Fanfic: Enfeitiçadas | Tema: Magia, Bruxa, colegial
Edith chegou cansada em casa. Depois de um dia demasiado exaustivo visitando casas de bruxos na tentativa de descobrir quem roubou o grimório. A princípio ela acreditava que Hernand estava apenas sendo paranoico como sempre e que ela devia ter guardado o livro em algum lugar e esquecido. Porém, ela tinha procurado por ele em todos os locais possíveis e, com pesar, teve de admitir que de fato houvera um roubo.
Ao trancar a porta do apartamento se deu conta que não estava sozinha. Uma figura alta e imponente estava confortavelmente sentada no seu sofá. Hernand Lavesque.
Por uns momentos a mulher apenas o observou. Os olhos astutos daquele que mantinha a ordem em todo o Coven. Edith bem sabia que por trás daqueles olhos aparentemente serenos havia um homem com determinação de ferro e uma fúria quase palpável que o fazia mais que respeitado. Temido.
–Eu soube que você andou pela cidade fazendo perguntas – começou ele tamborilando os dedos no braço do sofá.
Ela assentiu concordando.
–Sim. Você tinha razão, o grimório foi roubado.
–É claro que foi. A pergunta é: quem?
–Eu não sei – respondeu Edith com sinceridade.
–Deixei o livro com você porque achei que ele estivesse em segurança Edith. Você falhou. E depois você sai de porta em porta perguntando para cada maldita família quem foi. Pode me explicar o que foi isso? É o dia do amador?
Edith endireitou sua postura antes de responder.
–Não há porque se preocupar com isso. Eu fui cuidadosa.
Ele bufou irritado.
–É claro. Como se o seu comportamento já não fosse suspeito o suficiente.
A mulher suspirou cansada.
–Talvez eu não devesse ter lhe dado uma tarefa tão importante – disse Hernand – está mais que claro que você é velha demais pra lidar com a situação.
Edith não respondeu.
–Você sabe as implicações disso? Para todos nós? A pessoa que roubou o livro deve saber o que é, e em breve irá usá-lo.
–Que tolice Hernand! - bradou Edith – ninguém pode abrir o livro, só um Monroe. E eles morreram há muito tempo como você bem sabe.
Hernand bateu com o punho no braço do sofá fazendo um ruído surdo.
–Então porque o roubariam!?
Edith deu de ombros
–Algum desavisado, provavelmente. Esse assunto já está encerrado há muito tempo Hernand, quer você queira quer não.
–Claro, assim como o colar que desapareceu misteriosamente – disse ele sarcasticamente – e você quer que eu ignore isso? Os Monroe já foram uma ameaça uma vez. Não vou deixar que sejam de novo.
–Os Monroe estão mortos – disse Edith com veemência.
–A morte não é poderosa o suficiente para segurá-los de trazer o mal – disse ele saindo do apartamento e deixando a mulher sozinha e pensativa.
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–Sua casa? – disse Leslie dando uma olhada em volta.
–Ela era bem mais bonita quando eu morava aqui – e acrescentou – e bem melhor frequentada.
–Voltei.
Ted entrou segurando algumas vasilhas e uma garrafão de água.
–Estava conversando com quem? – perguntou ele.
Leslie não soube direito o que dizer então falou a primeira coisa que surgiu na sua cabeça.
–Err... com o gato. Eu estava dizendo que o pelo dele é muito lindo.
Ted sorriu.
–Sabe Leslie eu posso te fazer uma pergunta?
–Claro – respondeu a menina.
–Você vai ao baile da escola?
Leslie não respondeu de imediato. Não era de seu costume ir a essas festas, principalmente porque sua avó não gostava nem um pouco. Ela dizia que era uma reunião de gente perdida.
–Eu ainda não tinha pensado nisso. Mas sim acho que vou.
–E você já tem um par? – indagou Ted.
–Isso somam duas perguntas – zombou James que assistia a cena com interesse.
Leslie lançou um olhar irritado para o fantasminha.
–O que foi? – perguntou Ted confuso – eu não devia ter perguntado?
–O que? Não! – se apressou em dizer amenina para tentar corrigir o erro – eu só lembrei de algo que. Deixa para lá. E respondendo a sua pergunta, eu não tenho um par não.
Ted pareceu visivelmente alegre. James revirou os olhos e pôs uma das mãos no rosto num gesto de negação.
–Bom, eu queria saber se... bom era só que... você não precisa aceitar se não quiser – disse Ted atropelando-se com as palavras.
–Você quer que eu vá com você? – completou Leslie.
Ele coçou a cabeça visivelmente envergonhado.
–Sim.
–Os homens de hoje já não tem brio – comentou James - comportam-se como fariam as moças.
–Claro, eu adoraria – responde Leslie ignorando o outro rapaz.
Ted sorriu. Depois olhou pela janela comentando.
–Está anoitecendo – é melhor irmos andando. O caminho é longo.
–Tudo bem – concordou Leslie dando mais uma olhada no local e não deixando de sentir um arrepio ao lembrar que ali viveram uma família de bruxos muito poderosa.
Ela caminhou acompanhando os passos de Ted. Antes de entrar no carro ela deu uma última olhada para a casa e viu James de pé em frente à porta completamente absorto em quaisquer que fossem seus pensamentos.
Leslie sentiu vontade de chamá-lo, mas se conteve uma vez que Ted estava bem próximo a ela. Coitado, pensou ela. Talvez houvesse um modo de trazê-lo de volta.
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Ravena não saía do quarto há horas e já estava começando a sentir fome. Já tinha pesquisado em todos os meios disponíveis sobre feitiços de lacre e não tinha encontrado nada que pudesse explicar o misterioso grimório que Alina encontrara.
Resolvendo descansar um pouco e fazer um lanche ela desceu as escadas. Porém as vozes na sala fizeram com que ela disponíveis seu percurso.
–Você tem certeza ? – perguntou Timothy.
–Certeza absoluta Timothy – Ravena reconheceu na hora a voz do prefeito e líder do Coven Hernand Lavesque – é por isso que eu quero que você cuide pessoalmente do assunto Timothy. Edith não é capaz de fazê-lo.
–Eu ainda não entendo como e porque – disse Timothy – eu pensei que esse assunto não ia voltar a nos incomodar.
–Mas voltou –retrucou Hernand.
–Não se preocupe. Vou fazer o que for preciso pra encontrar e punir os culpados – disse Timothy com uma firmeza que assustou a menina que escondida ouvia tudo.
Autor(a): Tynna
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Ravena não conseguira pregar os olhos naquela noite. Passara o tempo todo pensando no que poderia fazer para evitar as consequências desastrosas de um ato impensado. Roubar um grimório. Comeu muito pouco de sua refeição matinal, fazendo com que os olhos de seu pai se voltasse aflitos para ela. –Algum problema querida? Está sen ...
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