Fanfic: Made In The USA (DulcexDemi) - Finalizada | Tema: Dulce Maria, Demi Lovato

DulcePOV

“O que vamos lhe dar de Natal?” Perguntei quebrando o silêncio do quarto.

Demi, que estava fazendo algumas anotações para músicas em seu caderno, deu de ombros. “Não faço a mínima ideia. Poderíamos lhe dar algo para desenhar.”

“É verdade. Margo vai considerar arrumar um novo emprego se tiver que limpar mais uma parede.” Brinquei. Depois que Danielle havia descoberto que podia ficar em pé se usasse uma das mãos para se apoiar em algo, ela havia desenhado em todos os lugares que podia quando nos distraíamos. Vamos apenas dizer que Margo não gostou quando Christian lhe deu umas canetinhas permanentes em sua última visita. “O que acha de colocarmos um quadro branco em uma das paredes de seu quarto? Assim ela pode desenhar a vontade e é fácil de apagar.”

“Parece uma boa ideia.” Demi concordou. “Christian vai lhe dar mais algumas canetas coloridas, tenho certeza, e ela vai poder aproveitar.”

“Eu também estive pensando em outra coisa.” Mordi o lábio inferior. Aqui era onde eu jogava todas as minhas cartas para conseguir o que queria.

“Pela sua cara, tenho certeza que eu não vou gostar.” Demi levantou uma sobrancelha. “O que é?”

“Facilitaria se você olhasse pra mim.”

“Você vai usar os olhos de cachorrinho, não é?” Ela suspirou, mas colocou o caderno longe e se virou para me olhar.

Sorri um pouco. “O que você acha da ideia de termos um cachorro?”

Ela ficou em silêncio por longos e torturantes segundos, então franziu os lábios. “Um cachorro? Querida, você sabe que eu sou alérgica.”

“Eu sei, mi amor, mas... Eu gostaria de dar um filhote para Dani de Natal.” Admiti. “Um cachorro pequeno, eu juro, nada de labradores ou nada desde tamanho. Um cachorrinho, que pudesse lhe fazer companhia e que a deixasse mais feliz.”

Demi suspirou pesadamente. “Pequeno?”

“Bem pequeno.” Respondi. “Eu prometo. Você pode ir comigo escolher. Vamos escolher o menor que tiver.”

“Qual a necessidade dela ter um cachorro?”

“Toda criança deve ter um cachorro.”

“Eu não tive um cachorro.”

Fiz uma careta. “Se você tivesse, seria o primeiro sinal de que sua mãe queria te matar. Sua alergia era bem pior antigamente do que é agora.”

“Mas se tivermos um cachorro aqui em casa, vou ter que tomar antialérgicos o tempo inteiro. É só mais um remédio para meu coquetel diário.” Ela parecia um pouco amarga pelo fato.

“Tudo bem.” Suspirei em derrota. Não se engane, eu ainda não havia desistido, eu só estava dando uma pausa no assunto. “Acho que você está certa. E o cachorro seria mais nosso do que dela agora, não é?”

Demi sorriu. “Obrigada, querida.”

DD-DD-DD

Admito que meu plano era um pouco cruel, mas era minha melhor opção. Demi queria sair um pouco de casa com Danielle, mesmo que os paparazzi estavam a menos de um metro de distância a cada passo que dávamos. Sugeri um parque não muito longe de casa, para que pudéssemos ir a pé. Demi acabou concordando e, assim, nos vimos empurrando Danielle em um balanço para bebês.

Meu aniversário era no dia seguinte e, merda, eu estaria fazendo 32 anos. Demi havia planejado uma pequena comemoração, e eu estava feliz em ver que seus planos não incluíam chamar mais gente. Seria um dia preguiçoso, como chamávamos. Eu ia passar o dia na cama com as mulheres da minha vida e não havia nada melhor do que isso.

Depois de alguns minutos no parque, que começava a encher de paparazzi escondidos atrás de árvores e arbustos, Danielle decidiu ir ao escorregador. Joguei a carta de que era mais velha, então acabei ficando no final do brinquedo, enquanto Demi auxiliava Danielle a subir e descer, sempre tomando cuidado para ela não perder o equilíbrio segurando seus braços. Toda vez que Danielle chegava no final, eu a abraçava e beijava seu rosto. Ela ria toda vez.

Quando Demi se cansou de ficar indo e vindo no brinquedo, decidimos comprar um sorvete. Estava frio, já era inverno, mas não havia indicação de que a neve iria cair naquele ano, então decidimos fazer a vontade de Danielle e lhe dar um sorvete de morango. Demi acabou terminando de comê-lo, já que Dani logo se distraiu com alguma coisa.

Demi demorou para perceber, mas eu tinha um sorriso conspiratório no rosto. Era um cachorro. Seu dono, o vizinho do andar de baixo do nosso apartamento, o mesmo cara legal do Halloween antes mesmo de Danielle nascer, estava seguindo sua rotina como fazia toda quarta à tarde. Eu não tinha ideia de qual era seu emprego, nem sabia seu sobrenome, mas sabia que ele tinha um cachorro, um yorkshire, e que o levava para aquele parque sempre nos mesmos dias: quartas, sábados e domingos. E eu também sabia que Danielle adorava o pequeno Scooby, porque havia o encontrado no elevador mais de uma vez. Eu sabia que o nome do cara era Hank, por causa de uma das breves conversas que tivemos no elevador, e que ele tinha um relacionamento à distância, mas nada mais do que isso.

Danielle desceu do meu colo assim que reconheceu Scooby e tentou caminhar até ele, mas suas perninhas ainda não tinham o equilíbrio suficiente para a tarefa na calçada irregular. Mas Hank a viu e abriu um sorriso enquanto se aproximava. O pequeno cachorro começou a abanar o rabo e a puxar a coleira.

Ok, Demi Lovato, lide com isso agora.

“Boa tarde.” Hank cumprimentou com um sorriso amigável.

“Olá, Hank.” Retribuí o sorriso. “E olá pra você também, Scooby.” Acariciei entre as orelhas do cachorro, que lambeu minha mão brevemente antes de voltar sua atenção para Danielle.

Demi também sorriu. “Não sabia que tinha um cachorro.”

Hank deu de ombros. “Minha namorada me deu no nosso primeiro Natal juntos. Já estou com ele a oito anos.”

“Wow, é bastante tempo.” Comentei. Danielle acabou sentada no chão brincando com Scooby, que parecia bem feliz em vê-la. Não me importei, afinal, ela já estava com a roupa suja mesmo.

“Pois é. Ele é meu companheiro desde então.”

“Algo para se lembrar dela, não é?”

“É verdade.” Ele sorriu. “Ele alegra meus dias. Está sempre lá abanando o rabo quando eu chego do trabalho.”

Demi franziu a testa e, por um segundo, achei que ela havia descoberto meu plano. “Onde sua namorada mora?”

“Nova York.” Hank suspirou. “Nos conhecemos na faculdade. Estamos fazendo dar certo desde então. Mas as coisas vão ficar melhores, consegui um emprego lá. Vou me mudar ano que vem.”

“Fico feliz por você, mas triste por mim.” Ri. “Quem vai me fazer ignorar as músicas chatas do elevador?”

Hank também riu. “Talvez você consiga convencer o senhorio a mudar as músicas, finalmente.”

“Espero que sim.” Suspirei. “Dani vai sentir falto do Scooby.” Acenei a cabeça na direção dos dois. Scooby estava no seu colo, lambendo sua mão, enquanto Danielle ria por algum motivo.

DD-DD-DD

Depois de colocarmos Danielle dormir naquela noite, cantando uma das músicas de Demi, fomos para a cozinha e nos servimos um pouco de vinho. Demi apenas tomou um gole da minha taça, já que ainda tinha medo de acabar falhando com sua sobriedade. Mas, hey, sem recaídas a mais de três anos!

“Animada com amanhã?” Ela perguntou.

“Se estou animada para ficar mais velha e por ficar um ano mais próxima de chegar aos 40?” Brinquei. “Não muito. Mas estou animada com nossos planos.”

“Você sabe que vai acabar assistindo filmes da Disney.” Danielle era louca pelos desenhos da Disney.

Dei de ombros. “Contanto que Frozen não apareça na lista.”

“Qual o seu problema com este filme?”

“Meu problema não é com o filme. É com as pessoas cantando aquela frase idiota: ‘do you want do build a snowman?’. Isso é chato pra caramba.”

Demi revirou os olhos. “Ainda está cedo. Quer fazer alguma coisa?”

“Bom...” Coloquei a taça na pia e me aproximei com um sorriso. “Pensei em uma coisa que poderíamos fazer.”

“É mesmo?”

“Uhum. Algo que não fazemos já faz um tempo.” E isso era mais minha culpa que de Danielle, apesar dela ter seus momentos de bloqueio de sexo muitas vezes. Esperei perder todos os quilos da gravidez antes de deixar Demi me tocar novamente, apesar de saber que isso era idiotice. E eu saía para ver Danielle toda vez que um mínimo barulho surgisse na babá eletrônica.

Demi sorriu. “O que é?”

“Você pode tentar adivinhar.” Me inclinei para deixar meus lábios na sua orelha. “Envolve nós duas e nenhuma roupa.” Murmurei. “E os meus dedos, e a minha língua, e os meus lábios.”

Demi gemeu e me empurrou contra o balcão. “Você não mencionou a parte que eu entro.”

“Depois que eu te fizer gozar tanto que seu corpo vai parecer gelatina.”

Seus lábios estavam nos meus assim que eu disse a última sílaba. Enrolei meus dedos em seu cabelo curto, que me deixava louca admito, e puxei-a para o mais perto possível. Demi é bem mais forte do que parece, sério, então quando ela me levantou para me colocar sentada no balcão não foi realmente uma grande surpresa.

“Não podemos fazer isso aqui.” Sussurrei sem fôlego quando ela desceu seus beijos para o meu pescoço.

“Por que não?” Ela resmungou com o tom um pouco abafado pela minha pele.

“Porque eu corto o café da manhã da nossa filha aqui.”

Demi se afastou com uma careta. “Bom ponto.”

“Acabei com o clima?” Questionei com pesar. Eu realmente, realmente, não queria ter acabado com o clima, só estava fazendo uma boa observação sobre o fato da falta de higiene da situação.

“Não, só precisamos chegar a outro lugar.”

Antes que eu pudesse responder, Demi se afastou, com as mãos nas minhas coxas para me impedir de cair. Passei meus braços pelo seu pescoço e aproveitei o atrito que seus movimentos criavam. Eu estava, literalmente, sendo esfregada contra seu estômago e era uma sensação maravilhosa, apesar das camadas de roupa no caminho.

Demi nos levou facilmente até o andar de cima, mas seu caminho foi impedido por um dos brinquedos de borracha de Danielle. Ela resmungou alguma coisa com os lábios no meu pescoço e me encostou na parede. Gemi e joguei minha cabeça para trás, lhe dando todo o acesso que quisesse. Demi conseguiu puxar minhas calças de moletom um pouco para baixo, apenas o suficiente para colocar a mão dentro da minha calcinha sem dificuldade.

“Quarto.” Sufoquei. Não poderíamos fazer aquilo na frente do quarto da nossa filha. Sem chance.

Demi conseguiu desviar do brinquedo ofensivo e nos levou para nosso quarto, onde eu fechei a porta rapidamente. Sua força deve ter se esgotado, porque Demi me levou direto para a cama, mas não deixou espaço entre nossos corpos nem por um segundo.

“Você não tem ideia do quanto eu te amo.” Ela sussurrou contra minha orelha.

Suspirei feliz. “Acho que eu tenho uma boa noção.”

“Eu quero começar seu novo ano de vida fazendo amor com você.”

“Espero que não tenha gasto suas energias subindo as escadas então, mi amor, porque a noite vai ser longa e eu não pretendo parar até que eu não consiga mais sentir meu corpo.”

“Acha que consegue julgar meu espanhol por um segundo?”

“Tipo, agora?” Eu estava um pouco surpresa com o fato.

Demi riu um pouco. “Seria bom, ou uma frase totalmente treinada seria perdida.”

“Ok, mas é bom que não dure mais que um segundo.”

“Voy lamberte hasta que venga mil veces em mi boca.”

Engoli em seco. “Parece perfeito pra mim.” Tanto o espanhol quanto o significado.

“Ótimo.”

DD-DD-DD

“Dani pode ter um cachorro.” Demi falou do nada. Eu estava quase dormindo, adorando ser a ‘pequena colher’, exausta das atividades noturnas.

Sorri largamente. Eeeeee aí está a mágica, meus amigos!

“Ok.” Murmurei, fingindo estar pegando no sono, usando uma voz neutra.

Ela beijou minha nuca e me abraçou mais forte. Que se foda minha aversão pela minha idade, eu estava de conchinha com a minha esposa depois de uma noite incrível de sexo. O diabo podia vir me dar um presente e eu não iria me importar.