Fanfics Brasil - 8º Capítulo Selecionando produtos Despedida de Solteira. Ver. Alfonso

Fanfic: Despedida de Solteira. Ver. Alfonso | Tema: Ponny - Hot


Capítulo: 8º Capítulo Selecionando produtos

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Marlos convidou as garotas a irem
para a sala, dizendo-lhes que uma surpresa
especial as aguardava. A música parou de
ser tocada, e me juntei aos meninos perto
das gaiolas. Eles estavam ansiosos, mas
não demonstravam. Procurei fazer o
mesmo, fingindo normalidade.
De fato, tudo aquilo era normal. Não
devia estar nervoso com algo tão idiota.
Todos ali eram adultos, sabiam se cuidar.
Nenhuma cliente era obrigada a fazer nada,
portanto minha preocupação era infundada e,
por que não dizer, tola.
Marlos saiu pela porta de vidro,
fechando-a atrás de si. Seu velho sorriso
sempre o acompanhava, seja qual fosse a
situação.
– E então? – foi Manuel quem decidiu
perguntar.
– Ficaram bem surpresas – ele disse,
aproximando-se um pouco mais. – Anahí
pediu um minuto a sós com elas. A coitada
ficou branca como um papel. – Gargalhou.
Os caras o acompanharam, mas não achei
graça.
Qualquer pessoa comum ficaria
chocada com a situação. Quem não era
acostumado àquele tipo de coisa certamente
acharia tudo um absurdo. Eu me
decepcionaria muito se Anahí tivesse
agido com naturalidade mediante à proposta
do grupo. Não quero dar um de santinho e
nem ser hipócrita a ponto de dizer que prezo
por pessoas recatadas, afinal, minha vida é
feita de luxúria. Gosto de liberdade sexual e
acredito que todo mundo precisa dela para
se sentir bem consigo mesmo. É questão de
autoestima e autoconhecimento.
No entanto, existe um “quê” de
mistério enraizado em mulheres inocentes.
Curto a inocência, é uma coisa que me atrai,
talvez por ser algo que não possuo há muito
tempo. Tudo bem , sei que sou um poço de
contradições, visto que na hora do sexo
jamais diferenciaria uma gostosa libertina de
uma virgenzinha pura. Para mim, são todas
iguais. Meu tratamento é exatamente o
mesmo, em ambos os casos dou o meu
melhor. No fim, não importa muito o que me
atrai ou a minha opinião sobre a inocência.
Tente me compreender; eu sou obrigado a
transar do mesmo modo. Meu desejo está à
venda para quem quiser comprar.
Os garotos conversavam sobre coisas
que sequer chegavam a ser processadas
pelo meu cérebro. Estava absorto e muito
concentrado, por isso vi o exato momento
em que Anahí abriu a porta de vidro. Ela
parecia desconcertada. Sua pele estava
levemente rosada nas bochechas.
– Marlos, pode fazer o que deve ser
feito – disse com a voz vacilante. Depois,
tornou a entrar na sala de estar.
– Vamos lá, meninos. Boa sorte! –
Marlos falou, e o acompanhamos para
dentro da casa.
A sala estava bem iluminada, pude
ver perfeitamente os rostos das meninas.
Elas estavam sentadas no sofá preto de
couro, silenciosas. Ficaram nos observando
de cima a baixo, um por um.
Permanecemos de pé, formando uma fila
horizontal, expondo nossos corpos como se
fossem produtos num supermercado. É isso
aí. Meu corpo é um produto; faço a
propaganda, o controle de qualidade e vendo
para a cliente que pagar mais. Pode parecer
chocante colocar as coisas desse jeito. Bom,
pode ser, mas este sou eu. Não adianta ficar
me mascarando, aprendi a assumir o que
sou.
Anahí estava olhando para o chão,
admirando algum ponto inexistente do piso
de azulejos brancos. Parecia nervosa,
assustada... Balançava a cabeça de leve,
quase imperceptivelmente. Talvez estivesse
travando alguma batalha interna. Daria tudo
para ler seus pensamentos.
Os caras permaneceram calados,
muito quietos e sérios, assim como eu.
– Anahí, querida, é só escolher. Irei
apresentá-los agora. Este você já conhece, é
o Marcelo – disse Marlos, apontando para o
meu colega.
Marcelo sorriu, mas Anahí o
encarou com um olhar sério e rígido. Reparei
melhor nos seus olhos; grandes e
amendoados, continham um brilho intenso,
provavelmente resultado do reflexo fornecido
pelas lâmpadas acesas.
– Este é o Henrique. – Marlos
continuou a apresentação.
Anahí desviou o olhar para ele.
Prendeu os lábios de leve, e seu rosto inteiro
ficou vermelho. Uma reação meio óbvia para
mim, pois a recebo o tempo todo; ela tinha
gostado do Henrique. Ele era belo, claro, não
posso negar. Também não posso negar que
senti um gosto amargo na boca. Fiquei com
medo. Sim, medo. Acredita? Que bom,
porque eu não acreditei.
– Este é o Edu.
Aquela mulher misteriosa guiou seus
olhos na direção do meu parceiro de
pirofagia. Pensei em não ver suas reações,
pois não ia gostar muito se escolhesse o
Edu. Sabia que ele era um dos mais
atraentes ali, mas, por incrível que pareça,
Anahí não corou ou prendeu os lábios.
Nem fez mais nada além de encarar os
olhos claros do meu colega com um pouco
de desinteresse. Bom, não apenas os olhos.
Percebi quando ela inclinou o rosto e deu
uma bela sacada no corpo dele.
Fiquei com raiva. Uma raiva muito
grande, nem sei dizer do quê. Acho que dela,
por estar me fazendo ficar nervoso. Eu só
queria protegê-la, e a imbecil ficava de
gracinha com os outros caras? Àquela altura
do campeonato, iria achar bem feito se
escolhesse o Edu.
– Este você também já conhece, é o
Alfonso – continuou Marlos. Opa!
Acordei do estado de transe para o
qual meus próprios pensamentos haviam me
guiado. Nem tinha percebido que ia ser o
próximo, estava chateado demais. Fechei a
cara e observei a Anahí com a expressão
mais séria que consegui reunir. Ela se
aproximou de mim, fazendo nossos olhares
se encontrarem.
Anahí ficou absolutamente parada,
olhando diretamente nos meus olhos. Não os
desviou, e eu também não estava a fim de
fazê-lo. Daria tudo para saber o que
pensava, pois sua reação externa foi
praticamente nula. Ela não prendeu os
lábios, não corou, não olhou para o meu
corpo nem suspirou... Nada, nada. A maldita
só me encarou profundamente, até eu
começar a me sentir invadido. Ela parecia
enxergar a minha vida inteira; tudo o que fui
e sou, o que fiz e faço, o que penso e no quê
acredito. Parecia me desvendar com um
simples olhar; direto, insistente, firme.
Perturbadora. Nunca vi mulher tão
perturbadora quanto aquela.
O sangue circulava em um ritmo
acelerado pelas minhas veias, e achei que
fosse explodir. Tentava manter a seriedade,
oferecendo uma expressão tão livre de
traduções quanto a dela. Porém, acabei
sendo vencido. Minha boca se moveu, e
contracenei um sorriso torto.
Foi então que sua reação veio.
Mínima, mas veio. Anahí abriu ainda mais
seus olhos grandes, desta vez fitando a
minha boca. Ótimo! Perdi uma batalha, mas
venci a outra. Aquela reação era tudo de que
eu precisava para manter a esperança;
precisava vencer a guerra. Era questão de
honra.
– Este é o Manuel – ouvi a voz de
Marlos muito distante. Sério, nem sei dizer
se nos encaramos por segundos ou por
horas. O tempo pareceu ter parado.
Anahí finalmente tirou seus olhos de
mim, voltando-se para o Manuel. Resfolegou
profundamente enquanto o encarava,
soltando todo o ar dos pulmões. Admito: tive
uma vontade séria de matá-la. Como ela
podia reagir aos caras de maneira tão óbvia
e a mim de um modo tão sutil? Devo estar
mesmo muito ruim na fita. Talvez precisasse
malhar um pouco mais, sei lá. Ou talvez
meu cabelo estivesse assanhado. Que
droga, não dava para acreditar que estava
encucado com aquilo! Minha aparência
nunca foi um problema. Nunca. Nunca,
nunca, nunca!
– E por último, o Fernando. – Marlos
apontou para o meu colega de quarto
cabeludo.
Fernando sorriu amplamente, e
Anahí devolveu o sorriso com a mesma
intensidade. Um sorriso. Dá pra imaginar?
Seus dentes ficaram à mostra de um jeito
impressionante, enquanto seus lábios
desenharam uma expressão leve, divertida
e, ao mesmo tempo, doce. Os olhos dela
brilharam com ainda mais força, e o
sinalzinho escuro presente no canto do lábio
superior ficou esticado. O maldito havia lhe
arrancado um sorriso. E o que eu consegui
arrancar? Merda alguma. Droga, droga, mil
vezes droga!
– Espero que já tenha a sua escolha,
senhorita Anahí – concluiu Marlos.
Anahí se afastou um pouco, dando
alguns passos para trás. Parecia analisar
cada um de nós, mas fiquei surpreso quando
me encarou mais uma vez. Isso mesmo, ela
não olhou para os caras. Olhou apenas para
mim. Passou alguns segundos daquele
modo, enquanto eu tentava decifrar suas
expressões.
Depois de um tempo incalculável,
Anahí fitou o chão e disse:
– Marcelo pode ficar com a Paloma, e
o Edu pode ficar com a Fabiana.
Bela escolha. Muito boa. Edu
certamente havia ficado contente com
aquilo, e eu fiquei mais ainda; agora tinha
menos dois concorrentes. Faltavam mais
três.
Anahí me fitou de novo, com a
mesma expressão indecifrável. Estava
começando a cansar daquilo, mas me
mantive sério. Meu estômago se contorcia
por causa da adrenalina. Esperança é
mesmo uma droga; não temos paz
enquanto ela não para de martelar nosso
juízo. Às vezes acho melhor não ter
esperança. Pode parecer esquisito, mas
nunca gostei de esperar para surpreender ou
ser surpreendido. Pelas coisas, pelas
pessoas, pela vida... Não sou daqueles que
esperam acontecer. Simplesmente faço.
– Manuel fica com a Jéssica – completou
Anahí. Manuel riu.
Faltavam dois.
– Henrique pode ficar com a Cláudia.
P u t s ! Não aguentava mais tanta
pressão. Que merda de destino era aquele?
A decisão ia ficar entre o Fernando e eu. E
entre Anahí e Lara. Seria cômico se não
me causasse tanto pânico. Como passaria o
fim de semana inteiro com a Lara, sabendo
que Fernando a queria? E o contrário?
Droga. Milhões de vezes droga!
Anahí pareceu estar em dúvida.
Fitou o chão, meio desconcertada.
“Oh, não, meu bem, não tenha
dúvidas... Escolha a mim”, pensei. Bom, na
verdade soou mais como uma oração do
que como um pensamento.
De repente, ela virou para trás.
Buscou a amiga com os olhos. Lara estava
linda, sentada no sofá com as pernas
grossas cruzadas. Ela sequer olhou para
mim; fitou Fernando e depois sinalizou para
Anahí, alisando os próprios cabelos.
O sinal havia sido bem óbvio, uma
referência ao tamanho do cabelo do meu
colega. Lara preferia o Fernando.
Antes que eu pudesse deixar a ficha
cair, Anahí se virou na minha direção,
tirando o meu fôlego com apenas um olhar e
seis palavras:
– Fernando pode ficar com a Lara.
Pirei. Um calor sinistro tomou conta do
meu corpo. Tive que fazer um esforço
absurdo para não deixar minhas pernas
vacilarem.
Anahí continuou me encarando
seriamente, mas não consegui me controlar.
Meu velho sorriso torto – o que ofereço
quando sinto mais vergonha do que graça –
se fez presente.



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Autor(a): Nana

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– Perfeito – disse Marlos.“Perfeito não... Perfeita!”, pensei,encarando Anahí fixamente.Ela não desviava os olhos, o quedeixava claro que alguma coisa estavaacontecendo entre nós. Afinal, ninguém livrede intenções mantém um olhar sobre umapessoa por tanto tempo. Aquilo me animoumuito, em um n&iac ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 77



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  • brunaponny Postado em 20/05/2014 - 13:27:52

    acabou? voce sumiu :(

  • pradonaty Postado em 09/05/2014 - 04:15:35

    Aiiiiiiiiiiii que lindooo, amei, adorei, me emocioneiii, confesso q me emocionei mais cm versão, sofri junto cm o poncho..ansiosa para a parte 3

  • franmarmentini Postado em 08/05/2014 - 13:27:34

    tive que ler de novo :) de tão feliz que eu to kkkkkkkkkk

  • dessita Postado em 08/05/2014 - 13:08:59

    aaai... que lindo o final... Posta logo a proxina Nana... Aguardando anciosamente

  • franmarmentini Postado em 08/05/2014 - 07:24:18

    foi muito emocionante :)

  • franmarmentini Postado em 08/05/2014 - 07:02:49

    *-*

  • edlacamila Postado em 07/05/2014 - 23:46:29

    Ate q fimmmmmmm ponchito feliz

  • acarol Postado em 07/05/2014 - 02:49:22

    Aaain Naninha que triste! To sem palavras, chorei, li outra vez, mas fiquei sem palavras! Continua!

  • micheleponny Postado em 06/05/2014 - 18:03:43

    chorei amiga :( poxa to muito trise coitado..ponchinho amor vem pra mim que nao te faço sofrer asim nao :(,mas ainda tenho esperança que nao casa,nao casa e pronto to com o coração na mão espero de vdd q ela nao case bj posta logo

  • edlacamila Postado em 06/05/2014 - 00:26:04

    Ain gnt ele sofre dms por ela poxa :/ .. Poncho esquece ela e fica cmg U.u kkkkk


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