Fanfics Brasil - 36º Capítulo Sorte Despedida de Solteira. Ver. Alfonso

Fanfic: Despedida de Solteira. Ver. Alfonso | Tema: Ponny - Hot


Capítulo: 36º Capítulo Sorte

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Anahí  se manteve introspectiva enquanto passeávamos pela praça.
Eu, sinceramente, estava muito contente. Uma satisfação absoluta tomava conta do meu corpo, tudo isso porque entregamos a embalagem de comida a uma senhora – que


estava sentada em um dos bancos da praça e pedia dinheiro. A coitada parecia faminta e com frio, mesmo o clima estando agradável. Confesso que realizo algumas doações, mas nunca fiz isso tão diretamente. Gosto de ser discreto, geralmente preencho a conta bancária de alguma instituição pobre, cuja seriedade do trabalho pode ser constatada com uma pequena pesquisa.


Nunca contei isso a ninguém e nem pretendo, visto que acredito piamente que não devemos sair contando vantagem


quando ajudamos alguém ou fazemos algo bom. Passei muitas necessidades, sobretudo quando saí de casa, portanto tenho


verdadeira compaixão daqueles que precisam de ajuda, principalmente com relação a empregos – e é por isso que a


maioria das ONG que ajudo trata de jovens que iniciam suas carreiras no mercado de trabalho.


O fato é que ajudar aquela senhora com a presença da Anahí – que deixou um sorriso lindo aparecer quando viu que a


idosa sorria – fez o meu coração se aquecer de um jeito fantástico. Senti que precisava fazer algo mais pelas pessoas e comecei doando a jaqueta que eu vestia para aquela mulher. Ela pareceu muito satisfeita, mas acredito que sua satisfação maior foi receber o carinho da Anahí, que lhe perguntou se


estava tudo bem e conversou com ela de igual para igual, sem preconceitos ou demais obstáculos que impedem as pessoas de serem legais com as outras.


Naquele momento eu finalmente percebi, tive absoluta certeza de que Anahí era a mulher que eu queria para a minha vida. Ela me completava e me modificava, preenchia o meu vazio. Seus adjetivos me deixavam louco a cada segundo que passava, e achei que explodiria de tanto desejo... Não era só desejo. Não, era muito além disso. Jamais pensei que


sentiria algo tão forte por alguém. Queria poder confessar os meus sentimentos. Fazer Anahí perceber que eu tinha me apaixonado não estava sendo tarefa muito fácil, até porque simplesmente não sabia me portar diante dela. Sempre soube o que fazer e o que falar com as mulheres, mas aquela situação era diferente. Cada palavra e cada gesto tinham que ser meticulosamente estudados. Anahí era um vaso de vidro raríssimo e caro, daqueles que eu preferiria deixar guardado dentro da caixa a exibi-lo na minha sala.


Observei-a com cuidado, enquanto cruzávamos uma ponte bem bonita, parecia pertencer ao jardim de um castelo. Aquele


lugar era belo demais; repleto de árvores, plantas floridas, gramado verdinho, pontes e chafarizes com anjos espirrando água cristalina na direção do céu. Tinha até uma pista de cooper, onde algumas pessoas se exercitavam.


– Você vai trabalhar sempre assim, elegante? – perguntei, tentando puxar algum assunto. Os saltos da Anahí provocavam


ruídos quando se chocavam no chão.


Ela olhou para si mesma antes de responder:


– Gosto de me vestir bem.


– Você tem bom gosto em tudo – falei, sorrindo torto.


"Menos, talvez, na escolha do noivo."


– Não me generalize.


Acabei rindo daquilo. Sim, eu não apenas a estava generalizando como também idealizando. Mas tinha um bom


motivo para tal: a paixão.


– Tem razão, devo conhecer apenas a sua ponta do iceberg. Mas pode ter certeza de que fico impressionado cada vez


que descubro mais sobre você. – Fui muito sincero.


– Posso dizer o mesmo de você – murmurou.


Vi quando Anahí corou sua linda face, fazendo meu corpo inteiro reagir de imediato. A vontade de beijá-la teve que ser


controlada durante todo o trajeto até um dos bancos de ferro, onde resolvemos nos sentar. O que ela disse me encheu de


animação. Pensei que estivesse decepcionada comigo, não impressionada.


Ou talvez estivesse impressionada de um modo negativo. Não soube responder.


Passamos longos minutos sentados em silêncio, apenas admirando um dos chafarizes. Aquele era uma construção bem


ornamentada, parecia meio antiga, mas tinha uma beleza interessante. Dois anjos cuspiam água para o céu, que depois caía e provocava um murmurinho gostoso de ser ouvido.


– Ei! Preciso ver seu portfólio! –


Anahí praticamente gritou, assustando-me


um pouco. – Está com ele aí?


– Ah... Não, na verdade não trouxe.


– Poxa, quero muito que tire umas fotos do casamento. É sério!


Ela pegou sua bolsa e a revirou um pouco, encontrando um papel retangular similar a um envelope. Entregou-me logo  em seguida, enquanto eu me matava por dentro, sabendo que não seria capaz de vê-la casada com outro cara.


– Tome, é seu.


Peguei o papel, observando-o dos dois lados – era prateado e reluzia por causa


de alguns raios de sol que passavam entre as árvores, atingindo-nos. Não parecia um envelope, era diferente. Encarei a Anahí, ela me olhava de volta com expectativa.


Percebi a existência de uma pequena aba na lateral do papel e então a puxei, achando que era assim que se abria. O papel se dobrou em várias camadas, terminando em formato de coração. Foi então que notei que aquilo


era um convite. O convite do casamento da Anahí.


– Legal... – falei, suspirando. Não consegui controlar a minha infelicidade.


Uma tristeza insuportável me atingiu em cheio, praticamente jogando fora toda a alegria que sentia por estar na presença dela.


Aquele convite era uma verdadeira bomba relógio; cabia a mim desativá-la, mas não fazia ideia de como. Ela acabaria explodindo, espalhando em mim um sentimento amargo de perda e saudade. Saudade do que não tive. Saudade do que nunca existiu.


Encarei o convite, estudando-o melhor. Uma foto grande da Anahí ao lado de um cara foi o que mais me chamou a atenção. Eles pareciam felizes. Sorriam para câmera com muita tranquilidade, uma calma que não conseguiu me atingir.


– Este é o seu noivo? – perguntei o


óbvio, apontando para o sujeito na fotografia.


– Não, é o meu irmão. – Anahí riu. – Claro que é o meu noivo, né?


Tentei não julgar o imbecil pela aparência; modéstia a parte, eu me considerava mil vezes mais bonito do que aquilo. Mas não era a beleza que estava em jogo, e eu sabia disso. Mesmo assim, tudo o que conhecia daquele cara me fazia ter certeza de que não passava de um otário.


– Você tem irmãos? – desviei o assunto.


– Não, sou filha única. E você?


– Tenho uma irmã mais nova, a Júlia. Ela mora na cidade vizinha.


– Hum. . . – Anahí sorriu novamente. Voltei a observar o convite, desta vez lendo as informações que continha. A igreja escolhida era uma das mais lindas e caras da cidade, bem como o salão de festas. Ia ser um casamento grande


e caro, uma festança.


– Então... Se estiver ocupado no sábado, tudo bem. A cerimônia é às oito da noite, mas a festa vai rolar até o amanhecer. Eu não duvidava. E, claro, estaria ocupado no sábado. Todos os meus fins de semana não me pertenciam mais, afinal, teria que prestar serviço em certa casa de praia, oferecendo prazer e diversão para mulheres que festejam despedidas de solteiras. O problema era que eu havia


prometido que não me venderia mais, portanto encerraria minha participação no empreendimento na reunião marcada para o dia seguinte, mesmo tendo que pagar uma


multa.


– Não vou estar ocupado no sábado... – concluí seriamente.


Anahí não respondeu. Olhou o próprio relógio e observou o nosso redor.


Estava escurecendo, eu sabia. Aquele almoço havia sido muito longo, mas não podia acabar ali. Não mesmo. Precisava lutar


por aquela mulher, minha felicidade dependia daquilo. Pode parecer egoísta, mas o modo como Anahí chorou no restaurante era algo que eu não conseguia esquecer. Ela se


importava comigo, talvez até gostasse de mim. Só não havia se dado conta ou então estava com medo. Eu não podia me corroerna dúvida.


Encarei o convite. Era loucura... Muita loucura. Anahí jamais deixaria aquele casamento. Minhas tentativas estavam fadadas ao fracasso. Pensei em desistir, mas me lembrei da Júlia.


– Você quer mesmo ver o meu


portfólio? – perguntei, tendo uma grande ideia.


– Claro que sim!


– Bom... Neste caso a gente pode ir lá pro meu apartamento. Eu te mostro as coisas que já tenho para o estúdio. Coloco


tudo dentro de um quarto – propus. Sequer tive coragem de olhá-la.


– Não sei, Alfonso... Preciso pegar o meu carro. Está ficando tarde. – Anahí se inclinou um pouco na minha direção.


– Não seja por isso; passamos na loja, pegamos o seu carro e seguimos para o apartamento. Não vai demorar, estará em


casa antes das sete.


"Das sete da manhã, meu bem", pensei. Estava disposto a tudo com a Anahí. Se rolasse algo entre nós – o que,


no fundo, sabia que rolaria –, estava disposto


a convencê-la a ficar comigo de vez.


Com esta ideia em mente, virei meu rosto na direção dela. Observei-a por muito tempo, enquanto acompanhava seu rosto


contracenar uma leve careta. Sabia o que ela estava fazendo: raciocinando, medindo o certo e o errado da minha proposta. Claro que a proposta era toda errada, repleta de


segundas intenções. Eu fazia parte do lado negro da história, mas nada me impedia de dar uma de herói e empunhar a espada novamente, arrancando a cabeça do dragão


chamado discernimento.


Encarar a Anahí era maravilhoso, tanto que não consegui me conter: ergui uma mão e alisei seu rosto com a ponta dos


dedos. Sua pele era tão macia e quente! Linda... Como eu a queria... Como a desejava... Por que as coisas não podiam


ser mais fáceis? Era tão errado assim gostar tanto dela?


Percebi quando sua respiração mudou. Estava ofegante, e acabou mexendo com a minha. Meus dedos desceram para


os seus lábios. Contornei seu sinalzinho lindo, doido por um beijo. Daria tudo por um.


– Tudo bem... – ela finalmente murmurou.


Sorri torto, desejando que a sorte continuasse me acompanhando. Meu destino dependia dela.



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Autor(a): Nana

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 77



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  • brunaponny Postado em 20/05/2014 - 13:27:52

    acabou? voce sumiu :(

  • pradonaty Postado em 09/05/2014 - 04:15:35

    Aiiiiiiiiiiii que lindooo, amei, adorei, me emocioneiii, confesso q me emocionei mais cm versão, sofri junto cm o poncho..ansiosa para a parte 3

  • franmarmentini Postado em 08/05/2014 - 13:27:34

    tive que ler de novo :) de tão feliz que eu to kkkkkkkkkk

  • dessita Postado em 08/05/2014 - 13:08:59

    aaai... que lindo o final... Posta logo a proxina Nana... Aguardando anciosamente

  • franmarmentini Postado em 08/05/2014 - 07:24:18

    foi muito emocionante :)

  • franmarmentini Postado em 08/05/2014 - 07:02:49

    *-*

  • edlacamila Postado em 07/05/2014 - 23:46:29

    Ate q fimmmmmmm ponchito feliz

  • acarol Postado em 07/05/2014 - 02:49:22

    Aaain Naninha que triste! To sem palavras, chorei, li outra vez, mas fiquei sem palavras! Continua!

  • micheleponny Postado em 06/05/2014 - 18:03:43

    chorei amiga :( poxa to muito trise coitado..ponchinho amor vem pra mim que nao te faço sofrer asim nao :(,mas ainda tenho esperança que nao casa,nao casa e pronto to com o coração na mão espero de vdd q ela nao case bj posta logo

  • edlacamila Postado em 06/05/2014 - 00:26:04

    Ain gnt ele sofre dms por ela poxa :/ .. Poncho esquece ela e fica cmg U.u kkkkk


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