Fanfics Brasil - 15 Made In The USA (DulcexDemi) - Finalizada

Fanfic: Made In The USA (DulcexDemi) - Finalizada | Tema: Dulce Maria, Demi Lovato


Capítulo: 15

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ka_oliveira: novidades são sempre boas, certo? Kkkkk


 


DemiPOV


Dulce insistiu em me levar em casa, mesmo após eu afirmar diversas vezes que podia pegar um táxi. Nos despedimos na minha porta com um beijo calmo. A observei ir embora pelo olho-mágico da porta e, assim que seu carro ficou fora de vista, suspirei e deixei de esconder o sorriso enorme que ameaçava dividir meu rosto no meio.


Fui direto para meu notbook, que sempre estava por perto, e abri meu Twitter. A única coisa que falei foi “Noite mais incrível de sempre ;)”, então fui tomar banho e dei uma olhada rápida nas redes sociais no iPhone.


Dulce havia atualizado seu Twitter também. “A minha também”. Ninguém desconfiaria de nada, porque não haviam especificações, nem mesmo noticias de que nos conhecíamos mais do que nos ver durante premiações. Mas fez meu sorriso, que eu não podia manter fora do meu rosto, ficar ainda maior.


Meus sonhos foram recheados com sua imagem sorridente ao me beijar na porta.


Fui desperta pela manhã com o som do meu celular vibrando na cabeceira da cama. Tateando em volta para tentar achá-lo e resmungando sobre esmurrar quem quer que estivesse interrompendo meu sono, demorei quase um minuto para achar o celular.


Minha visão estava meio turva, porque estava sem minhas lentes de contato, então tive que tatear tudo de novo para achar meus óculos velhos. Mas o trabalho todo no fim valeu a pena.


“Bom dia, bela adormecida.”


Ok, eu não vou esmurrá-la, porque aquilo foi muito fofo. Olhando a hora no canto da tela, percebi que já era quase onze da manhã. Eu tinha marcado um almoço com Selena hoje. Merda.


Joguei as cobertas para o lado e levantei correndo. Não que ela estivesse esperando que eu chegasse na hora, porque eu geralmente me atraso, mas eu demoraria uma hora para me arrumar e o almoço era ao meio dia, então eu chegaria com duas horas de atraso e não sei se ela ia me desculpar por isso. Então eu tinha que correr.


Tive que responder sua mensagem enquanto colocava a calça, o que foi um desafio incrivelmente superado. E aposto que ganhei duas multas no caminho para o restaurante, mas o importante é que eu cheguei apenas meia hora atrasada. Selena, como o esperado, não estava muito feliz com isso, mas ela já sabia que era provável que eu não chegasse na hora.


Me joguei na cadeira e respirei fundo, finalmente me acalmando depois de toda a correria. “Bom dia. Desculpa o atraso, eu...”


“Já sei, acordou tarde. É sábado, eu já estava esperando por isso. Então, qual o motivo do almoço?”


“Não posso almoçar com minha melhor amiga?” Perguntei, tentando parecer inocente.


Ela levantou uma sobrancelha. “Demi, eu te conheço. Se quisesse me ver iria me chamar para ir para sua casa. Mas se quer conversar você me chama para um restaurante. E não estamos na sua casa agora, a menos que você tenha aberto ela ao público e não me avisado.”


“Nossa, está de muito bom humor hoje.”


“Fiquei te esperando durante cinquenta minutos.”


“Não é minha culpa que você sempre chega cedo e eu não!”


“Que seja. O que vai comer?”


Depois de fazermos os pedidos, ela me olhou novamente com aquela cara de ‘comece a falar agora ou eu vou te torturar até você falar’. Suspirei. “Lembra da conversa que tivemos algumas semanas atrás?”


“Sobre as mensagens e a mulher com nome de coisa gostosa?” Eu ri para a última parte. “O que tem isso?”


“Bom, você estava certa. Não eram apenas mensagens.”


“Tem algo que queira me contar?” Ela perguntou desconfiada.


“Tive um encontro com ela ontem a noite.” Falei rapidamente antes de perder a coragem.


Selena ficou me olhando com os olhos arregalados e a boca quase batendo no peito por um minuto inteiro, antes de exclamar: “Ai meu Deus! Eu sabia!”


“Olha, eu realmente... Peraí. Sabia? Como assim sabia?”


“Aquelas mensagens, meu amor, estavam carregadas de flertes e praticamente gritavam: quero te pegar. Por favor, Demi, eu não sou burra. Mas... Eu pensei que nada iria acontecer, porque, bem, é você.”


“O que quer dizer com isso?”


“Você pensa demais sobre as coisas, Demi. Eu achei que você ia começar a pensar demais e nem dar uma chance pra garota.”


“É bom saber que as pessoas têm fé em mim.”


Ela revirou os olhos. “Eu tenho fé em você, só disse que você pensa demais nos prós e contras. E estou impressionada por você estar sendo impulsiva de novo depois de muito tempo pensando demais.”


“Está dizendo que fui impulsiva em sair com ela?”


“Não! O que estou dizendo é que você finalmente está vivendo de novo. Faz quase um ano que você terminou com Wilmer e você nem considera a ideia de sair com alguém desde então. Mas aí você saiu em um encontro com ela ontem, eu só fiquei surpresa.”


Suspirei. “Eu tinha desistido do amor, Sel.”


“Eu sei, querida, eu sei.”


“O que ela está fazendo comigo?”


“Te fazendo desistir de desistir do amor.” Ela sorriu. Acenei em acordo. “Agora me conta tudo, desde o começo.”


Fiquei uma hora contando tudo que aconteceu para ela, inclusive contando todos os detalhes de ontem a noite. Em alguns momentos ela comentava algo, do tipo “isso foi muito fofo da parte dela” ou “own, ela disse isso?” ou “ela é cavalheira!” e coisas do tipo. No fim, ela me olhou por alguns segundos com um sorriso.


“Estou feliz por você. Sério. Se tem alguém que merece a felicidade e o amor, é você. O que pretende fazer agora?”


“Como assim?”


“Vai ficar sentada esperando ela ligar para você? Ou vai mostrar que também pode ter bolas e chamá-la para sair?”


Olhei para ela como se fosse um gênio, o que ela provavelmente era. “Como eu não pensei nisso antes?”


“Bom, você chegou tarde e já foi dormir, então acordou tarde e veio para cá, não acho que tenha tido tempo para pensar muito. De qualquer forma, o que vai fazer?”


“Eu não sei. Tive o primeiro encontro da minha vida ontem, não tenho ideia do que fazer para ela.”


“Então vai chamá-la para sair?”


“É claro. Só não sei para onde.”


“Ela gosta de esporte?”


“Sim.”


“Futebol?”


“Ela praticou por um tempo.”


“Tem um jogo dos Cowboys amanhã. Acho que você consegue dois ingressos.”


“Levá-la para um jogo?”


“É. E vai ser uma boa oportunidade para mostrar para ela que você não se importa se as pessoas descobrirem... Você não se importa, não é?”


“Claro que não me importo. Ela praticou o outro tipo de futebol. E se ela não gostar de futebol americano? E se ela não gostar de assistir futebol americano? E se ela achar essa ideia idiota? E se...”


“Viu, era disso que eu estava falando antes. Você pensa demais. Faça o que você tem vontade. Eu sei que você quer assistir esse jogo, mas não queria ir sozinha. Você já sabe quem levar. A convide.”


Suspirei. “Você está certa, vou conseguir os ingressos.”


Só precisei de um telefonema para conseguir dois ingressos para um camarote, então eu só precisava reunir a coragem para convidá-la. Fiquei com o dedo sobre seu nome por dez minutos antes de finalmente pressionar.


“Christian, nem pense nisso!” Essa foi a primeira coisa que ouvi dela, demorei um tempo para traduzir para o inglês, mas aproveitei o pouco que sabia por ouvir músicas em espanhol. Então uma voz masculina falou a seguir e seu sotaque era ainda maior que o dela. “Olá. Demi Lovato?”


“Anh, sim.”


“Sabia que Dulce colocou um toque especial para quando você chamar?” Ouvi alguns resmungos e alguém gritando de dor, então ouvi sua voz, parecendo ofegante e aliviada. “Oi. Desculpa por isso, ele é apenas retardado. Hm... Boa tarde.”


Ri um pouco. “Boa tarde. Vejo que seu dia está sendo emocionante.”


“Pois é. Saí para almoçar com Christian e ele apenas monopolizou toda minha tarde. E o seu?”


“Almocei com Selena e voltei para casa. Vou jantar em algum lugar, porque eu não sei cozinhar nem para salvar minha própria vida.”


Ela riu. “Eu iria te salvar se pudesse, mas Christian já anunciou que vou ter que pagar a janta também.” Estava prestes a falar algo quando ouvi um barulho de alguém tropeçando, então a voz masculina voltou. “Você deveria se juntar a nós. Vai ser legal. Vamos para um restaurante italiano. Dulce vai pagar e...” Antes que ele terminasse, ouvi-o gritar de dor de novo. “Novamente, eu sinto muito, ele é um babaca retardado. Mas se você quiser...”


“Vou deixar os dois se divertirem sozinhos. Estou pensando em comer tacos, na verdade. Bem, eu te liguei para te fazer um convite.”


“Ah. E qual seria?”


Limpei a garganta e respirei fundo para tomar coragem. “Os Cowboys vão jogar amanhã e eu tenho dois ingressos, então eu estava pensando se você queria ir comigo.”


“Ela iria adorar!... CHRISTIAN, SAÍ DAQUI!” Esperei pacientemente os dois se estapearem e gritarem em espanhol, então ouvi um suspiro. “Eu adoraria.”


Suspirei de alívio. “O jogo começa às três. Nós podemos almoçar antes. Tudo bem?”


“É uma ótima ideia. Onde nos encontramos?”


“E onde estaria o cavalheirismo nisso?” Brinquei.


Ouvi-a rir. “Muito bem. A que horas eu te pego?”


Eu te pego às onze.”


“Vejam só, a senhorita Lovato é cavalheira.”


Revirei os olhos. “Você não é a única. Te vejo amanhã então.”


“Esperarei ansiosamente.”


Eu posso ter tido um pequeno ataque cardíaco no dia seguinte, porque eu realmente não tinha ideia do que usar... De novo. Por fim, escolhi uma calça jeans, tênis, uma camiseta e meu moletom dos Cowboys.


E eu posso ter me perdido no caminho para sua casa, mas não é certeza. Por alguma sorte, cheguei apenas cinco minutos atrasada. Selena ficaria orgulhosa. Tive que respirar fundo antes de tocar a campainha. A porta se abriu apenas alguns segundos depois e eu sorri largamente para a visão. Dulce usava uma calça jeans, camiseta gola V de manga longa azul clara e uma touca preta super fofa.


Engana-se quem pensa que Los Angeles é sempre quente.


“Bom dia.”


“Bom dia. Você está linda.” Comentei.


Ela corou e balançou a cabeça. “Esse é um sentimento estranho. Corar, quero dizer. Geralmente eu apenas digo obrigada e meu rosto fica na cor normal. Ele parece muito traiçoeiro quando você está por perto. De qualquer forma, obrigada.”


Sorri e me aproximei, lhe puxando para um beijo. Ela cruzou os braços no meu pescoço e eu coloquei os meus em sua cintura. Ficamos abraçadas por um momento e eu respirei seu perfume com um sorriso, provavelmente, idiota.


“Senti sua falta.” Comentei baixinho contra seu pescoço. E era verdade, mesmo que eu tinha falado com ela ontem.


“Eu sou tão incrível, han?” Revirei os olhos e me afastei um pouco. “O que? Eu também senti sua falta.”


“Está pronta?”


“Claro. Onde vamos?”


“Pensei em um restaurante perto daqui, se estiver tudo bem para você.”


“A senhorita manda.” Ela brincou.


“Muito bem, vamos almoçar na Starbucks.” Brinquei de volta. Ela riu e fechou a casa rapidamente. No caminho do carro, ela segurou minha mão. “Eu tenho que partilhar os germes do meu tapete com você.”


O fato dela procurar desculpas para segurar minha mão era fofo.


Minha mãe sempre disse que eu saberia quando me apaixonasse. Que essa pessoa faria cada detalhe sobre mim brilhar de uma forma positiva e que a mínima chance de ficar muito tempo longe seria doloroso. Minha mãe podia ser um pouco dura sobre alguns assuntos, mas ela sempre foi uma romântica nata. Tenho certeza que ela lê Romeu e Julieta pelo menos quatro vezes no ano.


Fui desperta dos meus pensamentos quando chegamos ao meu carro. Abri a porta para ela e fiz um gesto exagerado. Dulce sorriu. “Obrigada.”


“Tudo para uma linda senhorita.” Respondi, fechando a porta. Ouvi-a rir de dentro do carro enquanto dava a volta pela frente. Entrei no carro e saímos logo depois. Como ela iria entrar no meu carro tive que dar uma geral nele. Tirar todos os copos de refrigerante e lattes da Starbuks, e embalagens de lanches do McDonald, e os plásticos de balas e chicletes. O carro parecia limpo o suficiente. “O que era todo aquele amor entre você e seu amigo ontem?”


Ela gemeu. “Ele é um retardado. Estávamos andando na praia e meu celular tocou, eu disse que era você, então ele pulou em cima de mim e pegou o celular. Eu sinto muito. Ele ficava quase em cima de mim para ouvir o que você estava falando e, inclusive, me empurrou de cara na areia uma hora para pegar o celular. Eu achei abusivo, então bati nele. Sinto muito por fazer você ouvir nossa troca de amor.”


Eu ri. “Está tudo bem. Miley provavelmente faria o mesmo comigo.”


“Espero que não se importe, mas... eu contei para ele sobre o encontro e, bem, basicamente, tudo.”


Sorri. “Eu fiz o mesmo com Selena. Não me importo. Achei que te convidar para o jogo seria uma boa prova.”


“Então você quer... sabe... deixar todo mundo saber?” Ela parecia genuinamente surpresa e isso me deu a sensação que ela já tinha passado por aquilo e a resposta havia sido negativa.


“Vamos deixar as coisas andarem sozinhas, certo? Mas estou dizendo que não iria ficar paranóica se você me beijasse em público.” Lhe dei um sorriso tranqüilizante.


Pude sentir seus olhos em mim. Acho que devia pensar que sou maluca ou algo do tipo, porque era isso que o clima transmitia. “Você é de outro mundo.” Ela resmungou.


Aproveitei que estava parada em um sinal e joguei a cabeça para trás para rir disso. “Como se você fosse diferente.”


“Hey, eu saí de Narnia a uma semana, eu já devia ter aparecido com alguém no primeiro dia para acabar com todas as dúvidas e esperanças restantes.”


Apenas balancei a cabeça e avencei quando o sinal ficou verde. Andamos mais algumas quadras em silencio, antes que eu decidi perguntar algo que eu estava curiosa. “Qual o seu número?”


“Você já tem meu celular.”


Ri suavemente. “Não esse número. Com quantas pessoas já dormiu?”


“Wow, senhorita Lovato, você adora perguntas constrangedoras, não?”


“É meu jeito de descobrir coisas.” Pisquei rapidamente para ela.


Ouvi-a suspirar. “Ok, hm, teve o garoto da minha primeira vez, que foi quando eu finalmente aceitei que sou gay e que isso não iria mudar. Então teve minha primeira namorada, a garota que eu me apaixonei. Esses são os mais importantes e eu só conto o garoto porque foi a primeira vez. Então teve os casos de uma noite só, que foram... dez vezes, uma da qual foi com uma amiga quando ficamos bêbadas e as outras foram durante as tournées com a banda. Não tenho orgulho disso, mas Poncho e eu às vezes pedíamos para os seguranças pegarem alguém da platéia durante a primeira tournée. Paramos de fazer isso depois. Ah, e teve uma vez que eu cheguei no meu quarto de hotel e tinha uma fã lá dentro. Eu estava chapada, tenho que acrescentar rapidamente. Então, foram 13. E qual seu número?”


“Não quero falar.” Murmurei. Ok, muito mais experiência.


“Ah, não é justo. Você me fez falar sobre essa coisa constrangedora. Agora é sua vez.”


Suspirei. “2.” Sussurrei.


“Não escutei.”


Suspirei novamente e tomei fôlego. “2.”


“E você não queria falar por...”


“Qual é, eu dormi com duas pessoas em toda a minha vida. Qual a minha experiência nisso?”


“Não estamos falando sobre experiência. Sem contar que eu sou sete anos mais velha. Você ainda tem 20 anos, eu ficaria impressionada se já tivesse dormido com mais que 4.”


Suprimi outro suspiro e balancei a cabeça. “Minha primeira vez foi com Joe, depois dormi com ele mais uma vez antes de perceber que era um amor fraternal. Então tive meu segundo namorado, com quem eu dormi muito mais vezes.”


“Por algum motivo acho que você não está feliz com isso.”


Dei de ombros. “Acho que eu poderia ter feito melhores escolhas. É aqui, chegamos.”


Estacionei o carro e saí rapidamente para abrir sua porta. Ela sorriu e me deu um beijo na bochecha quando saiu. Depois de ligar o alarme, Dulce segurou minha mão. “É perigoso atravessar a rua sem estar de mãos dadas com alguém, era o que minha mãe dizia.”


“Acho que me lembro de minha mãe dizendo isso também.” Concordei.


Ela sorriu novamente e andamos até o restaurante. Almoçamos contando histórias de nossos amigos, então decidimos dar uma volta no parque a duas quadras dali. Quando chegamos ao parque, sua mão encontrou a minha novamente e eu esperei ansiosamente para sua desculpa.


“Eu acredito na existência de extraterrestres. Não quero correr o risco deles de abduzirem. Seria uma perda enorme para ao mundo.”


Ri suavemente e apertei sua mão um pouco. Não creio que ninguém tenha nos descoberto, o parque estava cheio de pais que ficavam muito ocupados tomando conta dos filhos para prestar atenção ao redor. Porém, eu sabia que a coisa seria diferente no estádio. Eu só podia me preparar para o que se seguiria.


Quando estávamos quase saindo, decidi comprar um sorvete para a gente. Por fim, sentamos na grama mesmo, com as pernas cruzadas, lado a lado. Comemos em silêncio e eu estava muito feliz em apenas observá-la com aquela toca fofa comendo o sorvete com a animação de uma criança. Me inclinei quando vi um pouco de sorvete em sua bochecha e limpei com o polegar.


“Você tem um pouco de sorvete aqui.” Falei, mostrando o dedo logo depois.


Dulce sorriu agradecida, antes de virar um pouco diabólico. “Você também.”


“Sério? Aonde?”


“Aqui.” Ela segurou minha mão com a casquinha de sorvete e a levou até meu queixo, onde ela encostou a maravilha gelada.


“Muito maduro.” Brinquei, apesar de ser incapaz de esconder meu sorriso.


Ela deu de ombros. “Os anos passam, mas minha mente permanece a mesma. Minha mãe diz isso desde meus dez anos.” Então se inclinou e beijou meu queixo, retirando o sorvete dele.


Ela vai ser a minha morte, tenho certeza disso. “Temos que sair agora para chegar a tempo para o jogo.” Comentei.


Ela acenou em acordo e levantou, antes de me ajudar a fazer o mesmo. Jogamos o resto do sorvete, que já estava todo derretido, fora e, novamente, ela segurou minha mão. “Parques são um ótimo lugar para sequestradores e estupradores. Não quero que sua mãe me processe por não cuidar bem de você.”


O estádio era basicamente o que eu imaginei. Todo mundo teve um ataque quando o locutor decidiu anunciar que Dulce e eu estávamos lá e todas as câmeras focaram na gente. Acenamos educadamente, então, quando todos voltaram a atenção para as líderes de torcida, ela se virou para mim.


“Tem certeza que está bem com isso? Eu falei sério na sexta. Não quero que se arrependa de nada que houver entre a gente.”


Apenas sorri e arrumei meu boné dos Cowboys, que Dulce havia feito piadas por cinco minutos sobre eu ser fanática pelo time, voltando minha atenção para o campo. Eu tive que explicar rapidamente os pontos para ela e algumas posições dos jogadores, mas ela era uma aluna esperta. Durante o primeiro tempo, até ela finalmente pegar os pontos principais do jogo, ela ficava me olhando gritar ou reclamar, mas depois fazia isso comigo. Em algum ponto até cantou com as líderes de torcida dos Cowboys.


Durante o intervalo, como uma tradição, houve a “câmera do beijo”. Basicamente, a câmera iria escolher um casal na multidão e eles teriam que se beijar... Em rede nacional. De qualquer forma, as pessoas adoram isso. Fiquei observando enquanto um cara levantava um cartaz dizendo que a mulher do seu lado era sua irmã e, portanto, não poderia beijá-la como a câmera estava mandando.


“Esse é o problema.” Ouvi Dulce comentando. “Da câmera. Se ele não tive o cartaz, todo mundo ia pensar que era um panaca.”


Tive que concordar com isso, então tive uma ideia brilhante. “Eu não quero que pensem que sou panaca.”


“O que? Eu não ent...”


Antes que ela pudesse terminar a frase, puxei-a para um beijo, encostando-a na parede oposta. Acho que alguém deve ter percebido que estávamos nos beijando, porque eu podia ouvir um grito ensurdecedor do lado de fora e dei graças à Deus que estávamos em um camarote fechado ou teria ficado surda. Quando nos separamos, olhei rapidamente para cima e vi que a câmera estava apontada para nós, então, basicamente, todo o estádio lotado tinha visto.


Dulce estava meio ofegante. “Definitivamente de outro planeta.” Murmurou.


Sorri e lhe dei outro selinho, então voltei a atenção para os times que voltavam ao campo como se nada tivesse acontecido, fingindo não notar que a câmera ainda não havia sido desviada do nosso camarote. Poucos segundos depois, senti seus braços serpentearem em minha cintura e um beijo em meu ombro.


“Para o caso de um buraco negro aparecer de repente e você começar a ser puxada por ele.” Sussurrou baixinho.


“Estou tocada por toda sua preocupação por mim. Sequestradores, buracos negros...”


“O que eu posso dizer? Não posso bobear e te deixar ir, não é?”


Me virei um pouco para sorrir para ela. Antes do jogo recomeçar, decidi olhar meu Twitter rapidinho, já que não conseguia ficar sem olhá-lo a cada hora. Praticamente, os Estados Unidos inteiro já sabia do que havia acontecido. E a notícia se espalhava como fogo.


“Sorria.” Avisei rapidamente quando liguei a câmera frontal do iPhone.


“O que?” Ela perguntou, com os lábios ainda em meu ombro.


Tirei a foto antes que ela pudesse reagir. “Tarde demais.”


Dulce revirou os olhos. “Tenho certeza que você pode tirar outra.”


“O jogo já vai começar.” Dei de ombros e guardei o celular... Depois de postar a foto no Twitter.


Pouco depois meu celular vibrou, anunciando a chegada de uma mensagem. Que comece o jogo... Era Mitchell, meu agente.


“Estou feliz por você, mas é melhor explicar tudo.”


“Daria meu rim para ter ele como meu agente.”


“Por que ficamos desistindo de nossos órgãos tão facilmente?” Brinquei.


Ela sorriu e deu de ombros. Depois do jogo, que os Cowboys ganharam só para deixar claro, tivemos que desviar dos repórteres que estavam esperando em todas as saídas do estádio. Por sorte, os seguranças dos jogadores se dispuseram a nos levar até meu carro antes de escoltarem os times até seus ônibus. Demorou o triplo de tempo que o normal, mas conseguimos chegar ao meu carro e sair depois que mais alguns seguranças empurraram os fotógrafos para longe da frente do carro.


“Ah, essa bagunça. A quanto tempo não enfrento algo desse nível?” Dulce zombou.


“Acho que alguém pegou sua touca.” Comentei.


Ela suspirou. “Bom, não foi a pior coisa que já levaram. Uma vez conseguiram levar minha jaqueta e meus óculos de sol novos.”


Dei-lhe um sorriso simpático. “Acho que não é muito seguro ficar na rua agora, provavelmente estão nos seguindo para tentar mais algumas fotos.”


“Vamos para minha casa.” Concordei e peguei o caminho... Dessa vez sem me perder.


Quando chegamos à sua casa, já havia cinquenta ligações da minha mãe e irmãs e outras tantas de números desconhecidos, provavelmente de programas tentando marcar uma entrevista ou coisa do tipo.


“Acho que tenho que ir. Devo algumas explicações para minha família e eu sei que a conversa vai ser longa.” Suspirei, parando em sua porta.


“Tudo bem.” Ela falou, me puxando para um abraço apertado. “Novamente, você provou sua coragem. Sabe o quanto te admiro?”


“Bom, você está me sufocando, então... Acho que muito?”


Dulce riu e afrouxou seu aperto, mas então eu que a abracei mais forte, adorando a proximidade. “Você não tem ideia. Você é incrível. Hoje foi incrível. Obrigada por me convidar para ir ao jogo, eu me diverti muito.”


Sorri quando me afastei e segurei seu rosto para lhe dar um beijo. “Eu também me diverti, mesmo com toda a bagunça que aconteceu depois. Essa semana eu vou estar meio ocupada, mas eu espero que possamos nos ver em breve.”


“Eu também.”


Nós nos beijamos de novo. Então peguei meu boné e coloquei-o em sua cabeça, arrumando com cuidado. “Pela sua touca.”


Ela corou um pouco. “Obrigada.”


É, minha mãe estava certa. Eu vou definitivamente saber quando me apaixonar.



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Autor(a): chavinonyportinon

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 166



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  • dulvatoforever Postado em 23/08/2015 - 02:50:17

    Eu anei do começo até o fim ja li ums 15 vezes e vou ler muito mais😍😍. Por favor 🙏faz mais fanficfa Dulvato

  • dannylove Postado em 07/08/2015 - 16:55:46

    eu ainda não havia visto uma fic com Dulce e Demi como casal, mas deu muito certo. É uma história muito boa, que fala do amor entre duas pessoas, amor pela família, pelos amigos e claro superação. Parabéns!!!

  • dannylove Postado em 18/05/2015 - 11:29:03

    A fic está bem interessante. Pobre Dulce como está sofrendo:(

  • caiocoelho22 Postado em 15/04/2015 - 05:41:36

    Mano, eu acabo de ler e já tenho vontade de começar tudo outra vez... É viciante! <3

  • caiocoelho22 Postado em 10/04/2015 - 10:29:37

    E vamos ler pela 5° vez <3

  • Miihzinhx Postado em 08/04/2015 - 02:07:37

    Sobre essa familia ? PERFEIIIITA <3 Assim como a sua fic,ok..ainda vai demorar um pouco pra mim superar esse fim...Ameei demais essa fic.Graças a você eu shippo em Dulvato agora,suas fics são sem sombra de duvida,as melhores ... Obg por lembrar de mim nos agradecimentos kkkkk .. Cara,já falei que essa fic é perfeita? Pois é,ela é perfeita e essa familia é tão cuuut <3 <3 Realmente me apaixonei por essa fic.. vou esperar mais fic suas ok ? .. Obrigada por criar essa fic e me fazer shippar nesse casal mais que perfeito.. Parabéns *------* Você merece aplausos de pé heuheu .. Bjooos,espero comentar outra fic Dulvato em breve u.u

  • portinonj Postado em 05/04/2015 - 23:43:29

    Tá legal que eu amei a web do começo ao fim! Cara, você me fez ler a web desde o começo umas 4 vezes enquanto eu aguardava por mais capítulos. kk. Eu devo saber cada detalhe da web de cor! Eu realmente amei essa fic! Parabéns, de verdade! Eu aguardo por mais webs Dulvato! <3

  • Dannyk Postado em 05/04/2015 - 14:39:40

    Você sabe como eu fico quando como bolachas ... eu simplesmente engasgo e desapareço kkkkkkkkkkkkkk - AAAAAAH DE NADA, EU SEI QUE A MINHA PRESENÇA TE INSPIROU MUITO !!!!!!!!!!!! - Ok, vamos ficar sérias (nem tanto pq eu sou eu) A D O R E essa fic ! Tipo, de verdade mesmo, eu achei que eu era a única louca que shippava Demi e Dul mas você me provou mais uma vez que eu não estou sozinha no mundo ! Parabéns por essa fic ! Ficou demais e muuuuito diva (quase tanto quanto eu) PS : ESPERANDO OS ONE SHOT'S DULCE X NIKKI PSS : Até a próxima moça !

  • anadulcetes2 Postado em 04/04/2015 - 17:12:32

    Tututu eu to ficando loca, minha fanfic predileta ta acabando e eu já tou chorando

  • portinonj Postado em 04/04/2015 - 10:43:05

    Mais uma pequena pra família! Own *-*' Continua!


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