todos personalizados.


Fernando e Lara estavam arrasando na decoração. Ficamos estudando milhares de fotos de casamentos na praia; eles escolheram a mais linda e estão providenciando cada detalhe de modo que fique o mais parecido possível. Se bem que, em minha opinião, estava ficando melhor do que a foto.


Todo dia Lara vinha com uma coisa diferente para encaixar; montamos uma espécie de planta da área e devo dizer que está tudo muito organizadinho.


Na verdade quem montou essa planta foi o Alfonso, pois, segundo ele, era bom que alugássemos toldos caso chovesse ou o sol estivesse muito forte. Sendo assim, procuramos uma boa empresa de toldos, e meus pais fizeram questão de pagar pelo aluguel. Nem eu sabia que custava tão caro. Bom, os que escolhemos eram mesmo caros, pois possuíam um material resistente e diferenciado, próprios para casamentos. Fomos escolher na semana passada, vão ser três; dois circulares para a área da festa e um retangular para a cerimônia.


Meu pai também está pagando pelo meu vestido – resolvi comprar e não alugar. Mesmo que jamais volte a usá-lo, seria tão bom guardá-lo de recordação! Além de que, se tivéssemos uma filha, faria questão de que ela o usasse em seu casamento. O modelo é exclusivo, lindo de morrer, e está sendo costurado por uma profissional super renomada. Foi caro, mas meu pai quis porque quis pagar por ele.


Os pais do Alfonso estão pagando pelo cerimonial. Pensamos em não contratar um, mas vai ser impossível manter a ordem na beira da praia sem alguém responsável por isso. Mesmo com apenas cinquenta e dois convidados – pasme, depois de cortarmos aquele tipo de familiar que só comparece em enterros e casamentos, nossas famílias, juntas, somaram este número exato –, o cerimonial daria apoio necessário para que as coisas fluíssem ordenadamente.


Ganhamos também outros detalhes; alguns familiares estão nos presenteando com o aluguel da limusine, para que eu chegue à praia com estilo. Os funcionários do Alfonso fecharam o aluguel de suas vestimentas – e também vão fazer toda a cobertura com relação às fotografias. Marcelo se juntou com o Henrique, Edu e o João para nos presentear com o aluguel das mesas e cadeiras. Pensamos que não, mas isso custa o olho da cara. Principalmente por causa do deslocamento. Ainda estávamos escolhendo as variadas opções, mas estou animadíssima. Já vi cada coisa linda! E os meninos estão dispostos a pagar por qualquer escolha que fizermos.


Fabiana, Jéssica, Paloma e Cláudia fizeram questão de nos oferecer alguns serviços. Dentre eles, uma empresa de filmagem – que também vão oferecer um telão personalizado. Já começamos a primeira gravação do save the date, mas vão ser cinco ensaios ao todo, até o dia do casamento. Elas também estão pagando por uma equipe de estética, que ficará responsável pelo meu cabelo, maquiagem, depilação, unhas e... tudo!


Sério, no fim, estamos pagando basicamente pelo serviço de buffet. O que de longe é o mais caro, pois escolhemos a melhor empresa da cidade, com tantas opções de comes e bebes incluídas que nenhum convidado vai conseguir por defeito. Tem também a lua de mel. Mas isso terá de ser reavaliado depois daquele belo dia.


Acho que nem preciso dizer que aquele foi o melhor ano da minha vida. Não preciso dizer que me sentia a mulher mais realizada do mundo. Nem que meu amor pelo Alfonso só fazia crescer e se tornar mais forte, sólido. Também não preciso deixar ainda mais claro que meu maior desejo é tê-lo para sempre.


Assim que me virei para beijá-lo, dei de cara com a cama vazia. Grunhi instintivamente.


Droga! Queria dar bom-dia ao meu príncipe, afinal, aquele dia não era qualquer um. Merecia uma comemoração à altura. Eu já estava com tudo planejado, só tinha um problema: não fazia ideia dos planos dele. O pior de tudo era a certeza de que Alfonso tinha um. E um bom. Talvez melhor do que o meu. Mas bem... Ainda tinha a surpresa. Uma ótima carta na minha manga.


Graças aos céus tudo tinha dado certo. Penei muito para conseguir fazer aquilo exatamente naquela data. Foi mais difícil do que imaginei. Só faltava pegar a surpresa do Alfonso e colocá-la no lugar correto. Só esperava que ele não ficasse chateado. Sei lá... A dúvida não me deixava por nada, muitas vezes me perguntei se estava fazendo a coisa certa. Concluía o raciocínio sempre convicta de que ele iria amar. Bom, era só isso o que eu queria: meu lindo príncipe feliz e satisfeito.


Procurei pelo Alfonso no banheiro e na cozinha. Nada. Poxa, será que tinha esquecido? Difícil acreditar! Ele sempre contava cada segundo que passávamos juntos, como poderia se esquecer do nosso aniversário?


Segurei Don no colo e lhe acariciei a cabecinha.


– Cadê seu pai, Don? – Contra toda a lógica, esperei por uma resposta. Don e Lulu já faziam parte da minha família, aprendi a amá-los como pensei que jamais amaria um animal. Adotei-os como mãe na velocidade da luz.


Pelo silêncio reinante que fazia, logo supus que o Alfonso precisou sair mais cedo. Devia ter algum trabalho importante no estúdio. Minhas dúvidas viraram certezas quando, depois de me arrumar para ir ao trabalho, encontrei na sala um enorme buquê de rosas vermelhas, acompanhado por um urso de pelúcia quase do meu tamanho.


Soltei um grito fino de susto e empolgação. Rapidamente, comecei a rir de mim mesma.


Abracei o ursão, já escolhendo um nome para ele: Joe. Alfonso sabe que amo pelúcias – e que também não sou capaz de me livrar de todos os ursinhos e bonecas que ganhei desde criança –, por isso havia instalado um monte de prateleiras no lugar onde chama de "reduto da Anahí". Trata-se de um quarto que montou só para mim; é lá onde estão meus livros e uma poltrona tão confortável que, em algumas noites, ele precisava me tirar de lá, carregando-me direto para cama.


Eu gostava do meu reduto. Era o melhor lugar para se pensar e arquitetar planos. Mais da metade das coisas do casamento foi pensada lá. Também utilizava aquele cantinho quando Alfonso e eu discutíamos. Pois é, não pense que tudo são flores – mesmo que nenhuma dessas briguinhas tivesse sido séria e não conseguíssemos passar muito tempo brigados –, afinal, todo casal discute. Desconfie seriamente dos que não o fazem.


Entre as rosas vermelhas – cheirosíssimas, por sinal – encontrei um bilhete do Alfonso:


"Te amei muito há um ano, te amo mais ainda hoje e amanhã estou pronto para morrer de amor.""


Ownnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnn", pensei, deixando meus olhos marejarem bem rapidinho.


Carreguei o Joe para o quarto e o depositei em cima da cama, sorrindo como uma boba. As rosas foram diretamente para um vaso bem bonito, o qual deixei em cima da mesa de jantar. O cheiro das pétalas logo incensou o ambiente. Uma delícia!


Alfonso sempre me surpreendia, mas aquele era o dia da caça. Era a minha vez de surpreendê-lo, de um jeito que até agora sei que não fui capaz. Senti-me nas nuvens praticamente o dia inteiro. Alfonso não deu as caras, e achei que fosse parte de sua estratégia para alguma surpresa. Só esperava que a sua não fosse maior do que a minha, visto que estava mais feliz por poder surpreendê-lo do que por saber que seria surpreendida.


Eram quase seis horas da noite quando ele finalmente me ligou:


– Parabéns para nós, amor!


– Parabéns, príncipe! – Ele estava super animado. Com certeza estava aprontando alguma.


– Vai chegar cedo em casa hoje?


– Pretendo. E você?


– Já estou em casa, na verdade.


– O jantar é por sua conta? – perguntei.


– Totalmente minha, mas não vai ser aqui. Chega cedo hoje, princesa? Estou ansioso.


Ri de leve. Alfonso estava com a voz de menino empolgado que sempre fazia quando estava prestes a por em ação alguma boa ideia.


– Pra quê esperar? Estou chegando.


– Espero que esteja preparada – sussurrou, e sua voz ganhou um timbre diferente. Eu conhecia aquele. Era uma voz rouca, safada e maliciosa. Ai, meu Deus...


– Sempre estou pronta pra você.


Sério, depois dessa quem mais saiu voando do trabalho fui eu. Nem quis saber de mais nada: pedi à Lara para que deixasse tudo em ordem e fui embora sem pensar duas vezes. No caminho, passei no local onde a surpresa do Alfonso me esperava. Última hora total, mas enfim, deu certo.


Acabei me demorando mais do que o normal, por isso fui chegar a nossa casa apenas às sete e meia.


Percebi que estava tão eufórica quanto o Alfonso. Minhas mãos começaram a tremer feito batedeira elétrica, entretanto, quando o vi sentado lindamente no nosso sofá, vestindo trajes elegantérrimos, pulei em cima dele até torrar a angústia que sentia. Transformei-a em desejo e quase fizemos amor ali mesmo. Só não aconteceu porque ele se desvencilhou e fechou o zíper da calça social que vestia. O mais engraçado é que não trocamos uma palavra sequer. Têm gestos que dizem mais do que qualquer palavra que possa existir.


– Está indo com muita sede ao pote, senhorita Anahí.


Franzi a testa.


– Ah, não, senhorita de novo?


Ele sorriu torto.


– Em breve será senhora.


– É... Senhora Anahí Herrera. Gostei!


Alfonso me beijou mansamente. Lembrei-me de que iríamos dar entrada na papelada do casamento na semana posterior. Já havíamos escolhido o cartório.


– Sabe... Por falar nisso, andei pensando bastante e... Vou colocar seu nome no meu também.


Abri a boca ao máximo. Ele não podia estar falando sério, podia? Perdi até a fala. Como assim? Alfonso Portilla? Mentira, né?


Percebendo que eu estava incapaz de tecer qualquer comentário, Alfonso se explicou:


– Agora a Lei permite que o homem coloque o nome da mulher... Depois de toda a discussão das questões machistas e o blábláblá que eu concordo totalmente. Afinal, por que só a esposa pode colocar o sobrenome do marido?


– Sei lá... Por que é estranho? Não conheço ninguém que tenha feito.


– Se não quiser que eu coloque tudo bem, princesa.


– Não, não é isso... Só acho que não precisa fazer apenas para me agradar.


Ele sorriu e alisou meus cabelos, que agora estavam um pouco maiores. Mais ou menos na altura dos ombros.


– A ideia de te ter até no meu nome me agrada muito, Anahí.


Juro que só consegui achar que Alfonso estava exagerando.


– Tem certeza, príncipe? – sussurrei a pergunta, ainda passada. – Não acha demais?


– Demais? O que é um mísero nome num documento quando tenho você tatuada na minha alma?


Seu olhar, naquele instante, foi capaz de confirmar o que dizia: eu estava mesmo tatuada dentro dele. Podia ver meu reflexo dentro de suas duas piscinas, mas a impressão que tive foi que o reflexo era eu, não a imagem dentro de seus olhos.


Balancei a cabeça, concordando. Ainda não podia acreditar muito naquilo. Soltei um suspiro alto. Droga! O maldito já estava me surpreendendo de novo!


– Agora vá se vestir.


Pus um vestido bem elegante e sapatos de salto alto. Alfonso não falou para onde íamos, mas, pelos seus trajes, era um lugar caro. Sequei os cabelos e fiz uma maquiagem benfeita. Peguei a caixinha que fazia parte de sua surpresa. O momento estava se aproximando, e eu só conseguia ficar ainda mais nervosa.


Ele me esperou pacientemente na sala; não me apressou nenhuma vez, como às vezes fazia.


Abriu a boca quando me aproximei, soltando um assobio. Fez meu corpo girar em volta de si mesmo e me agarrou pela cintura no fim. Encostou sua boca ao meu ouvido.


– Gostosa...


Minha pele se arrepiou de imediato, porém decidi me afastar. A hora era aquela.


– Faltou te entregar o meu presente... – murmurei, oferecendo-lhe a caixinha quadrada com fitas vermelha.


Alfonso sacudiu o embrulho e fez uma careta quando escutou o ruído. Não dava para identificar.


Nem em sonhos ele adivinharia o que era. Sem dizer nada, começou a desfazer os laços das fitas.


– Espere! – falei, antes que chegasse a abrir a caixa. – Vamos descendo, assim não perdemos tempo.


–Hum... Certo.


Abri a porta e chamei o elevador. Alfonso ainda estava tentando desfazer o último laço, que sem querer se transformara em um nó meio cego. Assim que o elevador chegou e entramos, apertei o botão da garagem. Ele finalmente conseguiu abrir a caixa; um monte de Sonho de Valsa saltou para fora.


– Oba! – ele riu, com os olhos brilhando por causa do chocolate. Alfonso adorava Sonho de Valsa, era viciado.


– Procure o presente, está aí dentro em algum lugar! – avisei antes que achasse que meu presente era só aquilo.


Alfonso revirou a caixinha. Foi difícil encontrar, mas enfim segurou o presente em mãos. Era uma chave. Fez uma careta tão engraçada enquanto a encarava que comecei a rir, misturando divertimento e nervosismo. Meu coração batia muito, muito forte.


"Meu Deus, permita que ele não me mate depois dessa!"


Chegamos à garagem. Alfonso ainda observava a chave, que não era qualquer uma. Parecia a chave de um carro. E era. Ele demorou a descobrir isso; pela sua expressão, acho que não estava conseguindo raciocinar direito.


– Anahí, você me deu um carro?


Puxei suas mãos e fomos caminhando até nossas vagas. Nada respondi.


– Eu... Eu... Conheço essas chaves – ele ainda a analisava entre os dedos.


– Claro que conhece. Eu não te dei um carro, Alfonso. Na verdade ela é uma mulher.


Ele parou. Sério, estacou completamente. Olhou mais uma vez para chave e depois para mim. Depois, voltou a encarar a chave, sem deixar sua careta ir embora. Puxei-o mais uma vez, pois estávamos quase chegando onde eu queria.


Alfonso se deixou levar, mas sussurrou no meio do caminho:


– Cha... Charlotte?


Não respondi. Assim que chegamos diante do veículo prateado e reluzente, apontei. Sorri e esperei, fingindo tranquilidade.


Alfonso estava tão surpreso que seu rosto não apenas fazia careta como também estava completamente vermelho. Tipo, mesmo. Tinha até uma veia pulsante no meio da sua testa.


Céus... Demorou anos de sofrimento para que eu descobrisse se ele tinha gostado ou não.


Simplesmente não soube o que falar. Já estava envergonhadíssima quando, do nada, uma lágrima escorreu por seus olhos incríveis. Aquilo me assustou.


– Charlotte... – Alfonso se aproximou dela e começou a alisá-la como se aquele automóvel fosse uma pessoa. Continuou chorando freneticamente.


– Eu... Achei que... Bom, sei que sentia saudades dela, mas também tinha vergonha pelo modo como a conseguiu. Agora você não precisa sentir remorso, príncipe. Charlotte é sua de novo.


Ele me encarou, balançando a cabeça. Parecia não acreditar naquilo.


– Anahí... Como? Como... Como conseguiu comprar uma BMW? Aliás, como conseguiu recomprar a Charlotte?


– Ora... Revirei seus documentos e achei o comprador. Depois, foi só convencê-lo. Você vendeu a Charlotte tão barato que nem precisei dar um lance muito grande por ela. O mais difícil foi fazer o cara vender. Precisei dar meu carro de entrada, fizemos a troca hoje. Demorou porque exigi que fosse a um lava-jato, por isso está tão brilhante... Enfim, estou oficialmente sem carro. Mas bem, eu ficaria satisfeita em pegar o Black Cat emprestado.


– Anahí... – Alfonso se aproximou. Estava perturbado demais. Deu até medo, sério. – Anahí... Você... Você é uma filha de uma mãe!


– Gostou, amor? – murmurei.


– Esse carro... Anahí, esse carro é muito importante pra mim – novas lágrimas ressurgiram, e eu as enxuguei com beijos. Alfonso me tomou pela cintura.


– Sei disso, amor. Você passou semanas meio deprê por causa dela. Eu percebi.


– Anahí... Como vai pagar por ela? Não posso aceitar...


– Já está paga. Usei o dinheiro da nossa lua de mel na Europa. Desculpe, amor. A Europa pode esperar um pouco mais.


Ele se desvencilhou de mim, abrindo bem os olhos.


– Mas você queria tanto essa viagem! Não acredito, Anahí. Não acredito que fez isso...


– Olha... A Charlotte faz parte de tudo o que estamos construindo, amor. Também gosto dela e senti sua falta. Agora podemos tê-la sem remorsos, sem culpa.


Alfonso me abraçou fortemente. Chegou até a estalar alguns ossos da minha coluna, mas não reclamei.


– Eu te amo... Você é tão... Puts, Anahí... Não cansa de me surpreender?


– Você que me surpreende, lindo príncipe. Isso não é nada comparado ao que faz por mim todos os dias... Só queria que soubesse o quanto sou grata.


Alfonso me beijou loucamente. Foi um beijo tão demorado e apaixonante que, quando acabou, percebemos que estávamos jogados no capô da Charlotte.


– Preciso te mostrar uma coisa, Anahí. Vem comigo...


Voltamos ao apartamento. Não fazia ideia do que o Alfonso ia me mostrar, mas o segui em silêncio através da nossa sala. Passamos pelo corredor e entramos em seu escritório. Ele logo abriu a última gaveta de um armário, chamando-me para perto. Ajoelhamos na frente dela.


O que vi me deixou espantada. Havia uma boa quantia de dinheiro vivo ali.


– Está fazendo poupança embaixo do colchão, amor? – perguntei, rindo um pouco. Não sabia que o Alfonso estava juntando dinheiro em casa.


Ele não riu com minha piadinha infame. Sinceramente, parecia perturbado enquanto encarava aquela grana.


– Anahí... Este... – suspirou. – Este é o valor que... Olha, não fique brava. Não hoje, por favor.


– O que foi, Anahí? – Segurei seu braço. Ele tremia um pouquinho.


– Esse foi o dinheiro que ganhei na sua despedida, Anahí.


Ai. Meu. Deus.


Sentei-me no chão de vez. Meus joelhos não suportaram mais o meu peso. Estava completamente estarrecida.


– Qua... Quanto? – minha voz vacilou.


– Não é o bastante para o tour na Europa, mas... Podemos escolher um país. França, Inglaterra... Você decide. Eu realmente não soube o que fazer com esse dinheiro durante todo esse tempo. Fiquei com medo de te mostrar, principalmente depois que você viu meu orçamento. Achei que ficaria arrasada se visse essa quantia... Resolvi descontar o cheque e guardar o dinheiro para alguma urgência.


– Alfonso, eu... Não sei o que pensar... – estava plantada no chão, com as mãos na cabeça e a calcinha aparecendo, afinal, usava um vestido não tão recatado assim.


Ele fechou a gaveta, escondendo o dinheiro complicado que tinha recebido para transar comigo. Patético!


– Ótimo. Pense depois, mas pense com carinho. Esse dinheiro é seu, Anahí.


– Na verdade ele é seu.


– Não... Não é. Pare com isso, por favor, não quero esse dinheiro.


Inspirei profundamente. Meu pulmão se inflou até o máximo que podia. Fui soltando devagar, enquanto dizia:


– Você estava me levando a um jantar, lembra? – Tentei melhorar o clima.


– Claro que me lembro. – Alfonso me ajudou a ficar de pé. – Lembro-me também de que o nosso percurso terá um pequeno desvio de rota.


– Desvio?


Deu-me um beijo estalado.


– Você vai saber. Prepare-se.


E eu soube mesmo. Depois que jantamos num lugar chique, regado a champagne original e aqueles pratos de gente rica – onde cada mordida valia uma fortuna –, Alfonso estacionou a Charlotte num mirante desconhecido.


Pela primeira vez, fizemos amor dentro dela. A experiência foi... Como posso dizer?


Surpreendente.


 


 


 


 


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Debaya: Será que rola mais um casal??? Ainda tem mtaaa coisa pra acontecer :3


 


 


Mila :3


 



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Autor(a): Nana

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 374



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  • queren_fortunato Postado em 08/05/2016 - 09:02:26

    Não me canso de ler essa fanfic, é a melhor de todas,e esse final que PERFEITO <3

  • jessAyA Postado em 20/02/2016 - 18:57:57

    Melhor fanfic que já li na minha vida. Obrigada Nana.

  • anniepuente Postado em 26/10/2014 - 02:16:59

    Acho que vou... Chorei! Puts, estive sumida e ainda to no capitulo &quot;1 ano, 3 meses e 3 dias depois... -Por Jéssica&quot;, mais tinha que comentar pra não pensar que se livrou de mim kkk, mds, casamento perfeito... <3

  • franmarmentini Postado em 22/10/2014 - 10:23:35

    to chorrando aki pq acabou...e agora como vou ficar sem ler essa fic* que eu amooooooooooooooooooooooooo tanto....amei amei amei amei simplesmente tudo tudooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo SAUDADES!!!!!!!!

  • franmarmentini Postado em 22/10/2014 - 10:09:16

    O.o

  • debaya Postado em 22/10/2014 - 06:39:46

    Own q final mais lindoooooo!!!!! Me enrolei, atrasei, mas tinha q comentar o ultimo cap. Perfeeeeeeeito ser uma garotinha de lindos olhos verdes como o do papai babão lindo!!!! Meu sonho baby ponny na vida real...Vou sentir mta falta dessa web, sou xonada nela...nos vemos na sua Mila...bjus Ah! Nana...foi maravilhosa

  • franmarmentini Postado em 20/10/2014 - 14:49:02

    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk poncho tá pior que a any ta mais ansioso que ela kkkkkkkkkk isso fazem mais um baby :)

  • franmarmentini Postado em 20/10/2014 - 14:40:16

    :)

  • debaya Postado em 17/10/2014 - 02:21:49

    Tô boba aqui imaginando Any com barrigão esperando baby ponny e Poncho todo babão cuidando....ai que sonhooooo!!!!! Tomara q seja a menininha q ele tanto quer...rs Mila, tô lendo a sua fic e já tô na parte q ela espia ele no banho...safadany kkkkk já já vou poder comentar Posta mais

  • franmarmentini Postado em 16/10/2014 - 10:22:15

    ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii poncho é um fofo e any ta taradona kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk bem que podia ser gemeos assim tem um menino e menina kkkkkkkkkkkkkk


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