Fanfic: Despedida de Solteira - AyA | Tema: Ponny- Hot
Aquela era de longe a viagem mais longa da minha vida. O caminho do hotel até o pedacinho de litoral mais especial do mundo não durava mais do que quinze minutos, porém, depois que se passaram vinte segundos, eu já não me aguentava de tanta expectativa. Encarava uma parte do couro acinzentado que compunha os bancos da limusine, entretanto não era para ele que eu estava olhando.
Não era capaz de ver um palmo à minha frente, qualquer que fosse o lugar onde meus olhos se direcionavam.
Papai segurava as minhas mãos com firmeza. Ele estava nervoso, sei disso. Não ria, não expressava nada além de pura preocupação. Não sei se temia que eu fugisse de novo, ou se ainda não tinha superado o fato de eu estar prestes a me casar novamente, e com um ex-garoto de programa.
Pode parecer esquisito para muita gente, mas não me via casando com um ex-garoto de programa; para mim, estava casando com o Alfonso, o meu lindo príncipe, o amor da minha vida. O meu herói, minha fortaleza, meu ponto forte e fraco... Era com alguém que havia cruzado o meu caminho por acaso, mas certamente não era por acaso que estaria me esperando no altar. Quem acredita em acaso está desmerecendo o belo trabalho da natureza. Ela se esforça muito para fazer as coisas acontecerem, fique ciente disso.
Eu vou ser julgada a minha vida inteira por causa do que fiz. Tenho consciência de que vou ser mal interpretada, taxada de mil coisas que, sinceramente, não mudarão em nada as minhas decisões.
Pouco me importa se passei nove anos para decidir me casar com um rapaz – para acabar nem casando – e apenas um ano e três meses com outro. Podem me julgar à vontade, pois no fim, quem escolheu a verdadeira felicidade, quem vai colher cada fruto dessa escolha, sou eu. Aos poucos as pessoas vão entender – se não entenderem, paciência – que não troquei o certo pelo duvidoso.
Troquei o duvidoso pelo certo.
– Você está bem? – perguntou papai, fazendo nossas mãos entrelaçadas rasparem no tecido do meu vestido.
Modéstia à parte, havia ficado muito bem nele. O modelo tinha alça única e o decote era reto.
Justo até a cintura, modelava o corpo com faixas que se cruzavam num acabamento espetacular.
Depois, perdia-se num tecido leve e esvoaçante, com muitas camadas. Ia um pouco mais além do chão, só o bastante para não ficar óbvio que eu estava descalça. Uma pena, pois tinha comprado uma tornozeleira de prata, composta por uma corrente com desenhos de flores que se prendia em um dedo do pé. Lindíssima!
– Estou ótima, papai – respondi com convicção, sorrindo para ele. – Melhor impossível!
Ele sorriu de volta, finalmente deixando suas rugas de nervosismo ir embora. Papai estava lindíssimo; todo barbeado, o que era raro, trajando um terno marrom-claro, meio bege eu diria, com camisa branca e gravata azul-bebê. Os cabelos castanhos estavam todo para trás, fixos por uma boa quantidade de gel.
Meu coração foi batendo mais forte a cada instante que se passava e chegávamos mais perto.
Quando avistei os enormes toldos, decorados com faixas brancas e arranjos de flores amarelas e alaranjadas, quase tive uma parada cardíaca. Senti todo o sangue se esvair do meu rosto; uma pulsação esquisita tomou conta do meu cérebro, fazendo tudo se remexer e ficar em câmera lenta.
Através do vidro fumê da limusine, vi os convidados olhando na nossa direção e começando a se organizar nas cadeiras enfileiradas debaixo do único toldo retangular – os outros dois eram circulares. Não fazia ideia de como ficaria o resultado final da decoração proposta pela Lara e pelo Fernando, pois é diferente organizar tudo num pedaço de papel e depois ver ao vivo e a cores. Achei tudo tão impressionante que desviei os olhos, sentindo-os marejarem num instante.
Respirei fundo, buscando calma. Ia ser desconcertante começar a chorar logo de cara; minha maquiagem, apesar de leve e bem natural, estava belíssima. Não queria me casar correndo o risco de estragá-las. Também não queria aparecer no vídeo chorando como uma louca. Sendo assim, busquei um sorriso amplo que só a mais completa felicidade consegue permitir que alguém encontre.
Paramos bem em frente à mansão onde tudo começou. Os portões estavam devidamente fechados. Marlos me garantiu que cancelaria o evento daquele fim de semana em respeito ao nosso casamento. Na verdade ele também havia sido convidado, devia estar por ali em algum lugar, aguardando a cerimônia ter princípio.
Ainda não conseguia olhar para tudo o que me aguardava, por isso mantive os olhos fixos no muro alto da mansão. Céus... Eu ia me casar. E era tudo tão diferente! Minha experiência anterior, em que me vi desesperada e sem saídas, sufocada ao nível extremo, parecia uma caricatura grotesca de um passado que não me pertencia. Aquela era a minha nova realidade: feliz, emocionada, decidida.
A certeza no que estava fazendo permitiu, finalmente, que eu perdoasse a mim mesma por tudo o que havia feito outrora. Por incrível que pareça, só consegui obter a minha própria misericórdia ali. Minha consciência perdoou o meu coração. Um segundo depois, senti-me tão leve que achei que pudesse voar.
Comecei a gargalhar, do nada.
Papai apertou minhas mãos e sorriu, observando-me agir como uma imbecil.
– Ai, ai... – fiz um esforço absurdo para reunir os últimos resquícios de juízo. – Estou muito feliz, papai – justifiquei-me.
– Estou vendo, filha... Fico feliz também.
– E então, vamos?
– Daqui a pouquinho... Pediram para que esperássemos o momento certo.
Soltei um longo suspiro. Eternos segundos se passaram, até que papai voltou a falar:
– Alfonso vai entrar daqui a pouco com a Ruth. Sua mãe e o Armando, bem como os padrinhos, já estão no altar – ele narrou o que acontecia na praia, sabendo que eu ainda estava incapaz de olhar para lá. – Você é a próxima... Vá se arrumando, vamos sair e entrar direto. Pegue o buquê...
Ajustei meus cachos soltos, feitos com baby liss. Não havia nada de rebuscado no penteado, aliás, nem havia penteado. Eu não quis. Meus cabelos estavam soltos e com cachos grandes, sendo adornados por uma guirlanda de flores brancas. Um curto véu saía dela, perdendo-se até o fim da minha coluna.
Papai abriu a porta da limusine e saiu, oferecendo-me uma mão para que eu saísse também. Só então ouvi o barulho das ondas, mesclado com acordes de violão. Havíamos contratado uma espécie de banda que tocava qualquer ritmo, porém, para o momento da cerimônia, havíamos contratado a prima da Cláudia, que tocava violão e cantava divinamente. Sua voz melodiosa encantou a mim e ao Alfonso, de modo que não conseguimos imaginar outra pessoa para embalar nosso tão sonhado momento.
Tomei fôlego e aprumei o véu. Segurei o buquê com firmeza – um arranjo com rosas amarelas e laranjas divinamente justapostas – e sai lentamente. Foi bem mais fácil me locomover sem estar preocupada com os saltos. Casar descalça é tudo o que há na face da Terra!
Assim que me ergui, aprumei o vestido e senti a brisa marítima aplacando o calor que o sol forte fazia. Imediatamente, senti vontade de chorar.
Inspirei todo o ar que foi possível e encarei o caminho que percorreria até o altar.
Meu Deus... Nunca vi cenário tão lindo. O enorme toldo estava posicionado logo após a calçada. Nas duas laterais, os convidados me olhavam, sentados em cadeiras cobertas por um tecido branco com faixas amarelas, que terminavam em arranjos de flores na parte de trás. Perfeito!
No centro, um caminho de flores vermelhas, amarelas e laranjas havia sido demarcado por cima da areia branca e fininha. Entre as cadeiras, faixas brancas de tecido fino esvoaçavam, dando um efeito espetacular ao clima praieiro. Sensacional!
O altar estava adiante, composto por uma espécie de palco, que nada mais era do que uma armação bem interessante de madeira. Ali havia arranjos imensos em cima de vasos maiores ainda, de vidro transparente. O juiz de paz eclesiástico se encontrava logo atrás de uma mesa comprida retangular, devidamente decorada. O mar era o pano de fundo mais perfeito de todos. Aquela imensidão azul parecia fazer parte da decoração; uma parcela esplêndida, presenteada pela natureza.
Aceitei o presente e agradeci baixinho.
Ao lado esquerdo da mesa, mamãe esperava – e chorava – com o braço entrelaçado ao do Sr. Armando, que também parecia emocionado. Não tive certeza, mas achei que a Lara e o Fernando estivessem por perto também. Já ao lado direito, Júlia e Ricardo esperavam com sorrisos nos lábios.
Ruth, tão manteiga derretida quanto a mamãe, segurava firmemente a mão do Alfonso.
Depois... Não vi mais nada.
Nadinha mesmo. Minha vida se resumiu a um olhar tão verde quanto o mar adiante. Nada mais era digno de atenção.
Entreabri os lábios, mas os cerrei prontamente. Tinha certa consciência de que a equipe de fotografia e filmagem estava ligada em meus movimentos, mas sequer consegui localizá-la. Envolvi meu braço direito no esquerdo do meu pai. Foi ele quem começou a dar os primeiros passos na direção do altar. Só me dei o trabalho de segui-lo lentamente – sentindo a areia brincar com meus pés –, ainda encarando os três oceanos adiante. Sim, os três... Faça as contas.
A música, escolhida pelo Alfonso – combinamos que ele escolheria a de entrada e eu, a de saída – começou a ser cantada divinamente pela voz mais suave que já ouvi.
"Quando te vi passar fiquei paralisado
Tremi até o chão como um terremoto no Japão
Um vento, um tufão
Uma batedeira sem botão
Foi assim, viu? Me vi na sua mão"
Ai... Meu... Deus... Socorro!
Tornei a prender os lábios novamente. Meus olhos já estavam cheios de lágrimas enquanto ficava cada vez mais perto. Centímetro por centímetro fui caminhando rumo ao meu destino; um destino traçado pelos anjos mais apaixonados e loucos, pelos mais inconsequentes e insensatos.
Pelos mais felizes de todos os seres fantásticos que, agora tinha certeza, existiam. Qualquer coisa podia existir... Tudo era possível, afinal, de todos os lugares do mundo, esperando qualquer pessoa do Planeta, ele estava ali, na minha frente, esperando-me.
"Perdi a hora de voltar para o trabalho
Voltei pra casa e disse adeus a tudo que eu conquistei
Mil coisas eu deixei
Só pra te falar
Largo tudo se a gente se casar domingo
Na praia, no sol, no mar...
Ou num navio a navegar
Num avião a decolar
Indo sem data pra voltar
Quem vai sorrir?
Quem vai chorar?
Ave Maria, sei que há
Uma história pra sonhar
Pra sonhar..."
Já estava na metade do caminho. Um dos oceanos que eu encarava permanecia intacto, tranquilo. Não pude dizer o mesmo dos outros dois. Acho que eles perceberam que tanta água não podia caber em um lugar só, por isso se permitiram transbordar. Alfonso deixou seus lábios abrirem um pouco; sua expressão quase dolorida me fez achar que não estaria viva para encontrá-lo.
Podia ouvir sua voz ao longe, dizendo-me tudo, absolutamente tudo o que já tinha me dito.
Todas as juras de amor, todas as declarações... Seu sorriso foi visualizado por todas as perspectivas possíveis. Flashes da nossa trajetória iam e vinham, comprimiam o meu cérebro e tiravam todo o fôlego que me restava. A primeira dança, a escolha, a massagem nos pés... A sala de massagens, o desafio do karaokê, a conversa no sofá, o leite condensado... Nossa primeira noite, a triste despedida, o e-mail, o reencontro, o almoço... A voltinha na praça, seu apartamento, a dança enquanto preparávamos o jantar... Todas as nossas noites de amor vieram à tona, deixando-me excitada instantaneamente.
Engoli o choro enquanto me lembrava de suas palavras na tomada de fotografia no hotel, ele abrindo a porta sem acreditar que eu tinha largado tudo... A viagem para o campo, o dia da minha mudança, a inauguração do estúdio, o reencontro com seus pais... O momento sufocante quando pensamos que conseguiriam nos separar...
Não conseguiram. Ninguém jamais conseguiria.
"O que era sonho se tornou realidade
De pouco em pouco a gente foi erguendo o nosso próprio trem
Nossa Jerusalém
Nosso mundo, nosso carrossel
Vai e vem vai
E não para nunca mais"
Lembrei-me das muitas dificuldades que ultrapassamos com coragem, em nome do nosso amor.
Foi difícil... Foi muito difícil! Acho que o Alfonso se recordou de cada uma delas, pois mais lágrimas fizeram seu rosto se contorcer lindamente, e então ele já chorava como uma criança.
Não consegui me segurar por mais nem um segundo: minhas próprias lágrimas escorreram sem pausas. Meus planos de não chorar foram para o beleléu. Naquele instante, em que Alfonso ficava terrivelmente próximo a mim, mais uma certeza se juntou às demais: cada luta que travamos valeu a pena.
"De tanto não parar a gente chegou lá
Do outro lado da montanha onde tudo começou
Quando sua voz falou
Pra onde você quiser eu vou
Largo tudo se a gente se casar domingo..."
Papai finalmente largou o meu braço. Guiou a minha mão direita até entregá-la ao Alfonso. Sua mão sempre macia se encostou a minha; os oceanos ainda transbordavam de amor enquanto me olhavam fixamente. Ele então se inclinou e beijou a minha testa sem pressa. Absorvi cada dose de carinho que aquele gesto singelo me ofereceu.
Logo em seguida, Alfonso deixou seu rosto perfeito muito próximo ao meu. Seus lábios contracenaram uma frase que não necessitou de voz: eu te amo. Entre lágrimas, respondi a mesma coisa.
Desviei os meus olhos dos seus pela primeira vez, só então reparando o quanto estava bem vestido. O terno era cinza-claro, de um tecido que parecia leve, mas bem cortado. Elegantíssimo. A camisa por baixo era branca, envolta por um colete da mesma cor do terno e por uma gravata meio verde, da cor de seus olhos. No bolso do terno, um único botão de rosa alaranjada, combinando com meu buquê e com toda a decoração. Seus cabelos negros estavam mais curtinhos, dando-lhe um ar maduro. Lindo! Maravilhoso!
A música perfeita – mataria o Alfonso depois por causa dela – terminou lentamente, dando lugar apenas aos ruídos do mar. Viramo-nos de frente para ele e esperamos o Pe. Joaquim, que também era juiz de paz eclesiástico, iniciar a cerimônia. Respirei fundo e me acalmei um pouco. Pelo menos parei de chorar.
– Estamos aqui reunidos, em nome de Deus e do amor, para celebrarmos a união entre Anahí Giovanna Puente Portilla e Alfonso Herrera Filho.
Olhei de soslaio para o Alfonso e constatei que ele já estava me olhando. Sorri de leve. Ele sorriu torto.
Céus...
O padre começou a ler alguns trechos da Palavra, que foram ouvidos com concentração e respeito. Entretanto, não consegui conter as minhas lágrimas depois da leitura do Coríntios:
– "Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria. O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta."
Olhei para o Alfonso novamente. Ele fez o mesmo, tornando a sussurrar que me amava. Mal consegui respondê-lo de tanto que já estava chorando. Ao menos ele parecia mais calmo, embora seu rosto ainda estivesse meio avermelhado.
Respondeu um sim com firmeza quando o padre lhe perguntou se era por livre e espontânea vontade que estava ali. Meu sim foi quase um grito, provocando risadas na plateia.
Na hora de trocarmos as alianças foi engraçado. Tudo porque combinamos que usaríamos a mesma aliança de noivado, só trocaríamos de mão. Eu amava aquela aliança e não estava nem um pouco a fim de me ver livre dela. Alfonso concordou comigo. Sendo assim, ele foi o primeiro a retirar o meu anel da mão direita. Pegou minha mão esquerda e foi repetindo o que o padre lhe dizia:
– Eu, Alfonso Herrera filho, recebo-te, Anahí Giovanna Puente Portilla, por minha esposa... – Ele parou um pouco e retomou o fôlego. Seus lindos olhos marejaram consideravelmente. – Prometendo ser fiel, amando-te e respeitando-te na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, por todos os dias da nossa vida. – Ergueu a minha mão e beijou a aliança demoradamente. Tomei a liberdade de enxugar, utilizando meus dedos, uma única lágrima que lhe escapou durante o processo.
A minha vez foi absurdamente patética. Minha voz estava tão esganiçada que quase desisti de fazer os votos. Fiquei me amaldiçoando mentalmente enquanto falava com os lábios trêmulos, vacilantes pela emoção:
– Eu, Anahí Giovanna Puente Portilla, recebo-te, Alfonso Herrera Filho... – Resfoleguei. – Por meu esposo... Prometendo ser fiel, amando-te e respeitando-te na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, por todos os dias da nossa vida.
Tudo ficou muito quieto quando terminei de pôr a aliança no dedo do Alfonso. Repeti seu gesto de beijar a aliança; foi lindo observar seu sorriso torto emocionado enquanto o fazia. Por alguns instantes, só existiam o mar, Alfonso e eu.
Enfim, o padre nos declarou marido e mulher, dizendo-nos que o que Deus uniu o homem jamais poderia separar. Acreditei piamente nessas palavras, buscando conforto nelas. Seriam meu porto seguro.
Nem consegui raciocinar direito quando Alfonso me tomou pela cintura e me beijou ternamente.
Seus lábios nos meus provocaram lágrimas em nós dois. Envolvi os braços no seu pescoço e me deixei levar completamente. A plateia se levantou e aplaudiu bastante, só então percebi que não estávamos sós no mundo. Ouvi assovios e gritos: "lindos!", "perfeitos!". Alfonso e eu nem sabíamos direito se ríamos ou chorávamos.
Fomos convidados, juntamente com os padrinhos – que também eram nossas testemunhas – a assinar os documentos. A música final foi iniciada, e meu coração quase saltou pela garganta. Alfonso me beijou de novo quando os primeiros acordes começaram a tocar. Aquela música fui eu quem havia escolhido, sabendo que significava muito para nós.
"Eu sou o brilho dos teus olhos ao me olhar
Sou teu sorriso ao ganhar um beijo meu
Eu sou teu corpo inteiro a se arrepiar
Quando em meus braços você se acolheu..."
Mal consegui assinar o maldito documento de tanto que as minhas mãos tremiam. Tinha consciência das mãos do Alfonso envolvendo a minha cintura, encarando junto comigo o papel que transformava nosso amor em verdade perante a Lei dos homens.
"Eu sou o teu segredo mais oculto
Teu desejo mais profundo, teu querer
Tua fome de prazer sem disfarçar
Sou a fonte de alegria, sou o teu sonhar...``
Depois de assinados os papéis, os convidados vieram em pequenos grupos para nos parabenizar e tirar fotos conosco. A equipe de fotografia e o cerimonial organizaram tudo de modo que o processo se tornou o mais rápido possível. Sabia que tiraria fotos e mais fotos com o Alfonso, mas foi legal o fato de terem liberado os convidados primeiro, assim curtiriam a festa enquanto nos encontrássemos ocupados.
Cada momento foi embalado por aquela canção já enraizada em nós. Alfonso não falou mais nada, ficava me olhando o tempo todo como se eu fosse um baú cheio de diamantes. Quando começamos a fazer as fotos só nós dois, ele me puxou por trás pela cintura e murmurou no meu ouvido:
– Minha esposa.
Sua voz rouca sussurrada foi capaz de arrepiar cada pedaço do meu corpo. Alfonso não disse mais nada. Não precisou. Eu já havia entendido o recado.
"Sou teu ego, tua alma
Sou teu céu, teu inferno, tua calma
Eu sou teu tudo, sou teu nada
Sou apenas a tua amada
Eu sou teu mundo, sou teu poder
Sou tua vida
Sou meu eu em você."
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Gente eu estou morrida :`( Eles se casaraaaaaaaam *-------*
Belle_doll: Ele é msm :3
Debaya: KKKKKKKKKKKKKKKKK Né SIMMMMMMM *-----* Clarooooo los A são fogo e gasolina :3
Mila :3
Autor(a): Nana
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Sempre choro em casamentos. Não adianta, é mais forte do que eu. Tento engolir as lágrimas e ficar pelo menos com aquela cara de tapada – característica de quem está louca para chorar, mas é fina demais para tal –, só que não consigo! Fernando teve que me emprestar o lenço que estava no bolso do seu t ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 374
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queren_fortunato Postado em 08/05/2016 - 09:02:26
Não me canso de ler essa fanfic, é a melhor de todas,e esse final que PERFEITO <3
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jessAyA Postado em 20/02/2016 - 18:57:57
Melhor fanfic que já li na minha vida. Obrigada Nana.
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anniepuente Postado em 26/10/2014 - 02:16:59
Acho que vou... Chorei! Puts, estive sumida e ainda to no capitulo "1 ano, 3 meses e 3 dias depois... -Por Jéssica", mais tinha que comentar pra não pensar que se livrou de mim kkk, mds, casamento perfeito... <3
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franmarmentini Postado em 22/10/2014 - 10:23:35
to chorrando aki pq acabou...e agora como vou ficar sem ler essa fic* que eu amooooooooooooooooooooooooo tanto....amei amei amei amei simplesmente tudo tudooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo SAUDADES!!!!!!!!
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franmarmentini Postado em 22/10/2014 - 10:09:16
O.o
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debaya Postado em 22/10/2014 - 06:39:46
Own q final mais lindoooooo!!!!! Me enrolei, atrasei, mas tinha q comentar o ultimo cap. Perfeeeeeeeito ser uma garotinha de lindos olhos verdes como o do papai babão lindo!!!! Meu sonho baby ponny na vida real...Vou sentir mta falta dessa web, sou xonada nela...nos vemos na sua Mila...bjus Ah! Nana...foi maravilhosa
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franmarmentini Postado em 20/10/2014 - 14:49:02
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk poncho tá pior que a any ta mais ansioso que ela kkkkkkkkkk isso fazem mais um baby :)
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franmarmentini Postado em 20/10/2014 - 14:40:16
:)
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debaya Postado em 17/10/2014 - 02:21:49
Tô boba aqui imaginando Any com barrigão esperando baby ponny e Poncho todo babão cuidando....ai que sonhooooo!!!!! Tomara q seja a menininha q ele tanto quer...rs Mila, tô lendo a sua fic e já tô na parte q ela espia ele no banho...safadany kkkkk já já vou poder comentar Posta mais
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franmarmentini Postado em 16/10/2014 - 10:22:15
ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii poncho é um fofo e any ta taradona kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk bem que podia ser gemeos assim tem um menino e menina kkkkkkkkkkkkkk