Fanfics Brasil - 40º Capítulo – Preparando o Jantar Despedida de Solteira - AyA

Fanfic: Despedida de Solteira - AyA | Tema: Ponny- Hot


Capítulo: 40º Capítulo – Preparando o Jantar

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Entrei no banheiro de Alfonso. Era enorme e todo equipado. Estava extremamente limpo e


cheiroso, muito raro para um homem que mora só. Sorri de orgulho. Fiz xixi, mas senti necessidade


de me molhar um pouco. Estava suada e lambuzada lá embaixo. Acabei entrando debaixo do chuveiro


e me enxugando com a sua toalha. Tinha o cheiro dele.


Saí do banheiro vestindo apenas a minha calcinha. Alfonso estava me aguardando, usando sua


cueca preta e uma camiseta de algodão também preta. Delícia! A escuridão dos cabelos e dos trajes


acendia mais ainda o brilho de seus olhos.


- Vista isso. – Entregou-me uma camisa cinza. Fiz o que pediu, fiquei sambando dentro dela. O


cheiro dele subiu imediatamente. Inspirei fundo. – Dobrei suas roupas, elas estão em cima da mesa


de centro, lá na sala.


- Senhor organização, não aguenta ter nada espalhado pela casa – falei, sorrindo. Dei-lhe um


selinho.


Alfonso me tomou pela cintura.


- Vai dizer que você aguenta?


- Eu não – confessei.


Rimos de nós mesmos. Sério, nunca pensei que encontraria alguém tão encucado quanto eu.


Aquilo me trazia certo conforto, pois jamais me sentiria uma recalcada viciada em limpeza perto


dele.


- Vamos ver o que tem na geladeira – ele disse, segurando a minha mão.


Voltamos para a cozinha. Havia um gato em cima de uma bancada alta de madeira, enroscado


entre uma sanduicheira de inox e o liquidificador.


Alfonso segurou o bichano.


- Olha só quem deu o ar da graça! – Segurou o gato como se fosse um bebê. Aquele era


diferente da Lulu, parecia menor. – Este é o Don Juan, Anahí, só que é mais conhecido como Don.


Um rapaz muito preguiçoso, não é, papai? De conquistador ele não tem nada! – Alfonso deu um cheiro


na cabecinha do animal. Que lindo! Sério, eu não saberia definir quem era o verdadeiro gato.


Ri um pouco e dei oi para o Don, balançando suas patinhas. Ele soltou um miado curto, e o


Alfonso colocou-o no chão.


- Você ama esses gatos, não é? – perguntei, enquanto Alfonso lavava os braços na pia e abria a


porta da geladeira. Lavei minhas mãos também, pois tinha tocado no Don.


- Demais. São minhas crianças.


Sorri amplamente. Que fofo!


- Bom, temos creme de frango, é só esquentar. Está uma delícia, fiz ontem à noite. Podemos


preparar arroz e uma salada para acompanhar, que tal?


- Você fez? – Fiz uma careta, observando-o de um jeito divertido.


Alfonso riu.


- Sim, eu fiz. Por quê? Duvida?


- Claro que sim! Duvido que esteja bom, deve estar parecendo uma gororoba! – Gargalhei.


- Desafio aceito! Vou esquentar agora mesmo!


Como assim? Alfonso cozinha? Não pode ser. Não pode mesmo.


Ele recolheu algumas verduras e legumes na geladeira, enquanto eu pegava uma panela e enchia


de água para fazer o arroz. Foi quando vi um controle remoto em cima da bancada. Fiquei


procurando alguma TV, mas só achei um micro-system, que estava fantasticamente embutido na


lateral de um dos armários.


- Acho que vou perder o desafio! – choraminguei. – Som na cozinha? Você deve mesmo


cozinhar, e bem.


Alfonso gargalhou.


- Pode ligá-lo, se quiser!


Apertei o botão Power e dei play. Queria saber o que o Alfonso andava ouvindo. Uma voz


melodiosa se fez presente, acompanhada por acordes deliciosos de violão e aplausos eloquentes. Um


CD ao vivo.


- Paula Fernandes? – quase gritei, fazendo uma expressão que me faria ser confundida com uma


paciente em um manicômio. – Você escuta Paula Fernandes?


Alfonso riu e começou a cantar um trecho da música, enquanto fatiava um tomate.


- Sou pássaro de fogo... Que canta ao teu ouvido... Vou ganhar esse jogo, te amando feito louco,


quero teu amor bandido... – A voz dele saiu baixinha, mas no ritmo. – Não gosta?


- Conheço algumas músicas... Ela tem uma bela voz.


- Tem sim, vem cá. – Alfonso enxugou as mãos em um paninho e me tomou pela cintura. Voltou a


cantar no meu ouvido. – afim dos teus segredos, de tirar o teu sossego, ser bem mais que um


amigo... – Minha pele se arrepiou, e ele começou a me embalar numa dança calma. – Não diga que


não... Não negue a você um novo amor, uma nova paixão... Diz pra mim... Tão longe do chão, serei


os teus pés... Nas asas do sonho rumo ao teu coração... Permita sentir, se entrega pra mim... Cavalgue


em meu corpo, minha eterna paixão...


Confesso que fiquei absolutamente sem jeito. A letra era profunda demais, e continha


promessas que me deixaram confusa. Não sabia o que Caleb queria cantando aquilo no meu ouvido.


Estava brincando comigo? 


Tentava só me desconcertar?


Afastei-o depressa, usando a desculpa de que a água já estava fervendo. Ele me mostrou onde


estava o arroz, então despejei o conteúdo na panela. Peguei uma cenourinha que estava num prato em


cima da bancada e comecei a passá-la no ralador.


Permaneci muito séria, enquanto a Paula Fernandes falava coisas sobre um coração


independente que corre perigo por alguém. Tentei não pensar em nada, principalmente no fato de ter


transado com Alfonso de novo, e de estar na sua cozinha preparando um jantar como se fôssemos


amantes. Amantes... Essa era a palavra que nos definia? Eu tinha um amante? Poxa vida, Alfonso sabia


que ia me casar. Mesmo assim, tinha me seduzido até o seu apartamento – claro, com meu total


consentimento. Tudo isso para quê? O que queria comigo, afinal? Podia ter quem quisesse, a hora


que estivesse a fim... Qualquer mulher adoraria dormir com ele. Por que eu? Por quê?


Este raciocínio não conseguiu ser expurgado. Era doentio demais. Eu ia me casar! Faltavam


apenas dois dias, estava tudo pronto! Céus... Não podia ter um amante às vésperas do meu


casamento. Aliás, simplesmente não podia ter um amante. Ponto final.


Pena que a Paula Fernandes tinha começado a cantar uma música que eu conhecia, e meus


pensamentos foram dissolvidos pela voz de Alfonso que sussurrava a canção, olhando fixamente para o


pimentão que cedia ao movimento da faca.


Não consegui permanecer em silêncio:


- Eu já sonhei com a vida, agora vivo um sonho... Mas viver ou sonhar, com você, tanto faz...


Alfonso riu.


- Conhece essa? – perguntou. Aquiesci e continuei cantando:


- Não diga não precisa... Eu digo que é preciso... A gente se amar, demais, nada mais!


Cantamos juntos:


- Mas tem que ser assim, pra ser de coração, não diga não precisa-ah-ah-aaah!


Alfonso limpou as mãos de novo e se aproximou, puxando os meus braços. Fez meu corpo girar a


trezentos e sessenta graus, em uma dança engraçada. Começou a me embalar e rodopiar,


contracenando passos loucos. Eu tentava acompanhá-lo, mas só conseguia rir.


Quando a música acabou, aquele homem magnífico me emborcou para trás em um passo de


tango, de modo que meu cabelo curto quase se encostava ao chão. Encarou-me fixamente, enquanto eu


me segurava no seu pescoço. Comecei a rir sem pausas, mas ele continuou sério.


- Linda... – murmurou. – Adoro quando ri. Fico louco.


Sem esperar respostas, Alfonso me ergueu depressa e beijou a minha boca, empurrando-me até


me deixar sem saídas. Seus lábios me prenderam novamente, e sua língua já me invadia como se ali


fosse a sua casa.


Do nada, Alfonso me ergueu com cuidado, fazendo-me sentar em cima da bancada. Abraçou a


minha cintura e levantou a cabeça para continuar me beijando, pois agora eu estava acima dele.


Ficamos daquele jeito por longos minutos, apenas investindo em nosso beijo. Não queria largá-lo, a


sensação era boa demais. Enchia meu corpo de tranquilidade, por mais agitados que meus


pensamentos pudessem estar.


- Eu quero ser sua paz, a melodia capaz de fazer você dançar... – Alfonso sussurrou a outra


música que a Paula estava cantando. Olhou em meus olhos. – Eu quero ser pra você, a lua iluminando


o sol... Quero acordar todo dia pra te fazer todo meu amor...


- Alfonso... – falei, sem jeito. – Pare com isso, está bem?


- Parar com o quê? – ele disse, mas continuou sem tirar os olhos dos meus: - A cada novo


sorriso teu, serei feliz por amar você...


Senhor...


- Com isso. Sabe do que estou falando. Não há necessidade, sou uma mulher madura.


Ele parou de cantar. Continuou me encarando, só que, desta vez, estava muito sério. Sua boca


se encolheu completamente, transformando-se apenas em um risco. Estava trincando os dentes?


- O creme já está bom, e o arroz precisa ser mexido – falou, desvencilhando-se de mim como


se eu pegasse fogo.


Ainda estava em cima da bancada, e permaneci lá enquanto Alfonso me dava as costas e conferia


o fogão. Suspirei profundamente. Olhei para o relógio da cozinha; eram nove horas. Pretendia ir


embora logo após o jantar, e acabaria com aquela palhaçada de uma vez.


O problema era que o olhar sério do Alfonso havia me deixado triste. Muito, muito triste. De


modo insuportável.


- O que está acontecendo? – perguntei, murmurante.


- Nada, Anahí. Nosso jantar está pronto. Pode pegar os pratos ali, na segunda porta? –


Apontou para um armário, sem me encarar.


- Só faço isso se vier aqui e me der um beijo. E me garantir que está tudo bem. – Fiz birra.


Alfonso se virou na minha direção. Fez a caretinha. Sim, a maldita careta da boca levantada para


o lado esquerdo. Oh, Céus... Meu corpo tremeu, soltando um espasmo gostoso que partia do meu


cérebro e atingia o meio das minhas pernas.


Ele se aproximou devagar e, sem pressa, abraçou a minha cintura. Beijou-me loucamente. Foi


um beijo urgente, selvagem. Acendeu de novo a chama que só ele conseguia manter; só ele acendia,


só ele apagava. Minhas pernas e braços o envolveram. Segurava seu rosto, sua nuca, seu cabelo...


Estava indecisa. Só queria beijá-lo como se não houvesse amanhã.


De repente, Alfonso puxou a barra de sua camiseta – a que eu estava vestindo -, deixando-me só


de calcinha diante dele. Beijou meu pescoço e segurou meus seios, fazendo minha pele arrepiar. Já


me sentia pronta. Preparada para ele. De novo. Será que um dia eu estaria totalmente saciada?


- Vou te garantir que está tudo bem, Anahí – sussurrou, e sua promessa se tornou dívida


muito rapidamente. Ah, e eu cobraria até o último centavo.



Ai meninas, mais posts como o prometido *-* Amanhã continamos dentro desse apartamento HOHO



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Autor(a): Nana

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Alfonso me largou por alguns instantes e abriu a geladeira. Inclinou-se e depois pegou alguma coisa. Quando fechou a geladeira, já expressava a sua careta safada. Meu couro cabeludo pinicou de imediato. Em suas mãos, estava uma caixinha de leite Moça. Oh... Meu... Minhas pernas e braços tremeram. Resfoleguei. O que ele ia fazer com aquilo? N&a ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 374



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  • queren_fortunato Postado em 08/05/2016 - 09:02:26

    Não me canso de ler essa fanfic, é a melhor de todas,e esse final que PERFEITO <3

  • jessAyA Postado em 20/02/2016 - 18:57:57

    Melhor fanfic que já li na minha vida. Obrigada Nana.

  • anniepuente Postado em 26/10/2014 - 02:16:59

    Acho que vou... Chorei! Puts, estive sumida e ainda to no capitulo &quot;1 ano, 3 meses e 3 dias depois... -Por Jéssica&quot;, mais tinha que comentar pra não pensar que se livrou de mim kkk, mds, casamento perfeito... <3

  • franmarmentini Postado em 22/10/2014 - 10:23:35

    to chorrando aki pq acabou...e agora como vou ficar sem ler essa fic* que eu amooooooooooooooooooooooooo tanto....amei amei amei amei simplesmente tudo tudooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo SAUDADES!!!!!!!!

  • franmarmentini Postado em 22/10/2014 - 10:09:16

    O.o

  • debaya Postado em 22/10/2014 - 06:39:46

    Own q final mais lindoooooo!!!!! Me enrolei, atrasei, mas tinha q comentar o ultimo cap. Perfeeeeeeeito ser uma garotinha de lindos olhos verdes como o do papai babão lindo!!!! Meu sonho baby ponny na vida real...Vou sentir mta falta dessa web, sou xonada nela...nos vemos na sua Mila...bjus Ah! Nana...foi maravilhosa

  • franmarmentini Postado em 20/10/2014 - 14:49:02

    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk poncho tá pior que a any ta mais ansioso que ela kkkkkkkkkk isso fazem mais um baby :)

  • franmarmentini Postado em 20/10/2014 - 14:40:16

    :)

  • debaya Postado em 17/10/2014 - 02:21:49

    Tô boba aqui imaginando Any com barrigão esperando baby ponny e Poncho todo babão cuidando....ai que sonhooooo!!!!! Tomara q seja a menininha q ele tanto quer...rs Mila, tô lendo a sua fic e já tô na parte q ela espia ele no banho...safadany kkkkk já já vou poder comentar Posta mais

  • franmarmentini Postado em 16/10/2014 - 10:22:15

    ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii poncho é um fofo e any ta taradona kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk bem que podia ser gemeos assim tem um menino e menina kkkkkkkkkkkkkk


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