Fanfic: Enfeitiçadas | Tema: Magia, Bruxa, colegial
O resto da manhã foi tão enfadonho quanto poderia ser. Leslie não conseguia pensar em nada além do garoto misterioso. Quando será que ele iria aparecer de novo? Pensava ela.
Já estavam indo embora quando ouviram uma voz conhecida chamar:
–Ei, Leslie!
Alina deu um risinho ao notar quem era.
–Ora, ora meninas aí vem o Romeu.
Ravena revirou os olhos. Nem era preciso olhar para saber de quem a amiga ruiva estava falando. Alina só costumava chamar um garoto em toda a cidade de Romeu. Theodore Wayne se aproximava rapidamente do trio.
Ted, como era conhecido na cidade era um garoto de dezessete anos por quem Leslie sempre tivera uma paixonite. Ele morava próximo a casa de Leslie numa enorme propriedade cercada por plantas. A mãe de Ted, Denna era uma botânica apaixonada e passava quase o tempo todo passeando aqui e acolá atrás de novas e raras espécies.
O garoto tinha uns longos cabelos dourados e olhos castanhos cor de avelã que combinavam com seu sorriso gentil. Apesar de sua aparência um tanto frágil tinha uma constituição firme que arrancava suspiros de diversas garotas na cidade, inclusive Sophie Lavesque.
–Olá meninas – disse ele sorrindo.
Leslie corou na mesma hora. Ravena e Alina trocaram olhares maliciosos.
–Oi Ted – responderam ao mesmo tempo.
–Leslie, eu queria saber se o nosso encontro ainda está de pé sabe.
O rosto da morena ficou ainda mais vermelho.
–Encontro? – gaguejou.
Ted coçou a cabeça um pouco confuso.
–Tínhamos marcado para alimentar os cães de rua, não lembra?
Alina segurou o riso. Ravena beliscou a ruiva.
–Ah, claro – lembrou Leslie – sim, claro eu me lembro.
–Então eu passo na sua casa mas tarde para te buscar certo?
Leslie acenou consentindo. Depois disso o jovem se despediu e se afastou.
–Ajudando o príncipe encantado em sua causa nobre Less? – brincou Alina.
Leslie piscou irritada.
–Não é nada disso – respondeu ela – ele é meu amigo e amigos se ajudam, isso é normal.
–Claro, ele é seu amigo – concordou Ravena – há século. Quando é que você vai tomar uma atitude e mudar isso?
–Eu não sei do que vocês estão falando – falou a morena – vamos logo para casa.
As outras duas riram e acompanharam a amiga.
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Quando chegou em casa, Leslie teve todo o cuidado de colocar o colar embaixo do suéter de modo que ninguém pudesse avistá-lo. Estranhamente, sua avó ainda não havia chegado em casa e aproveitando isso, Leslie correu para o quarto para continuar lendo o grimório misterioso.
A jovem já estava há um bom tempo tentando desvendar aquele livro sem conseguir nada de novo. Eram apenas um monte de imagens embaraçadas que não chegavam a fazer nenhum sentido. Pareciam que estavam...
–Incompletas? – a voz suave de James cortou o silêncio assustando Leslie que pulou sobressaltada.
–Ai meu Deus! Não faz isso está em?
Ele estava em pé próximo a pequena janela do quarto.
–Eu não acho que você vá conseguir fazer alguma grande descoberta desse jeito – disse ele gesticulando para o livro - Você não tem o que é preciso.
Leslie pareceu um pouco constrangida.
–Ah, então uma bruxa de família mais poderosa poderia conseguir? – perguntou ela.
As sobrancelhas dele se uniram.
–Você não me entendeu, não foi isso que eu quis dizer. Você ainda não tem habilidade. Pelo menos não ainda.
–Como sabe dessas coisas? – indagou a morena intrigada – você é um bruxo?
Ele se sentou na cama e encarou o teto.
–Sei de muitas coisas. E sim, eu já fui um bruxo.
Leslie se remexeu incomodada.
–Então você é um...fantasma?
Ele pareceu se divertir com a expressão assustada da menina.
–Não exatamente.
–O que sabe sobre o grimório dos Holmes?
–Você faz muitas perguntas – comentou ele.
Um silêncio esquisito se estabeleceu no local. Leslie apenas observava o jovem que parecia perdido em pensamentos distantes.
–Não é o grimório dos Holmes – disse ele por fim.
Um alivio enorme inundou a jovem.
–Sério? De quem é então?
–Monroe. É o grimório da família Monroe. O colar também.
Leslie não fazia ideia de que família era aquela. Porque sua avó teria em mãos um objeto de outra família?
–Eu nunca ouvi falar em nenhum Monroe.
–Nem deveria – completou James.
–Pode me contar sobre eles? – indagou a jovem.
–Claro. Eu sei tudo sobre eles – foi a resposta do garoto – meu nome é James Monroe.
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Pela milésima vez, Edith Holmes era questionada com a mesma pergunta.
–Quem pegou o livro Edith? – insistia Hernand Lavesque.
A senhora revirou os olhos cansada.
–Eu não sei Hernand. Não se preocupe deve estar por aí. Só porque eu não encontrei agora não significa que alguém tenha pego.
Hernand socou a mesa com uma força assustadora tamanha a sua irritação. Ele nunca fora um homem paciente e não gostava nem um pouco quando as coisas não saiam como ele queria. O prefeito da cidade tinha um péssimo pressentimento a respeito daquele sumiço repentino.
–Um livro não pode sair andando Edith.
–Não se preocupe Hernand. Eu mesma vou procurá-lo e garanto que vou acabar encontrando. Eu devo ter esquecido onde coloquei.
O homem passou a mão pelos cabelos grisalhos.
–Acho bom. Aquele livro é muito importante, e, além disso, eu estou a um passo de descobrir como lê-lo.
–Você diz isso há anos – respondeu a velha revirando os olhos.
O homem a ignorou completamente e se dirigiu à saída.
–Encontre o livro Edith. Encontre o livro
Autor(a): Tynna
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