Fanfic: Despedida de Solteira. Ver. Alfonso | Tema: Ponny - Hot
Comer uma sobremesa nunca foi tão prazeroso.
Anahí pegava a colherzinha de um jeito sexy e me atiçava toda vez que a colocava na boca, demorando-se mais do que o necessário. Chegou até a colocar sua língua gostosa para fora, enquanto sugava o leite condensado que escorria pelos lados.
Seus olhos estavam presos nos meus, hipnotizando-me, chamando-me quase aos berros. Contei até dez mais de uma vez, segurando-me para não agarrá-la ali mesmo.
Meu real desejo foi fodê-la em cima daquela mesa, na frente de todo mundo. Loucura total!
Quando terminamos aquela sessão de tortura, ela tinha um sorriso tímido nos lábios, um sorriso que não me enganava.
Embora fosse corretinha e toda recatada, sabia o que podia fazer comigo entre quatro paredes. Ainda podia sentir sua boca
percorrendo o meu corpo, a sensação era nítida e constante.
O leite condensado jamais voltaria a ser o mesmo na minha
concepção. De repente, senti o celular vibrar no meu bolso.
Eu tinha colocado no silencioso, portanto dei uma olhadinha bem rápida. A mensagem “cliente” piscava em alerta, indicando que dali a uma hora deveria estar com uma coroa bem enxuta e podre de rica, que pagava exatos mil e setecentos reais por
uma hora comigo.
Droga! Havia me esquecido de desmarcar as clientes da quarta-feira. Para minha sorte, só haveria aquela.
– Agora posso te levar? Está satisfeita? – perguntei, sem entender por que estava sendo tão apressado. A cliente que
se explodisse, não iria ligar. Nada era mais importante do que estar com a Anahí.
Ela verificou o relógio, ponderando por algum tempo.
– Estou satisfeita, mas que tal levarmos a comida que mandamos embalar até a praça que tem aqui perto? Podemos
dar a algum morador de rua antes de irmos – sugeriu.
Sorri, satisfeito por conhecer aquele lado maravilhoso da Anahí
Ela era tão correta, tão certinha... Pensava no bem das
pessoas, era caridosa. Filantropia sempre me atraiu muito, acho digno demais. Saber que Anahí tinha essa característica só fez a intensidade da admiração que eu sentia por ela aumentar.
– Você é fantástica.
– Só faço as coisas certas. O que me diz?
Olhei para o meu relógio, calculando mentalmente de quanto tempo eu precisava. Claro, aquilo ia de encontro a qualquer lógica. Não queria realizar aquele maldito programa, mas não estava conseguindo raciocinar direito.
– Alfonso, se não puder ir, tudo bem. Eu compreendo.
Posso oferecer a comida para alguém perto da galeria.
Não tive coragem de encará-la. Estava envergonhado de mim mesmo e da situação. Só queria que tudo tivesse fim;
minha vontade foi de ignorar o fato de ter um compromisso e sair por aí com a Anahí,mas o senso de dever não me abandonava por nada.
– Preciso fazer uma ligação – falei, por fim.
– Fique à vontade.
– Com licença. – Ia me levantando, mas ela me impediu.
– Não precisa sair. Vou ao sanitário e volto já.
Anahí se levantou e saiu desfilando até o banheiro feminino, que ficava do outro lado do restaurante. Não pude deixar de
reparar suas pernas grossas e o modo sensual como se movia. Chamei o garçom e pedi a conta. Passei alguns minutos olhando para o além, até que resolvi parar de enrolar; liguei para a cliente a fim de desmarcar o
encontro. A mulher atendeu no primeiro toque.
Seu nome era Cristina.
– Cristina, aqui é o Alfonso.
– Oi, gatinho. Está tudo certo para
logo mais?
– Então... Foi por causa disso que liguei. Infelizmente não vou poder te encontrar hoje. Surgiu um imprevisto – falei, tentando parecer firme. O garçom chegou com a conta e a maquininha do cartão. Quitei a dívida em dois tempos.
– Ai, que pena... Tinha preparado uma coisa pra você.
– Sério?
– Sim... Você ia gostar. É uma pena não poder vir hoje.
– Sim... Re... Realmente não vou
poder. Desculpe-me, querida. Soltei um longo suspiro.
– Sua agenda é sempre tão lotada. Quando nos veremos de novo, gatinho? Por favor, marque o primeiro horário disponível
que aparecer para mim. Ainda neste mês, se for possível.
– Não, tudo bem, querida – falei, mas sabia que a minha agenda seria jogada fora em breve. E, se tudo desse certo, poderia descartá-la naquele mesmo dia. – Ainda neste mês, prometo. Vou encontrar um horário bom na minha agenda. Só não dá pra ser hoje, desculpe.
– Estou com muitas saudades – Cristina disse suavemente.
– Sei que sente saudades, vou fazer o possível – murmurei.
– É sério, não se esqueça de mim.
– Certo, não se preocupe. Até mais. Um beijo. – Desliguei o telefone sem esperar respostas. Senti-me aliviado por estar livre e poder ficar com a Anahí pelo tempo que quisesse.
Foi quando ouvi um soluço. Sabia que tinha vindo dela, pois o conhecia muito bem. Olhei para o lado. Anahí me encarava
com lágrimas nos olhos e as mãos na boca, abafando o choro. Sua expressão era de puro horror. Certamente tinha ouvido o que não devia. Acho que nunca me senti tão abalado
em toda a minha vida. Vê-la daquele jeito me encheu de infelicidade. Anahí estava chorando... por minha culpa.
Por causa da ligação e do jeito como falei com a cliente.
Sempre as tratei bem, mas era mecânico. Não significava nada para mim. Era diferente de como eu a tratava, não tinha
comparação. Mas mesmo assim ela chorava.
Pensei que fosse ir embora dali, porém, depois de um tempo, Anahí simplesmente se aproximou e tornou a se
sentar à mesa. Pegou um guardanapo e enxugou as lágrimas, tentando se recompor. Eu só conseguia me sentir um desprezível.
Fiquei a observando com punhos cerrados e dentes trincados; a raiva já estava presente, fazendo-me ter vontade de sumir dali.
– Desculpa – Anahí murmurou com
a voz chorosa.
– Eu que peço perdão. Isso vai ter fim em breve.
Sim. Teria fim em breve. A palhaçada ia terminar, e não conseguia ver momento melhor para dar um basta do que aquele.
Depois de ver Amande se importar tanto a ponto de se debulhar em lágrimas, prometi a mim mesmo que nunca, jamais me venderia de novo. Minha agenda seria descartada independente do que fosse acontecer entre nós.
A vida de garoto de programa
simplesmente acabou. Fazia parte apenas de um passado longo e obscuro.
– Sim, eu sei. Fico feliz por você. Enfim... Acho melhor ligar pra nela de novo e dizer que vai encontrá-la. Quero ir embora e
vou pegar um táxi. “Oh... Não. Não... Não, não, não...
Não faça isso comigo, Anahí. Não vá embora, não me deixe. Desculpe-me por ter te magoado. Eu preciso de você, preciso te conhecer, preciso de que me conheça. Quero ficar contigo não somente agora, mas para... sempre. Por favor, me dê uma
chance, eu te imploro!” Sim, pensei em tudo isso enquanto a encarava friamente. Deplorável, eu sei.
– É o seu maior desejo? – consegui perguntar, querendo engolir o bolo de areia e cacos de vidro que tentava passar pela minha garganta sem sucesso.
Ela balançou a cabeça, negando. Sua atitude me trouxe um pouco de alívio. Dei graças aos céus por Anahí ter sido sincera
consigo mesma.
– Quanto custa? – questionou, e não
compreendi sobre o que estava falando.
– O quê?
– Qual é o seu preço? Quero saber o seu preço.
“Por quê? Quer me comprar?”, pensei. Não contive a minha irritação. Por que havia feito aquela pergunta?
Era constrangedor demais.
– Pra quê quer saber?
– Quero saber o tamanho do absurdo.
Anahí balançou a cabeça, parecendo tão indignada quanto eu.
– Varia muito. Depende de muitas coisas. Do lugar, da pessoa, da ocasião...
– Quanto? – ela praticamente rosnou.
Estava mesmo muito chateada, de uma maneira que me deixou surpreendido. Nunca a tinha visto assim.
– Vai de oitocentos a três mil reais. A hora – respondi.
– A hora? – gritou.
– É.
Anahí, então, começou a chorar copiosamente. Seu rosto todo ficou vermelho, e o guardanapo se ensopou em questão de segundos. Passei algum tempo apenas a observando. Estava sem reação; não sabia o que fazer ou o que falar. Só queria que parasse de chorar por minha causa. Eu não merecia aquilo.
Não merecia que se importasse tanto. Contudo, por outro
lado, senti-me protegido. Era uma sensação nova, que me fazia entender que não estava tão sozinho quanto pensei que estivesse.
– Anahí... Não chore, por favor. – Levantei-me da cadeira e a puxei pelas mãos, fazendo com que se levantasse também. – Vamos sair daqui, podemos dar uma volta na praça como sugeriu.
Já paguei a conta.
Ela se deixou levar totalmente. Seguimos para fora do recinto em silêncio. Meu braço estava envolvido nos seus ombros enquanto ela se apoiava em mim e tentava se acalmar.
Renovei a minha promessa, acrescentando mais um item: jamais farei
Anahí chorar novamente.
Autor(a): Nana
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+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Anahí se manteve introspectiva enquanto passeávamos pela praça. Eu, sinceramente, estava muito contente. Uma satisfação absoluta tomava conta do meu corpo, tudo isso porque entregamos a embalagem de comida a uma senhora – que estava sentada em um dos bancos da praça e pedia dinheiro. A coitada parecia faminta e com frio ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 77
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brunaponny Postado em 20/05/2014 - 13:27:52
acabou? voce sumiu :(
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pradonaty Postado em 09/05/2014 - 04:15:35
Aiiiiiiiiiiii que lindooo, amei, adorei, me emocioneiii, confesso q me emocionei mais cm versão, sofri junto cm o poncho..ansiosa para a parte 3
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franmarmentini Postado em 08/05/2014 - 13:27:34
tive que ler de novo :) de tão feliz que eu to kkkkkkkkkk
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dessita Postado em 08/05/2014 - 13:08:59
aaai... que lindo o final... Posta logo a proxina Nana... Aguardando anciosamente
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franmarmentini Postado em 08/05/2014 - 07:24:18
foi muito emocionante :)
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franmarmentini Postado em 08/05/2014 - 07:02:49
*-*
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edlacamila Postado em 07/05/2014 - 23:46:29
Ate q fimmmmmmm ponchito feliz
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acarol Postado em 07/05/2014 - 02:49:22
Aaain Naninha que triste! To sem palavras, chorei, li outra vez, mas fiquei sem palavras! Continua!
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micheleponny Postado em 06/05/2014 - 18:03:43
chorei amiga :( poxa to muito trise coitado..ponchinho amor vem pra mim que nao te faço sofrer asim nao :(,mas ainda tenho esperança que nao casa,nao casa e pronto to com o coração na mão espero de vdd q ela nao case bj posta logo
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edlacamila Postado em 06/05/2014 - 00:26:04
Ain gnt ele sofre dms por ela poxa :/ .. Poncho esquece ela e fica cmg U.u kkkkk