Fanfic: Made In The USA (DulcexDemi) - Finalizada | Tema: Dulce Maria, Demi Lovato

DemiPOV

Danielle estava recebendo uma visita. Anahi e Maite estavam na cidade e o pequeno Alejandro estava com elas – considerando que Christopher estava muito ‘ocupado’ naquela semana. Alejandro havia crescido muito desde a última vez que o vimos. Ele estava a algumas semanas de completar dois anos e adorava percorrer os espaços para ‘reconhecimento’.

Deixamos ele e Danielle, que tinha oito meses, brincando em um lugar onde poderíamos monitorar e nos sentamos em algumas cadeiras confortáveis.

“Então, como está a vida?” Anahi perguntou.

Dulce sorriu. “Ótima, na verdade. Comemoramos o Halloween mês passado. Ok, Demi e eu comemoramos. Dani dormiu às 7 da noite.”

“Você tem sorte. Quando ela tiver dois anos, não vai dormir por nada no mundo.” Maite comentou.

“Dando trabalho o rapaz?” Dulce brincou.

“Cale a boca.” Maite revirou os olhos. “Christopher o deixa dormir a hora que quiser quando está com ele. Acabou acostumando-o mal.”

“Acontece.” Dulce suspirou. “E qual a novidade com vocês duas?”

“Bom...” Elas trocaram um olhar meio suspeito. Foi Anahi que continuou a responder. “Nós vamos nos casar.”

“FINALMENTE!” Dulce exclamou.

Apertei seu joelho com força como forma de avisá-la para maneirar um pouco. “Isso é uma boa notícia. Estou feliz por vocês.”

“Pois é. Quem diria.” Maite riu um pouco.

“Peraí, quem pediu?” Dulce questionou com um sorriso largo. “Foi você, não foi, Maite? Eu sabia que...”

“Fui eu.” Anahi interrompeu sua divagação. “Faz duas semanas.”

Dulce olhou-a surpresa. “Aceitar ir a um encontro comigo não quis, agora pedir a outra pra casar...!”

Nós três reviramos os olhos. “Pelo amor de Cristo, Dulce.” Anahi murmurou. “Isso faz séculos já.”

“Só estou achando uma injustiça tudo isso. Eu tentei primeiro.”

“Sua esposa está bem do seu lado.” Disse em uma voz neutra.

Dulce me olhou, parecendo lembrar-se que eu ainda estava lá. “E eu amo ela.” Falou com uma voz inocente.

Bufei divertida. “Quando é o casamento?”

“Ainda não marcamos.” Maite respondeu. “Nem sabemos se vai acontecer agora ou não. Tenho que conversar com Christopher. Anahi já faz parte da vida de Alejandro, mas se nos casarmos...”

“Vai ser como uma segunda mãe.” Dulce completou a frase. “Ele é jovem, vai considerá-la uma mãe se vai crescer ao lado dela.”

“Exato. Quero falar com Christopher sobre isso antes. Ele pareceu apoiar nosso relacionamento, mas não quero pressionar muito as coisas.”

“Mas não estamos com pressa para fazer o casamento.” Anahi continuou. “Eu fiz o pedido, mas vai demorar um tempo para deixar tudo oficial mesmo.”

“Conhecendo você, Barbie, você vai querer um casamento como o da princesa.”

Anahi deu de ombros. “Vamos ver, Ken. Acho que não vou querer algo tão grande.”

“Meu Deus, sério?”

“É claro que não. Quero algo imenso.”

Balançamos nossas cabeças. “Hey, você já tá sabendo do Christian, né?” Dulce perguntou de repente.

Christian havia criado uma base regular de visitas, vindo pelo menos uma vez por semana quando estava na cidade. Na última visita, ele deixou ‘escapar’ que pretendia se casar. E ele podia, ou não, ter achado uma aliança escondida na gaveta de Adam.

“Ele me ligou ontem.” Anahi parecia tão animada quanto ela. “Não posso acreditar que ele vai mesmo casar. Depois do desastre da última vez... É bom ver que ele tem coragem de seguir em frente.”

“Adam é um bom homem.” Dulce deu de ombros. “Me surpreende isso não ter acontecido mais cedo, na verdade.”

“Nem todos são como vocês.” Maite brincou. “Que se conhecem em um dia, se casam no outro e tem filhos na semana seguinte.”

“Hey, você conhece a piada lésbica. Um caminhão de mudança para o segundo encontro.” Dulce riu.

“Vocês vão estar aqui para o aniversário de Danielle, não é?” Questionei.

Seu aniversário de um ano era importante para mim por um motivo. Era a comemoração de seu primeiro ano conosco. Um ano com a garotinha mais linda que já havia visto. Um ano com a pessoa pela qual eu daria minha vida sem pensar duas vezes. E eu queria fazer algo que celebrasse isso. Dulce também partilhava essa ideia, por isso estávamos organizando tudo com antecedência.

“É claro.” Anahi respondeu. “Dulce já havia me informado da festa no dia que ela nasceu.”

Dulce revirou os olhos. “Muito engraçada.”

DD-DD-DD

“Hey, Cupcake.” Murmurei meio sonolenta. Danielle havia acordado no meio da noite e estava chorando. “Qual o problema?”

Depois de verificar qualquer coisa que poderia ser e ver que tudo estava bem, cheguei à conclusão de que ela só deveria ter acordado um pouco assustada. Dulce e eu concordamos em não levá-la para nossa cama em situações assim, porque poderia acabar deixando-a acostumada e só Deus sabe quando teríamos nossa cama de volta. Então sentei na cadeira ao lado do berço, que já estava começando a ficar pequeno para ela, e lhe entreguei seu ursinho favorito.

“Está tudo bem, Cupcake.” Afirmei. “Mamãe está aqui.”

Ela continuou olhando para mim por alguns segundos, então murmurou alguma coisa quase incompreensível. Danielle já havia dito suas primeiras palavras: mama, cis (Christian) e canta. Ela estava tendo alguma dificuldade em dizer outras coisas, mas estava se esforçando ao máximo para aprender novas palavras.

Assim que entendi sua palavra, sorri e comecei uma melodia suave. Eu havia escutado aquela música a alguns anos e achei absolutamente perfeita. Era uma das versões de Glee, Teenage Dream acústico, e uma das poucas músicas que fazia Danielle se acalmar.

Comecei a cantar as letras suavemente, tentando não fazer muito barulho para acalmá-la e não despertá-la. Quando cheguei na metade da música, Danielle já estava dormindo novamente. Cobri-a e ajeitei seu ursinho antes de sair do quarto e voltar para o meu.

“Ela dormiu?” Dulce murmurou quando me deitei ao seu lado.

“Como uma pedra.” Brinquei.

Ela sorriu e rolou para ficar com a cabeça no meu ombro. “Teenage Dream?”

“Sempre funciona.”

Quando acordamos de manhã, Danielle já estava pronta para começar seu dia. Depois de trocá-la, desci até a cozinha com ela apoiada nos meus pés. Eram suas primeiras lições de caminhada. Danielle já conseguia ficar em pé, mas sempre caia ao tentar dar o primeiro passo, então Dulce e eu adotamos esse método para tentar ajudá-la.

Dulce estava colocando panquecas em cima da mesa quando chegamos lá. Ela sorriu e pegou Danielle no colo. “Bom dia, meu amor.” Sussurrou ao beijar sua bochecha. “Pronta para algumas panquecas?” Dani bateu palmas, animada. “Mas antes... Algumas frutas.” Ela fez uma careta, o que fez com que ríssemos.

“Toda manhã.” Comentei com um maneio de cabeça.

Dulce colocou-a sentada em sua cadeirinha e voltou com um pote de banana picada em pequenos pedaços. Aos poucos, Danielle comeu tudo, mesmo entre caretas, então Dulce começou a lhe dar os pedaços de panqueca que eu havia cortado antes. Estávamos tentando ensiná-la a gostar de frutas desde cedo, mas, honestamente, quem iria trocar uma panqueca de Dulce por frutas?

Depois que terminamos o café, fomos para a sala, onde passamos meia hora assistindo Bob Esponja. Danielle ria toda vez que o personagem amarelo ria. E fazia uma careta quando o Lula Molusco estava na tela. Era adorável de assistir e eu estava prestando mais atenção em suas reações do que o desenho em si. Assim que o desenho acabou, ela se contorceu para fora do colo de Dulce e se sentou no chão, onde havia alguns papéis espalhados. Eram algumas imagens que ela arrancou de revistas e uma ou duas folhas que ela rabiscou com uma caneta.

Um suspiro atraiu minha atenção para Dulce, que estava escorada contra o braço do sofá. “O que foi?”

Ela deu de ombros. “Nada, ela só... Cresceu.”

Sorri. “Isso é bom, querida.”

“Eu sei.” Dulce revirou os olhos. “É que o tempo está passando rápido. Seu primeiro Natal está chegando.”

“Pois é. Eu quero que seja inesquecível, mas eu duvido que ela se lembre do que aconteceu ontem, então...”

Dulce sorriu. “Os natais poderão ser inesquecíveis quando ela começar a ter lembranças, não se preocupe. Mas este ano é especial. É o nosso primeiro Natal com ela aqui. Seria muito egoísta recusar o convite das nossas mães? Eu meio que a quero só pra mim.”

“Eu entendo.” Acenei com a cabeça. “Também quero aproveitar esse dia ao máximo. Sei que ela não vai se lembrar, mas... Eu vou. E não, não seria egoísta. É completamente compreensível. Para a sua mãe, não para a minha, claro.”

“Sua mãe já não é a minha maior fã, se a impedirmos de passar o primeiro natal de sua primeira neta com ela, ela vai tentar me matar.”

“Não seja dramática. Minha mãe vai ter que entender.” Suspirei. “Temos nossa própria família agora, gostamos de fazer as coisas do nosso jeito com a nossa família. Você, eu e Danielle.”

“Talvez com um quarto membro no futuro?” Ela mordeu o lábio inferior, quase sem ter certeza se deveria ou não falar aquilo.

“Já?”

Ela deu de ombros. “Não agora, claro. Nossas mãos já estão bem cheias com Dani, mas no futuro. Nós duas tivemos irmãs e sabemos que isso é ótimo. Não quero que ela seja filha única. Seria... solitário.”

Eu podia ver seu ponto. “Eu adoraria aumentar nossa família no futuro.”

Dulce sorriu. “Eu amo você.”

Estava prestes a responder quando algo chamou minha atenção. Danielle estava em pé, apoiada na mesinha de centro, e parecia bem concentrada com algo. Logo à sua frente, seu ursinho favorito estava deitado no tapete e era, obviamente, seu destino.

“Dulce.” Apontei para nossa filha, que estava cada vez mais concentrada.

Dulce se virou para olhar e nós duas assistimos com espanto quando Danielle esticou sua perninha e deu seu primeiro passo hesitante e desequilibrado. Logo depois de se apoiar, ela caiu de bunda no chão e terminou seu caminho engatinhando, até ter seu ursinho preso firmemente nas mãos.

Nós nos olhamos em completa admiração. “Ela acabou de...”

“Sim.” Dulce respondeu. “Seu primeiro passo.”

E então parecíamos duas idiotas chorando e parabenizando Danielle, que nem tinha ideia do que tinha acontecido. Ótimo.