Fanfics Brasil - 50º Capítulo Lavando a roupa suja Despedida de Solteira. Ver. Alfonso

Fanfic: Despedida de Solteira. Ver. Alfonso | Tema: Ponny - Hot


Capítulo: 50º Capítulo Lavando a roupa suja

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Anahí ficou muito assustada com a minha reação. Seus olhos se esbugalharam, e a pele dourada clareou alguns tons até se


transformar numa coloração pálida.


– De quê está falan. . . – tentou murmurar, mas eu a interrompi. Minha paciência havia se esgotado.


– Não aguento mais! Olha só o que está fazendo consigo mesma! Olha o que está fazendo comigo! Acha isso justo? Digame, acha que está sendo justa? – gritei, enquanto ainda a segurava pelos punhos.


Agora sim a coloração pálida deu lugar a um vermelho intenso.


– Alfonso, eu...


– Por que está fazendo isso, Anahí?


– continuei. – Por quê? Com que objetivo? Até que ponto pretende me humilhar? – Soltei suas mãos depressa, pois percebia que estava começando a machucá-la, embora ela ainda não tivesse reclamado.


Seus olhos se apertaram, e então a raiva também a alcançou.


– Humilhar? A única pessoa que humilhou alguém aqui foi você! – Anahí falou muito alto, foi quase um berro. Aquilo


acabou me assustando. Não esperava essa reação, haja vista que eu nada havia feito além de amá-la com todas as minhas forças.


– Eu? O que eu te fiz?


– Nada, Alfonso. Isso não me importa mais . – Ela balançou a cabeça freneticamente. Os olhos começaram a brilhar mais do que o normal, sinalizando a chegada das lágrimas.


Só queria saber o que tinha feito de tão ruim para que reagisse assim.


Entretanto, sua indiferença fez minha raiva se intensificar.


– Nunca te importou de verdade... Fui muito idiota em achar que você podia se importar com a gente... Se importar comigo.


Fui um otário!


Anahí continuou balançando a cabeça, como se não acreditasse nas minhas palavras.


– De quê está falando, Alfonso? Não entendo, eu me importo contigo!


Argh!


– Como não entende, Anahí? Será possível que não deixei claro? Você é tão inteligente, é difícil acreditar que não


entendeu porcaria alguma do que aconteceu entre nós – falei, tentando amansar um pouco o meu tom.


Anahí desviou os olhos por uns segundos, totalmente desconcertada, mas voltou a me encarar. Sua expressão era de alguém absolutamente perdida e desesperada. Por incrível que pareça, não senti pena. Só raiva.


– Não consegui dizer com todas as palavras, está bem? – prossegui, olhando-a fixamente. – É difícil para mim... Você não faz ideia. Eu não tinha certeza das coisas, mas... simplesmente não pude ignorar!


– Continuo sem saber do que está


falando, Alfonso... – Anahí admitiu. Seus


olhos ainda estavam marejados, mas nenhuma lágrima parecia capaz de cair.


Como ela podia ser tão burra? Puta merda, a louca não tinha entendido nadinha!


NADA! Todos os meus esforços não lhe disseram nada relevante.


Morrendo de ódio, desta vez de mim mesmo, cerrei os punhos e choquei meus dentes um contra o outro até sentir uma dor aguda. Quase vi faíscas saindo dos meus olhos e se encontrando com os dela.


Anahí não fazia ideia de que eu a amava, estava pensando aquele tempo todo que eu nunca me importei, que tudo o que fizemos não tinha passado de sexo. Seu semblante


dizia claramente o quão desesperada estava diante de um casamento sem sentido.


Naquele momento, tudo o que me perguntei foi: por quê? Por que a maldita não entendia as coisas? E, pelo amor de Deus,


por que ainda não havia cancelado aquela


insanidade?


– Você não ama esse cara, Anahí!


– berrei, expondo as verdades do modo mais claro possível. – Vai se casar com ele sem amá-lo! Acha isso certo? Acha isso justo? Ele não sabe te dar prazer, não sabe fazer você se sentir bem, não consegue extrair o melhor de você! Ele não te modifica, não te acrescenta, não te entende! E você vai casar


com ele para quê?


Anahí desviou um pouco os olhos.


Parecia envergonhada de si mesma. Ela sabia que eu estava falando a verdade, mas alguma parte de si tentava lutar contra


aquilo. Não me pergunte por quê. Acho que, para uma mulher sensata como ela, uma situação adversa deve ser o fim do mundo.


– Pare de dizer besteiras... – murmurou, mas suas palavras foram incapazes de nos convencer.


O fato de ela querer maquiar a verdade me fez sentir ainda mais ódio.


– Como tem coragem de achar que os momentos que vivemos não significaram nada? Eu duvido, Anahí. DUVIDO! –


berrei. – Conheço muito do desejo para compreender que aquilo não foi só sexo. Eu não fazia amor há anos, Anahí – admiti, diminuindo o volume, porém tornei a


aumentá-lo. – Entendeu agora? Não foi só um momento, não foi só um ato. Como não conseguiu sentir isso? Sei que você sentiu muito mais, só está tentando se enganar!


Sei muito bem disso, não sou burro!


Ela desviou os olhos novamente.


Minha vontade foi de agarrá-la e sacudi-la, mas permaneci congelado no espaço. Sua


expressão emitia o mais puro terror. Anahí estava desesperada, mas eu não podia sentir pena dela naquele momento. Não até mostrar o quanto ela havia sido idiota.


– Mas você decidiu me humilhar... – murmurei. Meus olhos marejaram instantaneamente, só de lembrar o quanto sofri por causa daquilo. Tirei o maldito cheque do bolso, erguendo-o em minhas mãos. – Por que fez isso comigo, Anahí?


Ela franziu o cenho como se, por um segundo, não soubesse o que era o papel que eu segurava.


– Acha que pode pagar pelo que te


dei? – perguntei baixinho. Estava prestes a abrir o maior berreiro, mas me segurei ao máximo. Não queria chorar na frente dela. – Acha que sou seu brinquedo? Seu objeto?


Anahí finalmente identificou o cheque que eu sacudia bem na sua frente. A expressão que fez foi para além do


desespero.


– Eu... Eu não... – Sua voz simplesmente falhou, de tão horrorizada que estava.


– Olha, pretendia te devolver isso educadamente – prossegui, visto que ela parecia incapaz de dizer alguma coisa a


respeito. – Afinal, pensei que você sabia bem o que queria para si. Pensei que eu realmente tinha me enganado, me iludido...


Tentei acreditar que você seria feliz com esse casamento. Só que acaba de vir para


cima de mim como se não estivesse prestes a se casar. É absurdo demais, Anahí!


– Alfonso, eu não... – Anahí balançou


a cabeça, sinal de que buscava algum jeito de negar as verdades.


– Pare de se enganar! – gritei em


fúria. Comecei a ficar tão desesperado quanto ela. Buscava um pouco de autocontrole, mas a situação estava tensa demais. Era difícil demais vê-la daquele jeito sem poder abraçá-la. – Anahí... Acorda.


Raciocine. Seja o que pensa, sente e quer.


Você não está sendo nada além de uma boba! Sinceramente, peço desculpas por não ter sido claro. É estranho para mim... É novo demais... Nunca senti coisa igual – finalmente confessei. – Fiquei perdido, mas já me encontrei. Sei o que quero e sei o que posso fazer. Posso fazer tudo por você,


Anahí.


Ela entreabriu os lábios, absolutamente chocada. Depois, seus olhos se amuaram. De repente, ela não estava


mais surpresa. Estava triste.


– Não... Você não pode – murmurou.


Então percebi que ela estava se referindo à vida de garoto de programa.


Anahí realmente achava que eu não era capaz de largar tudo para ficar com ela.


Fiquei disposto a deixar aquilo muito claro.


– Você sabe o que fiz a minha vida inteira e também sabe quem eu era. Sim, eu era... Porque não sou mais. Prometi a mim mesmo que nunca mais me venderia. Não


depois de te ver chorar daquele jeito no restaurante...


Seu rosto, de repente, ficou muito vermelho. Uma fúria incontrolável se instalou na sua voz, e eu fiquei surpreso demais com aquela reação.


– Não é mais? Então me diga o que fazia quando te liguei na quinta-feira! Você estava "trabalhando"! – Gesticulou as aspas.


– Nos braços de uma vagabunda qualquer!


Droga!


Bem que a Júlia havia dito que Anahí iria pensar besteira. Pudera, eu estava tão magoado que não me importei em magoá-la também. Depois daquele cheque, acreditei piamente que aquilo não iria fazer tanta diferença para Anahí.


Quero dizer, o fato de estar com outra mulher, trabalhando normalmente.


– Eu menti! Estava com muito ódio de você por causa disso – falei, voltando a sacolejar o cheque. – Nunca me senti tão


arrasado em toda a minha vida! Foi a primeira vez que me senti, de fato, um objeto. Um mísero e desprezível objeto. Anahí fez uma careta grotesca, como se sentisse verdadeira dor. – Mal conseguia falar contigo, principalmente tendo a certeza de que tinha me procurado só para me usar


de novo!
– Não foi isso... – murmurou, desesperada. – Não foi, eu juro... Não queria te tratar assim...


Anahí levou uma mão à boca, aterrorizada. Aquilo me fez encontrar verdades em suas palavras. Ela realmente


não fazia ideia do quanto o cheque iria me abalar. Minha primeira reação ao entender isso foi o alívio. Anahí não era cruel como imaginei, só não sabia o que estava fazendo.


Ouvi alguns ruídos ao lado. Com uma rápida olhada, percebi que tínhamos público; suas amigas estavam todas ali, assistindo a tudo de camarote. Provavelmente haviam


entrado pela porta lateral que dividia os quartos. Fiquei um pouco desconcertado, mas nada me impediria de dizer o que eu


precisava.


– Você não pode pagar pelo que te


dei, Anahí – concluí, finalmente rasgando o maldito cheque com as mãos trêmulas. Ele não seria mais necessário, queria me desfazer dele o mais rápido possível. – Meu


próprio prazer foi comprado por muito tempo, mas o que eu te dei não tem preço. O que você me deu também não tem. Senti cada fibra. Só espero que não perceba isso tarde demais. E espero, de coração, que não venha me procurar com um anel na mão esquerda. Não te quero pela metade.


Sinceramente, pior do que ver


Anahí casada com outro cara, era a certeza de que ela ia me procurar depois. Eu não suportaria de modo algum. Dividi-la com alguém seria o mesmo que dividir o meu


próprio coração. Deixei claro que ela precisava sair do muro; se me quisesse de verdade, teria que se decidir antes da


cerimônia.


Seus olhos estavam muito abertos.


Ela não se mexeu ou mostrou qualquer reação além da completa surpresa. Calei-me e caminhei até a porta, disposto a partir. Não tinha mais nada para falar ou fazer, agora


tudo dependia apenas dela.


– Preciso fazer uma pergunta – ela murmurou. Sua voz estava rouca demais.


Virei na sua direção, percebendo que seus olhos haviam voltado a marejar.


– Faça logo – falei, sentindo um nó grotesco se formando na minha garganta.


Ela estava tão linda... e tão perdida!


Finalmente a pena me alcançou, e a minha única vontade foi de abraçá-la e beijá-la


como se não houvesse amanhã. Eu a tomaria em meus braços e a tiraria dali em dois tempos. Levaria aquela mulher para a minha casa e nunca mais a deixaria partir.


– O que você quer? Apesar de saber o que iria perguntar,


simplesmente não sabia o que responder.


Por mais que a amasse, queria que fizesse as coisas de acordo com o próprio desejo. O meu desejo não era tão importante assim, pois a decisão precisava partir dela.


Entretanto, sabia que Anahí precisava


saber o que eu queria. Do contrário, talvez


não tivesse coragem de tomar uma decisão.


Passei as mãos pelo rosto. Estava nervoso demais, os dedos trêmulos, os olhos marejados. Sabia que ia chorar a qualquer momento, mas precisava dizer alguma coisa. Alguma coisa muito sincera, que traduzisse, de fato, meu maior desejo.


– Se eu tiver significado alguma coisa para você, Anahí, por favor... Por favor, se puder... Eu te imploro... Me surpreenda. É


o meu maior desejo – respondi, deixando uma lágrima solitária escorrer. Logo em seguida, completei: – Mando as fotos


quando ficarem prontas. Não precisa pagar


por elas, considere um presente de casamento.


Antes de fechar a porta, no entanto, vi


que Anahí também havia iniciado o próprio


choro. Ela não me impediu de ir embora.


Não me pediu para ficar. Não pediu socorro.


Não gritou.


Era claro para mim: Anahí não ia desfazer o casamento, mesmo que eu tivesse significado alguma coisa. Ela chorava


porque sabia que não me surpreenderia daquela vez.



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Autor(a): Nana

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 77



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  • brunaponny Postado em 20/05/2014 - 13:27:52

    acabou? voce sumiu :(

  • pradonaty Postado em 09/05/2014 - 04:15:35

    Aiiiiiiiiiiii que lindooo, amei, adorei, me emocioneiii, confesso q me emocionei mais cm versão, sofri junto cm o poncho..ansiosa para a parte 3

  • franmarmentini Postado em 08/05/2014 - 13:27:34

    tive que ler de novo :) de tão feliz que eu to kkkkkkkkkk

  • dessita Postado em 08/05/2014 - 13:08:59

    aaai... que lindo o final... Posta logo a proxina Nana... Aguardando anciosamente

  • franmarmentini Postado em 08/05/2014 - 07:24:18

    foi muito emocionante :)

  • franmarmentini Postado em 08/05/2014 - 07:02:49

    *-*

  • edlacamila Postado em 07/05/2014 - 23:46:29

    Ate q fimmmmmmm ponchito feliz

  • acarol Postado em 07/05/2014 - 02:49:22

    Aaain Naninha que triste! To sem palavras, chorei, li outra vez, mas fiquei sem palavras! Continua!

  • micheleponny Postado em 06/05/2014 - 18:03:43

    chorei amiga :( poxa to muito trise coitado..ponchinho amor vem pra mim que nao te faço sofrer asim nao :(,mas ainda tenho esperança que nao casa,nao casa e pronto to com o coração na mão espero de vdd q ela nao case bj posta logo

  • edlacamila Postado em 06/05/2014 - 00:26:04

    Ain gnt ele sofre dms por ela poxa :/ .. Poncho esquece ela e fica cmg U.u kkkkk


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