Fanfics Brasil - 33º Capítulo Reencontro Despedida de Solteira. Ver. Alfonso

Fanfic: Despedida de Solteira. Ver. Alfonso | Tema: Ponny - Hot


Capítulo: 33º Capítulo Reencontro

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Eram dez horas da manhã e lá estava
eu, provando que a lógica poderia ser tão
ilógica quanto um papo entre bêbados. O
reflexo da vitrine da sapataria mostrava um
cara de barba feita, trajando roupas de
marca e com o cabelo bem penteado. Nada
mal.
Podia ver a loja de cosméticos da
Anahí bem ao lado, mas a ignorei. Bom,
não muito, tentei ver se ela estava por lá,
mas só consegui receber olhares femininos
curiosos. Estava disposto a fechar negócio
com o dono da saparia antes de procurar
pela Anahí – eu sempre fazia o mais fácil
primeiro.
Respirei fundo e entrei no
estabelecimento. Uma funcionária cheia de
sorrisos maliciosos veio me atender, mas fui
extremamente sério. Ela logo me levou para
uma sala – similar a um escritório – que
ficava depois de um amplo corredor; abriu
uma porta larga e me apresentou ao Sr.
Jefferson, o dono da sapataria.
Conversamos durante muito tempo.
Sr. Jefferson era um senhor que aparentava
uns sessenta e poucos anos. Era dono
daquela sapataria há mais de vinte,
entretanto estava prestes a se mudar para
uma cidadezinha do interior, pois sua família
inteira havia conseguido boas oportunidades
por lá. A ideia dele era vender o espaço e
abrir uma sapataria menor e menos
trabalhosa nesta outra cidade. O preço que
pedia era um pouco salgado, mas, segundo
ele, estava quase fechado para uma mulher
que queria abrir um restaurante.
Admito que pensei em desistir de
tudo, mas a voz da Júlia não parava de
ecoar na minha mente. Algo me dizia que
devia tentar até o fim, portanto fiz uma
oferta praticamente irrecusável depois que
conheci cada pedacinho do local,
constatando que atendia às minhas
necessidades. Sr. Jefferson ficou meio
assustado, mas sua animação só fez
aumentar quando expliquei que pagaria à
vista. Não deu outra; ele aceitou a oferta
sem pestanejar.
Logo, discutimos alguns pontos da
papelada que teríamos que providenciar. Eu
tinha um bom advogado, o Sr. Phillips – sim,
já tive problemas com clientes –, e sabia que
não ia ter complicações com as escrituras e
algumas contas de IPTU que estavam
pendentes. Depois de duas horas
conversando com aquele senhor simpático,
marcamos de nos reunir na próxima
segunda.
Assim que saí da sapataria, senti
que meu mundo havia ganhado cores
diferentes. O cinzento estava dando lugar a
um arco-íris, ainda meio pálido, mas mesmo
assim era uma corzinha reconfortante. Sorri
torto, feliz demais com a ideia de que em
breve teria o meu tão sonhado estúdio.
Sabia perfeitamente que a minha felicidade
só poderia ser aumentada na loja ao lado.
Foi para lá que me encaminhei, tentando
controlar as batidas frenéticas do meu
coração.
A loja dela era incrível, fiquei muito
surpreendido. A vitrine com fotos enormes
de modelos usando os produtos era
magnífica. Assim que entrei, um ambiente
branco e lilás tomou forma; era um espaço
amplo, lotado de clientes, mas ao mesmo
tempo sofisticado. Havia esculturas entre as
prateleiras, e os móveis eram modernos,
limpos e elegantes. Um cheirinho delicioso
pairava no ar, e tinha certeza de que isso
não era porque eu tinha parado na seção de
perfumes.
Uma funcionária veio me atender;
reconhecia-a imediatamente. Era a Lara, a
amiga gordinha da Anahí. Estava com um
uniforme elegante todo trabalhado em
bordados na cor lilás, combinando com o
restante da loja. Não sabia que ela
trabalhava ali, mas gostei de ver um rosto
conhecido.
– Oi, Lara.
– Alfonso? – Ela pareceu muito
assustada. Sua pele branca conseguiu ficar
ainda mais pálida. – O... O que está fazendo
a... Digo, posso ajudá-lo em alguma coisa?
– Sim, eu... queria muito falar com a
Anahí. Ela está? – perguntei, tentando ser
firme e despreocupado.
– Não, não... – Lara balançou a
cabeça. Seu rosto corou, e então percebi que
estava mentindo. Antes que eu pudesse
responder, ela mesma se corrigiu: – Quero
dizer... Sim, ela está.
– Pode chamá-la?
– Cla... Claro.
Lara praticamente saiu correndo,
vencendo os corredores da loja e saindo da
minha vista depois que passou por umas
cortinas. O nervosismo começou a me
dominar. Saber que veria a Anahí dali a
alguns minutos me deixou maluco. Isso,
claro, se ela quisesse me ver. Poderia
arranjar alguma desculpa, e então eu voltaria
a ficar com as mãos atadas.
Inclinei-me para a prateleira de
perfumes. Tinham vários, e seus frascos
possuíam formatos e cores diferentes. Notei
de cara que eram importados; pelos nomes
na embalagem, certamente eram franceses.
Talvez o da Anahí estivesse ali. Pagaria o
que fosse para ter aquele cheiro – ou pelo
menos para senti-lo novamente.
Peguei um frasco cor-de-rosa em
formato de pétalas, era uma amostra para
que os clientes pudessem provar. Anahí
exalava um cheirinho de flores, não
estranharia se seu perfume tivesse um
formato que sugerisse a fragrância. Espirrei
um pouco no meu punho, mas notei logo de
cara que não era aquele, apesar de ser tão
cheiroso quanto. Deixei o frasco no lugar de
origem e fui analisando os outros.
Foi então que ouvi aquela voz.
– Pois não, senhor.
Olhei-a imediatamente, despreparado
para receber a pancada estrondosa que
partiu das minhas entranhas, tomou meu
coração e esmagou o meu cérebro em mil
migalhinhas. Anahí estava extremamente
linda, encantadora, apaixonante e tudo o
mais que conseguia fazer o meu mundo
voltar a ficar colorido.
Vê-la de novo foi um choque, ainda
mais por estar vestida tão elegantemente;
saia social cinza combinando com um blazer
chiquérrimo e uma camisa fina, meio bege,
que dava um ar leve e altamente feminino.
Os cabelos  estavam soltos, e ela
usava um pouquinho de maquiagem,
exaltando a beleza dos seus olhos grandes.
Sorri torto, envergonhado pelo desejo
que acabou por surgir claro, absoluto e
constante. Minha vontade foi de agarrá-la ali
mesmo, beijá-la sem pensar em mais nada e
implorar para que não se casasse.
– Anahí. Que bom te ver de novo –
falei, sorrindo amplamente. Fiquei satisfeito
por parecer controlado, embora por dentro
estivesse gritando. – Sua loja é fantástica.
Adorei!
– Que bom que gostou, senhor.
Temos uma linha completa de perfumes
masculinos, são cheirosíssimos.
Encarei-a fixamente. Seu tom
profissional me chateou, mas decidi não ligar
muito.
– Isso é bom, mas eu estava
procurando um perfume feminino. – Desviei
os meus olhos para a prateleira, continuando
a fingir despreocupação.
– Temos esta linha nova aqui, senhor
– falou, pegando um papelzinho que havia
dentro de um frasco de vidro e espirrando
uma amostra de perfume nele. – Veja se
gosta.
Entregou-me o papel. Peguei-o
rapidamente e o levei ao meu nariz. Era um
cheirinho cítrico gostoso, mas longe de ser o
dela.
– Não, não é este – eu disse. – É algo
mais doce. Com um leve aroma de flores...
Eu não entendo de perfumes, desculpe. Só
saberei quando senti-lo de novo.
Anahí abriu um pouco mais os
olhos. Foi quase imperceptível, mas não
pude deixar de notar. Sua boca deliciosa
entreabriu, mas ela voltou a fechá-la,
empurrando o potinho de papéis para mais
perto.
– Bom, temos trinta e sete perfumes
femininos distintos, sinta-se à vontade para
sentir o cheiro de cada um, senhor. – Ela se
inclinou e pegou outro pote, aquele estava
com um pouco de grãos de café. Sabia que
o café servia para sentirmos vários cheiros
sem nos confundirmos.
Franzi o cenho, meio confuso.
Anahí queria que eu experimentasse as
trinta e sete fragrâncias? Só podia estar de
brincadeira comigo! Entretanto, não ia me
dar por vencido tão fácil. Decidi entrar
naquele jogo.
– Muito bem, vamos começar, então
– falei, pegando o primeiro papel. Segurei
uma amostra e espirrei o conteúdo. Depois,
levei-o ao nariz. – Não é este.
Peguei o segundo frasco de perfume,
mas Anahí acabou desistindo de jogar.
– O que faz aqui, Alfonso? – perguntou.
Continuei com o que estava fazendo. O
segundo perfume era amadeirado, nada a
ver com o que eu estava procurando. Peguei
o café e inspirei profundamente.
– Vim agradecer o e-mail. E dizer que
sou seu novo vizinho – comentei, pegando o
terceiro perfume. Queria muito ver suas
reações, mas fingi estar concentrado em
escolher.
– O quê? Você comprou? – Anahí
praticamente gritou.
– Quase. Vamos ver a papelada
ainda. Adorei o espaço, é perfeito, do jeito
que sempre quis. O dono da sapataria vai se
mudar no fim do mês, então queria vender
logo. Tinha algumas pessoas interessadas,
mas ele me deu prioridade assim que
descobriu que eu pagaria à vista. – Virei na
sua direção e pisquei um olho. Anahí
entreabriu os lábios e corou um pouco,
fazendo-me ganhar o dia.
Voltei a me concentrar nos perfumes.
A quarta fragrância era muito doce para o
meu gosto, chegava a ser enjoativa.
– Isso é ótimo, Alfonso! Fico muito feliz
por você! – Sua voz havia se modificado
bastante. Estava mais mansa, receptiva.
Percebi que havia mesmo ficado contente
por mim, e isso me deixou ainda mais
animado.
– Estou muito contente mesmo,
Anahí. E você, como está? – perguntei.
– Estou ótima!
– E o casamento, como estão as
coisas?
– Tudo pronto. Só falta tocarem a
marcha nupcial.
Estaquei. Devolvi o sexto perfume
para a prateleira e me virei na direção dela.
Encarei-a demoradamente, tentando me
controlar. Acabei contracenando uma
expressão bastante rígida. Pudera, o que ela
disse funcionou como uma facada bem no
meu coração. Doeu. Doeu muito.
– Legal – murmurei. Peguei a sétima
fragrância, pensando em desistir.
Novamente as palavras da Júlia invadiram a
minha mente, e então acabei tendo uma
ideia que podia fazer a guerra mudar de
figura. – Bom... Pretendo ir almoçar quando
acabar aqui, mas tem que ser algo especial,
pois estou muito feliz. Então... Pensei que eu
deveria almoçar com a pessoa que me
ajudou nisso.
Anahí permaneceu em silêncio. Não
tive coragem de olhá-la, portanto apenas me
desfiz do papelzinho e peguei a oitava
amostra. Estava ficando cansado, mas,
quando entro num jogo, costumo jogar até o
fim.
– Isso é um convite? – finalmente
perguntou, sua voz saiu baixinha.
– É. Quer ir almoçar comigo? –
Encarei-a. Anahí tinha a pele levemente
corada. Linda! Estava com tantas saudades.
Tive que me segurar para não pegá-la de
jeito ali mesmo, entre as prateleiras.
– Depende.
– De quê?
Anahí fez um movimento brusco,
retirando um bocado de papeizinhos de
dentro do frasco. Pegou seis perfumes
diferentes, borrifando cada um em um papel.
Depois, entregou-os a mim.
– Se acertar, eu vou – murmurou.
Ela sabia qual era o perfume que eu
queria? Ótimo, só significava que estava
brincando comigo de propósito. Pelo menos
estava de bom humor. Sorri torto, achando
tudo muito engraçado.
– Você sabia o tempo todo o que eu
estava procurando? – perguntei, ainda
sorrindo.
– Você é bem previsível, Alfonso.
– Sou?
Anahí sorriu, e meu coração deu
um solavanco. Senti minha pele esquentar
de imediato, o desejo começando a crescer
dentro de mim. Era impressionante. Bastava
um sorriso para que o meu corpo
respondesse de um modo tão cruel, tão
definitivo.
– Não, mas eu queria que fosse.
– Queria?
– Você está me enrolando, vamos! –
falou, mudando de assunto. – Aceita ou não
o desafio?
– Claro que sim! – Peguei os
papeizinhos e comecei a cheirá-los, um a
um. Descartei três deles, mas parei assim
que inspirei o quarto. Era aquele. O cheirinho
da Anahí; delicioso, revigorante, doce. O
aroma me deu uma sensação de nostalgia
meio estranha de ser sentida. – É este. Foi
muito fácil.
Joguei o restante dos papéis fora,
entregando o selecionado à Amande. Ela o
inspirou, fazendo uma careta maravilhosa
logo em seguida. Sabia que tinha acertado, e
sua expressão não negou.
– Tem certeza de que é este?
– Absoluta.
– E se eu te dissesse que errou?
– Eu diria que você é péssima em
blefe. Por isso não quis jogar pôquer.
Anahí riu. O ruído do seu sorriso era
divino, soava como música aos meus
ouvidos.
– Olha, eu não teria tanta certeza
assim. Acho que você errou, hein? –
continuou blefando.
– Anahí... Não tente me enrolar. Se
não quer almoçar comigo, é só dizer. – Fui
bem direto, afinal, não podia obrigá-la a vir
comigo. – Sei perfeitamente que este daí é o
seu perfume. Não pode ser outro.
– Você acertou mesmo – ela
murmurou, pegando um frasco na prateleira.
Entregou-o a mim; era o seu perfume. Uma
embalagem pequena em forma de gota
d’água. O conteúdo era meio esverdeado,
bem diferente.
– Vou levar – decidi.
– Vai levar? – Anahí fez uma careta
linda de confusão. Algumas rugas lhe
sobressaltaram na testa, deixando-a ainda
mais atraente. Como eu adorava suas
expressões!
– Sim, algum problema?
– Nenhum. É só levá-lo ali ao caixa, a
Fabíola vai te atender. – Apontou para o
canto esquerdo de sua loja. – Vou pegar a
minha bolsa. Estou morrendo de fome.
Ela tinha mesmo aceitado ou era
impressão minha? Foi difícil acreditar.
– Te vejo na saída – falei, piscando
um olho novamente. Anahí corou um
pouco, mas foi logo caminhando na direção
das cortinas.
E eu... nunca me senti tão contente.
Era óbvio que ela ainda me desejava, nem
que fosse um pouquinho. Ainda tinha efeito
sobre ela, conhecia suas reações muito bem
para perceber. Parecia estar vivendo um
sonho muito bom, e meu único medo era
acordar.
De uma coisa tinha certeza: não podia
desistir. Daria o melhor de mim. O tempo
reduzido era um obstáculo, mas eu só
precisava de uma chance para provar à
Anahí que eu era o cara ideal. Só uma.


Até amanhã meninas!!! Bjuus



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Autor(a): Nana

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Passei um tempo incalculável fazendo o percurso do caixa até o lado de fora da loja da Anahí. Não dava para crer que ela tinha aceitado almoçar comigo. Tudo bem ,era só um almoço, mas para mim significava tudo. Pretendia apenas ser eu mesmo, nada de querer convencê-la ou persuadi-la. Nem queria impressionar, fazendo e ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 77



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  • brunaponny Postado em 20/05/2014 - 13:27:52

    acabou? voce sumiu :(

  • pradonaty Postado em 09/05/2014 - 04:15:35

    Aiiiiiiiiiiii que lindooo, amei, adorei, me emocioneiii, confesso q me emocionei mais cm versão, sofri junto cm o poncho..ansiosa para a parte 3

  • franmarmentini Postado em 08/05/2014 - 13:27:34

    tive que ler de novo :) de tão feliz que eu to kkkkkkkkkk

  • dessita Postado em 08/05/2014 - 13:08:59

    aaai... que lindo o final... Posta logo a proxina Nana... Aguardando anciosamente

  • franmarmentini Postado em 08/05/2014 - 07:24:18

    foi muito emocionante :)

  • franmarmentini Postado em 08/05/2014 - 07:02:49

    *-*

  • edlacamila Postado em 07/05/2014 - 23:46:29

    Ate q fimmmmmmm ponchito feliz

  • acarol Postado em 07/05/2014 - 02:49:22

    Aaain Naninha que triste! To sem palavras, chorei, li outra vez, mas fiquei sem palavras! Continua!

  • micheleponny Postado em 06/05/2014 - 18:03:43

    chorei amiga :( poxa to muito trise coitado..ponchinho amor vem pra mim que nao te faço sofrer asim nao :(,mas ainda tenho esperança que nao casa,nao casa e pronto to com o coração na mão espero de vdd q ela nao case bj posta logo

  • edlacamila Postado em 06/05/2014 - 00:26:04

    Ain gnt ele sofre dms por ela poxa :/ .. Poncho esquece ela e fica cmg U.u kkkkk


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