Fanfic: Made In The USA (DulcexDemi) - Finalizada | Tema: Dulce Maria, Demi Lovato

DemiPOV

Danielle não entendeu muito bem porque acordamos tão cedo no Natal, mas parecia feliz em se sentar na frente da lareira e ganhar alguns biscoitos a mais do que normalmente tinha direito. Ajudamos Dulce a preparar panquecas. Bom, eu ajudei e Danielle fez o pequeno favor de enfiar a mão na massa. Duas vezes. Não ficamos irritadas, afinal, era Natal e parecia realmente que ela só estava tentando ajudar.

Comemos as panquecas com xícaras de chocolate quente ao lado da árvore carregada de enfeites e presentes. A maioria era para Danielle, inclusive os que nossas famílias pretendiam entregar para ela durante a festa do dia anterior, mas que não comparecemos em nenhuma delas. Desnecessário dizer que minha mãe, como castigo, havia me evitado quando apareci para pegar seus presentes, apesar de ter sido sua ideia eu ir. Ela pode ser bem contraditória.

Depois de Danielle abrir todos os seus devidos presentes da árvore com nosso auxilio, Dulce se levantou com cuidado para não chamar atenção para si enquanto nossa filha mexia em um ursinho de pelúcia novo.

Segundos depois, ela retornou à sala com um pequeno filhote na mão. Ah, o maldito filhote. Ainda penso que ela teve muita perspicácia em me levar a concordar com aquilo, mas não é realmente surpresa. Eu atravessaria o Polo Norte pelada se ela pedisse com aquele olhar inocente.

Os olhos de Danielle pareciam saltar quando ela reconheceu o pequeno animal nos braços de Dulce. Ela se levantou e caminhou rapidamente até Dulce, que já estava agachada esperando-a.

“Cho-rro.” Danielle exclamou em animação.

Foi quando eu soube que valeria muito a pena tomar um comprimido a mais todo dia, porque a felicidade em seu rosto não tinha preço.

Dulce sorriu e trocou um olhar comigo. “Isso mesmo, Dani. Como quer chamá-lo?”

Consideramos nós mesmas lhe dar um nome, mas decidimos ao contrário, mesmo que ele pudesse acabar se chamando Faísca ou Branco ou qualquer nome ridículo que as crianças dão aos animais.

Danielle parecia não ter ouvido, estava muito ocupada mexendo em uma das orelhas do filhote, que parecia tão feliz quanto ela por estar ali. Mas uma palavra escapou com tanta espontaneidade que era até fofo.

“Buddy.” Declarou com um riso baixo. Ela parecia desajeitada, inclinada nos joelhos ainda fracos, acariciando a cabeça do cachorro, bambeando para frente e para trás, mas com um sorriso enorme.

“Buddy.” Dulce repetiu. “Acha que esse é o nome dele?” Perguntou para mim.

Dei de ombros. Dizem que apenas as mães entendem o que os filhos falam e pode ser verdade, mas aquele não era um dos momentos. “Não sei, mas pode ser, não?”

Dulce mordeu o lábio inferior, parecendo hesitante com a escolha, então sorriu. “Bem-vindo à família, Buddy.”

DD-DD-DD

Eu sabia que esse cachorro ia voltar e me morder na bunda. Não literalmente.

Lá estava eu, no meio do jardim, com ar frio congelando meu corpo inteiro, esperando Buddy terminar suas necessidades. Dulce não achou os jornais. Ótimo.

Respirei fundo. “Vamos lá, garoto, não é uma decisão tão difícil, eu vou ter que recolher depois mesmo.” Bufei, tentada em jogar a sacola de plástico no chão num ato de raiva.

Buddy apenas me olhou e continuou cheirando o gramado. Ok, ele estava fazendo de propósito.

“Está congelando aqui, não deve estar bom pra você também.” Reclamei. “Vamos logo e vamos entrar em casa com uma lareira maravilhosa e um calor de suar até a bunda.”

FINALMENTE!

Uh, isso não é muito bonito. Nem muito higiênico.

As coisas que eu faço pela minha família...

Joguei a sacola fora na lixeira no meu caminho e deixei Buddy correr para dentro de casa. Suspirei e o segui. Precisava lavar minha mão com ácido, mesmo que ela não encostou em nada, ainda era nojento.

Dulce estava terminando o almoço, então deixei Danielle brincando com Buddy na sala, e entrei na cozinha pensando em ajudar, mas, depois vê-la usando seu avental fofo, decidi apenas abraçá-la.

“Estou tentando fazer um almoço comestível.” Sua voz estava divertida e ela se aconchegou mais em mim e não tentou se afastar, apesar de suas palavras.

“Podemos sempre comer panquecas.” Beijei sua nuca.

“Tem algo pra você no meu bolso.” Fiquei curiosa instantaneamente. Me afastei apenas o suficiente para colocar a mão no bolso da calça de moletom. “Pervertida!” Ela exclamou com um riso alegre. “No bolso do avental.”

“Hey, não sabia que esse avental tinha um bolso, me processe por assumir a melhor opção.” Brinquei enquanto levava minha outra mão para o devido bolso. Não tirei a outra do bolso da calça. Tirei uma chave de seu bolso. “Vamos ter um momento brega?”

Dulce riu e se virou depois de tirar ela mesma minha mão do bolso. “Não, essa não é a chave do meu coração.” Ela se inclinou e beijou minha bochecha. “Sei o quanto adorava seu carro e odiou ter que trocá-lo.”

“Não.” Apesar da negativa, eu estava muito animada com o que aquela chave podia abrir.

“E eu sei que posso estar assinando o atestado de morte de alguém porque você não é a melhor motorista que existe.” Dulce sorriu. “Pare de pular no mesmo lugar e vá pular na garagem.”

Foi exatamente o que fiz. O carro de Dulce estava ao lado da porta, depois o meu e, então, o carro que assumi ser aquele que a chave abriria.

“Você me comprou um carro de Natal?!” Exclamei enquanto corria para o objeto de referência. Eu só podia pensar duas coisas: era lindo e eu queria ter sexo selvagem com Dulce ali mesmo.

Ouvi sua risada atrás de mim. “Nunca entendi porquê se desfez do seu carro antigo se podia apenas ter comprado outro.”

“Você não faz ideia do quanto eu te amo.” Passei a mão sobre a pintura preta e observei o brilho com satisfação.

“Bom, eu te comprei um carro, espero que seja muito.”

Virei-me e corri para me jogar em seus braços. Dulce gritou um pouco surpresa e se apoiou na parede para não cair. “Eu juro, se não tivéssemos que nos preocupar com Danielle, eu já teria tirado sua calça.”

Dulce riu e beijou minha testa. “Fico feliz por ter gostado, mas, por favor, me deixa respirar.”

Afastei-me apenas o suficiente para ela encher os pulmões normalmente. “Melhor Natal da minha vida. Minha esposa, minha filha e meu CARRO!”

Ela revirou os olhos. “Já estou me arrependendo. Tente não atropelar ninguém, pelo amor de Deus. Não vou levar nossa filha visitar ninguém na cadeia.”

“Ah, então essa não é uma boa hora para lhe contar sobre meu irmão Jaime?” Brinquei.

Dulce balançou a cabeça e se virou. “Com sorte, nada queimou na cozinha. Fique apreciando o melhor presente da sua vida.”

“Mas este não é o melhor presente da minha vida.” Falei com rapidez. Ela se virou com uma sobrancelha levantada, pedindo, silenciosamente, uma explicação. “Ter você e Cupcake é o melhor presente da minha vida. Este carro pode ser o segundo, mas não é o primeiro, com certeza.”

Dulce abriu um largo e feliz sorriso. “Bem, senhorita Lovato, continue com essas palavras doces e pode acabar conseguindo mesmo ter sexo nesse carro.” Ela piscou, virou-se e fez seu caminho ate a cozinha.

Tive o ar retirado dos meus pulmões por alguns momentos.