Fanfic: Meu Insuportável Colega - laliter | Tema: Laliter

  Sonia já sabia de toda minha história com Peter também.

Lali: eu.. eu acho que pode ter uma chance... Aquela noite da formatura.. a mesma de quando eu o vi... vocês sabem.. aquela noite nós transamos e não usamos camisinha.. mas eu tomo pilula.. eu achei que.. se bem que.. não me lembro de ter tomado aquele dia.. e no outro foi a viagem... também esqueci... dai teve essa troca de fuso horário.. 

Sonia: eu acho que você está gravida Lali. - ela disse aquilo sorrindo, mas para mim foi um choque.

 Lali: mas.. mas..

Mery: um bebe! Vamos ter um bebe! - ela disse eufórica.

Lali: desculpa Sonia.. eu não queria atrapalhar.. eu vou embora.

Sonia: que isso Lali, você vai ter esse filho e vai continuar aqui em casa, por favor né.. um bebe aqui é a melhor coisa que podia acontecer..

Lali: mas e faculdade..

Sonia: você tem direito a continuar fazendo as aulas, ai quando você acha que não dá mais, você pede licença e fecha a matricula até o bebe nascer, depois você continua de onde parou.

Lali: mas será que eles vão aceitar sendo que é bolsa?

Sonia: claro que sim, e se não aceitarem, nós podemos cobrir. - ela disse e eles podia sim, isso não seria nada na gorda conta deles. 

Lali: eu nem sei como agradecer.. - falei emocionada. - mas será que estou mesmo gravida?

Mery: mãe, marca a consulta pra hoje a tarde? 

Sonia: claro.

  Sonia marcou a consulta.  Fui ao médico, elas foram comigo. Confirmado. Estou gravida de um mês, vou ter um filho, um filho do amor da minha vida.

    Chorei de emoção quando o médico confirmou minha gravidez. Tomei todos os cuidados, mas fiquei com medo de contar aos meus pais. Apesar de eu ser maior de idade agora já, eu estava com medo da reação deles.

    Esperei dois meses, já estava a três meses gravida portanto. Liguei e contei para minha mãe. Contei para a Euge também, ela ficou muito feliz e começou a falar do Peter.

Lali: Euge, eu to gravida. - falei depois de já termos conversado rapidamente sobre como era Paris.  

Euge: você o que? - ela disse incrédula.

Lali: estou gravida, gravida do Peter. - falei me emocionando.  

Euge: como assim do Peter ? Não entendo...  

Lali: estou de três meses já. - expliquei.   

Euge: ele vai ficar tão feliz Lali! Você não tem ideia de como ele está...  

Lali: Não! Eu não quero que ele saiba que esse filho é dele! Não quero Euge ! - falei rapidamente.  

Euge: mas.. mas.. porque?

 Lali: quero que ele me esqueça pra sempre! Eu vou esquecê-lo!   

Euge: mas Lali.. ele não..  

Lali: Euge, por favor, eu confio em você, por favor, eu quero esquecê-lo e se um dia eu voltar ao Brasil... não quero que ele venha me procurar por causa do nosso filho.  

Euge: mas..  

Lali: por favor, se ele perguntar de mim, diga que eu estou gravida, que conheci um cara e estou gravida! Por favor?! - cortei ela outra vez e pedi.  

Euge: Mariana...  

Lali: por favor?! Eu confio em você Euge ! Preciso desligar agora...  

Euge: tudo bem, eu digo, se ele perguntar.  

Lali: só mais uma coisa...  

Euge: o que?  

Lali: como ele está? Ele está bem?   

Euge: não né.. ele tá arrasado, não sai mais, não faz mais nada direito, só o curso pro vestibular e um emprego ai.. ele não sorri mais.   

Lali: hum..  

Euge: Lah, o Peter não...  

Lali: Euge, preciso desligar. - falei, a ligação já estava ficando muito cara e eu não queria abusar também.  

Euge: tudo bem... tchau.. estou com saudades, e me mande uma foto do filho, ou filha quando puder.  

Lali: eu mando, mande beijos a todos. Tchau.

Euge: mando, se cuida. Tchau amiga.

     Desliguei o telefone e fiquei pensando nele, passei a mão na minha barriga que já estava a mostra agora. 

Lali: Meu filho, ou filha -sorri para mim mesma – o pedaço do grande amor da minha vida, minha metade, você veio em tão boa hora, eu já não aceitava mais o fato de não ter ele perto de mim, e agora você meu bebe, veio para me dar esperança. - falei para mim mesma enquanto acariciava a barriga.

   Seis meses se passaram, meu bebe? Vai ser um menino, já escolhi o nome: ``Luan``, eu e Peter sempre comentávamos que esse nome era bonito. Meu Luan, se você for tão bonito como seu pai, eu vou ter muito trabalho. Estava pensando nesses coisa ainda deitada na cama, era setembro, eu estava com uma barriga enorme já, de repente senti a cama molhada, dores fortes vieram, eu gritei.

Lali: Sonia! - gritei alto, a dor aumentava cada vez mais. 

   Ela veio correndo e entrou no quarto:

Sonia: Lali , o que foi?

Lali: a bolsa...

Sonia: vai nascer! - ela disse alegre, Mery e jean chegaram no quarto.

Sonia: Jean, o carro! O bebe vai nascer! - ela disse feliz.

  Jean saiu correndo para pegar o carro, Mery pegou a malinha que eu já tinha preparado para quando essa hora chegasse. Fomos para o hospital.

  Uma hora na sala de parto, esse foi o tempo para Luan nascer. Mery e Sonia ficaram ao meu lado o tempo todo, Sonia gravou todo o parto, minha cara de dor, meu sorriso, meu esforço.

  O médico tirou meu filho de dentro de mim. Luan nasceu. Ele começou a chorar, aquele choro de moleque manhoso. Meu menino estava ali, todo cheio de sangue nos braços do médico, chorando como se precisasse do alento da mãe, minhas lágrimas começaram a cair, meu menino.. o fruto de um verdadeiro amor. O médico enrolou Luan em uma toalha macia e colocou-o em meus braços, ele me olhava com seus olhinhos pequenos como se me conhecesse a anos.

   Minhas lágrimas ainda caiam. 

médico:vamos levar ele agora, mas já, já, ele volta para seus braços. -o médico disse em francês, mas eu compreendi logo

Lali: obrigada. -respondi também em francês. - meu menino – olhei para meu filho antes do medico pegar ele. - eu te amo muito meu pequeno. - Sonia gravava nós dois – um dia, você vai saber de tudo viu, você vai saber que sua mãe te ama e que seu pai é o grande amor da vida dela. Um dia quem sabe ele te pegue no colo, te chame de filho, faça você dar risada... um dia.. eu te prometo meu filho, um dia você vai conhecer ele, e te peço, não o culpe. Você vai ver que ele é um homem bom e ele vai te amar mais do que qualquer coisa nesse mundo. - eu chorava, Sonia chorava, Mery chorava, todos ali na sala ouviam minhas palavras e pareciam entender minha dor.

   O médico pegou Luan e o levou. Algum tempo depois, que para mim pareceu uma eternidade, meu filho estava em meus braços. Eu sou mãe. Não sei descrever essa emoção, a emoção de ter seu filho em seus braços, seu menininho, aquela coisa tão pequena, feita de amor.

    Sai do hospital só no outro dia, mas sai bem, com meu filho no colo.  O tempo passou, chegou dezembro, hoje faz exatamente um ano que estou em Paris, um ano que deixei o cara que mais amei na vida. Meu Luan está com três meses já. Faz tanto tempo que não falo com a Euge , decidi mandar a foto que ela pediu do Luan hoje.

Mandei a foto e escrevi em baixo: ``Estou bem, com muitas saudades, de todos. Esse é o Luan , meu menino. A facul está legal, dois anos pela frente ainda... sinto sua falta amiga. Beijos, Lali.``

   Já voltei para a faculdade e estou me dando super bem,*******quadros, tiro fotos, faço desenhos, já pintei tantos quadros sobre a minha vida, acho que dá uma exposição bem grande já.

    Era isso que eu planejava, fazer a faculdade, me formar em artes e fotografia e depois abrir uma galeria, só não sabia se essa galeria seria aqui em Paris, ou se eu voltaria para o Brasil.

   A saudade de casa e das pessoas que eu mais amo - inclui-se Peter – estava de mais.

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