Fanfic: Meu Insuportável Colega - laliter | Tema: Laliter

Narrado por Lali:

  Fui ao banheiro, a fila estava enorme, tinha umas seis meninas na minha frente, mas eu precisava ir ao banheiro, decidi esperar porque senão seria pior depois..  Finalmente chegou minha vez, fui, sentada na privada me toquei de uma coisa, eu e Peter ... ali atrás do salão... nós... nós.. esquecemos a camisinha.

   Fiquei com medo lembrando daquilo. E se eu ficasse gravida?  Saí do banheiro e fui procurar ele. Benjamim me parou no salão.

Benjamim: Lali, eu vou te provar! - ele disse segurando meu braço.

Lali: provar o que benjamim?! Para com isso! Desiste! 

 Benjamim: Não! Eu posso te provar! Ele esta te traindo agora!  Aquelas palavras doeram como agulhas em mim.

Lali: co.. como assim? 

Benjamim: vem comigo!

   Ainda um pouco contra minha vontade, segui ele, ele me fez subir as escadas, paramos em frente porta de um quarto lá de cima. 

Benjamim: eu disse que ele não te amava. - ele me olhou serio.

Lali: do que... você está falando? -perguntei com o coração nas mãos.

 Benjamim: disto. - ele abriu a porta e eu paralisei. 

  Naquele momento meu coração parou. Dos meus olhos começaram a cair lágrimas, estas ardiam, uma dor tão forte, meu coração se partia aos poucos, meu chão se abria e eu já não enxergava nada além daquela cena horrível.

   Peter estava nu e Paula também, o braço dele envolvia o corpo dela. 

Lali: Peter . - foi a única coisa que saiu, como que num murmúrio.

   Minhas lágrimas caiam seu eu ao menos piscar. Fiquei uns três minutos parada vendo aquela cena. Eu não podia acreditar. Eu não queria acreditar.  Euge chegou.

Euge: Lali, o que você está... - ela parou de falar. - Mas.. que merda é essa?! - Ela gritou e Paula abriu os olhos.

     Eu me virei no mesmo momento e desci as escadas correndo, ainda escutei um grito da Paula , Euge provavelmente deveria estar batendo naquela... argh! 

   Eu só queria sumir, queria morrer se fosse possível. Corri até o meio da rua, um carro vinha um pouco longe, mas vinha em minha direção, parei e fiquei esperando que ele se aproximasse mais, mas antes dele chegar Euge puxou meu braço e me fez voltar para a calçada.

Euge: ta louca Lali?! - ela disse me repreendendo, mas ao mesmo tempo entendendo.

Lali: eu quero morrer. - gritei chorando.

Euge: Eu estou aqui Lali! - ela disse me abraçando forte.

 Lali: Euge! - Eu chorava desesperada. - porque? 

Euge: Eu não sei. - ela falou baixinho, não tinha uma resposta, ninguém tinha, nem eu.

Lali: me tira daqui, por favor. 

Euge vamos. 

  Nico também chegou ali, ele não entendia nada.

Nico: o que aconteceu? 

Euge : vamos embora Nico, depois eu explico. 

    Pegamos um taxi e Euge me levou para casa, meus pais, como de costume, estavam na casa dos meus avós. Chegamos na minha casa, Euge me levou até o quarto, me fez tomar um banho, foram longos minutos em baixo daquela água, minhas lágrimas se misturavam com as gotas de água do chuveiro, e mesmo assim não tiravam de mim aquela dor.

Porque ele fez isso comigo? A gente estava tão bem, tão feliz!  Depois do banho ela me deu um calmante tão forte que eu não consegui resistir, peguei no sono logo. Euge desceu e com certeza contou para o Nico o que tinha acontecido.

   Acordei as sete da manhã. Minha cabeça ainda estava ruim, meus olhos ainda estavam inchados. As lágrimas ainda caiam. Na minha mente só passava aquela imagem. Por mais que eu tentasse segurar era inevitável, as lágrimas caiam, na mesma intensidade com a qual eu respirava.

   Desci as escadas, Euge e Nico estavam sentados no sofá abraçados, aquilo também doía, eu lembrava de tantos abraços, tantas vezes que estive naquele mesmo lugar sentada ao lado do Peter. 

 Euge: como você está? - ela veio me abraçar.

 Lali: como acha que estou? - disse de cabeça baixa.

Euge: vai passar.

Lali: quando?

Euge: logo. 

Lali: e se não passar?

 Euge: você vai esquecê-lo.

    Naquele momento o telefone tocou, eram oito horas da manha. Euge atendeu.

 Euge: Alô?  ….  

Euge: a, sim. Eu vou falar com ela. Obrigada. ….  

Euge: Até mais.

 Ela desligou o telefone.

Lali: quem era?

Euge: Sr. Paulo.

Lali: o diretor?

Euge: é, ele ligou avisando que o voo para Paris sairá as três da tarde e disse que mesmo você já tendo dito que não iria, ele achava um desperdício você jogar essa bolsa fora, porque é seu sonho e você tem talento. Essas foram as palavras dele...

Lali: a é! Hoje eu tinha que dar a resposta definitiva. Eu já havia esquecido disso. Me da o telefone aqui. 

  Euge me deu o telefone e eu liguei para o diretor.

Lali: Sr. Paulo, oi, é a Mariana . ….  

Lali: sim, ainda bem que o senhor ligou, eu mudei de ideia, vou ir. - falei decidida,

 Euge me encarou sem acreditar. …...

 Lali: estarei ai. Tchau, e, obrigada. - desliguei o telefone um pouco tremula.

Um carro parou na frente de casa, meus pais chegaram. Será que eles vão concordar? Mas não interessa, eu vou de qualquer jeito. Eles entraram em casa.

Emi: bom dia gente. - minha mãe disse sorrindo.

  Respondemos ao bom dia dela e em seguida ao do meu pai. 

Lali: mãe, pai, preciso falar com vocês. - falei séria.

Euge: amor, vamos ali fora um pouco. - ela e Nico saíram nos deixando a vontade. 

Emi: que foi filha? Porque essa cara? - minha mãe disse um pouco preocupada.

Lali: Eu vou para Paris. - falei direta.

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