Fanfic: Made In The USA (DulcexDemi) - Finalizada | Tema: Dulce Maria, Demi Lovato

Desculpem a demora!!! Mas este é meu último ano (Terceirão) e estou focada nos estudos para o Enem e vestibulares e quero me dedicar 100% a isso. Portanto, estou dando um tempo nas fics. Não desanimem, não vou abandonar nenhuma. RBD: La família vai ter o último capítulo postado amanhã e pretende terminar esta (Made in te USA) até o próximo domingo! Depois disso, ficarei um tempinho longe, mas não desanimem, estarei aqui sempre que puder ou sempre que precisar de um descanso dos livros.

DemiPOV

Na primeira noite não consegui dormir, admito. Fiquei sentada na poltrona ao lado do berço observando Danielle atentamente, procurando qualquer possível problema que poderia aparecer, contando suas respirações e mantendo os travesseiros ajustados. Amamentei-a com o leite que Dulce havia tirado ainda no hospital com um aparelho muito estranho e de aparência dolorosa, mas que ela se submeteu a enfrentar para eu poder fazer parte do momento. Troquei sua frauda duas vezes e deixei-a segurar meu dedo indicador enquanto dormia.

Foi um descanso bem-vindo para Dulce, conseguir dormir a noite inteira era algo riscado de sua vida nos últimos meses.

Ela só foi perceber minha ausência da cama pela manhã. Eu já estava na cozinha, fazendo café, quando Dulce entrou e passou os braços em volta de mim.

“Bom dia.” Murmurei.

“Por que não me acordou?”

Apenas dei de ombros e peguei a xícara para me servir, mas sua mão me impediu. “O que foi?”

“Vai dormir. Você parece um zumbi.” Dulce beijou minha bochecha.

“Eu não...”

“Você já ficou acordada a noite inteira. Eu assumo daqui, ok? Minha mãe vai estar em pé daqui a pouco e ela vai me ajudar.”

Suspirei e hesitei por alguns segundos, antes de concordar. “Me acorde se precisar de ajuda. Com qualquer coisa.”

“Não se preocupe.” Dulce virou-me em seus braços e me deu um selinho, antes de dar um passo para o lado e me empurrar suavemente para começar a andar. “E vá para o nosso quarto.” Avisou enquanto eu terminava de subir as escadas.

Meu desejo era continuar acordada no quarto de Danielle, ou dormir na poltrona onde passei toda a noite, mas sabia que Dulce não iria permitir que eu fizesse isso. Então fiz o que ela disse e fui para o nosso quarto, deitei na cama e rolei por meia hora, antes do cansaço ganhar a batalha.

DD-DD-DD

Quando eu acordei, o relógio da cabeceira marcava dez para o meio dia e havia um cheiro incrível tomando conta da casa. Dani estava em seu berço quando eu passei por seu quarto e dormia tranquilamente.

A mãe de Dulce estava na cozinha, fazendo alguma comida que parecia muito, muito, gostosa. “Hey. Onde está Dulce?”

Blanca sorriu brevemente. “Está na sala. Ela amamentou Dani e acabou caindo no sono.”

“Precisa de ajuda?”

“Não, chica, tudo bem, vá lá com ela. O almoço vai ficar pronto em meia hora.”

Depois daquele dia, chegamos a uma rotina que parecia funcionar muito bem. Danielle ficava em um berço ao lado da nossa cama até quando ela conseguisse dormir uma noite inteira, então voltaria para seu próprio quarto. O motivo dessa decisão foi que, após duas noites passando a madrugada indo e vindo no corredor, era apenas melhor facilitar tudo e deixá-la por perto.

Quando a mãe de Dulce julgou que já sabíamos tudo que tínhamos que saber e que iríamos nos virar bem sozinhas, ela voltou para o México, depois de algumas lágrimas, claro, pois ela queria ficar perto da neta.

Pensei que minha mãe ia achar algum jeito de se enfiar na nossa casa, talvez até pulasse os portões, mas ela não mencionou nem uma vez a nossa capacidade parental. Ou ela estava julgando o trabalho tão bom que não havia o que criticar, ou estava tão ruim que não havia como consertar. Fosse como fosse, ela não morava na nossa casa e aquilo não iria acontecer em breve. Ou nunca.

Danielle era pequena, mas já tinha apego às coisas. Ela só conseguia dormir com suas três chupetas ao seu lado ou, caso contrário, ela passaria o tempo inteiro chorando até que todas estivessem lá. Ela também só dormia se ficássemos em completo silêncio, sem nem nos virarmos na cama ou algo assim.

Ok, nossa vida sexual estava sofrendo um pouco, mas não é como se fossemos ter qualquer vida sexual até Dulce se recuperar totalmente do parto, e eu não iria forçá-la a nada, então as coisas ficariam na mesma.

Aprender a trocar as fraldas foi, sem dúvida, o mais difícil. Primeiro, descobri que realmente são muitas fraldas usadas em um único dia e eu nem queria fazer as contas de um mês inteiro. Segundo, não era a melhor das visões. Terceiro, quem criou o sistema de fechamento das fraldas deveria odiar o filho. Quarto, era bem mais fácil apenas deixá-la no banheiro o tempo inteiro. E quinto, as instruções do pacote são insuficientes. Mas, felizmente, consegui aprender a arte de se trocar uma fralda sem causar muitos danos.

Até as mamadeiras tinham uma sequência exata. De manhã devia ser a verde com desenhos de dinossauros, mais tarde a vermelha com desenho de flores, então a amarela com pequenos sóis, então de volta para a verde, então a rosa com mais flores, então a verde, aí a vermelha, e por aí vai. Tentávamos alimentá-la com mamadeira o menos possível, mas Dulce queria me incluir nesta etapa e eu estava feliz com isso. Aposto que o esquema das mamadeiras era bem melhor que ter que lidar com a amamentação real.

Quando entramos no quarto mês, já estávamos craques em quase tudo. Quase, porque Danielle ainda não havia passado uma noite inteira em seu quarto. Sua frequência de choros já havia diminuído, por isso decidimos que deveríamos tentar. Acho que foi mais difícil para nós do que para ela. A única crise da noite foi logo no começo.

Foi algo como:

Fechei a porta e suspirei, então a abri novamente. Seria uma longa noite. Com ela ao nosso lado, eu podia controlar sua respiração, seus travesseiros, tomar cuidado para ela não virar e coisas assim, mas do outro lado do corredor era uma história completamente diferente.

“Demi.”

Olhei para Dulce que estava sentada na beirada da cama e parecia meio em pânico enquanto olhava para algo no chão. “O que foi?” Perguntei rapidamente, me afastando da porta.

“A chupeta número 3 está no chão.” Outra coisa que aprendemos foi a numeração das coisas. Era importante numerar os objetos para podermos encontrar o que procuramos rapidamente e evitar uma crise chorosa. As mamadeiras ficavam em sua ordem numérica quando não estavam sendo utilizadas e as chupetas foram numeradas pela ordem da mais usada para a menos usada. Os ursinhos foram numerados por importância. Como o ursinho que Danielle havia ganho de Maddie no hospital. Este era o número 1. Já o ursinho de Natalie, para sua tristeza, era o número 5.

Podia parecer exagerado, mas a chupeta número 3 era de extrema importância naquele momento. Se ela estava no chão, significa que ela não está com Danielle, o que significa que ela só tinha 2 chupetas com ela, o que significa crise chorosa.

“O que vamos fazer?” Eu estava entrando em pânico. “Eu posso esquentar água e lavá-la rapidinho.”

“Mas não rápido o suficiente.” Dulce passou as mãos pelo cabelo, pegou o objeto e mordeu o lábio, antes de respirar fundo. “Ela vai ter que passar a noite sem isso.”

“O que? Deixar ela chorar um pouco até eu lavar vai ser bem melhor do que deixá-la chorando a noite inteira.”

“Não.” Dulce parecia decidida. “Ela tem que aprender que não pode sempre ter tudo o que quer.”

“Se vamos citar músicas dos Rolling Stones, não devemos escolher as que causem menos lágrimas?”

“Você quer que ela cresça mimada?”

Suspirei. “Você tem razão.” Nesse momento, Danielle começou a chorar. Ok, ela percebeu a falta da chupeta. Esperança 00; Danielle 01. “Vou tentar acalmá-la.”

“Não.”

“Não?”

“É só uma chupeta, ela pode se acalmar sozinha.”

Levantei uma sobrancelha. “Não é só uma chupeta. É a chupeta número 3.”

“Exatamente. Lembra como numeramos as coisas por importância? Se esta é a chupeta 3, isso significa que existem outras 2 mais importantes que esta. E são as duas que estão com ela. Danielle vai ter que se contentar com 2 chupetas esta noite.”

“Deus, eu gostaria de ter sua força.” Resmunguei.

Dulce sorriu e colocou a chupeta em seu bidê. “Agora que estamos sozinhas aqui...” Ela me puxou para me perto pela minha camiseta e, enquanto me olhava, começou a brincar com a barra.

Levantei uma sobrancelha. “Tem certeza? Eu não quero te machucar.”

“Tenho.” Dulce levantou minha camiseta o suficiente para revelar meu estômago, então beijou minha pele logo acima do umbigo, fazendo com que eu estremecesse. “Absoluta certeza. Mas...”

“Mas?”

Dulce olhou para nossos pés. “Eu... Bom, você sabe, eu ainda não perdi todos os quilos da gravidez e eu não vejo isso acontecendo em breve, então...”

“Hey.” Empurrei-a suavemente para trás até que suas costas tocassem o colchão, então sentei-me em suas coxas. Falando a verdade, eu havia aprendido a amar suas novas curvas da gravidez. “Você é linda.” Levantei sua camiseta até que ela cedesse e levantasse os braços para me auxiliar na tarefa. Quando joguei a peça por cima do meu ombro, me inclinei e comecei uma trilha de beijou em sua clavícula, enquanto uma mão segurava seu quadril e a outra subia para tentar soltar seu sutiã. “Eu te amo, mas você tem realmente certeza que está pronta?”

“Agora mais do que nunca.”

“Ótimo, porque...” Eeeee... Danielle começou a chorar mais alto. Suspirei e saltei da cama. “Ok, eu desisto. Eu preciso, pelo menos, ver como ela está.”

Ouvi Dulce suspirando quando eu saia do quarto e foi naquele momento que eu tive certeza que não iríamos fazer amor por mais alguns meses.