Fanfic: Made In The USA (DulcexDemi) - Finalizada | Tema: Dulce Maria, Demi Lovato

DulcePOV

Meu corpo doía inteiro, como se um avião tivesse caído exatamente em cima de mim. Eu estava tão cansada que até mexer meu braço era difícil e eu só tinha tempo de tirar breves cochilos. Mas valeu totalmente a pena.

Eu estava escorada na cabeceira da minha cama de hospital, com Danielle nos braços, enquanto ela mamava com a mãozinha no meu peito. Era uma sensação estranha e doía um pouco, mas eu não estava reclamando. Eu não conseguia tirar os olhos dela.

Demi foi arrastada para fora do quarto cerca de meia hora atrás, quando sua mãe decidiu que era hora dela comer ou iria amarrá-la na cadeira e prender uma sonda alimentar em seu corpo. O médico tinha previsão para me dar alta assim que eu conseguisse caminhar sem ajuda novamente. Deixe-me dizer que a comida sem sal do hospital não estava me ajudando a recuperar as forças.

Anahi tinha um voo programado para dali duas horas, então passaria aqui antes de ir ao aeroporto para se despedir, já que havia deixado as malas na nossa casa. Ela havia chorado como uma criança quando viu Danielle e eu tive que fazer uma piada sobre como seria quando fosse Maite no meu lugar com o filho delas. Isso me rendeu um olhar mortal, mas nenhuma agressão física, graças ao meu estado.

Christian havia ido para casa por algumas horas. Adam tinha que ir para a Europa naquele dia e ele queria ter tempo para se despedir de forma ‘adequada’. Eu realmente não quero pensar no que isso significa, mas, provavelmente... Sexo.

Blanca e Cláudia também tiveram que ser tiradas do quarto pelo meu pai, já que elas não paravam de falar e não me deixavam dormir. Acho que elas esperavam serem chamadas para serem as madrinhas ou algo assim, e estavam em cima de mim como urubus em uma carcaça. Infelizmente para elas, Demi e eu já havíamos escolhido a madrinha a muito tempo.

Meu pai foi o que mais me surpreendeu. Além de chorar quando lhe dei a notícia, ele também chorou quando segurou Danielle pela primeira vez. Ela estava dormindo quando ele veio, mas, assim que ficou em seus braços, ela abriu os olhinhos e lhe deu um sorriso sem dentes que o fez chorar na minha frente pela segunda vez na vida. Mas claro que, sendo Edgar Saviñon, ele tinha que fazer algum comentário rude. Dessa vez foi algo como: é melhor ela não pintar o cabelo que nem o da menina estranha.

Minha mãe havia pego carona com Anahi e foi para nossa casa para fazer os últimos preparativos para a chegada de Danielle. Ela também havia chorado, mas foi perfeitamente normal, porque minha mãe chorou até quando Blanca disse que queria adotar um cachorro.

Dallas e Maddie haviam passado mais cedo e fizeram piadas com Demi sobre ela estar presa no dedo mindinho de Danielle já. Ela apenas deu de ombros e disse que fazia tempo. Era como uma mãe coruja, sem dúvidas.

Natalie e Melissa vieram para nos parabenizar e conhecer Danielle, antes de alegarem estar indo embora para nos dar espaço para respirar. Com certeza, eram muitas pessoas entrando e saindo do quarto a cada minuto.

Os pais de Demi haviam chorado também, mas, de novo, não foi uma grande surpresa. Dianna ficou com Danielle no colo tempo suficiente para Eddie fazer um comentário sobre dividir, antes de ganhar um olhar capaz de cortar aço de sua esposa.

Maddie ficou sem palavras quando contamos que ela seria a madrinha. Ela só ficou nos encarando por longos minutos, antes de balançar a cabeça. “Vocês beberam?” Foi o que ela falou, antes de dar de ombros. “Pelo menos posso esfregar isso na cara de Dallas.”

E, com certeza, foi bastante divertido ver a cara de Dallas quando Demi lhe contou a ‘novidade’. Parecia que alguém havia atropelado seu cachorro quatro vezes seguidas, antes de descer e lhe dar um chute.

Uma batida na porta interrompeu meus pensamentos e olhei para cima para ver Demi entrando no quarto novamente. “Por que bater?” Pedi suavemente.

Ela deu de ombros enquanto se aproximava da cama. “Não queria te assustar abrindo a porta de repente. Como você está?”

“Bem.” Demi se inclinou e beijou o topo da minha cabeça. “Essa garotinha com certeza é minha filha. Ela não para de comer.” Brinquei.

Demi riu um pouco e acariciou a cabeça de Danielle. “Você tem que dar um tempo para a mamãe, Cupcake.” Ela sorriu carinhosamente.

“Ela se parece com você.” Comentei quando voltei a olhar Danielle, que parecia estar lutando com seu sono. Sem dúvidas uma decisão difícil. Comer ou dormir.

“Você acha?”

“Eu tenho certeza. Ela tem o seu queixo.” Passei meu dedo por seu queixo pequeno, antes de olhar para Demi e me esticar para beijar o dela. Danielle parecia o bebê mais fofo com o pequeno queixo bifurcado. “E os seus olhos.”

Demi sorriu e beijou-me rapidamente. “Posso te pedir algo?”

“Qualquer coisa.” Respondi sem hesitação.

“Casa comigo?”

Sorri e percorri as linhas de seu rosto com os dedos. “Neste exato segundo.” Sussurrei.

“Ótimo. Perfeito.”

“Muito perfeito.”

DD-DD-DD

Só pude ir embora no dia seguinte e estava quase implorando para sair logo. Max estava nos esperando no estacionamento, parecendo bem animado. Marcus estava lá fora, preparando uma missão para distrair os paparazzi, que haviam sido alertados por alguém lá dentro. Ele iria sair com Dallas e Maddie e iria levá-las para um carro, o que, esperemos, iria levar os paparazzi naquela direção e deixar a saída livre para nós.

Danielle estava dormindo tranquilamente, alheia à nossa pequena operação, na cadeirinha de transporte no banco de trás do carro. Demi e eu iríamos com ela lá atrás e Max iria nos levar para casa, finalmente.

Depois de instalá-la em seu quarto e conseguir colocá-la dormir, tomei banho e fui direto para cama. Ainda estava completamente exausta, mas em um estado de espírito tão feliz que não me importei nem um pouco quando Danielle chorou nem dois minutos depois que deitei. Foi nossa primeira aula com minha mãe, que nos ensinou detalhadamente como trocar uma frauda sem fazer uma bagunça completa. Teríamos muito tempo para praticar e nos tornarmos profissionais no assunto, sem dúvida. Amamentei-a, seguindo mais instruções da minha mãe, então coloquei-a no berço de novo, tendo certeza que os travesseiros estavam arrumados de uma forma que não a permitiriam rolar durante o sono.

Minha mãe foi dormir logo depois, anunciando que poderíamos chamá-la caso qualquer problema surgisse ou se ficássemos com alguma dúvida. Demi estava falando com sua mãe no telefone, tentando impedi-la de atravessar nossa porta no dia seguinte antes do sol nascer.

Não descobri o final da conversa, pois caí no sono assim que meu corpo bateu no colchão.