Fanfic: Made In The USA (DulcexDemi) - Finalizada | Tema: Dulce Maria, Demi Lovato

Dannyk: não sei pq fiquei surpresa, todo mundo me ama, sqn kkkkkk. E pior q morro de saudade dos seus comentários super humildes kkkkkk. E sou contra a arte da tortura, portanto... Aí está!

DemiPOV

Ouvi alguém bater na porta e uma crescente esperança brotou na minha mente. Já era meio dia, e ela disse que vinha. Arrumei meu cabelo uma última vez e fui abrir a porta.

Ela usava uma jaqueta de couro por cima de uma regata branca e uma calça jeans escura. Estava mexendo no celular, mas guardou-o rapidamente quando abri a porta. “Bom dia, linda.” Dulce falou, levantando o olhar para mim. Tenho certeza que se estivesse tomando alguma coisa, teria cuspido e seria mais um motivo para fazer piadas sobre isso. “Rosa.” Ela balbuciou.

“Vermelho.” Rebati com um sorriso divertido.

Ela balançou a cabeça e tentou encontrar algo para dizer. “Seu cabelo está rosa.”

“Uhm. E o seu está vermelho.”

“Ontem estava azul.”

“Mudanças.” Dei de ombros.

Dulce sorriu. “É uma boa mudança, ficou incrível.”

“Obrigada.” Apesar de ter um sorriso confiante, estava quase morrendo de medo dela acabar não gostando. Passei a manhã inteira no salão para tirar a tinta azul e depois pintar de rosa e ainda fazer um tratamento. Tive que acordar às cinco da manhã para dar tempo de vê-la no almoço com o novo visual. Dei um passo para o lado. “Entre.” Ela fez o que eu pedi e olhou em volta do camarim. “Você não viu Simon por aí, viu?”

“Não. Por que?”

“Porque quero evitá-lo até que seja absolutamente impossível fazer isso. Prefiro escutar o menos tempo possível de piadas e gracinhas dele.”

“Eu chamo isso de amor.” Ela brincou.

Revirei os olhos e me aproximei, puxando-a para um beijo. “Posso garantir que não é.” Sussurrei brevemente em seus lábios, antes de capturá-los novamente.

Acabamos no sofá, comigo sentada em cima dela, ainda nos beijando. “Com calma, lembra?” Ela murmurou quando beijei a junção de seu pescoço ao ombro. “Droga.” Ela gemeu.

Sorri. “Parece que fui eu que encontrei um ponto sensível agora, não é?”

Ela riu. “Os tacos vão esfriar.”

Isso me fez parar. Sentei do seu lado. “Onde estão?”

Dulce riu novamente e levantou uma sacola, que estava caída ao lado do sofá. “Eu fiz antes de vir enquanto falava com Anahi pelo telefone e a ouvia gritar coisas sem sentido.”

“Isso deve estar tão bom!” Exclamei com água na boca.

E estava. Muito bom mesmo. Ela devia montar seu próprio restaurante. Pessoas da China viriam comer ali todos os dias. Quando terminamos de comer os maravilhosos tacos, deitei, com as pernas em cima das dela. Dulce começou a acariciar minha panturrilha suavemente.

“Então, o que estava fazendo na frente da loja de um tatuador às sete da noite?” Quando vi sua foto quase surtei, não porque ela estava na frente da loja de um tatuador insinuando que faria uma tatuagem, mas sim porque estava usando o boné que havia lhe dado mais cedo naquele dia. Aquilo me trouxe um sorriso imenso.

“Fui comprar pão.” Ela respondeu seriamente

“É mesmo?”

“Pois é. Não fazia sentido ir a uma padaria fazer isso, então decidi ir lá.”

Acenei com a cabeça. “Parece uma boa ideia.”

“Eu também achei, apesar do pão já estar meio velho.”

Sorri. “O que você fez?”

“Um sanduíche.”

Revirei os olhos. “Espertinha.”

“Vai me beijar de novo, não?”

“Não sei se merece.”

Ela fez beicinho, muito adorável. “Tudo bem, mas não fique muito animada com o que vou fazer agora.”

“O que você vai fazer agora?”

Dulce não respondeu verbalmente, apenas começou a tirar a jaqueta de couro. Senti minha boca aberta e meus olhos arregalarem, mas não podia impedir isso porque estava muito atenta a seus seios. Ok, talvez eu seja um pouco tarada, mas, porra, eles são enormes. É meio impossível não notar. É como uma pessoa usando uma jaqueta verde neon no meio de uma multidão usando preto.

“Você não vai ficar pelada, vai?” Perguntei com a voz rouca. “Não que eu fosse reclamar.”

Dulce sorriu. “A senhorita anda muito pervertida.”

“A culpa não é minha. É você que está tirando a roupa!”

Ela balançou a cabeça e colocou a jaqueta no braço do sofá. “Meus braços estão um pouco mais para ao lado.” Ela falou quando continuei a olhar seus seios.

Mudei meu olhar rapidamente, ignorando a diversão em sua voz, e me concentrei em seus braços esticados. Sentei-me rapidamente para examinar mais de perto as marcas em sua pele.

Em seu braço esquerdo, aquele com mais marcas, havia os dizeres “Life is the art of smiling even when you don’t have a reason” no final de seu antebraço, com um pequeno panda correndo atrás de uma borboleta logo em baixo das duas linhas escritas. No meio do antebraço, onde eu me lembrava que havia uma marca solitária, havia uma garotinha feita toda com tinta preta, soprando um dente de leão, maior que ela, e suas “pétalas” voavam para longe. Em seu pulso, havia as palavras “Be happy”, com uma linha em volta de todo o pulso, como se as palavras fossem costuradas.

Em seu braço direito, no meio do antebraço havia mais “pétalas” do dente de leão, que acabavam por se transformar em três pássaros. No final do antebraço, havia “Let it go and Let it be”, com uma âncora simples embaixo. Não havia cor, era tudo preto, mas eram incríveis.

Em seu tríceps direito, havia uma coruja colorida, em cima de um galho todo trabalhado. Era bela e parecia atenta a algo.

“Ficou maravilhoso.” Comentei, passando meu dedo levemente sobre a tatuagem do pulso.

Ela sorriu. “Obrigada. O tatuador quer me matar por ter feito ele trabalhar até tarde, mas eu gostei.”

“Já mostrou para alguém?”

“Não, você é a primeira. Sei que meu pai vai surtar, então quero falar com ele primeiro.”

“Por que eu tenho a imagem de seu pai sendo um ex-militar durão?”

Dulce riu. “Não faço ideia.”

“Você foi sozinha lá?”

“Não, amarrei Christian no capô do carro. Eu moro perto dele, vivemos arrastando o outro para algum lugar quando estamos os dois em Los Angeles.”

“O que ele achou?”

“Disse que ficou legal, mas sei que ele vai demorar um tempo para se acostumar com isso. Na verdade, acho que ele quase desmaiou quando viu a agulha. E deixei o coitado sem nada para se distrair, porque estava escutando música no celular dele. Você devia saber agora, Christian tem todas as suas músicas... E as de Madonna.”

Eu ri. “Qual o seu prazer em ficar envergonhando-o?”

“Hey, ele disse para os pais dele que eu tenho um pênis e ainda não contou a verdade. É a minha forma de vingança, porque, claramente, seus pais sabem que ele não tem uma vagina... Caramba, acabei de ter uma ideia brilhante, espere um segundo.” Ela pegou o celular do bolso de trás da calça e discou um número. Por sorte, eu havia decidido comprar um dicionário de espanhol depois do nosso primeiro encontro e já sabia algumas palavras, o que me ajudou a compreender o que ela falava. “Olá, é a Dulce... Oi, senhor Chaves... Eu sei, faz muito tempo... É que eu queria te contar algo importante sobre Christian. Acho que você deveria saber... Eu sei que ele não tem juízo nenhum, é por isso que estou te ligando, para te alertar da próxima loucura que ele planeja... Ele quer fazer cirurgia de mudança de sexo. E EU NÃO TENHO UM PÊNIS!” Ela desligou o celular rapidamente enquanto eu tinha um ataque de riso imenso.

“Não acredito que fez isso!”

“Acha que foi uma boa vingança?”

“Ele provavelmente já deve estar ligando para Christian.” Comecei a rir de novo.

“Peraí, como você sabe o que eu falei?”

Corei fortemente. “Eu, ãn, achei que seria interessante aprender a falar espanhol. Então... Hm, eu comprei... Um dicionário, sabe.”

“Você está tentando aprender espanhol?” Apenas acenei em acordo. Ela sorriu. “Essa é provavelmente a cena mais fofa que já vi desde que peguei Christian dormindo abraçado com um ursinho de pelúcia rosa gigante.”

Acabei corando de novo e me joguei deitada no sofá, cobrindo meu rosto com uma almofada. “Cala boca.” Resmunguei.

Dulce riu e tentou tirar a almofada do meu rosto. “Ah, vamos lá, você devia ter se visto.” Me recusei a largar a almofada que agora salvava minha vida de passar por mais alguma coisa vergonhosa. “Além disso, você está tentando aprender a minha língua oficial, isso, por si só, é muito fofo.”

Ela deve ter percebido que eu estava agarrando a almofada como se fosse um bote salva vidas, porque levantou minhas pernas do seu colo, colocou-as suavemente no sofá, então deitou em cima de mim. “Ah, vamos, deixe-me ver seu cabelo bonito, seu sorriso arrebatador, seus olhos brilhantes e seu queixo adorável.”

“Não.” Minha voz saiu abafada pela almofada, que eu apertei ainda mais contra mim.

“Você sabia que Megan Fox me chamou para sair um dia?”

“O QUE?!” Gritei, jogando a almofada longe para olhar para ela.

Foi nesse exato segundo que percebi sua jogada. Ela tinha um sorriso enorme. “Oi.”

Suspirei. “Oi.”

Dulce se inclinou e beijou a ponta do meu nariz. “Tudo bem?”

“Não. Você fica me envergonhando.”

Tentei cobrir meu rosto com as mãos, mas ela deve ter percebido minha próxima jogada, porque segurou minhas mãos e as prendeu ao lado da minha cabeça. “Para você não esconder sua beleza de mim.”

Revirei os olhos e preparei uma resposta, mas, antes que tivesse a chance, senti seus lábios no meu pescoço e arregalei os olhos. Ok, por isso eu não esperava.

Se eu não a conhecesse a algum tempo e não estivesse a ponto de me apaixonar, provavelmente ficaria chateada em dar uns amasso no sofá do meu camarim antes mesmo de sermos um casal oficialmente, mas seus lábios no meu pescoço eram muito tentadores para mandá-la parar.

Consegui libertar minhas mãos e agarrei seus cabelos, gemendo quando senti seus dentes pastando contra minha pele. Sua mão esquerda desceu pelo meu corpo até chegar ao meu joelho, que ela dobrou para colocar a mão mais confortavelmente na minha coxa. Isso foi o mais longe que suas mãos já chegaram e eu não podia encontrar forças para parar com aquilo.

Ela deve ter percebido que eu não tinha mais nenhum controle sobre meu corpo, pois afastou sua mão e fez uma trilha de beijos até meus lábios, encerrando aquela seção de amasso com um beijo carinhoso.

“Meu Deus.” Foi o que consegui sufocar enquanto tentava recuperar o fôlego e o controle com os olhos fechados.

Senti seu corpo tremer com uma risada silenciosa e um beijo na minha testa. “Com calma. Sinto muito.”

“Não sinta, foi incrível.” Ela riu novamente e fez um movimento para se levantar, mas a abracei para mantê-la no lugar. “Estou confortável. E tenho mais alguns minutos.”

Ficamos abraçadas por alguns minutos em silêncio, aproveitando o momento, até que ouvi sua voz novamente. “Como você explicou o beijo para sua família?”

Ah, é mesmo. A lembrança ainda me causava um calafrio perturbador. Não que tenha sido horrível, mas porque todos fizeram exatamente o que pensei que fariam. Dallas ainda está me mandando mensagens aleatórias com piadas que lhe vem a cabeça a cada minuto. Maddie fica me mandando mensagens a cada momento que descobre algo novo sobre Dulce, como, por exemplo, que ela teve uma pneumonia grave quando foi ao Canadá ou que sua primeira bebedeira foi com 13 anos, e não importa se eu disse que queria descobrir isso por mim mesma conversando com ela, porque Maddie não iria parar. E minha mãe já me deu o telefone de três professores de espanhol e me deu um livro sobre a cultura mexicana, sem contar que falou que quer conhecer Dulce ainda essa semana para “conversar” com ela. Tenho medo de pensar sobre o que “conversariam”.

“Meu celular está cheio de piadas e fatos sobre você, e eu tenho um livro sobre o México, além de um intimado para te levar conhecê-las o mais rápido possível.”

Ela riu. “Elas não se importaram nem um pouco?”

“Não.” Bom, no começo sim, mas depois falei para minha mãe que estava feliz e ela parou de se preocupar com o fato das outras pessoas terem preconceito. Sua maior preocupação sobre eu namorar Dulce não era nem por preconceito dela, mas sim por causa do que o preconceito de terceiros poderia causar. E é por isso que eu a amo tanto. Minha mãe só queria que eu fosse feliz depois de tudo que aconteceu no passado.

Dulce balançou a cabeça. “Minhas irmãs já sabem, mas duvido que meus pais saibam. Elas querem conversar comigo primeiro e me deixar contar.” Ela fez uma pausa onde parecia estar perdida em pensamentos. Dois minutos depois, ela perguntou: “Isso conta como um terceiro encontro?”

Sorri. “Bem, você está aqui e teve comida, e beijos e abraços. Então... Sim?”

“Podemos apenas falar que sim? Mesmo não sendo exatamente.”

“Claro.”

“Ótimo.” Mais dois minutos de silêncio. “Quero te perguntar algo.”

“A vontade.”

Dulce limpou a garganta e levantou o corpo um pouco para poder me olhar. “Quer ser... minha namorada?”

Acho que nem se uma bomba explodisse do meu lado naquela hora iria diminuir meu sorriso. “Seria uma honra.”

Caso alguém não tenha conseguido uma imagem mental das tatuagens, pq eu descrevi horrivelmente mesmo:

Coruja: http://mundodasdicas.com.br/wp-content/uploads/2013/07/tatuagem-de-coruja-femininas.jpg

Urso panda fofinho: http://www.blogodorium.com.br/wp-content/uploads/tattoo-urso-2.jpg

Be happy: http://true-luv.com/wp-content/uploads/image402.jpg