Fanfics Brasil - 15º Capítulo Balde de água fria Despedida de Solteira. Ver. Alfonso

Fanfic: Despedida de Solteira. Ver. Alfonso | Tema: Ponny - Hot


Capítulo: 15º Capítulo Balde de água fria

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As pernas de Anahí relaxaram, e só
então tive a capacidade de parar o que
estava fazendo. Retirei os dedos e lambi
meus lábios, provando os últimos resquícios
de seu sabor. Nem deu tempo de eu
raciocinar direito; quando menos percebi,
Anahí já estava de pé, procurando pelas
partes do seu biquíni. Sua expressão era de
puro horror.
Ainda estava morrendo de excitação,
querendo ter o meu próprio alívio, mas
confesso que fiquei muito preocupado.
Depois de ver o rosto dela se contorcendo de
culpa e arrependimento, não pude sequer
pensar em mais nada além de seus
sentimentos. Por isso, alisei seus cabelos
com cuidado, depois a puxei pela cintura,
trazendo-a para mim. Anahí tinha
colocado a parte de cima, mas ainda estava
despida embaixo.
– Me solta... Por favor, me solta. Falo
sério – ela disse, e sua voz foi quase um
choramingo.
“Não fica assim, Anahí, por favor...
Não faz isso.”
– Senhorita Anahí... Olhe pra mim –
pedi aos sussurros. Tinha começado a entrar
em desespero. Se ela chorasse novamente,
não sabia do que seria capaz. Àquela altura,
meu coração estava tão espremido quanto
jamais ficou.
Anahí me ofereceu seus lindos e
hipnóticos olhos. O efeito sobre mim foi o
mesmo; senti-me perdido dentro daquela
imensidão azul. Tudo piorou quando ela entreabriu
os lábios, convidando-me para um beijo que
não aconteceria.
– Você fez o que quis e o que sentiu –
falei seriamente. – Pela primeira vez.
– Não importa o que eu quis, se o que
fiz foi errado – retrucou, fazendo uma
expressão ainda mais horrorizada, como se o
que eu tinha acabado de dizer fosse uma
besteira sem tamanho. – Solte-me, quero
me vestir e ir embora.
“Oh, não... Não vá...”
Soltei-a devagarzinho. Tive ódio de
mim mesmo por não ter o direito de tentar
impedi-la. Tive ódio por me importar tanto,
ódio por tê-la deixado arrependida. Ódio por
ser quem sou, ódio por ela estar noiva e não
poder ser minha, ódio de tudo e de todos.
Mas, por fora, eu estava apenas sério.
Cumprindo o meu dever.
– Para onde vai? – perguntei,
engolindo aquele sapo sem um pingo de
água para ajudar.
– Tomar um banho. Estou lambuzada.
Por favor, você está dispensado, não quero
mais vê-lo – Anahí respondeu, terminando
de vestir a parte de baixo do biquíni. Depois,
pegou uma toalha e enrolou no corpo.
Havia ficado paralisado com o que ela
falou. Senti uma parte de mim caindo no
chão, mas reuni toda a coragem possível
para perguntar:
– Tem certeza?
Anahí evitou os meus olhos, mas
suspirou profundamente.
– Não, não tenho certeza. Só preciso
pensar um pouco, está bem?
O alívio invadiu os meus sentidos. Eu
não ia suportar ser rejeitado daquela forma.
Não me pergunte por que, apenas não
suportaria, está bem? Estava confuso e
estranho com relação a ela.
– Tudo bem. Só não pense muito –
respondi.
Anahí saiu da salinha sem se
despedir ou olhar para trás. Seu lindo rosto
ainda carregava a expressão de culpa e
pesar, que lhe oferecia uma ruga de
preocupação bem no meio da testa. Será
que ela ia ficar bem? Não fazia a menor
ideia. O simples fato de tê-la machucado de
alguma forma me causava nojo.
– Você é um desprezível, Alfonso –
murmurei para mim mesmo, sentando na
mesa de massagem.
Suspirei fundo. Precisava raciocinar
melhor sobre aquilo; sobre aquela coisa
sinistra que acontecia quando eu estava com
ela ou pensava nela. Não podia ser normal.
Não era normal... Já havia passado por
tantas situações na minha vida!
O que Anahí tinha de tão diferente
para mexer comigo daquele jeito? Não era
apenas o desafio de conquistá-la que me
atraía. Não era somente sua inocência,
afinal, já transei com trezentas mil mulheres
virgens – coisa que certamente ela não é,
minhas dúvidas quanto a isso foram embora.
Seu jeito sensato chegava até mesmo a ser
chato. A inteligência era uma vantagem,
mas o fato de pensar demais era, sem
dúvida, um defeito.
Não me leve a mal, sou um cara
calculista tanto quanto ela. Gosto de
organização, limpeza... Faço cálculo mental
constantemente e adoro quando os pingos
ficam nos is. Mas não sou nenhum louco de
pedra feito ela. Eu me permito viver, adoro
seguir meus instintos, não ignoro meus
desejos. Enfim, sou equilibrado. Às vezes
tudo o que faço é simplesmente não pensar.
Às vezes passo horas raciocinando. Sinto-me
bem diante deste misto. Razão e emoção
são complementares; uma não faz sentido
sem a outra.
Balancei a cabeça. Estava cansado,
exausto, na verdade. Anahí havia
acabado comigo, e nem tínhamos transado
ainda. Decidi pensar enquanto estivesse
deitado; daria a mim mesmo algum tempo
de descanso, pois tinha certeza de que a
minha cliente misteriosa iria fazê-lo. Só
esperava que não estivesse se martirizando
em demasia.
Depois daquele banho de água fria – a
tarde havia terminado de um modo que não
planejei –, tomei realmente outro banho, só
que de água quente, bem relaxante. Vesti
uma bermuda simples e deitei na maldita
cama de solteiro. Tentei tirar um cochilo,
mas não conseguia me desligar. Não havia
sinal algum dos rapazes dentro do casebre, e
agradeci por isso. Não estava a fim de dar
satisfações, embora estivesse trabalhando e
certamente precisasse dizer alguma coisa ao
Marlos.
Depois de quarenta minutos me
remexendo na cama, Fernando apareceu.
– E aí, cara? Você sumiu! Aliás, vocês
sumiram! – falou de um jeito divertido.
– Sala de massagem – respondi
simplesmente.
– Eita, maravilha! Rolou?
– Não – menti. Sei lá se “rolou”. Na
minha perspectiva, não havia rolado.
Mesmo.
– A noiva é durona, hein?
“Você não faz ideia.”
– Onde vocês estavam? – perguntei,
mudando de assunto. Não queria falar sobre
a Anahí.
– Na praia. Foi bem divertido, as
garotas são muito simpáticas. Lara está me
tentando... Fica me jogando indiretas e
depois recua. Mas de hoje não passa.
– Boa sorte – falei.
– Temos uma hora de descanso antes
do jantar – avisou.
– Ótimo.
Aquela uma hora, inexplicavelmente,
rendeu algum sono. E então acabei
dormindo de verdade, cheguei até a sonhar.
Nem me pergunte com o quê, pois sempre
me esqueço do que sonhei assim que
acordo. De qualquer forma, aquele descanso
foi muito bem-vindo. Acordei me sentindo
outra pessoa, embora nada, de fato, tivesse
mudado.
Vesti um terno escuro muito elegante,
com direito a gravata cor-de-rosa. A mistura
ficou interessante, inspirando formalidade e
charme. Agradeci por não ter que vestir
tanguinha e gravata-borboleta de novo, seria
desconcertante.
Encontrei os caras na cozinha do
casebre. Estavam sentados ao redor de uma
mesa maior, jantando e conversando
animadamente. Juntei-me a eles,
percebendo que estava faminto. Enchi o
meu prato e mandei ver.
– E aí, Alfonso? A noivinha continua
virgem? – perguntou Edu enquanto enfiava a
comida goela abaixo.
Droga, Edu!
– Tá brincando! Anahí é virgem? –
perguntou Manuel.
– É sério? – Marcelo largou o copo de
Coca-Cola ao lado do prato. – Conta essa
história direito!
– Ela não é – decidi falar logo de uma
vez.
– Não é ou não é mais? – completou
Henrique, gargalhando. Os caras o
acompanharam, mas eu permaneci sério.
– Não é, tinha entendido errado.
– Que pena! – falou Edu. – Mas,
finalmente, rolou ou não?
– Não.
Minha vida é sexo, afinal, é o meu
trabalho, o ar que respiro todos os dias.
Sexo, sexo, sexo... Sexo pra lá e pra cá.
Falar sobre isso nunca me deixou
envergonhado. É tão natural! Embora não
goste de sair contando vantagem ou de
expor a intimidade de alguma cliente, nunca
me senti estranho como naquele momento.
Queria que mudassem de assunto. Estava
prestes a pedir que fizessem isso, na
verdade. Ia dar uma de chato, mas não me
importava. Tudo, menos ouvir um bando de
homem falando sobre Anahí como se ela
fosse... Sei lá, alguma coisa que não era.
Graças aos céus Fernando apareceu
do nada, trajando seu próprio terno, e me
salvou.
– É hoje! – disse, animado.
– Estamos fazendo uma aposta,
Fernando – comentou Edu, piscando um
olho. – Eu aposto que você não vai
conseguir nada com a Lara.
Todos riram, até eu. Claro que aquela
aposta não existia, Edu estava apenas
zoando com o Fernando e sua paixãozinha.
– Ninguém a meu favor? – ele
perguntou, fingindo indignação.
– Você vai conseguir – falei, só para
ser agradável. A verdade era que não me
importava nem um pouco se ele conseguiria
ou não. Estava mais preocupado com
minhas próprias conquistas, que até aquele
momento foram mínimas.
– Acho que o único que não vai
conseguir é o Henrique – comentou Manuel.
– Verdade – completou o Edu.
– Ih, já desisti – disse Henrique. –
Cláudia é uma mulher casada e bem amada.
Acreditem, elas existem!
Todos riram.
– Menos mal, agora já posso manter a
esperança de um futuro casamento – falou
Marcelo.
– Casamento? Você quer se casar um
dia? – perguntei, meio admirado. O
comentário dele realmente havia me
chamado atenção. Acho que chamou a dos
rapazes também, pois todos olharam para
ele.
– Claro que sim. Não quero terminar
sozinho. Vai dizer que ninguém aqui pensa
nisso?
– Quero nem pensar – disse
Fernando.
– Já pensei, mas desisti – admitiu
Edu. – Mulheres são complicadas demais.
Só servem para nos satisfazer e pronto.
Algumas são bem inteligentes, legais para
conversar. Mas, quando se fala em
relacionamento, são todas iguais... A maior
cilada. Não tem uma que se salve, sei disso
por experiência.
– Será que sou o único? – questionou
Marcelo, revirando os olhos.
– Penso em ter uma namorada legal,
não em me casar – confessou Henrique. –
Isso aí já é demais. Quem em sã
consciência teria algo mais sério conosco
sabendo o que fazemos, mesmo se
deixarmos de fazer? Nossas vidas serão
marcadas para sempre por termos sido
garotos de programa.
Silêncio geral. Depois daquele
comentário, todos ficaram pensativos.
Observei o Marcelo; ele chegou a prender os
lábios e olhar para baixo como se estivesse
ressentido.
– Vocês estão se lamentando? –
perguntei, franzindo o cenho. Mal sabia o
que pensar sobre aquilo, minha cabeça tinha
dado um nó.
– Talvez seja mais fácil pra você, que
trabalha com isso há mais tempo que todos
nós juntos – Marcelo rebateu, encarando-me
com firmeza.
– Alfonso tem razão – defendeu Edu. –
Vamos mudar de assunto, cada um pensa o
que quiser sobre isso.
Eu estava prestes a rebater, mas
sinceramente não sabia o que falar. Só tinha
certeza de que cada um ali havia escolhido o
próprio destino. Quem quisesse parar,
parava. Era simples até demais. Ninguém
nunca disse que as coisas seriam fáceis,
mas todos já conheciam as consequências o
suficiente para realizar novas escolhas.
Nenhuma escolha é definitiva, e é por isso
que estou montando o meu estúdio.
Se pretendo me casar? Não sei. É
difícil acreditar que exista alguma mulher que
me satisfaça completamente; não apenas
com relação a sexo, mas com todo o
restante. Sou um homem complicado e
chato, odeio futilidades, joguinhos... Sou
amante da naturalidade e da inteligência.
Gosto de admirar qualquer coisa que for
artística e posso passar dias sem fazer nada
além de ficar em casa assistindo a filmes.
Prefiro cozinhar a frequentar bons
restaurantes, arrumo minha própria casa,
não consigo ver nada fora de ordem, odeio
cigarros, adoro vinho e minha vida só faz
sentido por causa dos meus gatos.
Quem poderia me acompanhar nesta doideira?



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Autor(a): Nana

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 77



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  • brunaponny Postado em 20/05/2014 - 13:27:52

    acabou? voce sumiu :(

  • pradonaty Postado em 09/05/2014 - 04:15:35

    Aiiiiiiiiiiii que lindooo, amei, adorei, me emocioneiii, confesso q me emocionei mais cm versão, sofri junto cm o poncho..ansiosa para a parte 3

  • franmarmentini Postado em 08/05/2014 - 13:27:34

    tive que ler de novo :) de tão feliz que eu to kkkkkkkkkk

  • dessita Postado em 08/05/2014 - 13:08:59

    aaai... que lindo o final... Posta logo a proxina Nana... Aguardando anciosamente

  • franmarmentini Postado em 08/05/2014 - 07:24:18

    foi muito emocionante :)

  • franmarmentini Postado em 08/05/2014 - 07:02:49

    *-*

  • edlacamila Postado em 07/05/2014 - 23:46:29

    Ate q fimmmmmmm ponchito feliz

  • acarol Postado em 07/05/2014 - 02:49:22

    Aaain Naninha que triste! To sem palavras, chorei, li outra vez, mas fiquei sem palavras! Continua!

  • micheleponny Postado em 06/05/2014 - 18:03:43

    chorei amiga :( poxa to muito trise coitado..ponchinho amor vem pra mim que nao te faço sofrer asim nao :(,mas ainda tenho esperança que nao casa,nao casa e pronto to com o coração na mão espero de vdd q ela nao case bj posta logo

  • edlacamila Postado em 06/05/2014 - 00:26:04

    Ain gnt ele sofre dms por ela poxa :/ .. Poncho esquece ela e fica cmg U.u kkkkk


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