Fanfics Brasil - 34º Capítulo – Estranho Almoço Despedida de Solteira - AyA

Fanfic: Despedida de Solteira - AyA | Tema: Ponny- Hot


Capítulo: 34º Capítulo – Estranho Almoço

29 visualizações Denunciar


Dez minutos depois, encontrei Alfonso muito concentrado, analisando a vitrine da minha loja.


- Essas fotos são boas. – Ele apontou para as fotografias das modelos que haviam feito ensaio


com os produtos da loja. Tinha quadros imensos no fundo da vitrine. – Mas sabe o que eu acho?


Você podia fazer um ensaio e colocar suas próprias fotos.


- Eu? Ser a modelo? – Comecei a rir.


- Sim, por que não?


- Vou nem responder! – Balancei a cabeça, achando tudo muito hilário.


- Você é linda, Anahí. Acredite. – Ele pareceu bem sério enquanto me olhava. No mesmo


instante, meu sorriso foi embora. Só conseguia ver o oceano de seus olhos se aproximando com uma


onda cruel, um tsunami que arrasaria tudo o que havia posto de pé. Era perigoso estar com ele. E eu,


de boba, dando corda.


- Bom, vamos lá? – mudei de assunto. – A onde pretende me levar?


- A um lugar que eu gosto. Você está de carro?


- Estou sim, e você?


- Também. Vamos comigo, depois te trago de volta.


- Ok. Traga mesmo, hem? – Rimos.


Certo, tudo bem, o Alfonso tinha um BMW. Era lindo, todo prateado, chegava a reluzir.


Impossível não chamar atenção. Abri minha boca quando vi o carro dele, e quase pensei em desistir.


Sério, o que eu ia fazer rodando pela cidade sozinha com Alfonso dentro de um BMW?


Tentei fingir normalidade, e até que consegui. Respirei fundo e me sentei no banco do carona.


- Bela máquina – murmurei, depois que ele deu partida.


Alfonso não respondeu na hora. Só depois de um tempo, quando o silêncio no carro se tornou um


pouco sufocante:


- Gastei bem o dinheiro.


- Estou vendo.


- Bom, me acostumei com a Charlotte, não troco nem vendo por nada – disse.


- Charlotte? – Franzi o cenho.


- É o nome da BMW. – Riu abertamente.


Comecei a gargalhar, e ele me acompanhou.


- Gosto de colocar nome nas coisas. Quase tudo que possuo tem nome. Sei lá, deve ser porque


não tenho amigos. Faço de conta que as coisas podem me compreender. – Alfonso ainda ria, mas eu


simplesmente parei. Não vi graça no que falou.


Fiquei observando seu perfil, enquanto dirigia com muita prudência. Isso mesmo, ele não


estava querendo se amostrar com seu carro caríssimo. Dirigia como se estivesse guiando um popular.


- Pensei que não te veria mais – soltei, sem querer.


Alfonso me olhou, mas não demorou muito. Teve que prestar atenção no trânsito.


- Eu também – ele disse baixinho, num sussurro.


Fiquei calada depois disso. Não tinha o que dizer, nem o que pensar. Sua voz havia feito o meu


corpo inteiro ficar paralisado. Ele tinha tanto efeito sobre mim! Só queria ser imune a tantos


encantos, mas simplesmente não conseguia.


As lembranças do fim-de-semana invadiram a minha mente. Uma onda de desejo se apossou do


meu corpo enquanto o via diante de mim, tão diferente, mas tão igual.


Paramos no estacionamento de um restaurante. Já o conhecia, por isso fiquei aliviada.
Não queria estar em um lugar esquisito, pois me sentiria perdida. Deixaria apenas que a própria presença


do Alfonso ficasse incumbida disso.


Escolhemos uma mesa no canto. O ambiente era bem legal; elegante na medida certa. Eu


gostava mais era da organização do lugar e do cheiro cítrico delicioso que alguns arranjos de flores


forneciam.
Alfonso deixou sua jaqueta preta na entrada, bem como deixei o meu blazer cinza-escuro.


- Já veio aqui? – Alfonso perguntou, depois que nos sentamos.


- Poucas vezes, mas sim.


O garçom veio nos atender.


- O que você quer? – Alfonso me perguntou.


Encarei-o demoradamente.


- Me surpreenda – murmurei.


Alfonso era fã de massas de qualquer tipo, e como o lugar tinha uma variedade muito boa, acabamos pedindo várias coisas distintas.
Bom, na verdade foi ele quem pediu, pois ficou com medo


que eu não gostasse de alguma coisa.


Como ele estava dirigindo, e eu trabalhando, pedimos apenas suco de laranja.


- Estou impressionado, Anahí – comentou, enquanto esperávamos nosso pedido chegar. – Sua


loja é incrível. Bem espaçosa, cheia de variedades e toda equipada com um bom gosto absoluto. Os


móveis são belos demais... E aquelas esculturas entre as prateleiras? São perfeitas!


Ri timidamente, sentindo-me corar.


- As esculturas são da Paloma, ela é uma artista e tanto! O restante é resultado de um trabalho


muito grande e meticulosamente planejado. Também tive ajuda de uma colega designer de interiores.


- Ficou perfeita, meus parabéns. Você é muito competente. Há quanto tempo tem a loja?


- Três anos. Mas passei uns dois apenas planejando. Só tirei do papel quando tive certeza de


que iria dar certo. Graças a Deus, deu.


- Fez tudo sozinha? – Alfonso pareceu surpreso.


- Sim. Meu pai me ajudou um pouco com o capital inicial, mas eu mesma consegui reunir boa parte dos fundos. Sou formada em administração de empresas, então coloquei em prática cada detalhe do que estudei.


- Perfeito. Fico muito orgulhoso de você.


Corei de novo.


- Obrigada.


O garçom trouxe nossos sucos, então Alfonso ergueu seu copo e juntou com o meu.


- Ao seu sucesso, que seja absoluto – ele disse.


- Não, nada disso! Ao seu estúdio, que será um sucesso absoluto – rebati.


- A nós, então – Alfonso murmurou e parou de sorrir. Ficou me encarando daquele jeito que não


devia. Senti meu corpo esquentar automaticamente.


Sorri feito uma boba e bati meu copo no dele. Depois, tomei dois goles grandes.


Nosso pedido foi atendido enquanto discutíamos sobre o cheiro que emanava dos arranjos.


Alfonso não sabia de nada sobre perfumes, mas gostava de sentir e analisar as fragrâncias.
Pensei que não tinha notado o leve odor que parecia rodopiar no ambiente, afinal, quase ninguém parava para


perceber certas sutilezas. Fiquei admirada com a sua sensibilidade.


- Então por isso descobriu qual era o meu perfume. Fui enganada.


- Senti bem o seu perfume, Anahí. Não tem como esquecer.


Ele não me olhou enquando disse aquilo, e dei graças a Deus. Havia ficado muito


desconcertada, por isso nada respondi.


Fui salva pelo garçom, que trazia mais suco de laranja.


Percebi que havíamos pedido comida demais. Sério, tinha uns cinco pratos distintos que,


juntos, podiam servir bem umas quatro pessoas. Começamos a rir disso, mas não hesitamos em


comer. Alfonso tinha muita fome e comia empolgado, enquanto eu, inexplicavelmente, estava com o


apetite nas alturas. Nossa mesa ficou lotada de comida, e tudo estava delicioso.


Saboreava um pouco de nhoque com massa de batatas quando ele decidiu tocar no assunto.


- Conseguiu resolver os problemas com o seu noivo? – questionou, sem me olhar.


- Que problemas? – perguntei baixinho. Meu sangue parou de circular nas minhas veias. Pelo


menos a sensação era essa.


- Ah, não me faça dizer isso aqui. – Riu. – Você sabe, as algemas.


- Bom, tenho uma lua-de-mel inteira para isso.


- É verdade. Já sabem aonde vão? – Alfonso ainda não me olhava. Só observava o próprio prato


e, às vezes, seu copo de suco.


- Fernando de Noronha.


Ele assobiou.


- Belo lugar.


- Já esteve lá?


- Uma vez, com uma clien... Sim, uma vez. – Pareceu desconcertado. Já eu, senti minha cabeça


esquentar. Não sabia o que era aquilo, mas era muito, muito quente. Imaginar Alfonso numa ilha


paradisíaca de mãos dadas com uma mulher mais velha - rica e cheia de botox - não me fez bem.


Soltei meus talheres no prato. Ele não percebeu, continuou comendo de um jeito meio nervoso.


- Não precisa ter vergonha do que é – falei, suspirando profundamente. – Sei bem o que você faz, então podemos falar sobre isso abertamente. O que acha?


- Prefiro não tocar neste assunto.


- Tudo vai ficar no passado mesmo. Você será um bom fotógrafo.


Alfonso suspirou, voltando a me encarar. Agradeci por isso, mas ao mesmo tempo quase


implorei para que não me olhasse daquela forma. Ele parecia tenso. Seus olhos estavam mais


escuros. Só um pouquinho, visto que jamais deixavam de brilhar.


- Não sei. Às vezes tenho dúvidas.


- Ei, vai sim. Acredite, sua vida vai ser outra. Finalmente realizará seu maior desejo, não é?


- Sim, mas... Não sei se vou me adaptar – confessou. - Tenho medo de ficar fazendo as duas


coisas... De me complicar. Conheço muita gente, Anahí, e muita gente me conhece.
Vai ser difícil ser levado a sério como um profissional.


Senti o receio de Alfonso pular dentro do meu peito como se, na verdade, pertencesse a mim.


- Vai dar certo, acredite. Mantenha o profissionalismo, seja competente. Competência é uma


coisa que ninguém pode distorcer. Se for competente, terá respeito.


Alfonso aquiesceu, desviando os olhos.


- Respeito... É isso. Exatamente isso o que quero.


- Então... Ei, olha pra mim. – Ele me atendeu.
Prendi a respiração. – Vai dar certo. Se te


faltarem com respeito, pode me chamar na loja ao lado. Vou ter uma conversinha com o sujeito.


Alfonso gargalhou. Eu o acompanhei, mas fiquei observando mais do que propriamente rindo.


Como era bom vê-lo sorrir!


- De fato, ninguém ganha de você numa discussão! – ele falou, ainda rindo.


- Que mentira! Só ando perdendo feio desde que te vi – comentei.


- Sério? – Alfonso franziu o cenho. – Pensei que tinha perdido todas.


- Se tivesse perdido, eu não teria dormido contigo – soltei.


Ele resfolegou. Sim, bem na minha frente, como se o ar tivesse lhe faltado nos pulmões. E eu me odiei por dentro por ter sido tão cara de pau.
Não devia ter tocado no assunto, mas simplesmente


não parava de me lembrar, enquanto o observava, do modo como ele me tocou e me agradou no fim de-


semana. Era esquisito tê-lo perto de novo.


- Pensei que tinha feito porque queria, e não pelo que falei – ele disse, seriamente.


- Vamos mudar de assunto? – pedi.


- Ok.


Voltamos a comer, silenciosos. Devoramos tudo o que conseguimos, de modo que não sobrou


tanta coisa. Mesmo assim, pedi para que embalassem as sobras.


- Tem muita gente passando fome, não aguento desperdiçar comida – confessei. – Olha, são... –


Olhei no meu relógio de pulso. – Duas e meia? Nossa, já devia estar na loja!


- Vou te levar agora. Porém, pensei que ia querer uma sobremesa. Tenho uma ótima,


especialmente para você – falou. Meus pensamentos voaram longe, muito além de um mero doce.


Pensava em outro tipo de sobremesa.


- Poxa, desse jeito não vou resistir.


- Não resista – ele murmurou, com uma voz rouca maravilhosa.


Alfonso chamou o garçom e falou baixinho com ele. Não consegui escutá-lo. Logo em seguida,


virou-se para mim e sorriu. Coisa linda! Ficava tão diferente sem a barba por fazer, mas ao mesmo


tempo tão... Sexy. Acho que isso nunca mudaria.


Alguns minutos depois, o garçom chegou com nossas sobremesas.


O prato diante de mim me mostrava um bolinho branco, similar a um pudim. Ao redor, uma


calda, também branca, deixava evidente que estava delicioso.


- O que é? – perguntei, mas já sabia a resposta.


- Pudim de leite condensado... – Alfonso sussurrou. Meu braço e perna esquerda se arrepiaram. –


Com calda de leite condensado.






Compartilhe este capítulo:

Autor(a): Nana

Este autor(a) escreve mais 10 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
- Links Patrocinados -
Prévia do próximo capítulo

A sobremesa estava deliciosa, e confesso que a cada colherada, recordava-me do sabor do Alfonso na minha língua. Foi difícil comer tudo com ele me olhando de um jeito tão safado. Estava me seduzindo, e isso era óbvio. Só não conseguia entender porque fazia aquilo. Não estávamos mais na praia, portanto não havi ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 374



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • queren_fortunato Postado em 08/05/2016 - 09:02:26

    Não me canso de ler essa fanfic, é a melhor de todas,e esse final que PERFEITO <3

  • jessAyA Postado em 20/02/2016 - 18:57:57

    Melhor fanfic que já li na minha vida. Obrigada Nana.

  • anniepuente Postado em 26/10/2014 - 02:16:59

    Acho que vou... Chorei! Puts, estive sumida e ainda to no capitulo &quot;1 ano, 3 meses e 3 dias depois... -Por Jéssica&quot;, mais tinha que comentar pra não pensar que se livrou de mim kkk, mds, casamento perfeito... <3

  • franmarmentini Postado em 22/10/2014 - 10:23:35

    to chorrando aki pq acabou...e agora como vou ficar sem ler essa fic* que eu amooooooooooooooooooooooooo tanto....amei amei amei amei simplesmente tudo tudooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo SAUDADES!!!!!!!!

  • franmarmentini Postado em 22/10/2014 - 10:09:16

    O.o

  • debaya Postado em 22/10/2014 - 06:39:46

    Own q final mais lindoooooo!!!!! Me enrolei, atrasei, mas tinha q comentar o ultimo cap. Perfeeeeeeeito ser uma garotinha de lindos olhos verdes como o do papai babão lindo!!!! Meu sonho baby ponny na vida real...Vou sentir mta falta dessa web, sou xonada nela...nos vemos na sua Mila...bjus Ah! Nana...foi maravilhosa

  • franmarmentini Postado em 20/10/2014 - 14:49:02

    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk poncho tá pior que a any ta mais ansioso que ela kkkkkkkkkk isso fazem mais um baby :)

  • franmarmentini Postado em 20/10/2014 - 14:40:16

    :)

  • debaya Postado em 17/10/2014 - 02:21:49

    Tô boba aqui imaginando Any com barrigão esperando baby ponny e Poncho todo babão cuidando....ai que sonhooooo!!!!! Tomara q seja a menininha q ele tanto quer...rs Mila, tô lendo a sua fic e já tô na parte q ela espia ele no banho...safadany kkkkk já já vou poder comentar Posta mais

  • franmarmentini Postado em 16/10/2014 - 10:22:15

    ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii poncho é um fofo e any ta taradona kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk bem que podia ser gemeos assim tem um menino e menina kkkkkkkkkkkkkk


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais