Fanfics Brasil - Uma Puladinha No Passado Enfeitiçadas

Fanfic: Enfeitiçadas | Tema: Magia, Bruxa, colegial


Capítulo: Uma Puladinha No Passado

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As mãos de Leslie suavam e seus olhos estavam bem abertos enquanto ela esperava pacientemente (ou nem tanto) que o jovem garoto começasse a contar a sua história.


James coçou a cabeça enquanto pensava por onde deveria começar. Era uma história longa, complicada, que com certeza poderia trazer muitos problemas para todos, principalmente para aquela garota que estava tão ansiosa para conhecê-la.


–Bom, para início de conversa, a família Monroe é muito antiga e poderosa. Diz a lenda que nós somos descendentes de Sabinne Moreau, a bruxa mais poderosa que existiu. Ela escreveu grande parte dos feitiços do grimório que você tem. Feitiços únicos que dão ao bruxo poderes inimagináveis.


–Sabinne – disse Leslie como que testado a palavra.


–Mas como bem se sabe, toda vez que surge numa sociedade alguém que se destaca, essa pessoa ganha muitos admiradores e muitos, muitos inimigos. Com um Coven não seria diferente.


A morena franziu o cenho pensativa. James continuou.


–Até o surgimento de Sabinne, a família Moreau não era nada no mundo sobrenatural. Não tínhamos o direito de opinar nas questões relacionadas ao Coven e sequer participar das reuniões mais secretas. Ela ficava irritada com isso. Achava um absurdo aquele tratamento e revoltada invadiu uma reunião secreta do Coven para discutir isso.


Aquela era sem dúvida uma história incrível, pensava Leslie. Uma bruxa de família menos conceituada invadir uma das reuniões secretas para dar sua opinião a respeito de algo. Ela nunca pensara que nem em mil anos alguém teria essa coragem. Nem queria imaginar quais as punições por tal ofensa.


James, lendo a expressão da morena acenou concordando.


–Pode imaginar o rebuliço que foi. Os membros mais altos do grupo ficaram indignados com a ousadia daquela mulher e queriam uma punição severa. Porém, para o azar deles, os Covens são composto em sua maioria por famílias menos poderosas. E essas famílias ficaram do lado de Sabinne, apoiando-a.


Leslie acenou incentivando-o a continuar.


–Parecia que tudo ia acabar bem. Os sacerdotes concordaram em fazer de Sabinne uma sacerdotisa, para que ela fosse a voz das famílias mais “fracas” do Coven.


–Sério? – disse Leslie sem conseguir acreditar – ela conseguiu?


James balançou a cabeça sério.


–Não. Era tudo um farsa para. Eles queriam enganá-la e descobrir os segredos para os feitiços dela. Na verdade, um feitiço em especial: o feitiço de abertura.


–Feitiço de abertura? – perguntou Leslie – para abrir o que?


–Os sentidos, a alma – explicou James – bruxos são poderosos porque retiram seu poder da energia da vida, o elementismo é o que os fortalece. Um bruxo que “se abre” deixa de retirar o poder e se torna o poder. A alma em comunhão total.


Leslie estava perplexa. Como alguém poderia fazer tal coisa?


–Ela tinha mesmo esse tipo de poder?


–Não – disse James – poder vicia Leslie, e Sabinne sabia bem disso. Um feitiço desse nível exigiria muito, não só da força dela mais também de seu caráter e lucidez.


–Entendo - disse Leslie - e depois?


–Deu tudo errado. Ela foi traída pelos sacerdotes do Coven e entregue a Igreja que a condenou e queimou.


–Bruxos denunciando bruxos - disse Leslie atônita - isso é horrível.


James deu um suspiro cansado.


–Ao longo dos séculos muitas coisas horríveis foram feitas para a manutenção do poder Leslie.


Ele levantou-se e caminhou até janela.


–Para encurtar, os familiares de Sabinne também foram perseguidos e queimados vivos. Apenas o filho de Sabinne, Gerard Moreau conseguiu fugir para o Novo Mundo, onde se instalou aqui, em Berkshire sob o nome de Gerard Monroe.


–E depois? - pediu Leslie - você ainda não me contou a sua parte na história.


–Acho que a nossa conversa vai ter que esperar - disse James - tem um carro estacionando agora mesmo.


Leslie bateu na própria cabeça.


–Droga! Eu tinha me esquecido completamente do meu compromisso com o Ted!


As sobrancelhas espessas de James se arquearam e ele sorriu de leve.


–Compromisso é?


–Tchau! - disse Leslie disparando pela porta.


As bochechas de Leslie esquentaram enquanto ela corria para fora para atender o visitante. Sua pressa era muito mais pelo comentário do misterioso garoto do que ela ansiedade em ver o amigo.


************************************************


Alina estava jogada no sofá tentando descobrir o que iria fazer no seu resto de tarde. O dia era enfadonho e melancólico, o que não ajudava em nada a imaginação da jovem, que se sentia completamente frustrada. As coisas não haviam saído como esperava em relação as provas e ela, ficava especialmente aborrecida quando isso acontecia.


Por outro lado, um pensamento insistia em pousar sobre sua cabeça: o tal fantasminha que Leslie vira. Será mesmo que aquilo era verdade ou sua amiga simplesmente tinha ficado biruta? De qualquer modo ela sempre achou que isso iria acabar acontecendo, visto que Leslie estudava demais. Mas se fosse verdade... se de fato aquele colar tivesse propriedades mágicas que permitissem ao usuário enxergar coisas ocultas, ela e suas amigas poderiam fazer um bom uso dele, pedindo que o fantasma assombrasse a casa dos Lavesque.


A ruiva riu com a ideia de ver Sophie correndo aos berros.


–Isso sim, me faria feliz – murmurou a jovem para si mesma.


Imersas em devaneios mal notou que a campainha soava insistentemente. Levantou-se e caminhou até a enorme porta para descobrir quem seria o visitante apressadinho.


A surpresa fora tanta , que a jovem levou uns bons segundos para se recompor. Não era comum aquele tipo de visita, e se fosse pelo motivo que acreditava, ela estaria em maus, em péssimos lençóis.


–Não vai me convidar para entrar senhorita Ross? - disse suavemente Edith Holmes.



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Autor(a): Tynna

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1



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  • vondy2002gmail.com Postado em 08/07/2014 - 22:25:40

    posta maisss


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