Fanfic: Despedida de Solteira. Ver. Alfonso | Tema: Ponny - Hot
Anahí decidiu ir ao banheiro, deixei que ficasse à vontade. Vesti a minha cueca e recolhi as nossas roupas pela casa. Sorri ao notar que estava tudo espalhado, como se tivesse passado um furacão. Guardei as minhas roupas e dobrei as da Anahí, colocando-as juntas na mesa de centro da sala. Não queria que ela as vestisse de novo, pois o ideal seria que ficasse confortável enquanto jantássemos.
Abri o meu guarda-roupa e tirei uma camiseta preta, vestindo-a. Procurei algo para a Anahí, chegando à conclusão de que apenas uma das minhas camisas bastava. Escolhi uma cinza de algodão.
Falando sério, não tem nada mais sexy do que uma mulher trajando apenas calcinha e uma camisa masculina. Tinha certeza de que Anahí ficaria adorável. O cenário seria magnífico: ela à vontade no meu apartamento, usando as minhas roupas enquanto jantávamos e seu cheiro se
espalhava pelo ambiente. Eu não ousaria desejar mais nada na minha vida.
Quando ela saiu do sanitário – como previsto, vestindo apenas sua calcinha branca – entreguei-lhe a minha camisa, mas não antes de dar uma boa olhada nos seus seios expostos. Eram lindos; redondinhos, durinhos e do tamanho certo. Havia uma
marca de biquíni maravilhosa em sua pele, resultado do bronze que tinha arranjado no fim de semana. Uma delícia sem limites.
– Vista isso – falei, percebendo que ela já estava meio corada. Anahí não hesitou. Vestiu-se na minha frente, deixando a minha conclusão sobre mulheres e camisas masculinas se tornar uma grande verdade. –
Dobrei suas roupas, elas estão em cima da mesa de centro, lá na sala.
– Senhor organização, não aguenta ter nada espalhado pela casa – comentou sorrindo. Anahi se esgueirou e me deu um
selinho casto. Aproveitei para lhe puxar pela cintura.
– Vai dizer que você aguenta?
– Eu não – admitiu.
Rimos juntos. Era incrível o fato de eu ter encontrado uma mulher que também era viciada em limpeza. Acho que organização seria o último motivo pelo qual poderíamos ter alguma discussão. Isso é bom, pois jamais me sentiria um chato perto dela.
Amande é tão chata quanto eu.
– Vamos ver o que tem na geladeira –
propus. Segurei sua mão e nos guiei até a cozinha. Achei o Don deitado ao lado do liquidificador, em cima da bancada de
madeira. Fiquei aliviado. Uma parte de mim estava preocupada com seu paradeiro, visto que só tinha localizado a Lulu.
– Olha só quem deu o ar da graça! – eu disse, pegando-o em meus braços e me virando na direção dela. – Este é o Don Juan, Anahí, só que é mais conhecido como Don. Um rapaz muito preguiçoso, não é, papai? De conquistador ele não tem nada!
– Dei um cheiro na cabecinha branca dele. Anahí riu de leve. As curvas do seu sorriso me deixaram encantado, como
sempre. Ela pegou as patinhas do Don e balançou, dizendo “oi”. Ele a respondeu com um miado engraçado, então resolvi colocá-lo no chão.
Fui até a pia e comecei a lavar os meus braços e mãos. Depois, abri a geladeira.
– Você ama esses gatos, não é? –
Anahí perguntou enquanto também lavava as mãos.
– Demais. São minhas crianças. Vi quando ela sorriu de novo. Parecia satisfeita com a minha resposta.
– Bom, temos creme de frango, é só esquentar – avisei, dando uma olhada no que eu tinha. Ainda bem que havia feito uma
feira enorme. Comida não ia faltar. – Está uma delícia, fiz ontem à noite. Podemos
preparar arroz e uma salada para acompanhar, que tal?
– Você fez? – Anahí contracenou uma careta cética. Ri da sua expressão.
– Sim, eu fiz. Por quê? Duvida?
– Claro que sim! Duvido de que esteja bom, deve estar parecendo uma gororoba! –
Gargalhou.
– Desafio aceito! Vou esquentar agora mesmo!
Abri a geladeira e peguei a vasilha onde havia guardado o que tinha sobrado do creme. Dei graças a Deus por ter feito uma
grande quantidade, assim Anahí poderia comer até revirar os olhos. Ela logo se prontificou a me ajudar; pegou uma panela
no armário e encheu de água para que fizéssemos o arroz.
– Acho que vou perder o desafio! – Anahí choramingou. Virei na sua direção e a vi segurando um controle remoto. – Som
na cozinha? Você deve mesmo cozinhar, e bem.
Gargalhei, achando tudo muito hilário.
– Pode ligá-lo, se quiser. Anahí não hesitou em ligar o microsystem, que estava embutido em um dos armários. Fiz questão de planejar bem a cozinha, afinal, sempre gostei de cozinhar e cozinho para mim mesmo desde que saí de
casa. Não sou fã de congelados ou enlatados; o fato de me alimentar de comida caseira me deixava com a sensação de que estava em casa.
O ambiente foi tomado pela voz melodiosa da Paula Fernandes. Não havia ligado o som nos últimos dias – ontem eu havia cozinhado no mais completo silêncio –,
porém agradeci internamente por ter colocado um CD que poderia me ajudar com a Anahí. As letras das músicas da Paula são românticas – eu sabia cantar todas, acredite se quiser –, e decidi me aproveitar disso. Poderia soar estranho, talvez eu a assustasse, mas precisava tentar.
– Paula Fernandes? – Anahí praticamente gritou. – Você escuta Paula Fernandes?
Ri de leve. Qual o problema de um cara que nunca foi romântico escutar músicas românticas? Talvez eu goste da Paula porque suas letras nunca me perturbaram. Ou talvez porque acreditasse que um dia elas fariam sentido para mim. O
dia era aquele.
– Sou pássaro de fogo... Que canta ao teu ouvido... Vou ganhar esse jogo, te amando feito louco, quero teu amor
bandido... – cantei um trechinho, percebendo o quanto eu estava certo. O dia de aquela letra fazer sentido era aquele, com Anahí sorrindo para mim. – Não gosta?
– Conheço algumas músicas... Ela tem uma bela voz.
– Tem sim, vem cá... – Enxuguei minhas mãos em um pano e puxei Anahí pela cintura. Encostei minha boca no seu
ouvido e cantei bem baixinho: – Tô a fim dos teus segredos, de tirar o teu sossego, ser bem mais que um amigo... Não diga que não... Não negue a você um novo amor,
uma nova paixão... Diz pra mim... Tão longe do chão, serei os teus pés... Nas asas do sonho rumo ao teu coração... Permita sentir, se entrega pra mim... Cavalgue em meu corpo, minha eterna paixão...
Embalamo-nos numa dança calma, super lenta. Anahí estava praticamente derretida em meus braços, e notei quando sua pele arrepiou um pouco enquanto eu cantava. Assim que aconteceu, ela se afastou depressa.
– A água está fervendo – murmurou, mas compreendi que aquilo havia sido apenas uma desculpa para se afastar de
mim. Sua confusão era visível. Mostrei-lhe onde estava o arroz, e ela o despejou na panela de água fervente.
Voltei a cortar as verduras, mas não deixei de observá-la. Estava muito séria.
Certamente tinha voltado a pensar demais, sua testa franzida não negava. Toda vez que fazia aquela cara, sabia que estava raciocinando, e pior, não gostava das próprias reflexões. Tentei permanecer calmo. Não ia desistir tão fácil assim. Se Anahí ainda estava ali, isso tinha que significar alguma coisa. Paula Fernandes iniciou outra canção, portanto resolvi voltar a cantar. Fingir normalidade talvez trouxesse paz ao clima tenso que se instalara desde que nos separamos.
Para minha surpresa, Anahí começou a me acompanhar na canção.
– Eu já sonhei com a vida, agora vivo um sonho... Mas viver ou sonhar, com você, tanto faz...
Não evitei rir, gostava de ouvi-la cantando. Não a escutava desde o desafio do karaokê.
– Conhece essa? – perguntei. Ela balançou a cabeça, aquiescendo, mas sem parar de cantar.
– Não diga não precisa... Eu digo que é preciso... A gente se amar, demais, nada mais!
Resolvi acompanhá-la no trecho que se sucedeu:
– Mas tem que ser assim, pra ser de coração, não diga não precisa-ah-ah-aaah! Limpei minhas mãos na hora, sem
conseguir conter o ímpeto de puxar Anahí novamente. Fiz nossos corpos se colarem e depois nos separei, fazendo-a dar uma volta em torno de si. Logo em seguida voltei a
puxá-la, contracenando uma dança bem engraçada. Eu me sentia tão feliz e espontâneo
que comecei a dançar
loucamente, rodopiando Anahí para todos
os lados. Ela ria muito de cada movimento, mostrando seus dentes maravilhosos. A ruga de preocupação já havia saído de sua face, dando lugar a um humor despretensioso e
natural. Achei que fosse enlouquecer de tanta vontade de tê-la para mim.
Quando a música acabou, emborquei o corpo da Anahí todo para trás. Segurei-a firme nos meus braços para que não caísse.
Ela se apoiou no meu pescoço e gargalhou alto. Implorei para o Universo, algo do tipo: “por favor, não me deixe viver sem ela”.
– Linda... – murmurei, olhando-a nos olhos. – Adoro quando ri. Fico louco.
Ergui Anahí depressa, a urgência
vibrando dentro de mim. Beijei-lhe a boca com intensidade, deixando-me levar pelo desejo. Empurrei-a contra a bancada de madeira da cozinha, prendendo nossos corpos até se tornarem um só. Anahí se deixou levar; derreteu em meus braços com a facilidade costumeira.
Apoiei o quadril dela e ergui o seu corpo até fazer com que se sentasse na bancada. Continuei beijando seus lábios
deliciosos enquanto sentia mãos macias me assanharem os cabelos. Acredito que passamos minutos eternos envolvidos
naquele beijo. Eu, particularmente, não queria parar nunca. Entretanto, uma de minhas músicas favoritas havia começado a tocar, e achei que aquele trecho diria verdades que Anahí precisava ouvir.
– Eu quero ser sua paz, a melodia capaz de fazer você dançar... – sussurrei a canção, olhando fixamente aqueles lindos olhos escuros. – Eu quero ser pra você, a lua iluminando o sol... Quero acordar todo dia pra te fazer todo meu amor...
Ela corou imediatamente, ficando muito confusa. A velha ruga de preocupação voltou a lhe estampar a face.
– Alfonso... Pare com isso, está bem?
– Parar com o quê? – me fiz de desentendido e continuei a cantar: – A cada
novo sorriso teu, serei feliz por amar você...
– Com isso. Sabe do que estou falando. Não há necessidade, sou uma mulher madura.
Simplesmente parei. Senti meu corpo inteiro ficar rígido, e uma raiva sem limites tomou conta de mim. Como Anahí podia
se comportar como se nada estivesse acontecendo entre nós? Era isso o que ela queria comigo? Apenas sexo e bons
amassos? Não achei possível que, depois de ter cantado aqueles trechos românticos para ela, ainda acreditasse que eu não havia me envolvido, que eu não estivesse a fim de
nada além de um momento.
– O creme já está bom, e o arroz precisa ser mexido – falei, desvencilhando me muito depressa. Por um momento, quis
que ela fosse embora e me deixasse em paz, apesar de saber perfeitamente que eu jamais seria capaz de mandá-la ir.
Dei as costas e comecei a mexer o arroz. Tirei o creme do fogão e o despejei em uma panela redonda de porcelana, com
desenhos de flores ao redor. Anahí permaneceu quieta, e eu simplesmente não consegui esconder meu descontentamento.
– O que está acontecendo? – ouvi-a perguntar. Meu sangue ferveu com aquela pergunta, pois a resposta era muito óbvia.
Quase perdi o controle e soltei todas as verdades, mas decidi ficar na minha.
– Nada, Anahí. Nosso jantar está pronto. Pode pegar os pratos ali na segunda
porta? – Apontei para um armário, ainda sem encará-la.
– Só faço isso se vier aqui e me der um beijo. E me garantir que está tudo bem.
– Sua voz saiu meio chorosa. Aquele novo timbre foi capaz de me livrar de qualquer resquício de raiva.
Virei-me na sua direção. Anahí estava sentada na bancada, parecendo desolada. Um biquinho lindo de irritação deixava seus lábios ainda mais apetitosos.
Foi impossível conter o meu desejo. Já a queria... Queria muito, de todas as formas possíveis. Queria aquela mulher na minha cozinha, na minha cama, no meu sofá, na
minha vida...
Sorri torto, envergonhado pelos pensamentos loucos que me atingiram em cheio. Anahí desfez o biquinho e entreabriu os lábios, encarando-me daquele jeito misterioso que me enchia de excitação. E lá estávamos nós... Desejando um ao
outro de novo. Aquilo teria fim um dia? Eu duvidava. E duvidava também de que Anahí nada estivesse sentindo, ela não podia estar imune àquilo.
Aproximei-me devagar, enquanto seus olhos não largavam os meus por nada.
Envolvi os meus braços na sua cintura e lhe beijei a boca como se não houvesse amanhã. Eu realmente não sabia se haveria.
Senti suas pernas me envolverem, e suas mãos já vagavam pelo meu corpo com liberdade, arrancando-me arrepios.
No impulso, retirei a camisa que Anahí vestia. Aqueles seios incríveis ficaram à mostra facilmente, e eu já os segurava com desejo. Beijei-lhe o pescoço e inspirei o perfume doce que sempre foi capaz de me tirar do sério. Ela já estava entregue,
sem pestanejar, sem hesitar. Seu corpo já me pertencia. Podia sentir isso a cada toque, a cada beijo, a cada vez que sua pele arrepiava entre os meus dedos.
– Vou te garantir que está tudo bem,
Anahí – sussurrei, louco de desejo.
Uma ideia magnífica me veio à mente. A ideia se transformou em urgência, a urgência virou necessidade. A necessidade deu lugar à promessa, e promessa é dívida.
Eu iria pagar cada centavo.
Beiiiijoosss
Autor(a): Nana
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Deixei Anahí em cima da bancada e abri a geladeira. Peguei uma caixinha de leite Moça, achando hilário o fato de tê-la comprado sem fazer ideia de que a usaria daquele modo. Se soubesse, não teria ficadotão arrasado com a compra. Fechei a geladeira e mostrei o quehavia pegado para a Anahí. Sorri da sua expressão at&o ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 77
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brunaponny Postado em 20/05/2014 - 13:27:52
acabou? voce sumiu :(
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pradonaty Postado em 09/05/2014 - 04:15:35
Aiiiiiiiiiiii que lindooo, amei, adorei, me emocioneiii, confesso q me emocionei mais cm versão, sofri junto cm o poncho..ansiosa para a parte 3
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franmarmentini Postado em 08/05/2014 - 13:27:34
tive que ler de novo :) de tão feliz que eu to kkkkkkkkkk
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dessita Postado em 08/05/2014 - 13:08:59
aaai... que lindo o final... Posta logo a proxina Nana... Aguardando anciosamente
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franmarmentini Postado em 08/05/2014 - 07:24:18
foi muito emocionante :)
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franmarmentini Postado em 08/05/2014 - 07:02:49
*-*
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edlacamila Postado em 07/05/2014 - 23:46:29
Ate q fimmmmmmm ponchito feliz
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acarol Postado em 07/05/2014 - 02:49:22
Aaain Naninha que triste! To sem palavras, chorei, li outra vez, mas fiquei sem palavras! Continua!
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micheleponny Postado em 06/05/2014 - 18:03:43
chorei amiga :( poxa to muito trise coitado..ponchinho amor vem pra mim que nao te faço sofrer asim nao :(,mas ainda tenho esperança que nao casa,nao casa e pronto to com o coração na mão espero de vdd q ela nao case bj posta logo
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edlacamila Postado em 06/05/2014 - 00:26:04
Ain gnt ele sofre dms por ela poxa :/ .. Poncho esquece ela e fica cmg U.u kkkkk