Fanfic: Made In The USA (DulcexDemi) - Finalizada | Tema: Dulce Maria, Demi Lovato

DulcePOV

Abri as portas do estúdio com confiança, do único jeito que alguém que já havia estado ali por muito tempo conseguiria. Atravessei os corredores sem pestanejar, até chegar a uma sala específica. Bati uma vez e entrei sem esperar uma resposta e, assim que abri a boca para cumprimentar os dois homens lá dentro, arregalei os olhos e corri até um dos cantos da sala.

“O que minha filha está fazendo aqui?” Questionei rapidamente.

Danielle havia chego aos seus seis meses de idade alguns dias antes e agora estava em sua cadeirinha segurando seu dinossauro de pelúcia. Olhei para o outro lado do vidro e vi Demi terminando de gravar uma de suas novas canções. Assim que ela chegou na última nota, bati no vidro e acenei para ela entrar ali.

“O que nossa filha está fazendo aqui?”

Demi suspirou. “A creche está fechada hoje, minha mãe está ocupada, sua mãe está no México e Dallas é, bem, Dallas.”

“Ela é linda.” Mitchell comentou. “Uma fofura.”

“É, eu sei, saiu da minha vagina.” Ele fez uma careta. “O que foi? Nunca viu uma com raiva? Mas você está certo, não é bonito.”

Demi riu. “A resposta adequada seria: obrigada.”

Respirei fundo e cocei minha nuca. Eu estava prestes a admitir algo que eu realmente não queria. “Precisamos encontrar uma babá.”

O plano original era que Demi não voltaria a trabalhar até Danielle completar um ano, mas Mitchell havia ligado na semana passada com uma letra incrível e uma proposta de single e ela não conseguiu recusar. Eu estava ocupada com um tempo de relaxamento próprio. Demi não deveria estar trabalhando naquele dia, mas deve ter sido chamada de última hora para gravar.

“Não precisamos de uma babá.” Demi não queria aquilo tanto quanto eu. “Foi só hoje. E ela está se divertindo.”

Franzi os lábios. “Não precisamos de uma babá para o dia-a-dia, mas se uma emergência como essa acontecer, devemos estar preparadas.”

DD-DD-DD

Demorou algumas semanas, mas encontramos alguém que julgamos confiável. Ela seria a 5ª pessoa na lista para cuidar de Danielle caso eu, Demi, sua mãe e Maddie, estivéssemos ocupadas. Mas, hey, é preciso ter um plano E.

Eu estava sentada no sofá da sala com uma revista no colo. Algum DVD de músicas infantis estava passando na TV e eu tentava me concentrar na matéria sobre o campeonato de surf que estaria acontecendo em Malibu em duas semanas. Isto é, até algo atingir minha testa.

“Outch.” Exclamei quando o microfone de borracha me atingiu. Danielle estava rindo sentada no chão com outros brinquedos espalhados em volta dela.

“O que foi?” Demi perguntou ao colocar a cabeça para fora da cozinha, onde ela tentava preparar algo que Dani iria comer.

“Sua filha está tentando me matar com um microfone de borracha.” Respondi. “Sabe, eu achei fofa essa coisa de microfone de borracha e violão de plástico, mas se ela vai me transformar em um alvo, eu vou mudar de ideia.”

Demi entrou na sala e pegou a coisa de borracha, antes de se abaixar para ficar quase no nível de Danielle. “Nós não jogamos instrumentos musicais nas pessoas, Cupcake, nem os de borracha.”

Danielle estava prestando só metade de sua atenção, já que ela estava procurando outro brinquedo. Para jogar em Demi, provavelmente. Suspirei e sentei-me no chão. “Querida, não se pode jogar coisas nos outros.”

Ela olhou pra mim, então sorrir e abriu os bracinhos. Revirei os olhos e puxei-a para o meu colo para um momento de abraços. Demi sentou ao meu lado e segurou o ursinho favorito de Danielle para ela. De algum modo, Demi conseguiu abraçar nós duas e beijou minha bochecha.

“A quem será que ela puxou?”

Sorri. “Acho que nós duas.” Beijei-a nos lábios. “Mas isso é bom.”

“Não sei, não.” Dulce balançou a cabeça. “Considerando nosso passado...”

“Que está no passado.” Interrompi-a. “Faz séculos.”

“Parecem séculos desde que você me ligou da beira da estrada.” Ela concordou.

“Eu fiquei constrangida na época, mas estou feliz que te liguei.” Admiti.

“Eu também. Mesmo que você me deixou morta de preocupação naquele dia.”

“Eu te amo, sabia disso?”

Demi sorriu. “Eu tenho uma suspeita que sim.” Ela beijou meu ombro. “Eu também te amo.”

Danielle agitou os bracinhos tentando chamar atenção para si. “Nós te amamos também, não se preocupe.” Assegurei-a.

“Eu acho que estou sentindo alguma coisa na minha mão.” Eu sabia o que viria a seguir. Demi havia bolado aquela brincadeira alguns meses antes quando Danielle riu pela primeira vez. Foi o melhor som que já havíamos ouvido e Demi fazia de tudo para ouvi-lo diversas vezes por dia. “O que pode ser?” Ela ergueu a mão na altura do rosto sobre o olhar atento de Danielle. “Eu acho que é... A ARANHA!” Demi começou a fazer cócegas em Danielle que se contorcia nos meus braços enquanto ria de um jeito gostoso que só um bebê podia.

“Não se atreva.” Falei quando vi Demi levantando sua outra mão.

“Sua mami acabou de matar a outra aranha.” Demi comentou sem parar seu ataque de cócegas em Danielle. “Ela não é divertida.”

Quando nossa filha começou a perder o fôlego, Demi parou e puxou-a para o seu colo, onde encheu seu rosto de beijos. Por fim, Danielle conseguiu alguma paz, mas continuou abraçada à Demi, com a cabeça descansando em seu peito.

Sorri para a cena. “Você é uma mãe incrível.” Comentei suavemente.

Demi sorriu largamente. “Você também, Darling.”