Fanfics Brasil - 52º Capítulo Surpreendido Despedida de Solteira. Ver. Alfonso

Fanfic: Despedida de Solteira. Ver. Alfonso | Tema: Ponny - Hot


Capítulo: 52º Capítulo Surpreendido

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Eu não tinha mais o que fazer. Sabia


perfeitamente onde aconteceria o casamento


da Anahí – tinha o convite e tudo –, mas


achei que seria ridículo e doloroso demais


comparecer, além de que meu objetivo não


era forçá-la ou deixá-la confusa. Sabia muito


bem que ficar comigo exigiria sacrifícios.


Anahí passaria por coisas que preferiria


que não passasse, embora a quisesse tanto


que chegava a doer.


Sem saídas e sem ter para onde ir,


decidi voltar para casa. Júlia estava me


esperando no hall de entrada do prédio –


insisti para que tivesse uma chave, mas ela


se negou, alegando que não queria invadir a


minha privacidade – e me abraçou assim


que me viu. Tentei não chorar. Fiz uma força


absurda, porém as lágrimas vieram muito


depressa.


– Foi melhor assim – sussurrei aos


prantos, enquanto minha querida irmã


alisava meus cabelos para trás e me puxava


para si com ainda mais força.


– Vamos subir, daí você me conta


tudo o que aconteceu.


– Ok – expirei todo o ar dos pulmões,


enxugando as lágrimas com as costas dos


dedos. – Eu faço aquele café cheiroso de


que você gosta.


Ju apenas sorriu e me acompanhou


até o elevador. Permanecemos abraçados


até chegarmos ao décimo sétimo andar.


Como prometido, fui diretamente para a


cozinha, tirando apenas a minha camisa


durante o percurso. Coloquei a água para


ferver e separei alguns grãos de café moído.


– Poncho... Conta pra mim o que houve...


Por favor – Júlia falou baixinho, meio


temerosa.


– Tiramos as fotos... Ficaram lindas. –


Abri um armário e peguei duas xícaras.


– Não estou falando sobre isso. Vocês


conversaram?


– Não foi bem uma conversa. Eu meio


que gritei com ela depois que tirou o sutiã e


me pediu para fotografá-la. Ah, e depois que


veio para cima de mim.


Júlia abafou sua surpresa com as


mãos. Puxou uma cadeira da mesa redonda


da cozinha, a mesma onde tinha jantado


com a Anahí na quarta-feira.


– Sério? Não acredito! Que loucura!


– Um absurdo... Mas pelo menos


descobri que ela estava mais perdida do que


eu. Agora creio que não está mais. Deve


estar seguindo para a igreja agora.


– Como assim? Se ela te quer, por


que se casaria?


– Porque ela é a Anahí. Aquela


mulher tem uma cabeça tão dura que acho


que, se eu lhe desse um cascudo, minha


mão quebraria.


Júlia riu de verdade, e aquilo ajudou a


manter o ambiente um pouco menos


afetado.


– Olha, ela pode ser teimosa o que


for... Duvido de que se case. Quem em sã


consciência dá em cima de alguém antes de


casar? Só se ela for uma, desculpe-me a


expressão, vagabunda.


Aquilo estava definitivamente fora de


questão. Anahí era uma mulher valorosa,


cheia de moral e ética. Eu sabia, tinha


certeza de que ela não era uma qualquer.


– Ela não é, acredite – respondi


prontamente. – Só está perdida. A cerimônia


vai ser enorme, sabe? Daquelas que tem


muitos convidados, recepção cheia de luxo e


cada detalhe pensado com maestria.


Resumindo, um casamento caro pra cacete.


Ju balançou a cabeça, meio incrédula.


– Deve estar sendo difícil demais para


ela... É sério, Ponchito.


– Eu sei... – murmurei. A imagem da


Anahí entrando na igreja e subindo no altar


me deu vontade de gritar.


Peguei uma cafeteira térmica e


coloquei um filtro em cima. Logo, estava


jorrando a água quente – que se misturava


com os grãos de café e incensava o


ambiente inteiro. Eu podia achar aquilo uma


delícia se não estivesse me sentindo tão


arrasado.


– Pelo menos agora ela sabe que o


que fizemos não foi apenas sexo. Deixei isso


muito claro.


– E o cheque? – perguntou Ju.


Soltei um longo suspiro.


– Rasguei na frente dela, dizendo-lhe


que não podia me pegar pelo que fizemos.


– E ela?


– Ficou lá com cara de bocó. Olha, Ju,


eu disse tudo o que precisava dizer.


Servi nossas xícaras e me sentei ao


lado dela na mesa. De repente, estava muito


cansado. Tomei um bom gole do café.


Delicioso. Júlia também bebericou sua


xícara, sorrindo logo quando voltou a coloca la


em cima da mesa.


– Disse que a amava? – ela


perguntou.


– Isso não.


– Devia ter dito.


– Não ia ajudar muito se eu dissesse –


afirmei. – Até porque, vamos ser realistas,


nos conhecemos há apenas uma semana.


Mesmo assim deixei meu interesse por ela


muito claro e, no fim, fizemos aquele nosso


diálogo feito. Só que dessa vez foi ela quem


perguntou o que eu queria.


Ju assoprou o café, fazendo um


biquinho de lábios rosados antes de beber


um pouco mais.


– Aquele lance de surpreender? –


questionou.


– É. Eu implorei para que ela me


surpreendesse. Foi bem embaraçoso...


Comecei a chorar e ela também. Depois,


apenas fui embora. Anahí não me impediu


de ir...


Ju me encarou por longos segundos.


Coçou um pouco a cabeça, o que acabou


fazendo uma madeixa escura escorrer para


frente. Fiquei apenas a observando,


tomando o meu café como se fosse fácil


demais engolir alguma coisa. A verdade é


que eu estava quase transbordando, como


uma grande represa que ultrapassa o seu


limite.


– O que você queria que ela fizesse,


Alfonso? Simplesmente fugisse? Não é assim


que as coisas são. Sei que você está


ansioso, mas tenha paciência. Duvido de que


Anahí vá se casar desse jeito.


Apoiei minha cabeça entre os dedos.


– Não tenho tanta certeza assim –


disse baixinho, em tom de desabafo.


– Ela vai te surpreender. Acredite.


Ju olhou para o lado, mirando o relógio


da cozinha. Eram quase sete e meia da


noite, e o casamento se realizaria às oito. Se


Anahí tivesse desistido, já teria me ligado


ou algo assim. Pelo que a conhecia, jamais


largaria a cerimônia em andamento. Essas


coisas só acontecem em filmes.


Sentia que a minha própria existência


estava em jogo; como se o relógio fosse o


carrasco, aquele que decidiria se eu


permaneceria vivo ou não. Era ruim demais


não ter controle sobre as coisas, naquele


instante consegui entender por que Anahí


gostava tanto de manter tudo em ordem.


Larguei a xícara de café pela metade


e perguntei à Júlia se estaria tudo bem se eu


fosse tomar um banho rápido. Estava me


sentindo sujo, cansado e estressado. Achei


que depois de um bom banho estaria mais


relaxado para suportar a dor de ver as horas


passarem, porém não adiantou. Quando me


vi limpo e vestido com trajes de casa –


bermuda cinza simples e camiseta branca de


algodão –, percebi que não fazia diferença.


Viver era um terror.


Encontrei Ju sentada no sofá de um


jeito confortável. Sua expressão não negava


o nervosismo; com uma olhadinha básica no


relógio, confirmei que já passava das oito


horas. Era óbvio que minha irmã estava


errada com relação à Anahí, embora


desejasse acreditar nela.


Deitei-me no sofá, apoiando minha


cabeça nas pernas da Júlia. Ela me aninhou


em seus braços, consolando-me como se


fosse um garotinho indefeso. Suas mãos


leves começaram a alisar os meus cabelos,


e me senti tão seguro que simplesmente


comecei a chorar baixinho. Ju não disse


nada; chegou até a evitar olhar para mim,


apenas fixou seus lindos olhos azuis em


algum ponto inexistente da sala e continuou


me puxando para si. Eu nada fui capaz de


dizer. Meu sofrimento era silencioso,


nenhuma palavra seria capaz de trazer alívio.


Foi quando a campainha tocou


inúmeras vezes seguidas, sem pausas. O


barulho era alto e irritante, de modo que Ju e


eu tomamos um susto.


– Você pediu pizza? – perguntei,


franzindo o cenho. Claro que a minha


pergunta não teve lógica, pois certamente o


porteiro me interfonaria antes de permitir que


o entregador entrasse no prédio.


– Não... – Júlia também parecia meio


confusa.


A campainha não parou de tocar,


portanto achei que fosse uma emergência.


Podia ser problemas com algum vizinho, sei


lá, um acidente ou algo assim.


Levantei do sofá com bastante pressa


e, mais rápido do que pude acompanhar,


destranquei a porta e a abri sem conferir o


olho mágico antes.


O que vi me deixou...


Surpreendido.


Anahí estava rente à minha porta,


trajando um vestido de noiva imenso.


Parecia esbaforida, como se tivesse corrido


muito. Seus olhos me prenderam no mesmo


instante, e fui obrigado a prender a


respiração. Cada nervo do meu corpo


pareceu se contrair. O coração diminuiu, o


cérebro congelou. Meu mundo parou por um


segundo. O segundo em que busquei


entender que aquela mulher tinha largado o


casamento. O segundo em que percebi que


ela havia feito aquilo por mim. O segundo


em que compreendi que Anahí, nos


próximos segundos e até que eu deixasse de


respirar, seria apenas minha.



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Autor(a): Nana

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 77



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  • brunaponny Postado em 20/05/2014 - 13:27:52

    acabou? voce sumiu :(

  • pradonaty Postado em 09/05/2014 - 04:15:35

    Aiiiiiiiiiiii que lindooo, amei, adorei, me emocioneiii, confesso q me emocionei mais cm versão, sofri junto cm o poncho..ansiosa para a parte 3

  • franmarmentini Postado em 08/05/2014 - 13:27:34

    tive que ler de novo :) de tão feliz que eu to kkkkkkkkkk

  • dessita Postado em 08/05/2014 - 13:08:59

    aaai... que lindo o final... Posta logo a proxina Nana... Aguardando anciosamente

  • franmarmentini Postado em 08/05/2014 - 07:24:18

    foi muito emocionante :)

  • franmarmentini Postado em 08/05/2014 - 07:02:49

    *-*

  • edlacamila Postado em 07/05/2014 - 23:46:29

    Ate q fimmmmmmm ponchito feliz

  • acarol Postado em 07/05/2014 - 02:49:22

    Aaain Naninha que triste! To sem palavras, chorei, li outra vez, mas fiquei sem palavras! Continua!

  • micheleponny Postado em 06/05/2014 - 18:03:43

    chorei amiga :( poxa to muito trise coitado..ponchinho amor vem pra mim que nao te faço sofrer asim nao :(,mas ainda tenho esperança que nao casa,nao casa e pronto to com o coração na mão espero de vdd q ela nao case bj posta logo

  • edlacamila Postado em 06/05/2014 - 00:26:04

    Ain gnt ele sofre dms por ela poxa :/ .. Poncho esquece ela e fica cmg U.u kkkkk


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