Fanfic: Despedida de Solteira - AyA | Tema: Ponny- Hot
Ps: Antes de ler esse capítulo sugiro que vá a um lugar arejado ou fique em frente ao ventilador ou ar-condicionado ou dps tome um banho gelado KKKKKKKKKKK
– Eu não acredito que vocês estão fazendo isso comigo! – berrei, entrando em desespero de verdade. Sério, aquilo já era demais. Eu tinha limites rígidos, e as pessoas que mais sabiam disso pareciam ignorar.
Tudo bem que as minhas amigas queriam comemorar a minha segunda despedida de solteira, como se a primeira não tivesse sido o bastante. Tudo bem que eu tenha concordado com uma noite em um barzinho qualquer, só para bebermos um pouco e, quem sabe, eu pudesse pagar prendas se não descobrisse para quê serviam os instrumentos eróticos com os quais me presenteariam. Era essa a minha ideia. Poxa vida, não dava para sermos um grupo de amigas normais?
Entretanto, quando Jéssica me colocou em seu carro e me mandou pôr uma venda no rosto, para que eu não descobrisse aonde iríamos, fiquei absolutamente desconfiada. Ainda mais porque demoramos quase duas horas para chegar. Paloma, Fabiana e Cláudia também estavam conosco. A gritaria no carro foi enorme, o som que fazia a Britney Spears gemer estava no último volume, e eu meio que tinha perdido a noção do tempo e do espaço. Mas, quando senti o cheirinho de maresia...
Pirei. Sério. Não... Sério! Não dava para crer!
Era difícil aceitar a ideia de estar ali, na frente de um muro coberto por plantas e flores amarelas, além de um imenso portão de madeira. Atrás de nós, o mar parecia calmo, inerte. Não passava de um tapete azul-escuro que, daquela vez, não conseguiu me tranquilizar. O clima em si estava agradável, mas o clima que eu fiz questão de criar sobre nossas cabeças não podia ficar mais carregado do que aquilo.
Tudo piorou quando vi a Júlia chegando com a Lara no mesmo carro. Meu Deus... Até a Júlia estava no meio? E o Ricardo? E o Alfonso? Todas haviam perdido o juízo?
– Já sabem as regras, não é, meninas? – Jéssica gritou, e seu grito foi acompanhado por uma verdadeira salva de palmas e prolongados assobios.
"Eu mereço!"
– Ei, eu não sei as regras! – Júlia estava animada como sempre. Encarei-a com desaprovação, balançando a cabeça negativamente. Até tu, Brutus?
– Só há uma regra, Ju: não tem regras! Podemos fazer o que quisermos com os garotos! Uhul! – Fabiana fez o favor de dizer o indizível. O inacreditável.
Céus... Só tenho amiga louca! Que coisa mais sem-noção! O que eu ia fazer ali, no lugar onde tudo me lembrava o Alfonso? Que tipo de novas lembranças teria? Eu não queria perder nenhum detalhe do que já tinha vivido naquela casa. O único local mais perto que eu queria frequentar era a praia, mas só dali a uma semana, quando eu chegasse lindamente em um vestido branco.
Não... Elas foram longe demais.
– Me recuso! – falei em alto e bom som. – Meninas, eu me recuso!
– Deixa disso, Anahí! Essa vai ser a segunda despedida de solteira mais memorável de todas! – Jéssica berrou a sua frase de praxe.
– Fortes emoções: aí vamos nós! – completou Cláudia. Meu Deus... Ela achava o quê? Que só porque estava numa fase complicada com o Renato podia dormir com um garoto de programa numa experiência estilo "viva la vida louca?"
– Não vou entrar. Não vou! – Cruzei os braços e fiquei batendo o pé direito no chão. Birra total. Estava confusa e muito decepcionada. Não devíamos fazer aquilo. Não mesmo!
Não faria sentido passar o fim de semana sendo bem cuidada por um garoto de programa. Eu não preciso de um cara que me faça ter fortes emoções. Meu noivo já faz isso por mim, obrigada! E desta vez falo muito sério! Aliás, se eu tivesse emoções mais fortes do que as que o Alfonso me proporciona com certeza morreria de ataque cardíaco. Daí não teria casamento. De novo.
– Não exagera, Anah. Vamos lá, vai ser divertido! Da outra vez foi! – Até a Paloma estava condizente com aquele absurdo? Mentira!
Encarei-a de um jeito sério, visivelmente decepcionada. Paloma apenas riu e piscou um olho.
Jéssica começou a me puxar pelos braços, mesmo que sob meus protestos. Fui arrastada como se fosse uma louca na direção dos portões, cheguei até a me debater um pouquinho, mas Cláudia apareceu para ajudar a Jéssica.
– Da outra vez eu nem me casei!
– Isso não vai acontecer de novo, Anahí – disse Fabiana, mas sorria como se eu fosse uma idiota. Não discordei com ela. Eu era mesmo uma idiota. Idiota por ter aceitado chegar até ali!
– Sem drama, Anahí! – Lara parou na minha frente e fez uma careta. – Confie em nós, está bem?
– Eu não quero! – gritei. Sério, estava quase chorando. – Não posso!
As meninas se entreolharam por alguns instantes, percebendo que eu não estava brincando.
– Ei, cunhada, relaxa, está bem? – Ju segurou os meus ombros, sorrindo calmamente. – Confie em nós. Você vai se surpreender, prometo.
Uma lágrima chegou a escorrer, fazendo-me perceber que estava exagerando. Soltei meus braços – que ainda estavam sendo segurados pela Jéssica e pela Cláudia –, enxuguei o rosto e ergui a cabeça. Suspirei fundo, encarando cada uma das minhas amigas. Por um momento quis que o Alfonso estivesse ali, olhando nos meus olhos e dizendo que tudo ia ficar bem. Mas ele não estava. Só tinha um bando de doida me mandando confiar nelas.
– Tudo bem, mas... – dei-me por vencida, como sempre fazia quando tinha cinco contra uma.
Naquele caso, seis. – Não vou escolher ninguém, se virem. Isso é inaceitável para mim, minha escolha já foi feita há algum tempo.
– Como quiser. Vamos te respeitar, Anahí – Paloma logo informou.
Respirei aliviada.
– É isso aí! Parou de drama? Podemos entrar? – Jéssica estava a cinco centímetros de mim, mas falou como se eu estivesse lá na esquina.
Soltei outro suspiro longo. Meu coração estava comprimido, amuado. Uma dorzinha aguda fazia a vontade de chorar permanecer intacta. Fiz um sinal com a cabeça, concordando com aquela palhaçada.
– Certo. Vamos.
Os portões foram abertos, mostrando o cenário já conhecido por nós. A sensação de estar entrando na casa do Big Brother era a mesma. Júlia, que ainda não conhecia o lugar, ficou encantada com cada detalhe: o imenso e bem cuidado jardim, a piscina com iluminação cor-de-rosa, o estande culinário na área da garagem... Ela soltou inúmeros elogios, que também foram compartilhados pelas meninas.
Permaneci no mais completo silêncio, enquanto cruzávamos o jardim. Alguns rapazes se colocaram em fila, lado a lado, para nos cumprimentar, mas ignorei todos eles. Sequer os vi, diferentemente das meninas, que começaram a rir e cochichar. Eu encarava o chão e caminhava lentamente, tocada pela vergonha e pela vontade de dar meia volta e ir embora. Aquele lugar não significava nada sem o Alfonso. Sem nós dois.
Lara segurou a minha mão e me guiou até uma mesa de jantar, divinamente posta, que havia sido montada perto da piscina. Acho que eu estava meio desnorteada e ela deve ter percebido minha incapacidade de chegar a algum lugar sozinha.
Tudo estava exatamente do mesmo jeito de como me lembrava. Até os guardanapos de linho pareciam os mesmos. As taças, os pratos... Tudo era igual. Menos eu. Não... Eu era muito diferente da Anahí de um ano atrás.
Eu era melhor.
– Senhoritas! Como devem saber, meu nome é Marlos e... é um prazer imenso revê-las! – a voz do Marlos me fez erguer a cabeça. Senti uma alegria tão grande ao vê-lo de novo que gritei junto com as garotas. Marlos estava exatamente como da última vez: lindo, charmoso, com um sorriso fácil estampado no rosto. Trajava um terno elegantíssimo. – Senhorita Anahí, querida... – ele me fitou, sorrindo amplamente. Devolvi-lhe o sorriso. – Soubemos de tudo o que aconteceu e posso dizer que estamos mais do que surpresos... Estamos muito felizes por você e pelo Alfonso.
– Obrigada, Marlos! – não podia deixar de agradecê-lo. Marlos fazia parte daquela história.
– Será uma honra servi-las novamente. Espero que se divirtam bastante, preparamos um fim de semana ainda mais inesquecível, especialmente para vocês!
Todas as garotas berraram em uníssono. Olhei para a Ju; ela estava realmente muito animada.
Era bom tê-la conosco. Apesar dos pesares, sua presença ia ser um conforto. Era como se um pedacinho do Alfonso estivesse presente, mesmo sabendo que grande parte dele se mantinha enraizada dentro de mim.
– Vamos lhes servir um maravilhoso jantar! – continuou Marlos, gesticulando de modo teatral.
– Sr. Amoretto caprichou hoje, espero que gostem de tudo. Os rapazes irão lhes servir dos drinks que desejarem, basta apenas que escolham no cardápio. – Peguei o cardápio pequeno e sofisticado, disposta a beber qualquer coisa que não contivesse álcool. – Bom apetite!
Meu coração congelou e mirei o prato. Não consegui ler mais nenhuma palavra daquele maldito cardápio de bebidas. Decidi que pediria uma água e pronto. Esperava alguém vir me servir, e eu sinceramente não queria olhar a cara do sujeito.
– Nem acredito que estamos aqui de novo! – gritou Jéssica, transpirando animação e malícia.
Como sempre...
– Espero que da próxima vez a noiva não seja a Anahí! – comentou Fabiana, e todo mundo riu. Claudia acabou gargalhando, fazendo as risadas se intensificarem.
Olhei para Fabiana, fiz uma careta enorme e mostrei a língua. Ela mandou um beijinho.
Um garçom lhe serviu de um prato, o que acabou me chamando a atenção. No impulso, reparei no sujeito. Fiquei assustada quando percebi que era o Edu que a estava servindo. Arregalei os olhos, observando o exato momento em que Fabiana agradeceu timidamente.
– Espero que seja o meu, não é? – disse Lara, contorcendo os lábios.
– É, espero mesmo que seja o nosso, amor. – A voz do Fernando me fez levar um susto. Ele estava vestido com um terno super elegante, servindo a Lara com muita perfeição. Como assim? O que o Fernando estava fazendo ali? Por quê? Não entendi nada! Ele não tinha largado a vida de garoto de programa? Não estava trabalhando no estúdio do Alfonso?
Fechei os olhos com força, achando que estava vendo miragens. Assim que os reabri, vi Fernando sussurrando alguma coisa no ouvido da Lara. Eles riram logo em seguida e deram um selinho.
Meu coração já batia tão acelerado que eu mal conseguia respirar. Sentia-me perdida, fora da realidade. Meu cérebro simplesmente deu um nó.
– O que... – virei-me na direção da Júlia, que estava bem ao meu lado. Ricardo a servia de uma maneira meio desajeitada, mas eles riam pra caramba disso.
Fiquei pasma. Por um segundo achei que estivesse sonhando, sei lá. Um sonho bem real e louco, mas, ainda assim, somente um sonho. Ricardo definitivamente nunca havia sido um garoto de programa. O que fazia ali, afinal? Aquela noite não era para ser apenas entre garotas?
Do nada, um prato foi colocado bem na minha frente, assustando-me ainda mais. Um vulto se remexeu atrás de mim. Estava perto, muito perto. Não ousei olhar. Não consegui nem me mexer.
Estava congelada no tempo.
Foi então que lábios macios se encostaram ao meu ouvido.
– O que vai querer beber, senhorita Anahí?
Cada centímetro do meu corpo se arrepiou, meu estômago se contorceu e minha calcinha sentiu todo o impacto. Efeito imediato da sua voz e do seu cheiro que, como uma rajada de flechas, acertou em cheio o ponto mais obscuro do meu coração. Jamais enjoaria daquele cheiro de homem gostoso. Do meu homem gostoso.
Ergui o rosto na hora, buscando o dono daquele timbre perfeito, capaz de quase me fazer gozar apenas ao ouvi-lo. Olhos verdes maravilhosos me encaravam com ternura e malícia, tudo ao mesmo tempo. Vi amor e carinho dentro deles. Vi amizade e tudo o que eu sabia que existia naquelas duas piscinas de águas límpidas. Soltei um longo suspiro, buscando todo o fôlego necessário para dar mais um mergulho, mesmo sabendo que não adiantaria: ele me tiraria o fôlego na velocidade da luz.
E então eu morreria afogada nas profundezas do seu olhar.
– Me surpreenda – murmurei vacilante.
A verdade verdadeira era que ele já tinha me surpreendido. Maldito!
Alfonso sorriu torto, fazendo-me prender a respiração. Era inevitável me apaixonar repetidas vezes. Eu o fazia com frequência; inventei até um verbo novo, reapaixonar. Era isso o que eu estava, reapaixonada pelo meu lindo príncipe.
Não consegui me segurar, precisei levantar da cadeira e lhe dar um forte abraço. Alfonso me envolveu deliciosamente, oferecendo-me conforto entre seus braços quentes e aconchegantes. O meu lar era exatamente ali.
– Obrigada, meu amor... – murmurei em seu ouvido. – Estava tão nervosa com tudo!
– Acha que eu te deixaria vir sozinha? Nem pensar, Anahí.
– Nem sei o que achei... Só sei que fiquei desesperada.
Ele riu um pouquinho e me abraçou com ainda mais força. Percebi que estava usando um terno que tinha o tecido ótimo de pegar. Passei minhas mãos pelos seus ombros.
– Relaxa, senhorita Anahí. Divirta-se!
– Hum... Você sabe, tenho outras concepções de diversão. – Rimos, relembrando as palavras que eu havia dito na primeira despedida de solteira.
Alfonso se afastou um pouquinho e me observou de perto. Seus dedos brincaram com os meus lábios.
–Diga-me quais são suas concepções e iremos nos divertir... É para isso que estou aqui –respondeu sorrindo. – Foi mais ou menos isso que falei... Não foi?
Balancei a cabeça, concordando. Não consegui dizer nada de tão emocionada que estava. Um sentimento maravilhoso de nostalgia tomou conta de mim. Agora sim podia ficar livre para sentir saudade, para relembrar e ter o prazer de viver tudo de novo. Com o Alfonso, as coisas voltaram a ganhar sentido.
– E você me disse que só queria sentar e tomar alguma coisa – prosseguiu, estalando os lábios.– Uma chata! Eu já quase não podia me conter de tanto desejo.
Ri um pouco, mas fiquei envergonhada. Aquela Anahí era patética! Sinceramente, morria de pena dela. Mal dava para acreditar que o Alfonso tinha conseguido se apaixonar por mim daquele modo! Não fazia ideia do que viu em alguém tão sem sal, mas agradecia por ter enxergado uma pessoa que merecia o seu amor. Ele era tudo de que eu precisava para ser feliz.
– Quer que eu diga minhas novas concepções de diversão? – perguntei insinuante, prendendo os lábios e contracenando a expressão mais sexy que conseguia fazer. Ele entendeu na hora a minha mudança de humor, e isso fez com que me observasse de um jeito que tirava o meu fôlego. Perfeito!
– Adorarei saber suas novas concepções, sua safadinha... Mas, depois do jantar. Todo mundo está olhando pra gente.
Virei-me na direção da mesa e constatei o que ele disse. De fato, as garotas bem que tentavam disfarçar, mas comiam em silêncio e se entreolhavam de maneira cúmplice. Claro que estavam tentando nos escutar. Eu as conhecia muito bem. Em situações normais, estariam berrando e discutindo sobre algum assunto nada a ver.
Alfonso me guiou de volta para mesa, arrastando a cadeira para que eu me sentasse elegantemente, igual àqueles filmes antigos. Senti-me não uma princesa, mais uma rainha. Ele se inclinou e sussurrou no meu ouvido novamente, utilizando-se da sua voz rouca maravilhosa:
– Seu desejo é uma ordem, senhorita Anahí – e se afastou calmamente, seguindo na direção do estande.
Olhei para as garotas com um olhar feroz:
– Vocês são fogo! Me enganaram direitinho! De quem foi a ideia? – Todas riram.
– De início, foi minha – Jéssica se adiantou.
– Mas sua ideia não era bem essa, certo? – Paloma alfinetou, sorrindo ironicamente.
– Certo, não nego! A ideia de formarmos os casais foi do Alfonso.
– Ele não aceitou a ideia da Jéssica de voltarmos aqui como se nada tivesse acontecido – disse Lara. Fernando surgiu com um drink em mãos e acariciou seus cabelos. Lara estava incrivelmente mais bonita. Depois que aceitou alguns trabalhos numa agência de modelos parceira do Alfonso, seus olhos brilhavam com mais intensidade. Os cabelos andavam sempre perfeitos, até seu perfume era mais evidente. Acho também que tinha emagrecido alguns quilos. É... Analisando melhor, ela realmente emagreceu!
– Ainda bem! – Sorri, observando o Alfonso de longe. Ele preparava alguma bebida dentro do estande. Sr. Amoretto lhe dizia algo divertido enquanto dava batidinhas em seus ombros. Lindo!
Percebi que Marcelo, João, Edu e Henrique estavam por ali, servindo às garotas na mesma ordenação de casais da outra vez. Cláudia sorriu um pouco quando Henrique lhe serviu de uma bebida colorida. Assim que ele se afastou, não perdi a chance de perguntar baixinho:
– E o Renato, Claudinha?
Ela piscou os olhos muitas vezes antes de responder:
– Não quis vir – pareceu meio abatida. Pudera, seu casamento estava passando por uma verdadeira prova de fogo, principalmente depois que o Renato negou de pé junto que havia mulheres nas reuniões de quinta-feira com os amigos. Cláudia ficou possessa, pois tinha certeza absoluta do que viu. Ela meio que perdeu a confiança nele. E, bem, quando se perde a confiança... Perde-se tudo.
Alfonso depositou um copo fino e comprido na minha frente. O líquido era azul-claro. Nem perguntei o que era, pois sabia que iria gostar. Ele sempre me surpreende mesmo...
Percebi que o clima havia ficado meio pesado na mesa, depois da minha pergunta. Cláudia passou longos segundos olhando para o horizonte, muito reflexiva.
– Vamos fazer um brinde? – Jéssica tratou de desviar o assunto. Concordamos prontamente, erguendo nossas bebidas para o alto. Os copos tilintaram um no outro.
– Aos noivos! – gritou Paloma. – Que sejam muito felizes!
– E à nossa despedida de solteira! Que seja inesquecível... De novo! – completou Jéssica, empolgadíssima.
Todas gritaram, até eu. Afinal, seria uma louca se discordasse. Aquela segunda despedida seria inesquecível. Eu mesma faria questão de torná-la especial.
Os garotos se juntaram a nós no brinde. Percebi que também estavam bebendo, e só mais tarde descobri que ninguém estava ali a trabalho. Marlos havia cedido a mansão como presente de casamento, deixando-nos usufruir o que quiséssemos durante todo o fim de semana. Sr. Amoretto fez questão de cozinhar para nós de graça, não estava cobrando absolutamente nada por aqueles pratos maravilhosos. Todos os garotos estavam presentes porque queriam. Enfim, claro que tudo foi mais espontâneo e divertido do que antes! Na verdade acho que nunca ri tanto!
Depois do jantar, ficamos bebendo e dançando na pista de dança que foi montada na velocidade da luz. Marcelo e Henrique apresentaram um verdadeiro espetáculo com as garrafas.
Depois, obrigamos o Edu e o Alfonso a fazerem uma apresentação de pirofagia. Foi incrível! Fazia um ano que Alfonso não mexia com bastões, por isso seus movimentos foram mais comedidos do que os do Edu, mas, mesmo assim, achei fantástico.
Teve um momento em que desligaram o som e Marlos apareceu do nada, pedindo para que eu fizesse a escolha dos casais. Foi um momento muito divertido, até porque àquela altura do campeonato a maioria de nós já estava de pileque. Claro que escolhi os casais tal qual da outra vez, acrescentando a Júlia e o Ricardo. A diferença fundamental foi ter praticamente me atirado no Alfonso logo de cara, dizendo que ficaria com ele. Ainda falei em alto e bom som que, da outra vez, era aquilo mesmo que eu estava a fim de fazer: atirar-me nos braços dele sem dó nem piedade.
João e Jéssica nem se deram o trabalho de esconder a química que rolava entre os dois; começaram a se beijar num cantinho escuro do jardim e, depois de quase se engolirem, partiram para um dos quartos. Pensei que a Paloma ia ficar depressiva depois daquilo, mas ela meio que decidiu não ficar mal pela Jéssica nunca mais. Ela mesma havia me dito aquilo em um dia qualquer.
Claro que era apenas da boca para fora, prova disso foi o fato de ter simplesmente se atirado nos braços do Marcelo. Ninguém entendeu nada – muito menos eu, que não sei de nada sobre homossexualidade –, mas eles ficaram se beijando num sofá, depositado perto da piscina, durante muito tempo. Vai saber!
Pelo menos sei que a Paloma foi dormir sozinha, vi o momento em que se despediu de todos e Marcelo ficou. Fabiana foi se despedindo junto com a Paloma, fingindo que não estava a fim de carregar o Edu consigo. A química deles era óbvia; passaram a noite inteira jogando charminho um para o outro. Por fim, quando Marcelo avisou que ia se recolher, Edu foi junto. Mas Alfonso e eu vimos quando ele tomou outra direção e entrou na casa. Rimos de um jeito cúmplice, sem fazer alardes.
Cláudia e Henrique conversaram pouco. Ela estava absolutamente envergonhada e meio quieta.
Foi dormir com uma breve despedida, nem chegou a falar muita coisa. Muito incomum se tratando dela. Fiquei triste pela má fase da minha amiga, mas tinha certeza de que as coisas se resolveriam.
Para o bem ou para o mal. Ou, sei lá, para o certo. Nem sempre o que é certo nos traz alegria.
Três casais ficaram conversando até quase amanhecer: Júlia e Ricardo, Alfonso e eu, Fernando e Lara. Eram quatro horas da manhã quando resolvemos ir dormir. Alfonso deixou que todo mundo subisse para os quartos e me carregou até o sofá de couro da ampla sala. Lembrava-me bem dali, e sabia perfeitamente o que ele ia fazer.
Sem nada falar, retirou meus sapatos e, encarando-me fixamente, iniciou uma massagem deliciosa nos meus pés. Perdi a fala. Apenas me deixei levar pelos seus movimentos perfeitos, embalada pelos seus dedos me tocando, me excitando, arrancando-me qualquer coisa que estivesse prendendo os meus instintos.
Tinha consciência do meu corpo se entregando a ele aos pouquinhos. Era estupidamente delicioso.
– Você dormiu naquela noite... – ele murmurou depois de longos minutos de relaxamento, fazendo seu hálito quente arrepiar minhas pernas. Só então percebi que Alfonso estava com a barba por fazer, pois começou a alisá-la em mim. Safado! Fazia aquilo de propósito!
– Desista, não vou dormir – falei de um jeito divertido, provocando risadas.
– Vou precisar te convencer a ficar comigo?
Fingi que estava pensando no caso.
– Hum... Convença-me.
– Senhorita Anahí... – ele começou, sem parar de esfregar sua barba em mim. Sua voz já estava meio rouca, do jeito que ficava quando ele estava pirando de desejo. – Nada passará por aqueles portões... Ninguém vai te punir ou julgar... – Deu um beijo demorado e úmido na minha panturrilha esquerda. Ergueu suas duas piscinas e prosseguiu: – Você pode ser livre... Pode ser você... Sem regras, sem culpa...
Eu já estava tão excitada que não precisava de forma alguma ser convencida. Mas continuaria jogando.
– Você está enferrujado, amor... – informei. Ele riu, fazendo mais hálito quente brincar com a minha pele. Céus... Minha calcinha já devia estar ensopada.
– Estou tentando me lembrar das palavras... De qualquer forma, você me deu um fora mesmo.
– Foi bem dado, seu safado. Ficava me olhando como se fosse me comer.
– Exatamente, princesa. Era isso o que eu queria fazer enquanto você falava, falava e falava... – murmurou, estendendo a massagem até as minhas coxas. Soltei um gemidinho fraco.
– Me comer?
– Uhum. Bem gostoso.
– Cretino! – Sentei-me rápido, afastando as minhas pernas. Só estava fazendo doce, claro.
Sempre tem que ter um docinho para apimentar as coisas. Por falar em doce... – Mas você sabe que, enquanto eu falava, falava e falava, na verdade só estava precisando de duas coisinhas. – Fiz um "v" com os dedos.
Alfonso franziu a testa e esperou que eu respondesse. Só que eu também esperei ele responder.
Com um movimento rápido, voltou a puxar as minhas pernas até que eu me deitasse completamente no sofá. Logo em seguida, voou para cima de mim, depositando seu corpo sobre o meu.
– Quais coisinhas, princesa? – sussurrou, olhando-me intensamente.
"Ar, cadê você?"
– Tem certeza de que não se lembra das duas coisinhas?
– Hum... – ele parou e refletiu. Por fim, balançou a cabeça. Quando pensei que ia desistir, entreabriu os lábios e sorriu. Finalmente recordou. – Ah, sua safada...
– Já sabe agora?
– Sei... – Alfonso se esgueirou e foi distribuindo beijos excitantes no meu rosto. – Você disse: "Não vai haver nada, Alfonso, acredite"... Claro que não acreditei, mas gostei do fim da frase: "Só preciso de você e de leite condensado".
Abri minhas pernas ao redor da sua cintura. Estava de saia, mas quem liga? Queria senti-lo.
Puxei seu pescoço e o beijei de modo selvagem, envolvendo nossas línguas e lábios numa dança erótica.
Foi Alfonso quem findou o beijo. Tentei protestar e puxá-lo de volta, mas ele sorriu e proferiu com firmeza:
– Suba. Vou providenciar as duas coisas das quais precisa. – Isso soou como uma deliciosa ordem. Seus lábios se moveram de um jeito tão magistral que fui incapaz de questionar.
Abri a boca, percebendo meu rosto contracenar uma careta muito safada. Nem parecia eu. Mas era. Já tinha aceitado a minha mudança há algum tempo.
Anahí não era mais uma mulher que detestava tudo relacionado a sexo. Anahí agora é uma louca desvairada que se excita facilmente e não admite ficar sem ter um bom orgasmo. Portanto, sequer pestanejei; praticamente empurrei o Alfonso e subi as escadas correndo, pulando os degraus.
Leite condensado com Alfonso? De novo? Senhor, não me livre deste pecado. Amém!
Ri de mim mesma enquanto atravessava a porta do quarto maior – o mesmo com o qual havia ficado antes – e jogava meus sapatos para longe. Atirei-me na cama sem saber o que fazer. Só me restava esperar pelas duas coisas que o meu corpo pedia aos berros.
Alfonso demorou mais do que o normal. Eu estava tão eufórica que acabei tirando a minha saia e a blusa, ficando apenas de calcinha e sutiã. Pra quê perder tempo tirando a roupa, né?
Quando ele enfim apareceu, com um tubo de calda de leite condensado em mãos, quase soltei um grito de alegria. Alfonso fechou a porta e a trancou, sem deixar seu belo sorriso torto morrer.
Delícia! A visão que eu tinha só seria ainda mais perfeita se ele estivesse completamente despido.
Mas isso era um problema de fácil solução...
– Isto serve? – Alfonso agitou o conteúdo do tubo.
– Ô, se serve... – murmurei, e ele riu um pouco. Arrastei-me pela cama e caminhei vagarosamente até ele. Alfonso me olhou dos pés a cabeça, porém nada comentou sobre a minha parcial nudez.
– Digo logo que o meu maior desejo é estar aqui contigo.
– Comigo? – murmurei, chegando bem perto do seu rosto. Alguém devia prendê-lo por ser tão lindo. Talvez eu o prendesse, mas seria na minha cama. Nunca mais o deixaria sair de lá.
– Contigo... – Meu Deus, Alfonso, pare de sussurrar com essa voz rouca!
Ele me entregou a calda, mas eu me recusei a pegá-la. Estava fora de mim, todavia, ao mesmo tempo, sabia que estava sendo eu. Sei que é difícil compreender, nem tento mais.
– Segure-a bem firme, lindo príncipe... – sussurrei de um jeito meio louco, começando a tirar o seu terno bem devagar. Alfonso sorriu maliciosamente e suspirou. Permaneceu quietinho enquanto eu tentava livrá-lo de cada peça.
Depois de ter sacudido o terno na direção de algum canto desconhecido e desimportante, comecei a desabotoar sua camisa. Foi um processo lento e doloroso, visto que seus olhos não saíram de mim nem por um segundo. Seu peitoral delicioso foi surgindo aos poucos, depois veio o abdome.
Como eu amava cada pedacinho dele!
Sua pele branca contrastava com a cor das minhas mãos, que era uns tons mais escura. Não o larguei por nada. Adorava sentir aquela pele firme, quente e macia entre os meus dedos. A sensação era sem igual. Beijei seu pescoço suavemente logo após retirar sua camisa por completo.
Fui descendo devagar pelos seus ombros e segui pelo peitoral. Alfonso permaneceu quieto e calado, encarando-me.
Desci minhas mãos até o cinto que prendia sua fina calça social. Sabia que ele estava excitado, mas confirmei depois que senti um volume magnífico tentando escapar sem sucesso. Alisei por ali durante alguns segundos. Alfonso prendeu os lábios, mas logo voltou a enrijecer a expressão.
Abri o cinto sem pressa e desabotoei a calça, descendo o zíper. Abri espaço para colocar uma mão por dentro. Alfonso soltou um rosnado baixo, lindo de ser ouvido. Cheguei até a sorrir um pouco.
Sua ereção estava quente e muito firme, toda lambuzada com seu líquido natural. Delícia!
Fui me ajoelhando na medida em que descia sua calça. Queria deixá-lo do jeito que veio ao mundo, pois a forma que usaram para criá-lo certamente havia sido jogada fora. Eu tinha a oportunidade única de admirar os resultados de um trabalho perfeito. Meus joelhos tocaram o chão e terminei de livrá-lo da calça, que veio junto com a cueca. Retirei seus sapatos e as meias antes, facilitando o processo.
Olhei para cima. Céus... A visão do paraíso. Alfonso devia ser eleito a sétima maravilha do mundo moderno. Nem a estátua da liberdade era tão bem esculpida. A muralha da China podia ser vista do espaço, mas aquele homem não podia ser visto sem que alguém deixasse de desejá-lo para sempre.
– Gostando da visão, Anahí? – perguntou lindamente, sorrindo torto. Impressão minha ou ele corou de vergonha? Não tive certeza.
Tampouco respondi. Comecei a lhe apalpar as pernas, segurando-as com firmeza. Alisei cada músculo definido e, num gesto mais ousado, segurei-lhe a bundinha linda. Dei alguns tapas ali, fazendo Alfonso rir um pouquinho.
Fui me levantando devagar, pegando cada parte do seu corpo que as minhas mãos encontravam pelo caminho. No fim, beijei sua boca mais uma vez, fazendo nossas peles se encostarem. Senti sua ereção pulsante na minha barriga, implorando por atenção. Puxei-lhe os cabelos e praticamente o arrastei até a cama. Fiz com que se deitasse de uma vez por todas.
– Hoje, você vai ser o meu homem – falei e sorri. Ele também sorriu, mas foi de um jeito bobo.
Seus olhos brilharam ainda mais.
– Só hoje?
– De modo algum. Mas hoje estou fazendo o que eu devia ter feito naquele dia. Posso?
– Deve, princesa. Eu sou seu. Sou todo seu até o domingo... Ou melhor, até que a morte nos separe.
Fiquei emocionada com as suas palavras. Mesmo sendo repleta de safadezas e promessas eróticas, a ideia de tê-lo para sempre era um conforto não apenas para o meu corpo, mas para a minha alma. Eu o amava tanto que doía. Senti aquela dor apertar o meu coração, porém, por mais que doesse, só desejava sentir ainda mais.
– Ótimo. Agora cale a boquinha linda e derrame leite condensado bem aqui – murmurei, encostando o dedo indicador no meio do seu peitoral. Alfonso prendeu os lábios e fez o que eu pedi. O líquido viscoso foi escorrendo aos poucos e, antes que chegasse ao seu abdome, esgueirei-me por cima dele e comecei a sugá-lo.
Meus lábios dançaram ao longo da sua pele, bebendo o leite com vontade. Céus... Ninguém jamais poderia inventar algo tão saboroso quanto leite condensado com Alfonso. Sério. Comecei a beijá-lo com selvageria, cheguei até a mordê-lo, deixando as marcas dos meus dentes na sua pele.
Ele não reclamou, muito pelo contrário, parecia cada vez mais excitado. Às vezes soltava gemidos baixos e se contorcia um pouquinho, o bastante para que meu juízo se esvaísse.
Depois de torturá-lo por longos minutos, já o havia mandado lambuzar inúmeros pontos do seu corpo, mas faltava um. Aquele eu daria um trato especial.
– Agora eu quero aqui – segurei sua ereção. Sacudi-a um pouco, fazendo com que balançasse para cima e para baixo. Estava bem depiladinha, dura como pedra e pronta para me receber.
Socorro!
Alfonso prendeu os lábios e, resfolegando muito alto, jorrou a calda em si mesmo. O líquido gelado escorreu pelas minhas mãos. Meu homem lindo e gostoso soltou mais um gemido, cerrando os olhos com força. Quando me encaixei entre as suas pernas e envolvi toda a sua extensão com a minha boca, sentindo o sabor do leite misturado com o gosto maravilhoso do seu prazer, ele não conseguiu mais permanecer quietinho e obediente. Alfonso começou a se contorcer, soltando espasmos que fazia seu corpo pular. Entrelaçou seus dedos no meu cabelo e controlou a velocidade com que minha boca invadia e largava seu sexo.
Suguei tudo com vontade, quase sem poder respirar, mas com um tesão muito grande por vê-lo vulnerável, dominado pelos meus lábios. Enlouquecido. Parei uma vez, afastando minha boca completamente.
– Coloque mais – mandei. Mandei mesmo, foi uma ordem. Ele me obedeceu, mas quase não esperou que o líquido escorresse; voltou a puxar meus cabelos para me fazer retornar os movimentos.
– Vou gozar na sua boca, Anahí – rosnou bravamente. – Era o que eu devia ter feito...
Acelerei ainda mais o movimento. Minha cabeça se movimentava tão rápido que mal dava para pensar, só sei que, do nada, Alfonso parou e gritou alto. Um segundo depois o líquido quente do seu prazer se misturou ao leite, e eu tratei de engolir aquilo tudo antes que perdesse a coragem de fazê-lo.
Uma coisa de louco!
Terminei de bebê-lo devagar, sentindo seu corpo ficar mais calmo. Parei assim que percebi que não havia mais resquícios nem do doce e nem do seu sêmen. Só então o encarei.
Alfonso me olhava tão severamente que, por um instante, tive medo do que podia fazer comigo.
Um medo totalmente infundado, eu sei, mas me deixou ainda mais excitada. Ele parecia uma cobra peçonhenta prestes a dar o bote. No próximo instante, descobri que era isso mesmo que ele pretendia.
Com um movimento rápido, Alfonso se levantou e me empurrou contra a cama. Prendeu seu corpo no meu e me beijou com urgência.
Suas mãos puxaram o sutiã e, vendo que ele não cederia tão fácil, fez meu corpo se erguer um pouco. Ele arrancou o fecho com tudo e deixou meus seios livres em um piscar de olhos.
Entregou-me o tubo da calda, que estava ao nosso lado na cama.
– Aqui! – mandou, apontando para a ponta dos meus seios. Só que ele apontou com a língua, encostando-a um pouco. Eu que não era louca de desobedecer!
Mal me inundei com o doce e ele já estava me sugando feito um louco. O desejo que eu sentia havia alcançado um limite tão grande que achei que fosse gozar daquele modo. Tudo piorou quando seus dedos ligeiros foram abrindo espaço até a minha calcinha. Alfonso nem hesitou ao arrancá-la de mim, fazendo o tecido rugir e, finalmente, ceder. Ali jaz uma calcinha da Demillus.
Os mesmos dedos afoitos chacoalharam meu sexo com suavidade calculada. Contorci-me por inteira e gemi alto. Eu não ia demorar nada. Sério, nadinha mesmo, meu êxtase estava na porta.
– Peça o que me pediu naquela noite – Alfonso rosnou sem tirar os lábios dos meus seios.
Depois, saiu distribuindo mordidas que não foram tão suaves assim, mas não chegaram a causar dor insuportável. Era uma dorzinha gostosa e excitante.
Tentei pensar sobre o que ele estava falando, mas meu raciocínio parecia estar tão longe quanto a minha capacidade de não gozar enquanto ele fazia movimentos incríveis no ponto mais sensível do meu corpo.
– Peça! – grunhiu mais uma vez, fazendo-me despertar. Minha nossa, que tesão dos infernos!
– Não me... Não me trate como... – falei entre gemidos. – Uma boneca de... Ai, Alfonso, eu vou gozar!
Rapidamente, ele afastou os dedos de mim. E então o meu desejo tirou as mãos da maçaneta que abria a porta do orgasmo. Céus! Foi doloroso! Gemi como protesto.
Alfonso roubou o tubo de leite condensado das minhas mãos e inundou meu sexo com uma quantidade generosa do conteúdo. Abriu minhas pernas e as empurrou para cima, e eu realmente não soube dizer quando havia me tornado tão flexível. Fiquei vulnerável, exposta e ardendo de desejo, quase morrendo para ser invadida. Podia começar a implorar, mas escolhi por completar a frase:
– Não me trate como uma boneca de porcelana!
Alfonso me encarou enquanto se curvava e deixava seu rosto a centímetros do meu sexo.
– E o quê mais?
– Hum... Quero que faça todas as posições possíveis comigo! – gritei entre gemidos. A angústia da antecipação me matava. Por que ele não começava a me sugar logo?
– Ótimo, senhorita Amande. Boa menina. Seu desejo é uma ordem – sussurrou, e desta vez seu hálito estimulou o meu ponto G. Gemi e me contorci, expressando o quanto eu não desejava que ele se demorasse.
Alfonso pareceu ter escutado os meus apelos; deixou sua boca trabalhar em mim da maneira sem noção como sempre fazia. Era incrível como ele conhecia o meu corpo, sabia do que eu precisava, conhecia o ritmo certo, ideal. Gozei tão rápido e tão intensamente que foi até vergonhoso.
Ele segurou as minhas pernas com firmeza, não permitindo que saísse da posição. Sugou-me até muito depois do meu clímax. Sinceramente, já estava quase gozando de novo.
– Eu quero te foder, senhorita Anahí, mas precisamos nos lavar.
Aquiesci e puxei seus cabelos com força. Ele veio até mim e me beijou, levando-me para a beira da cama. Tentei me levantar e seguir rumo ao banheiro, mas minhas pernas bambearam um pouco. Alfonso então me carregou em seus braços e só me soltou para conseguir abrir o box.
Eu mesma abri o chuveiro enquanto Alfonso localizava o sabonete líquido para que nos livrássemos do leite condensado. Tratamos de nos lavar simultaneamente; ele me deixava limpa enquanto eu o deixava limpo. Posso dizer o quanto foi difícil esperar que estivéssemos completamente prontos para estar um no outro? Demorou uma eternidade.
Quase não acreditei quando, enfim, percebemos que havia chegado a hora. Notei que estávamos pensando a mesma coisa assim que ele me envolveu em seus braços e me imprensou na parede fria de azulejos.
– Nosso primeiro beijo... – ele murmurou baixinho, rouco. – Foi aqui.
Abri minhas pernas ao redor de sua cintura. Alfonso tratou logo de me apoiar, agarrando meu traseiro com força.
– O melhor beijo do mundo – respondi. Beijamo-nos intensamente, tentando deixar nossas bocas trabalharem do modo mais parecido possível com a primeira vez. Até que conseguimos, mas é claro que cada um dos nossos beijos era único.
Sua nova ereção já estava se encostando ao meu sexo. Não deu para ignorar. Repetindo os meus gestos de outrora, balancei o quadril e tentei nos encaixar. Queria ser possuída ali mesmo e ponto final. Daquela vez, Alfonso não me impediu. Gritei alto quando fui deliciosamente invadida, sentindo toda sua extensão dentro de mim.
Ele começou a me erguer e a me abaixar – ainda me segurando pela bunda –, controlando os movimentos da nossa entrega. Sua boca tornou a me envolver, e minhas mãos lhe assanharam os cabelos molhados.
O barulho ensurdecedor dos nossos sexos se chocando ecoava pelo banheiro; passamos longos minutos daquela forma até que o Alfonso parou e nos desencaixou. Eu estava ofegante, buscando respirar, mas era difícil. Meus pulmões queimavam a cada tentativa. Fui carregada de volta para cama, onde meu lindo príncipe me atirou e fez com que eu ficasse de quatro.
Começou a alisar o meu traseiro, mas não parou por aí; seus dedos estimularam minhas duas aberturas calmamente. Enterrei meu rosto nos lençóis, entregue e pronta para qualquer coisa que estivesse planejando. Percebi que estava ajoelhado no colchão, tocando-me com suas mãos habilidosas.
Soltei um gemido quando ele me espalmou uma nádega. Foi rápido e de leve, mas me excitou bastante. Empinei-me ainda mais para ele, quase chorando de desejo. Morri de vez quando senti que estava esfregando sua ereção no meu sexo. Alguém me ajude!
A antecipação circulava pelas minhas veias, esperando... esperando. . . apenas esperando desesperadamente. O maldito me estimulava como forma de tortura, só pode! Novamente, quase implorei para que acelerasse as coisas.
A tortura acabou quando, em uma de suas investidas, Alfonso me penetrou profundamente. Seu corpo másculo e experiente encontrou o ritmo certo em questão de segundos. Cada estocada que eu recebia fazia meu corpo estremecer e ceder, escancarando as portas do prazer absoluto.
Depois de um bom tempo, ele se curvou na minha direção e abraçou a minha cintura, deixando meu corpo sentir o seu enquanto me possuía. Céus... Céus! Sem comentários!
Quando pensei seriamente que fosse gozar, ele se afastou de mim.
– Por favor... – implorei, mas Alfonso nada respondeu. Mantinha os olhos concentrados, espertos e hipnóticos. Percebi isso quando me virou super depressa e deitou seu corpo perfeito na cama, puxando-me para ele. Estava pronta para cavalgá-lo, mas, no último instante, Alfonso me girou de modo que fiquei de costas para ele.
Com suavidade, sinalizou para que eu apoiasse minhas mãos em seu peito e, curvando-se, usou as mãos para fazer sua ereção me penetrar novamente. Logo em seguida, segurou minha cintura com jeito e começou a remexer seu quadril, movimentando-se de um modo tão espetacular dentro de mim que só pude gritar como uma louca.
Não demorei muito a entrar no segundo clímax. Alfonso mal esperou eu terminar e me segurou com força, fazendo-me deitar de lado. Continuou me invadindo depressa, permitindo que as minhas vontades retornassem sem nem terem chegado a ir embora. Seu corpo ficava cada vez mais quente de encontro ao meu.
Ele abriu as minhas pernas ao máximo, erguendo-as por cima da sua. Seu ritmo se tornou quase insuportável alguns segundos antes de ele me abraçar forte e começar a gemer no meu ouvido. Senti o seu corpo me preenchendo quase em câmera lenta. Acho que havia ficado desnorteada depois daquilo.
Estávamos resfolegantes e arrasados, mas não ousamos nos distanciar nem um centímetro.
- Minha – ele murmurou simplesmente.
- Sua...
- Para sempre.
- Na saúde e na doença... – falei, buscando fôlego para rir.
- Na riqueza e na pobreza – completou, distribuindo beijinhos no meu pescoço.
- Na alegria e na tristeza...
- Até que a morte nos separe.
E que assim seja.
Naquele instante, percebi que o Alfonso já era o meu marido. Não precisávamos de documentos, alianças ou de vestido branco.
Nossa fortaleza já estava erguida. Nosso vínculo eterno já havia se edificado.
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Pradonaty: Ele é pftooo *-*
Debaya: Dnd :3 Simmmmmm cm agr mds ele é mtppppppp pft *----------* Não teeeeeem cm resistir :3 Vdd ain eu tmb :3
Mila :3
Autor(a): Nana
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Ps: Deixo as mesmas orientações de ontem Vão pra um lugar FRIOOO :3 Acordei com a Anahí se remexendo em meus braços. Era tão difícil ela ter sono inquieto – como o meu – que logo me pus em alerta. Contudo, quando decidi verificar se estava bem ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 374
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queren_fortunato Postado em 08/05/2016 - 09:02:26
Não me canso de ler essa fanfic, é a melhor de todas,e esse final que PERFEITO <3
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jessAyA Postado em 20/02/2016 - 18:57:57
Melhor fanfic que já li na minha vida. Obrigada Nana.
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anniepuente Postado em 26/10/2014 - 02:16:59
Acho que vou... Chorei! Puts, estive sumida e ainda to no capitulo "1 ano, 3 meses e 3 dias depois... -Por Jéssica", mais tinha que comentar pra não pensar que se livrou de mim kkk, mds, casamento perfeito... <3
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franmarmentini Postado em 22/10/2014 - 10:23:35
to chorrando aki pq acabou...e agora como vou ficar sem ler essa fic* que eu amooooooooooooooooooooooooo tanto....amei amei amei amei simplesmente tudo tudooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo SAUDADES!!!!!!!!
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franmarmentini Postado em 22/10/2014 - 10:09:16
O.o
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debaya Postado em 22/10/2014 - 06:39:46
Own q final mais lindoooooo!!!!! Me enrolei, atrasei, mas tinha q comentar o ultimo cap. Perfeeeeeeeito ser uma garotinha de lindos olhos verdes como o do papai babão lindo!!!! Meu sonho baby ponny na vida real...Vou sentir mta falta dessa web, sou xonada nela...nos vemos na sua Mila...bjus Ah! Nana...foi maravilhosa
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franmarmentini Postado em 20/10/2014 - 14:49:02
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk poncho tá pior que a any ta mais ansioso que ela kkkkkkkkkk isso fazem mais um baby :)
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franmarmentini Postado em 20/10/2014 - 14:40:16
:)
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debaya Postado em 17/10/2014 - 02:21:49
Tô boba aqui imaginando Any com barrigão esperando baby ponny e Poncho todo babão cuidando....ai que sonhooooo!!!!! Tomara q seja a menininha q ele tanto quer...rs Mila, tô lendo a sua fic e já tô na parte q ela espia ele no banho...safadany kkkkk já já vou poder comentar Posta mais
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franmarmentini Postado em 16/10/2014 - 10:22:15
ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii poncho é um fofo e any ta taradona kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk bem que podia ser gemeos assim tem um menino e menina kkkkkkkkkkkkkk