Fanfic: Meu Insuportável Colega - laliter | Tema: Laliter

Nicolas : O quê?!  Eles me olhavam sem entender.

Lali: vou para Paris hoje de tarde, vou aproveitar a oportunidade da faculdade e cursar artes lá. Por favor, eu quero ir. - falei parecendo madura e segura.

 Emi: mas filha.. como você vai se sustentar lá?

Lali: mãe, a escola já providenciou tudo, moradia, um emprego de meio turno e além disso vou estar ganhando meio salário para manter a bolsa de estudos, da própria faculdade.

Nicolas: é.. tudo isso estava naquele contrato que lemos..

Lali: sim, e estou decidida, não posso perder essa chance.

Emi: mas assim. De uma hora pra outra?

Lali: aconteceram algumas coisas, e essa é a melhor decisão. - os dois pareciam entender que o assunto era Peter.

 Nicolas: você não pode fazer isso só para fugir de algo que não deu certo.

Lali: no momento, eu preciso. - olhei nos olhos do meu pai e ele me abraçou.

Nicolas: nós vamos te apoiar, seja qual for sua decisão.

Emi: é. Você já esta bem grandinha, logo faz seus dezoito anos, já sabe escolher caminhos, cabe a nós apenas apoiar. - minha mãe também me abraçou.

 Nicolas: vou sentir sua falta minha princesa. - meu pai me deu um beijo na testa.

Lali: também vou pai . - sorri chorando.

Emi: você já uma mulher mesmo, já sabe o que fazer. Mas filha, me prometa, se acontecer qualquer coisa, você vai nos avisar, e vai ligar sempre que possível! 

Lali: eu prometo. Agora eu preciso ir arrumar minhas coisas.

Nicolas: que horas o voo sai?

Lali: as três da tarde, mas preciso estar lá as duas.

Emi: ok, quer ajuda com as coisas ?

Lali: não precisa mãe, mas se puder, pede pra Euge e o Nico virem lá em cima.

Emi: tá.

    Subi para o meu quarto, peguei minhas malas de viagem que estavam no quarto de hospedes, levei para o meu quarto, coloquei em cima da cama e abri. Euge e Nico entraram no quarto.

Nico: tem certeza que essa é a decisão certa Lali ?

Lali: tenho. - falei de cabeça baixa.

Euge: as vezes não é o que parece Lah..

 Lali: Euge... todos tentaram me avisar, Benjamim sempre me avisava... ele tinha razão, vai ver ele beijou mesmo ela aquele dia no ginásio. Mas também.. que diferença faz.. Eu o vi nu numa cama com ela, dessa vez não existe hipótese dele ter sido agarrado por ela. Ele estava nu, abraçado com ela. - falei e cortei meu coração em mil partes com minhas próprias palavras.

Euge: tudo bem... se você acha mesmo que essa é a decisão mais certa... - ela veio me abraçar. - eu te apoio. Mas me prometa que vai lembrar da sua melhor sempre. - ela disse chorando e me fazendo chorar mais ainda.

Lali: eu vou lembrar de você todos os dias best. E de você também Nico . - Nico era meu melhor amigo, assim como Gás .

Nico: também vou sentir sua falta sua chata. - ele disse me dando um abraço.

    Arrumei minhas roupas em duas malas, não levaria tanta coisa, lá eu aproveitava e esfriava a cabeça fazendo umas compras de vez em quando. Fechei as malas.

Lali: Eu vou tomar um banho, depois eu desço.

Euge: ok. Te esperamos lá em baixo.

   Fui para o chuveiro, tomei um banho de mais ou menos uns vinte minutos, sentei no chão do banheiro e outra vez minhas lágrimas começaram a cair.  Como eu faço para esquecer tudo? Como eu faço pra deixar tanta coisa para trás? O que eu faço para essa dor parar?

   Saí do banho, coloquei uma calça jeans mais nova, uma blusa branca e um casaquinho xadrez azul por cima, meu all star novo, fiz uma make caprichada, me arrumei bem bonita escondendo qualquer vestígio de choro.

    Peguei as malas e fui saindo do meu quarto. Parei na porta e olhei para trás, para a minha cama, aquele lugar onde tantas vezes nos amamos. Outra vez, uma lágrima caiu. Fechei a porta de cabeça baixa e me dirigi para a escada. Nico veio me ajudar a descer as malas, já era quase meio dia, sentamos todos na mesa e comemos pizza, eles me fizeram rir um pouco, mas na verdade eu fingi estar feliz, fingi sorrir.

    Uma hora da tarde, saímos de casa, olhei para aquela varanda vizinha, tudo fechado. Caminhei até o portão com Euge abraçada em mim.  Fomos para o aeroporto. Chegando lá, logo avistei o diretor e mais algumas pessoas, tinha mais uma menina lá da escola, mas eu nunca tinha falado com ela, acho até que ela estava no primeiro ano do ensino médio ainda. Fomos até eles.

Paulo: Que bom que pensou melhor, Mariana, essa oportunidade é muito rara. - ele disse me cumprimentando com a mão.

Lali: é, não a nada que me prenda aqui. - falei triste.

Paulo: essa aqui é Mery , ela é minha filha e vai viajar com você, tudo bem né? 

Lali: claro. Oi Mery. - dei um beijo no rosto dela.

Mery: Oi. - ela disse sorrindo. - . 

Lali  sorri. 

   O senhor Paulo já estava falando com meus pais, explicando tudo e tranquilizando.

Euge: você estuda lá na escola né Mery? 

Mery: sim, no segundo ano. Mas vou ir para Paris morar com minha mãe. 

Euge: Hum. - ela sorriu.

Lali: Já foi para lá alguma vez?

Mery: fui sim, algumas. Ah, Lali, acho que você poderia ficar lá em casa se não quiser ficar nas republicas. - ela falou simpática.

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Mery del cerro