Fanfics Brasil - 44º Capítulo – Analisando os Sintomas Despedida de Solteira - AyA

Fanfic: Despedida de Solteira - AyA | Tema: Ponny- Hot


Capítulo: 44º Capítulo – Analisando os Sintomas

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As paredes da minha sala, lá na loja, estavam me sufocando. Tentava me manter erguida,


mesmo morrendo de vontade de chorar sem parar. Não queria que Lara me visse fraquejando. Ela


pareceu ter falado sério a respeito de contar tudo para o Manuel.


Abri o meu e-mail e fiquei esperando alguma coisa vinda do Alfonso. Nada. Nem uma mensagem


sequer.


Manuel havia me ligado antes mesmo do almoço. Expliquei a ele que estava um pouco


nervosa com o casamento, e que tinha preferido me afastar e conversar com uma amiga. Mais uma


mentira para a minha lista mais recente. Eu estava ficando boa naquilo. Bom, acho que, quando se


tem muito a perder, as mentiras podem ser ótimas aliadas.


O dia passou. Juro, nem senti. Qualquer hora era hora, cada instante perdia o significado.


Sentia vontade de sumir, de me transformar numa pequena formiguinha. O peso das


responsabilidades nunca me foi empecilho, mas, naquele dia, trabalhei apenas por trabalhar. Não


queria me envolver com nada, nem com os fornecedores de batons, que estavam simplesmente me


enchendo o saco.


Fui jogando as coisas para o alto, empurrando com a barriga. Lara percebeu, claro, mas a


simplicidade com a qual eu enfrentava as situações deixou-a de bico calado. Eu podia ser


perfeitamente correta, educada, sorridente. Mas, por dentro, estava gritando. Pedindo liberdade. Tal


qual o conceito do filme “O sorriso de Monalisa”. Ninguém sabe, de fato, o que está por trás de um


sorriso. Ele engana, diferentemente das lágrimas. Elas não enganam ninguém, e foi por isso que me


acompanharam durante toda a viagem de volta para casa.


Era noite de quinta-feira. Manuel me ligou de novo, avisando que estava saindo com os


amigos para a sua despedida de solteiro. Fui completamente apática, não me importava. Sua


ausência, para mim, era um alívio.


Deitei no sofá e pensei um pouco mais nas coisas. Como podia estar tão despreocupada com


relação ao Manuel? Não estava mais me importando como sempre me importei. Será que as


minhas amigas estavam com a razão o tempo todo? Será que realmente tinha deixado de amar o Manuel?


Era fato, eu não sentia mais vontade de beijá-lo, ou de fazer amor com ele. Não estava com


saudades. Na verdade, simplesmente não pensava em mais nada além de dois olhos esverdeados muito


brilhantes.


Alfonso não havia me mandado e-mail algum. Nem me ligado. Nem nada. A falta que ele me fazia


era sufocante, deixava-me em um estado perturbador de vazio, solidão e tristeza. Precisava ouvir seu


riso, só assim eu teria certeza de que tudo estava bem.


A sensação de suas mãos me tocando invadiram a minha lembrança, deixando a minha pele


arrepiada. Meu coração acelerou, e então já estava chorando novamente.


Naquele momento percebi, talvez tarde demais, que tinha caído de vez na armadilha dele. Eu


não podia me casar com o Manuel. Não... Não o amava mais, não como antes. Era diferente. Sentia


respeito por ele, e um carinho incrível. Mas... Não podia continuar o enganando.


Nem a mim mesma.


Precisava aceitar a única verdade que fazia meu corpo latejar: estava completamente


apaixonada pelo Alfonso. Sim, era muito mais do que simples desejo... Era mais do que fantasias. Não


podia haver enganos. Aquilo queimava dentro de mim.


Depois de um dia inteiro de sofrimento, finalmente admiti a mim mesma; eu não havia feito


sexo com o Alfonso, não mesmo... Havia feito amor, de corpo e alma, entregando a minha vida em suas


mãos. Todos os sintomas estavam evidentes demais; saudades, ciúmes, bem-querer, preocupação,


envolvimento, desejo... Não podia continuar ignorando. Era demais para mim, insuportável.


Como uma lâmpada que acendia e iluminava a minha consciência, dei-me conta de que ele não


tinha o meu telefone. E, talvez por isso, ainda não tivesse ligado. Tudo bem que Alfonso podia ter


mandado um e-mail, mas enfim... Não tinha o meu número. Eu sentia tantas saudades... Queria


entender tudo aquilo. Precisava conversar, necessitava que ele me dissesse a verdade sobre os


momentos que passamos juntos. Seria uma conversa entre adultos; sem rodeios, sem jogos. Mesmo


sendo loucura, precisava saber o que ele sentia, se era algo tão forte quanto o que me preenchia o


peito.


Foi por isso que peguei seu cartão de visitas na minha bolsa, decidida a ligar. Alfonso atendeu no


primeiro toque.


- Alô? – sua voz estava séria.


- Oi, Alfonso – murmurei.


- Anahí? – O timbre se modificou para um sussurro rouco, trôpego.


- Sim... Eu... Eu precis...


- Anahí, estou trabalhando agora – ele disse, interrompendo-me. Sua voz estava um poço de


firmeza e seriedade. – Não posso falar. Estarei sábado no hotel para tirar as fotos.


- Tu... Tudo bem... – gaguejei, resfolegante.


- Até. – E desligou.


Quer mesmo que eu diga como me senti depois daquele telefonema medíocre? É simples dizer:


meu mundo inteiro caiu. Desmoronei. De verdade, senti cada base que me mantinha de pé cair muito


depressa, espalhando cacos pelo chão.


Alfonso havia me cortado tão rápido! Estava com outra mulher, fazendo seu “trabalho”.


Entregando para qualquer uma o que havia me dado com tanta delicadeza. Será que ele era delicado


com todas? Será que todas ficavam encantadas, seduzidas, apaixonadas? Não duvidava. Até porque


no dia anterior, no restaurante, a mulher que tinha hora marcada com ele havia dito que estava com


saudades.


Soltei inúmeros soluços, chorando sem nenhuma dignidade. Parecia uma criança que havia


acabado de perder seu doce. Chorei de todas as formas, até meus olhos incharem e, mesmo quando


aconteceu, continuei chorando.


Será que tinha me enganado tanto assim? Céus... Por que era tão complicado?


Estava encolhida no sofá quando ouvi a campanhia. Forcei meu corpo a se levantar e verifiquei


o olho mágico. Era a Paloma. Por isso que o porteiro não tinha interfonado antes. Qualquer amiga


minha podia entrar no meu prédio quando bem entendesse.


Abri a porta.


- Anahí, eu... – Paloma foi falando, mas parou quando me viu. – Anny! O que aconteceu?


Você está... Horrível!


- Hoje não, Paloma – murmurei, soltando um novo soluço. – Péssima hora. Por favor, vá


embora. – Tentei fechar a porta, mas ela me impediu.


- Pare com isso. Precisa de ajuda! Conte-me, o que aconteceu? Foi o Alfonso, não foi? Lara me


contou que dormiu com ele ontem. Manuel me ligou também...


- Pelo visto, são todas umas falsas. Não conseguem esconder nada de ninguém. Vá embora,


Paloma.


- Não. Somos as suas amigas. Estamos no seu time, Anahí, pare de achar que estamos contra


você! Queremos que seja feliz!


- Estou apaixonada pelo Alfonso – admiti, entre lágrimas. Estava pronta para falar mais coisas,


contudo, simplesmente não pude. Comecei a soluçar sem pausas.


Paloma entrou no apartamento e me abraçou com força, fechando a porta atrás de si. Passei


meus braços na cintura dela, enquanto tentava buscar algum conforto.


- Mas ele é só um conquistador! – continuei, com a voz chorosa mais feia do mundo. – Não


posso deixar que estrague a minha vida. Vou casar com quem me ama!


- Compreendo, Anahí – ela disse, guiando-me até o sofá, mas sem deixar de me abraçar. –


Você está certa.


Parei, encarando-a. Não esperava que dissesse aquilo. Tudo parecia tão errado!


- O quê? – murmurei, surpresa.


- Você está certa. Não pode trocar o certo pelo duvidoso. Seria muito idiota se largasse o


casamento com Manuel por causa de uma paixão por um garoto de programa. Manuel te ama muito, e sei


que te fará feliz. Você gosta de segurança... Ele sabe te agradar.


- Pensei que todas estavam contra este casamento. Jéssica me disse que...


- Jéssica é uma louca, Anahí. Ela não entende certas coisas. Você é uma mulher sensata.


Pode ter se desviado no caminho, mas foi apenas um lapso. Isso vai passar, vai ver... E fará a coisa


certa. Essa paixão vai acabar muito rapidamente.


Aquiesci, balançando a cabeça. Começava a me sentir mais calma. O senso de racionalidade


de Paloma era um conforto, um direcionamento para a minha alma perdida. Ela estava de fora,


portanto tinha uma ideia mais ampla de tudo aquilo. Certamente estava com toda razão.


Suas palavras me apontaram um caminho e, vendo que ele me levaria a algum lugar, voltei a me


sentir segura.


Abracei-a ainda mais forte.


- Obrigada – murmurei. – Vai ficar tudo bem.


- Vai sim. Confie no seu bom senso – Paloma falou e enxugou o meu rosto com as mãos. Apesar


de toda a dor, já me sentia melhor.


Não há nada mais reconfortante do que ter bons amigos.



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Autor(a): Nana

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 374



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  • queren_fortunato Postado em 08/05/2016 - 09:02:26

    Não me canso de ler essa fanfic, é a melhor de todas,e esse final que PERFEITO <3

  • jessAyA Postado em 20/02/2016 - 18:57:57

    Melhor fanfic que já li na minha vida. Obrigada Nana.

  • anniepuente Postado em 26/10/2014 - 02:16:59

    Acho que vou... Chorei! Puts, estive sumida e ainda to no capitulo &quot;1 ano, 3 meses e 3 dias depois... -Por Jéssica&quot;, mais tinha que comentar pra não pensar que se livrou de mim kkk, mds, casamento perfeito... <3

  • franmarmentini Postado em 22/10/2014 - 10:23:35

    to chorrando aki pq acabou...e agora como vou ficar sem ler essa fic* que eu amooooooooooooooooooooooooo tanto....amei amei amei amei simplesmente tudo tudooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo SAUDADES!!!!!!!!

  • franmarmentini Postado em 22/10/2014 - 10:09:16

    O.o

  • debaya Postado em 22/10/2014 - 06:39:46

    Own q final mais lindoooooo!!!!! Me enrolei, atrasei, mas tinha q comentar o ultimo cap. Perfeeeeeeeito ser uma garotinha de lindos olhos verdes como o do papai babão lindo!!!! Meu sonho baby ponny na vida real...Vou sentir mta falta dessa web, sou xonada nela...nos vemos na sua Mila...bjus Ah! Nana...foi maravilhosa

  • franmarmentini Postado em 20/10/2014 - 14:49:02

    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk poncho tá pior que a any ta mais ansioso que ela kkkkkkkkkk isso fazem mais um baby :)

  • franmarmentini Postado em 20/10/2014 - 14:40:16

    :)

  • debaya Postado em 17/10/2014 - 02:21:49

    Tô boba aqui imaginando Any com barrigão esperando baby ponny e Poncho todo babão cuidando....ai que sonhooooo!!!!! Tomara q seja a menininha q ele tanto quer...rs Mila, tô lendo a sua fic e já tô na parte q ela espia ele no banho...safadany kkkkk já já vou poder comentar Posta mais

  • franmarmentini Postado em 16/10/2014 - 10:22:15

    ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii poncho é um fofo e any ta taradona kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk bem que podia ser gemeos assim tem um menino e menina kkkkkkkkkkkkkk


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