Fanfic: Made In The USA (DulcexDemi) - Finalizada | Tema: Dulce Maria, Demi Lovato
Dannyk: nem sabia que tinha todo esse amor por mim, oxe kkkkkk. Pq ninguém quer herroni mais, gente? Kkkkkk e obrigada, faço o possível kkkk
Ka_oliveira: Qual o problema em ter 500 webs herroni? Kkkkkkkkk, mas tudo bem, concordo, já fiz mt herroni. E eu tbm dei uma olhada nas fics antigas esses dias e XEÇUS! como eu evoluí kkkkk, nem parece que fui eu que escrevi a primeira web que eu já fiz na vida kkkk. E eu sempre invisto em algo portiñon em toda fanfic, seja amizade ou romance, pra mim sempre tem que ter =)
Pryhsavirroni: depois quando eu fico me achando, acham ruim kkkkk, mas muito muito muito obrigada, faço apenas o melhor que posso com os pensamentos malucos que aparece kkkk. E eu vou tentar escrever um livro no futuro sim, nem que seja para crianças de três anos kkkkk
E já que TODO mundo quer portirroni... PORTIRRONI SERÁ!
DemiPOV
Eu não sei o que éramos, o que estávamos fazendo ou o que aquilo significava, mas eu gostava de pensar o que poderia acontecer.
Nunca me senti assim antes. Nunca senti essa atração por uma mulher antes. Nunca pensei que poderia estar tão animada para ver uma pessoa que não seja da minha família. Nunca pensei que ficaria tão feliz em ver o nome de alguém na tela do meu celular.
Não sei o que éramos. Se estávamos namorando, ficando ou era um caso de amigos com benefícios. Se ela queria algo a mais ou apenas uma aventura. Se eu queria algo a mais ou apenas uma aventura. Mas sei que, se tivesse a chance, poderia me apaixonar.
Não sei o que fazer com isso, porque queria correr o mais rápido possível para longe, mas não encontrava força e vontade para fazer isso. Acho que sei porque ela cantou “Troublemaker” para mim aquele dia.
Só espero que ela também sinta as borboletas no estômago ou aquela sensação de vazio quando não estávamos trocando mensagens por causa de algum compromisso.
Na quarta, sua declaração pública de desculpas por abandonar sua agenda foi apresentada em seu Twitter. Ela dizia que tinha problemas pessoais que precisavam ser resolvidos para que ela pudesse retornar à sua agenda. Ainda prometeu que recompensaria os fãs do Brasil quando voltasse e pediu mais desculpas à eles por ter cancelado tardes de autógrafo e entrevistas.
Trocamos poucas mensagens durante as minhas gravações. Simon nem suspeitou de nada, já que eu vivo no celular mesmo, e eu não queria ouvir provocações dele no momento.
Na quinta, fotos estouraram na internet de Dulce e Christian saindo de um restaurante juntos. Eu apenas não sei como podem nos seguir 24 horas por dia e achar um simples almoço entre amigos tão interessante a ponto de dedicar uma reportagem de 40 linhas para isso. Honestamente, me parece muito idiota. Não pudemos trocar muitas mensagens, pois eu estava no estúdio.
Já na sexta, acordei me sentindo ansiosa. Normalmente, quando fico muito ansiosa com algo, tenho que aumentar a dosagem do meu medicamento um pouco para me controlar, para não ter que tomar outro. Então passei a manhã um pouco cansada por causa do sono que o remédio me dá e quase dormi no meio da entrevista, mas, por sorte, consegui me conter.
Acabei pulando o almoço para terminar meu livro, porque estava muito animada com isso para demorar mais tempo. Terminei em algumas horas, revirei e mandei para a editora. Me dariam a resposta em uma semana, disseram. Quando olhei o relógio, já era cinco da tarde.
Pensei em comer uma bolacha ou um salgadinho, mas não sabia o que Dulce havia planejado para o encontro, então fui tomar banho. Fiquei meia hora parada na frente da cama, enrolada na minha toalha, olhando para as possíveis opções de vestuário e eliminando um por um.
“Essa calça é muito apertada. Essa camisa é muito reveladora. Esse vestido está velho. Esse salto me faz andar de forma estranha. Muito frio para essa saia.”
Por fim, escolhi um vestido de renda branco, sem manga, mais curto dos lados, com a frente e as costas chegando até os joelhos. Coloquei um colar de penas que havia ganhado de Maddie no meu aniversário do ano passado, um lenço xadrez preto no cabelo com um nó meio elaborado para a esquerda (demorei dez minutos só para fazer isso) e um salto alto preto que me deixava cinco centímetros mais alta. Passei maquiagem e meu perfume favorito, e me avaliei no espelho. Parecia razoável o suficiente.
Eu estava procurando um casaco quando a campainha tocou. Respirei fundo para evitar hiperventilar e desci as escadas rapidamente. Ajeitei o vestido e o lenço antes de abrir a porta. Seus olhos estavam presos no chão e, quando abri a porta, ela olhou para cima rapidamente. Ela levantou uma sobrancelha e parecia um pouco surpresa.
“O que foi?”
“Você está... linda.” Ela falou balançando a cabeça.
Corei e tentei esconder isso cobrindo meu rosto com a mão quando afastei uma mecha do meu cabelo para trás. “Obrigada.”
“Está pronta?”
“Só estou terminando de me arrumar. Entra.”
Juro que ouvi ela sussurrar “ainda tem mais?” quando me virei, mas não tenho certeza. Deixei-a sentada no sofá e subi as escadas correndo. Abri meu closet de novo e repassei por todas as opções, não encontrando nenhum que ficasse bom. Me pergunto se é normal se sentir tão nervosa no primeiro encontro. Deve ser. Eu estava quase desistindo e indo sem casaco, quando olhei para um canto e achei uma jaqueta fina de um bege meio escuro. Coloquei-a, conferi minha imagem no espelho, passei mais um pouco de perfume e voltei para a sala.
“Estou pronta.” Anunciei.
Dulce se levantou e foi quando percebi o que ela usava. Eu estava tão em pânico quando abri a porta que nem reparei. Usava uma calça jeans, uma camiseta branca, um colete preto, tênis vans preto, maquiagem leve e cabelos soltos livremente pelas costas. Parecia absolutamente linda.
Ela dobrou o braço e ofereceu-o para mim. Sorri quando passei meu braço entre o dela e enganchei nossos braços. “Nossa noite começa agora. Espero que cubra suas expectativas. Vamos em frente?”
Concordei e, depois de ligar o alarme e fechar a casa, ela me levou para seu carro. Dulce abriu a porta do carona para mim e eu sorri. Ela apenas deu de ombros e esperou que eu entrasse para fechar a porta. Então deu a volta no carro e entrou, ligou o carro e começou a dirigir. Não reconheci o caminho, mas também não perguntei. Ficamos em um silêncio confortável, com o som suave do rádio ao fundo.
Uma hora depois ela entrou por um portão preto até uma curta estrada de terra, então parou na frente de uma casa. “Onde estamos?” Perguntei depois dela desligar o carro.
“Na minha casa.” Ela respondeu.
Franzi a testa. “Você estava aqui antes?”
“Sim.”
“E atravessou Los Angeles para me buscar na minha casa?” Perguntei, levantando uma sobrancelha.
“Sim.”
“Você podia ter me dado o endereço.”
Ela revirou os olhos. “E onde estaria o cavalheirismo nisso?” Ela fez uma pausa. “E eu não podia correr o risco de você quase atropelar mais alguém.”
Gemi e coloquei minhas mãos no rosto. “Você nunca vai deixar isso para lá?”
“Não, do mesmo jeito que você nunca vai me deixar esquecer o episódio do cuspe.”
“Os três episódios.” A lembrei.
“É disso que estou falando.” Dulce revirou os olhos novamente e saiu do carro, dando a volta rapidamente para abrir a porta para mim, sem nem me dar tempo de alcançar o cinto.
Ela segurou minha mão para me ajudar a sair, mas não a soltou depois, não que eu estivesse reclamando. Enquanto ela procurava as chaves no molho enorme de chaves que tinha na mão, olhei para nossas mãos unidas e sorri um pouco.
Dulce deve ter me visto olhando, porque suspirou. “É para o caso de você se perder no caminho.” Deu de ombros. Eu sorri e a segui até a porta da frente. Dulce abriu-a rapidamente e me deixou entrar primeiro. “Bem-vinda ao meu humilde lar.” Ela brincou.
Havia um corredor logo na porta, que levava até a sala, que era enorme, com um piano de calda preto em um dos cantos e três guitarras e um violão em suportes no outro. Percebi que eram todas autografadas e fiquei impressionada. Seu sofá era de couro e enorme. Sua TV ficava na parede, mas um pequeno rack ficava na parede, com um som, um DVD e alguns videogames, além de três fotos. Uma dela com outras quatro mulheres, que eu imagino ser sua mãe e irmãs. Outra com seus ex-companheiros de grupo. E uma dela apenas com as meninas do grupo.
“Sinta-se a vontade.” Ela falou. “Vou ver se nossa janta está pronta.”
Depois que ela foi para a cozinha, me aproximei do rack e peguei sua foto com as quatro mulheres. A mais velha com certeza devia ser sua mãe, porque eram muito parecidas. Suas irmãs também eram incrivelmente parecidas com ela. Todas tinham sorrisos alegres e Dulce parecia mais jovem, talvez com 17 ou 18 anos, mas não havia muita diferença, como se em dez anos ela não tenha mudado.
E foi nesse momento que eu percebi que ela tinha 27 anos. Isso são 7 anos a mais que eu. 7 anos.
Ok, talvez eu não seja tão ligada ao sexo ou à idade, mas sete anos são bastante tempo. Muita coisa acontece em sete anos. Milhares de pessoas nascem e morrem em sete anos. Sete anos fazem a diferença.
“Eu sei, sou a irmã mais gata.” Sua voz me assustou um pouco, mas consegui encobrir isso facilmente. Olhei para trás e a vi com um pequeno sorriso olhando a foto que eu tinha em mãos. Ela se aproximou um pouco mais, ficando logo atrás de mim. Eu podia sentir o calor de sua pele contra mim já. Ela acenou com a cabeça para a foto e eu voltei a olhá-la. Com o dedo ela apontou para a mulher mais velha. “Minha mãe, Blanca.” Ela apontou para a mulher ao lado. “Minha irmã mais velha, Blanca também.” Apontou para a última mulher. “Claudia, a irmã do meio.”
“Você é a mais nova, então?” Perguntei, colocando o porta-retrato no lugar.
Ela acenou em acordo. “Têm 7 anos de diferença entre Claudia e eu.”
E aí está o número novamente. “E isso nunca incomodou?” Vamos jogar esse pequeno jogo...
“Não.” Ela sorriu. “Eu adorava ser a caçula. Minhas irmãs me provocavam sobre termos mais um irmão, porque eu deixaria de ser a mais nova e isso me irritava muito. Tenho ótimas lembranças da minha infância, elas foram ótimas irmãs, sabem, mesmo sendo mais velhas brincavam comigo e me levavam para todos os lugares. Acho que a idade não importa muito.”
Ou ela lê pensamentos ou entendeu meu jogo, de qualquer forma, sorri para ela. “Minha irmã mais velha, Dallas, me provocava usando meu nome completo. Nunca gostei dele, era só mais um motivo para piadas. Mas ela foi a primeira a me apoiar quando eu disse que queria estudar em casa.”
“E o que você fazia para provar sua irmã mais nova?”
“Nada, eu acho. Eu preferia passar o tempo ensinando ela a falar palavrão.”
Ela riu. “Acho que minha infância seria bem mais divertida se minhas irmãs tivessem me ensinado palavrões.”
“Pois é, acho que a salvei de ter uma infância chata.” Sorri. “Faz pouco tempo que eu descobri que tenho outra irmã que nunca fiquei sabendo antes. Uma meia-irmã, Amber. Mas eu a encontrei poucas vezes. A conheci oficialmente no funeral do meu pai biológico.”
Ela deve ter percebido a mudança no meu tom ao falar do meu pai, por isso mudou de assunto. “Bom, se a senhorita me seguir, a levarei para nossa mesa.” Ela brincou, estendendo seu braço para mim novamente. Enganchei nossos braços e a deixei nos levar.
Ela passou pela cozinha, onde pensei que era nosso destino, abriu uma porta de vidro e, novamente, me deixou passar primeiro. Estávamos no jardim, notei rapidamente. Havia uma piscina um pouco afastada e não muito grande, roseiras contornavam todo o muro e algumas violetas enfeitavam um banco na estreita calçada em volta da casa. No meio do jardim havia uma mesa redonda, com duas cadeiras.
Dulce puxou a cadeira para eu sentar e eu sorri em agradecimento. A mesa estava enfeitada com duas velas em um castiçal, pétalas de rosas jogadas pela superfície e uma garrafa de vinho descansava no meio. Parecia tudo incrivelmente preparado. Havia dois pratos na mesa, cobertos com bandejas, e duas taças colocadas ao lado da garrafa.
Antes de se sentar, Dulce abriu o vinho e serviu nos dois copos, me estendendo um. Então sentou e levantou o copo. “Proponho um brinde para essa linda noite.” Ela olhou para o céu e eu segui seu olhar. Estava repleto de estrelas e uma bonita lua cheia.
Sorri e olhei-a novamente. “A essa linda noite.” Concordei.
Depois de brindarmos e tomarmos um gole do vinho branco, que era incrível por sinal (eu não costumo gostar de vinho, o que significa algo), ela se ajeitou melhor na cadeira. “Bom, tenho que admitir que eu não tinha ideia do que fazer, tendo em vista que comida nunca surgiu em nossas conversas. Então eu tive que pesquisar. Um breve comentário: seus fãs provavelmente sabem mais que você que sua família.” Tive que concordar com isso. Era realmente verdade, eles sabiam muito sobre mim. “De qualquer forma, descobri que você gosta de comida mexicana, o que é algo bom, porque, bem, é óbvio que é minha especialidade.”
“Seria uma ironia se não fosse.” Concordei.
“Porém, tenho que admitir também que eu liguei para minha mãe para pegar uma receita. Depois de discutir sobre o que fazer por uma hora, e de voltar ao site para ver se dizia algo sobre você ser vegetariana, finalmente escolhi um prato, que eu particularmente adoro.”
“Estou ficando curiosa.”
Ela sorriu e tirou a bandeja do meu prato. A visão me deu água na boca. “Pollo a la mexicana.” Anunciou.
“Isso parece ótimo.”
“Sinta-se a vontade.”
Comemos em meio a uma conversa leve sobre coisas aleatórias. Em algum ponto entramos em uma competição de histórias constrangedoras e rimos tanto que eu mal podia respirar. Quando terminamos de comer, Dulce levou os pratos para a cozinha e trouxe um brownie caseiro que estava simplesmente divino, com uma bola de sorvete de creme do lado. Acabamos por pegar o pote de sorvete e colocar ele no meio da mesa, usando as colheres da sobremesa para comê-lo direto do pote. Ele acabou em pouco tempo e ficamos apenas conversando animadamente, sem nos importar com isso.
Era quase meia-noite quando Dulce se levantou e estendeu a mão para mim. Seguei-a e deixei-a me puxar para meus pés. “Vamos lá, tenho outra surpresa.”
Ela me levou para o outro lado da casa, onde havia um jardim completo com diversas flores ocupando metade do espaço. Antes das flores começarem, havia um cobertor esticado no chão, com outra garrafa de vinho do lado. Ela me levou até o cobertor e nós sentamos em cima dele. Ela serviu mais duas taças de vinho, dessa vez tinto, e me entregou uma.
“A uma linda noite.” Falei, batendo levemente minha taça contra a dela.
Ela sorriu e concordou, tomando um pequeno gole antes de deixar a taça de lado e olhar para cima. “Esse é meu local favorito da casa. Não por causa das flores, mas porque aqui é possível ver ainda mais o céu, e ele está lindo essa noite.” Ela olhou para mim. “Assim como você.” Senti um calor subir pelo meu pescoço e se espalhar pelo meu rosto e sabia que devia estar vermelha como um tomate. “Obrigada por aceitar sair comigo.”
“Eu que devo agradecer a você por essa noite maravilhosa. Eu me diverti muito e a comida estava surpreendente.” Sorri para ela e mordi meu lábio inferir, decidindo se deveria acrescentar a última parte ou não. “Esse foi meu primeiro encontro.”
Ela ergueu uma sobrancelha, parecendo muito surpresa. “Esse, exatamente esse, que ainda está acontecendo, neste momento, é seu primeiro encontro na vida?”
“Sim.” Concordei timidamente.
“As pessoas devem ser cegas para não te convidarem para sair.”
Eu ri. “Elas me convidaram. Eu que nunca aceitei. Meus únicos namoros sérios não começaram com encontros.”
“Você devia ter me dito, eu teria feito uma coisa melhor.”
“Não acho que poderia ser melhor que isso.” Sorri para ela, tentando transmitir tudo o que sentia naquele momento, então me inclinei e descansei minha cabeça em seu ombro. “Foi incrível. Você é incrível.”
Senti um leve beijo no topo da minha cabeça, um pouco atrás do lenço, e sorri para o gesto carinhoso. “Eu sinto muito que teve que ser na minha casa. Eu queria aproveitar a noite com você e se fôssemos a um restaurante logo ia estar cheio de fotógrafos do lado de fora. Você sabe, faz cinco dias que eu anunciei ao mundo que sou gay, acho que ver nós duas jantando em um restaurante iria atrair suspeitas.”
“E elas estariam certas.” Brinquei.
Dulce colocou seu braço ao redor dos meus ombros e descansou a mão no meu braço, deslizando-a suavemente para cima e para baixo. “Eu sei, mas acho que você não quer ouvir o mundo inteiro fazendo teorias sobre você.”
“Eu não me importaria. Um jantar entre amigas, um jantar entre amantes... Não importa o que queiram pensar. O importante é aproveitar a noite... Com você.”
Ela se inclinou e deu um beijo no meu templo. “Você sabe, esse deve ter sido o melhor encontro da minha vida.”
“Quantas você teve antes desse?” Perguntei curiosamente.
“Bom... Ok, talvez tenham sido dois ou três, mas esse é o melhor.”
Ri um pouco. “Esse foi o melhor para mim também.”
“Isso quer dizer algo, quer dizer, você já teve uns mil encontros, certo?”
Revirei os olhos. “Apenas aceite o elogio e esqueça os detalhes.”
“Você que manda.”
Sorri e segurei sua mão livre entre as minhas, brincando com seus dedos, então subi meus dedos devagar sobre seu antebraço, parando quando senti uma pequena marca circular. Olhei para seu braço. Eram várias, talvez dez, no fim do antebraço, algumas um pouco maiores. Não era preciso perguntar para saber o que eram. Marcas de agulhas.
“Desculpe.” Murmurei, afastando meus dedos e meus olhos.
“Está tudo bem.” Ela suspirou. “São dez nesse braço e sete no outro. Quando eu não estava muito chapada, conseguia usar uma marca anterior, por isso algumas são maiores. Anahi costumava brincar de ligar os pontos quando não tínhamos nada para fazer, eu não me importo com elas mais.”
“Você e ela... Sabe.” Pergunta muito constrangedora. Não há necessidade de perguntá-la, mas algo no fundo da minha mente queria saber... Queria saber qual a concorrência. Isso é ridículo, nem estamos realmente juntas.
“Você quer saber se namoramos?” Ela perguntou. Acenei timidamente e ela riu. “Bom, eu tentei, tenho que admitir isso. Principalmente depois que ficamos tão próximas. Achei que aquela originalidade de se apaixonar pela melhor amiga hétero ia acontecer comigo também. Eu beijei ela uma vez, ela me bateu tão forte que eu fiquei sem escutar nada do ouvido direito por uma semana. Na segunda vez que eu tentei, foi no meio de um show, ela saiu correndo atrás de mim e jogou o microfone na minha cabeça. Na terceira vez não foi bem uma tentativa. Foi uma semana após o mundo descobrir sobre Christian ser gay e nós tínhamos um show importante no México. Anahi e eu combinamos de fazer algo para ajudá-lo e a única coisa que passou pela nossa cabeça foi um beijo. Falamos a verdade, que era para ajudar Christian, então ninguém desconfiou de nada sobre mim.” Ela deu de ombros. “Mas as coisas funcionam muito melhor com ela sendo minha irmã. Às vezes mais velha, às vezes mais nova. Eu a conheço desde que tínhamos 6 e 3 anos, faz muito tempo para atravessar essa linha e dar certo.”
“É muito tempo.” Concordei. “Onde você a conheceu?”
“Em uma gravação de um programa mexicano. Ela era tão louca, mesmo com 6 anos, e eu estava recém entrando no programa. Ficamos amigas muito rápido. Depois disso, nos víamos sempre, ambas sempre tivesse contrato com a Televisa, nos víamos durante gravações e coisas do tipo, então nos reencontramos em um filme, depois em Clase 406 e, por fim, em Rebelde.”
“Parece muito como eu conheci Selena. Fazíamos parte do programa Barney e ela me chamou para pintar um desenho com ela. Nunca mais nos separamos.” Sorri para a lembrança de uma Selena criança correndo até mim e me oferecendo um de seus lápis de cor para pintar uma Barbie com ela.
“Isso deve ter sido a coisa mais fofa do mundo.” Dulce riu um pouco.
Poucos segundos de silencio depois, suspirei e me apertei um pouco mais contra ela. “Depois que você foi embora na terça, eu subi para o banheiro e joguei a última lâmina que havia na minha casa fora. Eu queria agradecer por você abandonar seus compromissos para aguentar meu ataque.”
“Eu faria tudo de novo.” Dulce comentou. “Para te ajudar. E fico feliz por você ter conseguido se livrar da lâmina. Eu sei como é difícil se livrar das... ferramentas. Está com frio?” Ela perguntou quando cheguei um pouco mais perto.
“Não, é que você é muito confortável.” Murmurei, escondendo meu rosto vermelho em seu ombro.
Ela riu. “Fico feliz em ser útil. Posso te fazer uma pergunta?”
“Claro.”
“É uma pergunta difícil.”
“Estou preparada.”
“Pode até ser constrangedora.”
“Manda.”
“Friends ou How I Met Your Mother?”
Joguei minha cabeça para trás e ri, ela me seguiu logo depois. “Com certeza Friends.”
“Ai meu Deus, eu com certeza vou te pedir em casamento! Harry Potter, Jogos Vorazes e Friends?! Acho que conheci a mulher perfeita. Eu sabia! Apostei com Christian e agora ele me deve cem dólares.”
“Você apostou com ele sobre qual série eu prefiro?” Franzi a testa. Essa é uma aposta um pouco estranha, até porque eu nunca o conheci, então é um tiro no escuro apostar contra Dulce sobre isso.
“Não.” Ela fez uma pausa, acho que para dar um efeito. “Eu apostei sobre você ser a mulher perfeita.”
“Eu não sou perfeita.”
Ela deu de ombros. “Isso depende do ponto de vista.”
“Sabe que eu também tive problemas com drogas?” Falei, tentando mudar de assunto. Talvez ela fosse louca. Não ela era louca, para pensar que sou perfeita... Ou talvez tomou muito vinho.
Ela suspirou. “É, eu posso ter lido naquele site que mencionei antes. Achei melhor... Não falar sobre isso. Pensei que você não estaria muito confortável em partilhar isso.”
Aí está o altruísmo de novo. “Eu não tenho problemas em falar sobre o que aconteceu no passado. Alguns meses antes que eu reconhecesse meus problemas, acabei ficando viciada em cocaína. Eu mal podia passar uma hora sem usar. Eu costumava enganar as pessoas no aeroporto, colocando vodca em uma garrafinha de água. Eu cheguei a usar cocaína dentro do avião enquanto todos dormiam. Acho que esse foi o auge do problema, o que me ajudou a aceitar que eu precisava de ajuda.”
“Eu colocava a heroína dentro dos meus sapatos. Como a banda tinha um jatinho, não passávamos pela inspeção de entrada no aeroporto. Quando nosso produtor mandava a gente entregar as malas para colocar no jatinho, eu dizia que precisava colocar uma roupa mais confortável antes. Eu usava um pouco no banheiro do aeroporto antes de ir, colocava uma jaqueta ou algo para cobrir as marcas, e guardava o que sobrou no bolso. Dentro do jatinho eu ia ao banheiro de novo e usava o resto. Quando chegávamos ao aeroporto e passávamos pela inspeção, já não havia mais nada. Meu estoque de viagens ficava com a minha maquiagem, que ficava na bolsa. Ninguém nunca pensou em abrir o kit e ver se tinha algo a mais lá dentro.”
“Aprendemos tantos métodos para manter o vicio.” Comentei.
Ela riu sem humor algum. “Pois é. Eu costumava usar cocaína só no hotel, porque eu precisava de algo plano para fazer isso. Eu chegava a usar dez vezes durante a noite e usava uma quantidade maior antes de todos acordarem, para me dar um tempo maior para achar uma desculpa para desaparecer por alguns minutos.”
“Você contou para eles? Ou eles te viram usando um dia?” Dulce suspirou. “Não precisa me dizer, se não quiser.”
“Está tudo bem. São apenas as lembranças.” Ela respirou fundo e soltou o ar lentamente. “Um dia eu misturei tudo o que tinha em casa quando fiquei bêbada. Tive uma overdose. Por sorte, ou azar, Christian estava me procurando para jantarmos juntos, quando eu não atendi, ele decidiu ir falar diretamente comigo. A porta estava trancada, mas tinha música alta vindo de dentro, e ele sabia onde eu deixava a chave reserva, então entrou. Ele me achou no chão da sala, quase sem pulso, a um passo de morrer. Ele chamou uma ambulância e ficou comigo no hospital até eu acordar. Pedi que ele não contasse para ninguém sobre aquilo, menti, dizendo que tinha sido só uma vez e, como era inexperiente, usei demais. Mas então Pedro, nosso produtor, precisava dos nossos documentos para fazer alguma coisa, como eu estava almoçando no restaurante do hotel, ele decidiu apenas procurar na minha bolsa se eu havia deixado a carteira. Minha maquiagem caiu no chão e... Bem, você pode deduzir. Ele contou para todo mundo, inclusive para meus pais. Foi então que eles me colocaram na reabilitação.”
“Foi minha irmã mais velha que descobrir sobre meu distúrbio alimentar e os cortes. Ela olhou meu histórico no computador e viu todos os sites que eu acessava. Meu problema com a cocaína foi anunciado por mim quando eu finalmente aceitei ajuda.”
“Acho que é isso que os magoa mais, não é?” Ela sussurrou. “Serem os últimos a saberem. Ou não terem ideia do que acontece em nossa vida, mesmo nos tendo embaixo dos braços. Minha relação com meu pai nunca voltou a ser a mesma desde que ele descobriu sobre as drogas. Ele diz que eu nunca serei a mesma. Acho que destruí sua imagem da garotinha dele.”
“Seu pai não se importa por você ser gay?”
“Ele não é a favor nem contra. É claro que preferia que eu casasse com um homem e lhe desse os vinte netos que ele sonha. E eu sei que ele nunca vai tratar nenhuma das minhas namoradas como trataria um homem se eu o levasse para casa. E ele se sente incomodado com o fato de que muitas pessoas não aceitam que eu seja assim e que possam fazer algo contra mim. Mas ele quer que eu seja feliz e, por mais que acredite que eu seria mais feliz com um homem, nunca me impediria de fazer algo. Seu maior problema é com as drogas, ele nunca vai me perdoar por isso. E como sua família iria reagir se soubesse que você está aqui comigo hoje?”
“Minha mãe iria dizer algo sobre namorar com alguém que eu nem sei falar a língua natal e me dar um dicionário de espanhol. Dallas iria fazer alguma piada idiota e rir por meia hora, e Maddie iria pesquisar tudo sobre você e me mandar uma mensagem a cada coisa que descobrir.” Dulce riu. “Mas elas só querem que eu seja feliz, não se importam se você é mulher, homem ou meio a meio.”
Ela riu novamente. “Eu ficaria tranquila se fosse você, não estou na categoria meio a meio.”
“Eu sei que você canta, dança, toca violão, guitarra e piano, fala francês, é linda, gentil e educada, surfa, anda de skate, faz jardinagem, pinta, escreve, pratica esportes e é a melhor cozinhei que já vi. Me diga algo que você não consegue fazer.”
“Eu disse que fiz pintura, não que me saí bem nela.” Dulce comentou. “Meu único quadro parecia uma diarréia pisoteada por uma manada de elefante.” Eu ri muito da imagem. “Hey, não ria do meu desastre em segurar um pincel. É cruel.”
“Ok, me desculpa.”
“De qualquer forma.” Ela falou, tentando parecer irritada. “Eu não consigo falar japonês.”
“Já tentou ter aulas?”
“Não.”
“Então não conta como algo que você não consegue fazer.”
“Você já me ouviu falar japonês?”
“Não.”
“E isso é porque eu não consigo falar japonês.”
Inclinei a cabeça para olhá-la e vi um sorriso convencido em seu rosto. Revirei os olhos. “Espertinha.”
Dulce sorriu e começou a se inclinar para frente. Eu sabia o que viria a seguir e estava animada com isso. Durante toda a noite, havíamos nos tocado quase o tempo inteiro, mas ainda não tínhamos nos beijado. Na verdade, já fazia três dias que eu não sentia seus lábios contra os meus. E eu sentia falta deles. Fechei meus olhos quando senti sua mão no meu rosto e esperei ansiosamente pelo contato. Ela parou quando seus lábios roçaram contra os meus, antes de avançar o resto do espaço.
Suspirei contra seus lábios e coloquei minha mão direita em sua bochecha. Antes que eu pudesse perceber, estava deitada contra o tecido macio do cobertor, com Dulce parcialmente em cima do meu lado esquerdo. Sua mão, que antes estava em meu rosto, desceu para minha cintura e me puxou um pouco para mais perto. Agarrei seu colete com minhas mãos e a puxei para ficar totalmente em cima de mim, então as desci para suas costas.
Gemi quando senti seus dentes mordendo meu lábio inferior e puxando apenas o suficiente para um calor subir em meu corpo. Era um beijo diferente do primeiro, mais urgente, mas não sem menos cuidado ou carinho. Seus lábios desceram para meu pescoço e eu gemi novamente quando ela colocou um beijo atrás da minha orelha em cima da minha tatuagem de pena.
Senti seu sorriso contra minha pele. “Acho que encontrei um ponto sensível.” Ela murmurou, dando outro beijo no local. Meu corpo arrepiou com isso e apertei sua cintura com mais força. “Não que eu seja contra continuar com isso, mas... Você acha que devemos diminuir a velocidade?”
Essa é uma dúvida muito cruel. Eu queria que ela apenas continuasse para acalmar o calor em meu baixo ventre, mas também sabia o que poderia acontecer se continuássemos. “Uhun.” Foi o que consegui murmurar com ela mordiscando o lóbulo da minha orelha.
“Ok.” Ela beijou minha mandíbula e meu queixo, antes de me beijar novamente. Quando nos afastamos, ela rolou para o lado e eu a segui, abraçando-a pela cintura, deitando minha cabeça em seu ombro. Dulce beijou minha testa e começou a passar a mão pelo meu cabelo lentamente. “Vamos com calma, então?”
Suspirei e acenei em acordo. “Com calma.” Agora já sei o que vai acontecer... Ela vai dizer que tudo bem, mas não vai estar realmente tudo bem para ela, porque é isso o que ela quer agora. Foi assim com Joe. Ele não estava realmente de acordo em esperar um tempo para darmos o próximo passo e estava sempre insistindo, até o dia que eu finalmente concordei.
“Vamos esperar o tempo que você quiser.” Ela murmurou com os lábios em meu templo, beijando o local logo depois.
“Você realmente quer esperar?”
Dulce usou sua mão para virar meu rosto com cuidado para que eu a olhasse. “Eu não me importo com o tempo. Eu só quero que você tenha certeza que é isso que quer antes de fazermos qualquer coisa. Não quero que se arrependa depois de nada do que aconteceu entre a gente.”
Ok. Eu estava errada. Eu podia ver a sinceridade em seus olhos e as lágrimas nos meus. Respirei fundo para conter o choro e acenei com a cabeça. “Já disse que você é incrível?”
“Algumas vezes, mas pode continuar, não tem problema.”
Sorri e lhe deu um beijo demorado. Quando nos afastamos, me virei para olhar o céu novamente. É, eu definitivamente ia me apaixonar.
Admito que vai ser meio estranho para eu escrever Portirroni, pq na minha mente eu tenha a imagem de Maite vestida de freira, mas vou fazer o possível. Quem lê minhas fanfics sabe que a maioria sempre tem a mesma personalidade, May a santinha, Dulce a maluca sarcástica, Christian o idiota, Ucker mulherengo, Anahi patricinha e Poncho certinho. Essa é a imagem que eu tenho deles, por isso quase nunca muda. Nessa fanfic decidi mudar, criar suas personalidades na minha mente de novo.
Portirroni vai demorar um pouco para aparecer, porque eu já tenho quase trinta capítulos prontos no Word, mas já vou começar a planejar algo. Peço um pouco de paciência pq, como eu disse, vou ter que recriar as personalidades na minha cabeça para ficar algo condizente e que eu consiga trabalhar com isso depois. Mas vai acontecer Portirroni, não se preocupem.
E será Christian e um modelo gostoso, porque a imagem de Poncho não mudou na minha mente, ele continua sendo o certinho. Ucker ainda estou em dúvida, vai ter UckerXMiley, mas NÃO será oficial, ou seja, NÃO vai ficar assim o resto da fic.
Bom... Continuem com suas opiniões!
Autor(a): chavinonyportinon
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ka_oliveira: novidades são sempre boas, certo? Kkkkk DemiPOV Dulce insistiu em me levar em casa, mesmo após eu afirmar diversas vezes que podia pegar um táxi. Nos despedimos na minha porta com um beijo calmo. A observei ir embora pelo olho-mágico da porta e, assim que seu carro ficou fora de vista, suspirei e deixei de esconder o sorriso ...
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Comentários da Fanfic 166
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dulvatoforever Postado em 23/08/2015 - 02:50:17
Eu anei do começo até o fim ja li ums 15 vezes e vou ler muito mais😍😍. Por favor 🙏faz mais fanficfa Dulvato
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dannylove Postado em 07/08/2015 - 16:55:46
eu ainda não havia visto uma fic com Dulce e Demi como casal, mas deu muito certo. É uma história muito boa, que fala do amor entre duas pessoas, amor pela família, pelos amigos e claro superação. Parabéns!!!
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dannylove Postado em 18/05/2015 - 11:29:03
A fic está bem interessante. Pobre Dulce como está sofrendo:(
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caiocoelho22 Postado em 15/04/2015 - 05:41:36
Mano, eu acabo de ler e já tenho vontade de começar tudo outra vez... É viciante! <3
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caiocoelho22 Postado em 10/04/2015 - 10:29:37
E vamos ler pela 5° vez <3
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Miihzinhx Postado em 08/04/2015 - 02:07:37
Sobre essa familia ? PERFEIIIITA <3 Assim como a sua fic,ok..ainda vai demorar um pouco pra mim superar esse fim...Ameei demais essa fic.Graças a você eu shippo em Dulvato agora,suas fics são sem sombra de duvida,as melhores ... Obg por lembrar de mim nos agradecimentos kkkkk .. Cara,já falei que essa fic é perfeita? Pois é,ela é perfeita e essa familia é tão cuuut <3 <3 Realmente me apaixonei por essa fic.. vou esperar mais fic suas ok ? .. Obrigada por criar essa fic e me fazer shippar nesse casal mais que perfeito.. Parabéns *------* Você merece aplausos de pé heuheu .. Bjooos,espero comentar outra fic Dulvato em breve u.u
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portinonj Postado em 05/04/2015 - 23:43:29
Tá legal que eu amei a web do começo ao fim! Cara, você me fez ler a web desde o começo umas 4 vezes enquanto eu aguardava por mais capítulos. kk. Eu devo saber cada detalhe da web de cor! Eu realmente amei essa fic! Parabéns, de verdade! Eu aguardo por mais webs Dulvato! <3
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Dannyk Postado em 05/04/2015 - 14:39:40
Você sabe como eu fico quando como bolachas ... eu simplesmente engasgo e desapareço kkkkkkkkkkkkkk - AAAAAAH DE NADA, EU SEI QUE A MINHA PRESENÇA TE INSPIROU MUITO !!!!!!!!!!!! - Ok, vamos ficar sérias (nem tanto pq eu sou eu) A D O R E essa fic ! Tipo, de verdade mesmo, eu achei que eu era a única louca que shippava Demi e Dul mas você me provou mais uma vez que eu não estou sozinha no mundo ! Parabéns por essa fic ! Ficou demais e muuuuito diva (quase tanto quanto eu) PS : ESPERANDO OS ONE SHOT'S DULCE X NIKKI PSS : Até a próxima moça !
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anadulcetes2 Postado em 04/04/2015 - 17:12:32
Tututu eu to ficando loca, minha fanfic predileta ta acabando e eu já tou chorando
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portinonj Postado em 04/04/2015 - 10:43:05
Mais uma pequena pra família! Own *-*' Continua!