Fanfic: Made In The USA (DulcexDemi) - Finalizada | Tema: Dulce Maria, Demi Lovato

DulcePOV

“Por que ela é tão pequena?”

Sorri. “Você também já foi deste tamanho.”

“Não.”

“É claro que foi. Você saiu de dentro de mim, assim como ela vai sair de dentro da sua mamãe.”

Danielle franziu a testa e parecia perdida em pensamentos. Estava a poucos dias de completar três anos e parecia cada vez mais curiosa. Estávamos olhando a foto do último ultrassom de Demi enquanto esta descansava por causa das dores nas costas.

“Quando ela vai sair de lá?” Perguntou finalmente.

Puxei-a para o meu colo e fingi considerar sua pergunta. “Em alguns meses.”

“Quando eu tiver 4?!”

“Não.” Eu ri e balancei a cabeça. “Você ainda vai ter 3 quando ela nascer.”

“Mas... Como ela vai sair de lá?”

Ok, hora da pergunta estranha. Este é o problema com as crianças. “Lembra que falamos sobre aquela parte do corpo que só as meninas têm?”

“O John disse que é a...”

“Você não deveria estar escutando o John, ele fala muitas bobagens.” Interrompi-a. Da última vez que deixei-a terminar, descobri que este tal ‘John’, seu colega, chamava seu pênis de ‘partes baixas’ e que fazia questão de se referir a ele. “É por lá que ela vai sair.”

“Sério?” Agora ela parecia impressionada. “Como?”

“Você vai entender. Então, quer fazer algumas panquecas?”

“SIM!”

Depois de comermos algumas panquecas, decidi que seria a melhor hora para começar a pintar o novo quarto do bebê. Consideramos recolocar um berço no quarto de Danielle para que elas ficassem juntas, mas Buddy estava lá o tempo inteiro e achamos que os pelos podiam causar algum problema. Então escolhemos o quarto da frente para fazer o quarto. Mais uma vez, nós mesmas iríamos pintar as paredes e fazer a decoração.

Levei o rádio para o quarto, forrei o chão com jornais, abri as latas de tinta brancas para a primeira mão e desenterrei os rolos da primeira vez. Danielle achou que seria mais interessante me ajudar do que pintar seu livro de colorir, então acabei tendo que colocar um de seus CDs infantis, o que não era meu plano inicial, mas é um dos sacrifícios feitos pelos filhos.

Danielle ficou sentada em um dos cantos com um pincel pequeno e uma roupa velha, pintando o mesmo pedaço várias vezes. Enquanto isso, pintei as outras partes e comecei a imaginar como ficaria depois de pronto. As cores seriam diferentes daquela vez. Vermelho e azul. Compramos um papel de parede com listras pequenas destas duas cores e ela ocuparia duas das paredes, as outras duas seriam pintadas separadas.

Danielle estava no meio da letra de uma música do Rei Leão quando vi um vulto na porta. Demi estava escorada no batente com uma mão na barriga e um sorriso imenso no rosto. Ela não ficava linda grávida, ela ficava maravilhosa. Ela brilhava e parecia muito mais feliz.

“Hey.” Murmurei enquanto me aproximava. Não cheguei muito perto porque minha roupa estava cheia de tinta, mas me inclinei para lhe dar um selinho. “O cheiro incomoda?”

“Não.” Ela continuava sorrindo.

“Ok, Curinga do sorriso imenso. Já terminamos a primeira mão. Os caras vem colocar o papel amanhã, então temos que pintar as outras paredes hoje. O que acha de sairmos para jantar e terminar isso depois?”

“Está me mandando ajudar?”

“Estou apenas dizendo que seria bem justo.”

Ela riu. “Você ajuda Dani a se arrumar?”

“Claro. Hey.” Danielle olhou para nós e balançou o pincel, jogando gotas de tinta para todo lado. “Ok, animada, vamos tomar um banho.”

DD-DD-DD

“Sabe o que é bastante incrível?” Sussurrei no silêncio do quarto.

Demi estava escorada do outro lado do berço. “O que?”

“Se Dani chorava a noite inteira, acabamos de criar alguém que é seu completo oposto.”

Demi riu baixinho para não perturbar o ambiente e destruir o silêncio. “Ela está bem animada, não é?”

“É claro que está. É muito nova para mandarmos trocar as fraldas.” Brinquei. “Está feliz por ter uma irmã. Esta não foi uma emoção que eu senti, fui a última, mas acho que deve ser animador.”

“É.” Ela concordou com um sorriso. “Seus pais chegam amanhã, não é?”

“Sim, tenho que ir pegá-los no aeroporto e Dani já se voluntariou para me fazer companhia. Terá que lidar com um Buddy desolado.” O pequeno cachorro era tão grudado com Danielle que quando ela saia de casa ele passava o tempo inteiro deitado olhando para a porta. Além dela, Demi era a única que ele era grudado também. Incrível, porque fui eu que dei a ideia de adotá-lo e ele me trai assim.

“Não acredito que ela já tem três meses.” Demi suspirou. “Como o tempo pode passar tão rápido? Dani está com três anos e meio, logo vai estar com quatro e nosso bebê já vai fazer um ano e então?”

“Então perceberemos que estamos envelhecendo. Eu mais do que você, claro.” Apertei sua mão e sorri. “Encontrei um fã seu hoje no mercado. Quase arrancou as fraldas da minha mão para trazer ele mesmo.” Ri um pouco ao lembrar da cena. “Sei que o tempo está passando rápido e logo vamos voltar a trabalhar. Só quero que saiba que eles estão esperando. Sem neuras. Elas vão crescer e nos abandonar, mas acho que os fãs vão grudar como cola quente.”

Demi sorriu. “Você sempre sabe como fazer com que eu me sinta melhor.”

“É um dom.” Beijei sua mão e me afastei do berço. “Vamos lá, hora de dormir. Tenho certeza que alguém vai acordar com fome logo cedo.”

Ela concordou e arrumou pela milésima vez o cobertor amarelo. “Bem-vinda à família Claire Isabelle.”