Fanfics Brasil - 17º Capítulo Na mosca Despedida de Solteira. Ver. Alfonso

Fanfic: Despedida de Solteira. Ver. Alfonso | Tema: Ponny - Hot


Capítulo: 17º Capítulo Na mosca

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Puxaram Anahí até o meio da sala
como se ela fosse uma marionete. Manuel foi
providenciar alguma coisa para lhe cobrir a
visão e voltou cinco minutos depois com
uma máscara preta de dormir. Colocou-a no
rosto dela com bastante cautela.
Todo mundo falava de uma só vez,
parecia uma feira. Até os garotos estavam
excitados com aquela louca brincadeira. Isso
me fez lembrar que eu não seria o único a
beijá-la; todos os meus colegas iriam fazer o
mesmo, e provavelmente Anahí sequer
acertaria o meu. O ânimo que eu sentia foi
embora muito rapidamente.
– Confere direito, hein? Não pode
roubar, Anahí! – gritou Jéssica.
– Ei, Alfonso! Estava falando com os
caras, e vamos entrar no desafio. Se ela
errar, vocês dois caem na piscina. Pode ser?
– perguntou Marcelo.
– Po... Pode.
– Acabamos de aumentar o desafio!
– bradou Marcelo em alto e bom som. – Se
Anahí acertar, todos nós cairemos na
piscina, menos ela e o Alfonso! Se errar, os
dois cairão!
Todo mundo começou a gritar como
bichos num zoológico.
Eita! Aquilo ia ser muito interessante.
Se Anahí não acertasse, pelo menos a
acompanharia em um mergulho. Um
mergulho extremamente frio por sinal, a
água da piscina devia estar congelante. E eu
estava usando terno, então a sensação
seria, no mínimo, bem esquisita.
– Vamos começar! Façam uma fila
aqui, garotos. – Jéssica gritou, apontando
para um canto da sala. Fui até lá e fiquei
atrás do Henrique, na segunda posição. –
Fiquem desordenados! Não, fica aqui, Alfonso!
– Jéssica me puxou para trás, e acabei
ficando em quinto. Droga! Ia ter que esperar
aquele povo todo beijar a Anahí e ainda
seria obrigado a assistir?
As garotas começaram a gritar como
loucas:
– Você vai perder, Anahí! Não tem
a menor chance!
– É isso aí, vai perder feio!
– Espero que o seu sapato não seja
caro, amiga!
Aquilo tudo só fazia o meu coração
bater ainda mais rápido. Estava super
nervoso, ansioso, confuso... Mal sabia definir
direito o que tanto me tirava do sério.
– Ela vai terminar com o meu gosto
na boca – murmurou Edu, que estava atrás
de mim. Não sei qual era o seu objetivo me
dizendo aquilo, mas certamente coisa boa
não era. E o pior é que tinha funcionado; o
sangue ferveu no meu corpo.
– Ela nem vai ligar pro seu quando
sentir o meu – retruquei.
Edu soltou uma gargalhada.
– Vamos começar! – Jéssica gritou. –
Anahí, preste atenção! Você vai beijar o
cara número um agora. No final, é só dizer o
número. Combinado?
– Combinado! Estou pronta – ela
respondeu, sorrindo. Percebi sua confiança
de imediato. Anahí não parecia temerosa.
Estava tranquila e sorridente. O que algumas
doses de tequila não são capazes de fazer?
– Tem um último pedido? – perguntou
Fabiana, aproximando-se.
– Não... Nenhum. Estou numa boa.
Muito tranquila. Tranquila até demais.
Como ela podia ter tanta certeza de que iria
adivinhar o meu beijo? Jamais havíamos nos
beijado.
– Vai lá! Este é o número um! –
Jéssica segurou a mão do Henrique e o
guiou na direção da Anahí. Ele não
pestanejou, deu-lhe um beijo rápido e
estalado. Meu estômago se contorceu. Fui
obrigado a desviar os olhos.
– Agora vai o número dois! – gritou
Fabiana. Manuel se aproximou da Anahí e
se curvou um bocado, visto que ele era
muito mais alto do que ela. Deu-lhe um beijo
um pouco mais demorado. Obriguei a mim
mesmo a assistir, mas confesso que um
gosto amargo de insatisfação invadiu a
minha boca. Aquilo estava sendo um
martírio.
– Muito bem, agora este é o número
três! – Jéssica puxou o Fernando.
Antes de beijá-la, o idiota olhou para
trás e piscou um olho para mim. Tive
vontade de socá-lo até a morte, mas apenas
desviei o olhar e me recusei a assistir àquela
cena deprimente.
– Você está com ciúmes, Alfonso.
Admita – murmurou Edu.
– Nada a ver – respondi.
Edu riu.
– Se eu não te conhecesse e não
soubesse que trabalha com isso há tanto
tempo, diria que está caidinho pela cliente –
completou.
Não pensei em nada plausível que
servisse de resposta. Portanto, apenas deixei
a frase do Edu no ar. Não quis refletir sobre
aquilo por muito tempo, pois sei que
ultrapassaria os limites do meu próprio
entendimento. Confesso que as coisas
estavam meio estranhas, mas uma paixão
por uma cliente que ia se casar era demais
até para mim. Longe de qualquer
possibilidade. Anahí apenas mexia
comigo. Somente. Eu me sentia responsável
por ela, como se fosse uma fera protegendo
a cria.
– Número quatro! – as garotas
berraram.
Marcelo saiu da minha frente,
aproximando-se de Anahí. Forcei-me a
assistir, mas desviei os olhos bem na hora H.
Não conseguia. Simplesmente não podia vêla
sendo beijada por outro cara, era mais
forte do que eu.
– Agora, o quinto! – Jéssica fez um
sinal para que eu prosseguisse. Meu corpo
inteiro estacou como se estivesse congelado
no tempo.
Edu deu um empurrãozinho nas
minhas costas, e então o gelo derreteu e
recuperei os meus movimentos. Aproximeime
da Anahí devagar. Vi o exato
momento em que ela parou de rir e
entreabriu os lábios. Foi então que percebi
que ela sabia. De alguma forma, Anahí
sabia que eu estava ali.
Visualizei 
sua boca perfeita. Mirei nela e, sem pensar
em nada, uni nossos lábios. O beijo foi
rápido, mas o suficiente para distribuir
choques pelo meu corpo. Esquentei por
completo, sentindo o desejo reavivando
meus sentidos. Os lábios da Anahí
estavam quentes e úmidos, maravilhosos.
Sentir aqueles contornos delicados foi
incrível, e minha única vontade
sobressalente foi de beijá-la por mais tempo.
Afastei nossos lábios devagar e só
então percebi que todo mundo estava
gritando. Por um segundo, não consegui
ouvir nada. Tudo estava em câmera lenta. O
meu mundo se resumia apenas a Anahí,
e ele nunca esteve tão bonito.
– Agora o último, Anahí! – disse
Jéssica. – O sexto! Pode ir.
Virei as costas quando o Edu se
aproximou dela. Não queria ver. Na verdade,
nem me interessava. Estava absorto no
sabor daqueles lábios. Ainda podia senti-los
como se estivessem nos meus. Precisava
beijá-la de novo. Precisava tê-la. Era uma
urgência, uma necessidade que se instalava
em mim.
Quanto mais pensava sobre aquilo,
mais tinha certeza de que devia convencê-la
a ficar comigo naquela noite. Eu a queria
muito. Queria seus olhos nos meus,
encarando-me fixamente. Queria seu cheiro
me deixando embriagado. Queria sua pele
quente e dourada em minhas mãos. Queria
sentir o gosto de seu prazer de novo. Queria
vê-la gozar enquanto gritava o meu nome.
– E então, amiga, pode falar! – disse
Fabiana, acordando-me do transe. Já
haviam retirado a venda dos olhos da
Anahí. A sala estava silenciosa, esperando
pela sua resposta.
– É, sem enrolar, você tem cinco
segundos! – gritou Cláudia, com as mãos
para os ares. – Cinco! Quatro! Três...
Todo mundo iniciou uma contagem
regressiva frenética, menos eu. Apenas sorri
torto e permaneci calado, na minha,
observando as expressões da Anahí. Ela
estava tranquila, muito calma. Minhas
pernas ficaram dormentes quando ela, de
repente, virou o rosto na minha direção.
– Número cinco! – gritou, ainda me
encarando.
Na mosca.
As meninas iniciaram gritos frenéticos,
e os meninos as acompanharam na gritaria.
Eles começaram a bagunçar os meus
cabelos, dando batidas nas minhas costas e
ombros. Sem conseguir me controlar,
comecei a rir de verdade. Aquilo ajudou a
desabafar a doideira que acontecia na minha
mente; estava confuso demais. Nada melhor
do que uma boa gargalhada para aliviar as
tensões.
– Não vale! Ela roubou! – gritou
Fabiana, apontando um dedo para Anahí.
Anahí finalmente desviou os olhos
sobre mim, fazendo uma careta.
– Meu sapato é de camurça! –
Paloma reclamou.
– Eu não roubei nada! Só adivinhei! –
Ela se defendeu.
– Logo vi que Anaí estava
confiante demais! – Paloma parecia
realmente perturbada com o fato de estar
usando um sapato que não podia ser
molhado.
– Como você adivinhou? – perguntou
Cláudia. Ainda bem que fez aquela pergunta,
pois eu provavelmente a faria depois. Estava
curioso demais.
– Eu só adivinhei, galera, conheço o
perfume do Alfonso – Anahí explicou, e vi
quando seu rosto ficou vermelho de
vergonha. Nem sabia que podia reconhecer
o meu cheiro. O perfume dela era tão
magnífico que o meu chegava a ser fichinha.
– Só senti o perfume dele e pronto. Nada
demais!
“Nada demais? Para mim isso é tudo,
meu bem”, pensei.
– Então, vamos correr para piscina! –
Jéssica gritou e, sem esperar por ninguém,
saiu em disparada pela porta de vidro.
Louca, porém divertida. Os caras fizeram o
mesmo, pegando suas acompanhantes e
correndo para a área externa. Paloma
parecia ser a única desanimada para cair na
piscina.
Vi quando Anahí deixou a sala sem
olhar para trás. Caminhou devagar enquanto
morria de rir do pessoal, que gritava
reclamando da água fria. Agradeci
mentalmente por não precisar dar um
mergulho. Graças à Anahí e sua inusitada
capacidade de reconhecer o meu cheiro. Se
ela podia me reconhecer, significava que eu
mexia com seus sentidos de alguma forma.
E se eu mexia com seus sentidos, meio
caminho estava andado para o meu objetivo
de conquistá-la.
Acompanhei-a com os olhos até que
se sentou em um sofá um pouco distante da
piscina. Continuou observando a galera, que
havia iniciado uma guerra de água
congelante. Eles gritavam e riam com
animação, ensopados dos pés à cabeça.
Suas roupas grudavam no corpo de um jeito
que me fez sentir alívio.
Sentei-me ao lado da Anahí. Bem
perto mesmo, de modo que nossas pernas
se encostaram. Foi de propósito.
– Você foi ótima – falei. – Pensei que
não acertaria.
– Se eu não soubesse que iria acertar,
teria desistido do desafio – respondeu, mas
sem olhar para mim.
Confiança. Logo notei que ela estava
muito confiante. Mas de onde vinha aquela
certeza? Só do meu cheiro? Não podia ser
possível.
– Ainda bem que sou um homem
perfumado, não estava a fim de molhar o
terno. – Ri.
Anahí se afastou um pouco,
fazendo nossas pernas se afastarem. Ainda
evitava o meu olhar. Droga! Por que ela
tinha que ser tão difícil?
– Pois é. Duvido que acertaria se
fosse o contrário.
– O quê? Se eu estivesse com a
venda e beijasse suas amigas? – perguntei.
– Exatamente.
Foi então que percebi que Anahí
não sabia absolutamente nada sobre mim.
Não fazia ideia do que eu estava sentindo,
do desejo absurdo que invadia meu corpo só
de olhá-la. Não sabia que eu a queria em um
nível incompreensível e nem que poderia
reconhecer o seu doce perfume a
quilômetros de distância.
– Acertaria do mesmo modo –
sussurrei, admitindo aquilo para ela e para
mim mesmo.
– Ah, é?
– Sim.
Anahí fez uma expressão esquisita.
Ainda olhava para a piscina, mas pareceu
entrar em profunda reflexão. Seus
pensamentos deviam ser bem conturbados,
pois uma ruga de preocupação e estresse
sobressaltou na sua testa. Já a conhecia.
Sabia que ela estava pensando demais,
colocando o certo e o errado em uma
balança e se horrorizando por dentro. Devia
ser assim que se martirizava diariamente.
Entretanto, sua nova reação me
deixou chocado. Depois de raciocinar como
uma mulher sensata ao extremo, pensei que
Anahí ia apenas se afastar de mim ou
continuar me ignorando como se eu fosse
um nada. Preferia assim. Sem dúvida,
preferia a rejeição a ter que presenciar o que
aconteceu: Anahí simplesmente começou
a chorar.
– Você está chorando? Por quê? –
perguntei, entrando em desespero. No
impulso, ergui uma mão e lhe toquei a face
com a ponta dos dedos. Ela se afastou
imediatamente. – Senhorita Anahí, o
que...
– Pare! – interrompeu, entre lágrimas.
– Apenas pare, Alfonso! Isso não tem graça!
“Como assim? O que eu te fiz?”,
pensei. Sabia que minhas expressões
estavam muito confusas, não consegui
contê-las.
– Mas, o que eu... – murmurei, mas
quase nada saiu da minha boca.
– Essas mentiras, esse mundo de
ilusão que criaram! – Anahí explicou,
falando um pouco alto. – É tudo uma
falsidade! Pode ser divertido às vezes, e
cheguei a achar que realmente fosse. Oh,
sim, seria perfeito se fosse verdade. Mas,
não é!
Era isso? Anahí pensava que eu
estava mentindo? Que estava apenas
fazendo o meu trabalho? Não... Não estava
apenas fazendo o meu trabalho. O que eu
sentia não estava descrito em um contrato
estúpido. Talvez os caras estivessem ali
porque eram obrigados, mas eu estava ali
porque simplesmente queria. Embora não
devesse...
Decidi me aproximar dela. Desta vez
Anahí não recuou. Enxugou as próprias
lágrimas, ainda olhando para a piscina.
Aquilo me irritou.
– Olhe pra mim, Anahí – pedi
seriamente. Minha voz saiu mais rígida do
que pude calcular, e realmente me esqueci
de chamá-la de senhorita.
Ela não pestanejou. Virou seu lindo
rosto na minha direção, obrigando-me a
tomar uma dose drástica de autocontrole.
Minha vontade real era de beijá-la como se
não houvesse amanhã. Teria feito se não
fosse proibido.
Segurei-lhe o queixo com delicadeza,
observando sua boca deliciosa. Foi
automático; meus dedos já estavam alisando seus lábios algo
extremamente apetitoso.
– Não estava mentindo – murmurei.
Nem sabia se podia dizer aquilo em voz alta,
mas disse mesmo assim. – Juro. Estou
falando o que quero e o que sinto. Sem
pensar. Acredite, não menti.
Anahí continuou me observando.
Não desviou os olhos por nada. Meu desejo
se espalhava depressa demais. Foi
impossível evitar; aproximei nossos rostos
até nossas bocas quase se encostarem. Vi
quando ela fechou os olhos. Estava pronta,
esperando um beijo meu. Não seria rejeitado
como temia.
Eu não conseguia raciocinar. Não
podia beijá-la ali, no meio da área externa,
com todo mundo olhando. Marlos devia estar
em algum lugar assistindo àquilo. Ia levar
uma advertência muito chata, mas quem se
importava? Só queria beijá-la, e o resto que
se explodisse.



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Autor(a): Nana

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De repente, Anahí reabriu os olhose se afastou um pouquinho. Certamentehavia percebido que seria loucura nosbeijarmos ali. Claro que ela tinha outrosmotivos, pois duvidava de que soubessesobre a proibição dos beijos. Eu haviademorado demais, esperado muito, perdidoa oportunidade.– Eu sou uma infeliz – ela murmurou.A certeza em suas palavras h ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 77



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • brunaponny Postado em 20/05/2014 - 13:27:52

    acabou? voce sumiu :(

  • pradonaty Postado em 09/05/2014 - 04:15:35

    Aiiiiiiiiiiii que lindooo, amei, adorei, me emocioneiii, confesso q me emocionei mais cm versão, sofri junto cm o poncho..ansiosa para a parte 3

  • franmarmentini Postado em 08/05/2014 - 13:27:34

    tive que ler de novo :) de tão feliz que eu to kkkkkkkkkk

  • dessita Postado em 08/05/2014 - 13:08:59

    aaai... que lindo o final... Posta logo a proxina Nana... Aguardando anciosamente

  • franmarmentini Postado em 08/05/2014 - 07:24:18

    foi muito emocionante :)

  • franmarmentini Postado em 08/05/2014 - 07:02:49

    *-*

  • edlacamila Postado em 07/05/2014 - 23:46:29

    Ate q fimmmmmmm ponchito feliz

  • acarol Postado em 07/05/2014 - 02:49:22

    Aaain Naninha que triste! To sem palavras, chorei, li outra vez, mas fiquei sem palavras! Continua!

  • micheleponny Postado em 06/05/2014 - 18:03:43

    chorei amiga :( poxa to muito trise coitado..ponchinho amor vem pra mim que nao te faço sofrer asim nao :(,mas ainda tenho esperança que nao casa,nao casa e pronto to com o coração na mão espero de vdd q ela nao case bj posta logo

  • edlacamila Postado em 06/05/2014 - 00:26:04

    Ain gnt ele sofre dms por ela poxa :/ .. Poncho esquece ela e fica cmg U.u kkkkk


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