Fanfic: Despedida de Solteira - AyA | Tema: Ponny- Hot
Entrei em estado de choque. Juro, fiquei simplesmente parada, com a boca aberta, tentando
encontrar sentido para tudo o que via. As meninas não tiveram a mesma reação embasbacada.
Jéssica foi a primeira a gritar e sair correndo na direção da pista de dança. Cláudia também foi,
puxando as mãos de Lara que, mesmo parecendo envergonhada, soltou vários gritinhos.
Paloma deu alguns passos, mas parou. Decidiu que não pagaria o mico de dançar, por isso foi
direto para o bar. Pediu, ainda de longe, que Marcelo lhe fizesse a bebida mais forte que tinha. O
barman atendeu prontamente, com um sorriso malicioso no rosto. Pensando bem, eles formavam um
belo casal, visto que ambos tinham traços orientais.
Olhei para Fabiana, que aparentemente havia sido a única sensata. Ela estava tão pasmada
quanto eu, com os olhos arregalados e os cabelos esvoaçantes por causa do vento marítimo.
- Tô fodida! – berrou, entrando em desespero. – Minha carreira acabou, me fodi, me fodi, me
fodi, me fodi... – repetiu. Suas mãos tremiam enquanto as passava nos cabelos. Estava muito nervosa.
Por um segundo não entendi o que ela queria dizer com aquilo. Só então me lembrei de que
Fabi trabalhava no Tribunal, e não podia entrar em nenhum tipo de escândalo.
- Oh, céus... – murmurei. Ia dizer alguma coisa, mas Marlos acabou se aproximando antes que
tivesse a oportunidade.
- Algum problema, senhoritas?
Naquela altura, Fabiana já chorava. Abracei-a lateralmente e decidi resolver aquilo de uma
vez.
- Marlos, minha amiga aqui tem uma carreira a zelar... Ela está com medo de arruinar tudo,
entende? – falei, fingindo ter uma firmeza que certamente não possuía. Ou, pelo menos, diante
daquela situação, havia sido reduzida a nada.
- Compreendo... Porém, senhorita Fabiana, não se preocupe com isso nem por um segundo –
disse Marlos, tentando acalmá-la. - Não permitimos fotografias ou filmagens em nossas instalações.
Todos os profissionais assinaram um contrato de silêncio, portanto a senhorita pode se divertir à
vontade sem problema algum. Nossa casa é vigiada por uma equipe especializada de segurança.
Além de tudo, todas as casas ao arredor são de veraneio, nenhuma está sendo ocupada neste fim-desemana.
A senhorita está absolutamente protegida.
Conforme Marlos ia explicando, Fabiana foi enxugando as lágrimas e se acalmando. Por fim,
sorriu timidamente.
- Tem certeza? Absoluta? – perguntou.
- Sim, posso mostrar os contratos se a senhorita desejar. – Como se já soubesse que alguma
coisa daquele tipo iria acontecer, Marlos retirou alguns papéis do bolso do paletó que usava.
Entregou-os a Fabiana. Ela deu uma olhada muito rápida e devolveu.
- Tudo bem, estou convencida.
- Ótimo. Desejamos que as senhoritas se divirtam, não se preocupem com nada. Podem ficar a
vontade e, tendo qualquer problema ou dúvida, estou às ordens. – Com um gesto de reverência
exagerada, Marlos sorriu e nos deixou a sós.
Encarei Fabiana. Ela parecia outra pessoa; seu semblante preocupado havia se dissolvido
muito rapidamente.
- O que está esperando, Anahí? Vamos aproveitar! – gritou, puxando minhas mãos. Guiou-me
até a pista de dança, onde os rapazes cuspiam fogo e dançavam sensualmente.
Depois de um minuto os observando, Fabiana já tinha se esquecido de mim – ela havia
começado a gritar e a cantar junto com as outras meninas -, portanto me largou e finalmente pude me
afastar.
Resolvi ficar com a Paloma perto do bar. Depois de pegarmos alguns drinks – pedi o meu com
muito álcool desta vez -, sentamo-nos em um conjunto de sofás com plumas da cor lilás.
Não conversamos muita coisa, apenas ficamos observando o desempenho dos rapazes. Os que
dançavam nas gaiolas eram sensacionais. Suas danças, sempre ritmadas, ganhavam uma beleza
extremosa quando somadas aos físicos invejáveis de cada um. Admito, era uma coisa linda de se ver.
Alguns nos encaravam vez ou outra, soltavam beijinhos e riam maliciosamente. Toda vez que isso
acontecia, Paloma e eu rachávamos de rir. Bom, tudo estava muito exagerado, mas não deixava de
ter graça. Eu só ficaria preocupada se começassem a tirar as tanguinhas. Como nenhum deles parecia
estar a fim de fazer isso, e olha que Paloma gritou algumas vezes para que fizessem – acho que ela
começava a ficar bêbada -, eles continuaram “vestidos”. Ainda bem.
Não tinha a mínima noção da hora. Nenhuma das meninas tinha um relógio, por isso decidi me
levantar e ir perguntar ao Marlos, que coordenava o pessoal que estava trabalhando na cozinha. Eles
haviam preparado alguns petiscos, e nos serviam sempre com elegância.
- Marlos, poderia me dizer a hora? – perguntei.
- São... Três da manhã – respondeu, conferindo seu relógio de punho. – Não se preocupe, a
festa está só começando.
Decidi não responder. Apenas sorri, peguei mais um drink com Marcelo e voltei para o sofá.
Paloma apontou para a pista de dança. Os garçons tinham parado de cuspir fogo e começaram a
dançar com as meninas.
- Quer dançar um pouco? – ela perguntou em alto e bom tom, pois a música estrondosa não
permitia que nos escutássemos normalmente. – Eles parecem felizes!
- Nem morta! – Ri alto. – Elas estão bêbadas, olha só! – Apontei na mesma hora em que Jéssica
descia até o chão, sendo acompanhada pelo garçom loiro.
- Jéssica não precisa estar bêbada para fazer isso!
- É verdade! – Gargalhamos.
De repente, a música agitada deu lugar a uma canção romântica, bem lentinha. Foi neste
instante que os rapazes saíram das gaiolas e vieram nos chamar para dançar. Paloma sequer
pestanejou – segurou a mão de um moreno gostosão e partiu para a pista de dança. Eu me mantive
irredutível.
Percebendo que ainda estava sentada – e sozinha -, os rapazes se revezaram para me chamar,
dando pausas curtas de uns dois minutos entre cada convite. Eles estavam tentando me convencer, e
certamente pensavam que eu não os achava bons o bastante para mim. O que era cruel, visto que a
beleza deles era o único motivo para que tirasse meu traseiro do sofá. Pena que este motivo era fútil
demais para a minha consciência.
Acabei rejeitando todos os caras da gaiola, o garçom loiro e o barman com cara de anjinho que
ajudava o Marcelo. Foi então que o garçom moreno se aproximou. Diferentemente dos outros
rapazes, ele nada falou, apenas me olhou e ofereceu a sua mão. Aproveitei a deixa para encará-lo de
perto, porém o ambiente estava tão escuro que não consegui ver nada além do contorno perfeito de
seu rosto.
- Desculpe, eu não quero dançar – respondi.
- Se me der apenas um bom motivo, prometo que ninguém lhe incomodará – ele disse. Sua voz
era sensual... Marcante. Era firme e doce ao mesmo tempo. Uau! Confesso que fiquei balançada.
- Tenho um perfeito: não sei dançar.
O homem riu de leve. Juro, minha pele se arrepiou instantaneamente. Seu riso inspirava
sensualidade de um modo incrível!
- Isso pode ser um motivo, mas não é um problema – retrucou. - Venha comigo, você não vai
pisar no meu pé. E, se assim fizer, tenho certeza de que não acharei ruim.
- Bom, na verdade, eu não apenas não sei dançar, como também não gosto. Simplesmente não
me atrai.
- E o que te atrai, senhorita Anahí? – perguntou, aproximando-se mais um pouco. Nossa!
Sério, eu daria tudo para ver suas expressões. Porcaria de iluminação!
- Muitas coisas me atraem – fui taxativa, mas fiquei curiosa: - O que te atrai, senhor...?
- Pode me chamar só de Alfonso.
- Alfonso?
- Sim, é o meu nome.
- Então, Alfonso, poderia me dizer o que te atrai?
- Neste momento, estou tentando atraí-la para uma dança.
- E isso iria te atrair?
- Consideravelmente – respondeu, com o mesmo tom sensual.
Alfonso falou aquilo tudo de uma forma tão colossal, que foi impossível não pegar na sua mão.
Ele me levantou do sofá e, sem me soltar, guiou-me até a pista de dança. As meninas ainda dançavam
agarradinhas, cada qual com seu par. Quando menos esperei, aquele homem misterioso já me
envolvia em seus braços, fazendo eu me agarrar ao seu pescoço. Levando em consideração que ele
estava sem camisa, posso dizer que a situação ficou, no mínimo, constrangedora. Ainda mais quando
grudou nossos rostos, e pude senti-lo tão de perto. Como cheirava bem! Era um cheiro fantástico de
homem bonito.
Dançamos duas músicas e meia. Estava começando a ficar desconfortável nos braços dele,
pois achava aquilo tudo muito estranho. Dispensei-o brevemente e fui ao bar, pedir outra bebida ao
Marcelo. Nunca havia bebido tanto na minha vida. Já estava me sentindo um pouco tonta, mas
incrivelmente não estava a fim de parar.
Depois de uns vinte minutos, a música foi diminuindo de volume.
Marlos se aproximou de mim:
- Senhorita Anahí, poderia se encaminhar até a sala de estar? Chegou o momento.
Franzi o cenho, confusa. Não sabia do que ele estava falando, mas decidi obedecê-lo. Marlos
foi buscar as meninas, enquanto eu praticamente me atirava no sofá de couro. Não sabia que a
sensação de dormência que a bebida fornecia era tão relaxante. De verdade, sentia-me em casa.
As meninas chegaram, animadíssimas, e se sentaram no sofá.
- Gente, que tudo! Que noite maravilhosa! – gritou Cláudia. Seus cabelos curtos e cacheados
estavam assanhados, mas ela continuava linda. – Jéssica... Você foi uma... Ah, uma filha de uma mãe!
Rimos.
- Está tudo sensacional! Esses caras são o máximo! Como são lindos! – disse Lara, olhando
para cima de modo sonhador.
- São gatos demais! – concordou Fabiana. – O loirinho que eu dancei... Nossa! Que homem
cheiroso!
De repente, Marlos entrou na sala com seu velho sorriso estampado no rosto. Paramos de
fofocar imediatamente, prestando atenção nele. Seja qual fosse a novidade, certamente seria uma
coisa maravilhosa. Pelo menos eu estava convencida disso.
- Senhoritas, espero que estejam se divertindo bastante!
- Estamos sim, com certeza! – Cláudia praticamente gritou.
- Demais, vocês são demais! – Fabiana acompanhou. Soltamos um “uhul” em conjunto e depois
gargalhamos. Marlos nos olhava, satisfeitíssimo.
- O fim-de-semana está apenas começando! Neste momento, irei lhes apresentar aos nossos
rapazes. Senhorita Anahí, queira se levantar – pediu. Fiz o que disse. Marlos segurou a minha mão
e me levou para o meio da sala. – Como rainha desta despedida de solteira, você tem muitos
direitos... Um deles é escolher, além do seu, um acompanhante para cada convidada.
- Eu? Escolher? Como assim? – Comecei a rir, do nada. Realmente estava bêbada.
- Nossos rapazes foram treinados para oferecer o maior prazer possível a vocês. Cada
convidada tem direito a companhia integral de um de nossos homens, eles as servirão em todos os
aspectos. Cabe a você escolher, senhorita Anahí. Posso chamá-los?
Abri a boca.
Franzi o cenho.
Olhei para as meninas.
Elas estavam tão pasmadas quanto eu. Apenas Jéssica sorria amplamente.
Autor(a): Nana
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Um resquício de sobriedade formulou inúmeras ideias na minha cabeça, cada uma mais malucado que a outra. Precisava pensar um pouco, estava muito confusa. Marlos me encarava com o mesmosorriso de sempre, enquanto eu ficava envergonhada por causa dos malditos pensamentos.- Eu... Eu... Marlos, pode nos dar licença por um minuto? Preciso falar com as ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 374
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queren_fortunato Postado em 08/05/2016 - 09:02:26
Não me canso de ler essa fanfic, é a melhor de todas,e esse final que PERFEITO <3
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jessAyA Postado em 20/02/2016 - 18:57:57
Melhor fanfic que já li na minha vida. Obrigada Nana.
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anniepuente Postado em 26/10/2014 - 02:16:59
Acho que vou... Chorei! Puts, estive sumida e ainda to no capitulo "1 ano, 3 meses e 3 dias depois... -Por Jéssica", mais tinha que comentar pra não pensar que se livrou de mim kkk, mds, casamento perfeito... <3
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franmarmentini Postado em 22/10/2014 - 10:23:35
to chorrando aki pq acabou...e agora como vou ficar sem ler essa fic* que eu amooooooooooooooooooooooooo tanto....amei amei amei amei simplesmente tudo tudooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo SAUDADES!!!!!!!!
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franmarmentini Postado em 22/10/2014 - 10:09:16
O.o
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debaya Postado em 22/10/2014 - 06:39:46
Own q final mais lindoooooo!!!!! Me enrolei, atrasei, mas tinha q comentar o ultimo cap. Perfeeeeeeeito ser uma garotinha de lindos olhos verdes como o do papai babão lindo!!!! Meu sonho baby ponny na vida real...Vou sentir mta falta dessa web, sou xonada nela...nos vemos na sua Mila...bjus Ah! Nana...foi maravilhosa
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franmarmentini Postado em 20/10/2014 - 14:49:02
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk poncho tá pior que a any ta mais ansioso que ela kkkkkkkkkk isso fazem mais um baby :)
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franmarmentini Postado em 20/10/2014 - 14:40:16
:)
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debaya Postado em 17/10/2014 - 02:21:49
Tô boba aqui imaginando Any com barrigão esperando baby ponny e Poncho todo babão cuidando....ai que sonhooooo!!!!! Tomara q seja a menininha q ele tanto quer...rs Mila, tô lendo a sua fic e já tô na parte q ela espia ele no banho...safadany kkkkk já já vou poder comentar Posta mais
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franmarmentini Postado em 16/10/2014 - 10:22:15
ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii poncho é um fofo e any ta taradona kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk bem que podia ser gemeos assim tem um menino e menina kkkkkkkkkkkkkk