Fanfic: Made In The USA (DulcexDemi) - Finalizada | Tema: Dulce Maria, Demi Lovato

Pryhsavirroni: como está a fic até agr???

Night: espero que continue gostando =) kkk

DemiPOV

Consegui chegar no horário para a reunião, já que peguei carona com Mitchel. O agente de Dulce, que descobri se chamar Sandro, já estava lá, mas ela não. Ele disse que Dulce havia ficado acordada a noite inteira e que tinha parado no caminho para comprar café.

Talvez sua conversa com seu pai tenha sido pior do que imaginou.

Ficamos sentados em silêncio por dez minutos até ela chegar. Dulce entrou pela porta usando óculos escuros e moletom, com quatro copos da Starbucks em um suporte.

“Bom dia.” Ela murmurou, fechando a porta suavemente. “Desculpe o atraso.” Ela se aproximou de Sandro e lhe entregou um dos copos. “Com cinco colheres de açúcar.” Entregou outro copo para Mitchel. “Honestamente, eu peguei qualquer um.” Ele agradeceu e tentou achar alguma informação sobre o que seria aquilo. Dulce parou na minha frente, se inclinou e me deu um selinho demorado. “Bom dia, linda. Chá verde gelado.”

“Obrigada.” Sorri.

Ela se jogou em uma das cadeiras em volta da mesa e suspirou. “Vamos direto ao assunto.”

“Tem algum compromisso que eu desconheço?” Sandro perguntou.

“Tenho que ir ao banheiro. Quer meu horário de funcionamento intestinal agora?”

Tive que segurar meu riso tomando um gole do chá. Nota mental: Dulce é mal humorada quando não dorme.

“Acho que todos sabem porquê estamos aqui.” Mitchel falou, quebrando o silêncio constrangedor que se seguiu.

“Sim.” Sandro concordou rapidamente. “E fico feliz por ter me procurado porque eu ia fazer o mesmo. Dulce ainda não abandonou seu título de rebelde,” Dulce, que havia jogado os óculos na mesa, revirou os olhos e tomou um longo gole de café. “e por isso faz as coisas sem pensar muito. Como as tatuagens.” Ele acusou, olhando para Dulce rapidamente.

Dulce suspirou. “Sandro, morda minha bun.da. O corpo é meu, se eu quiser vou me jogar dentro de uma lata de tinta e enfiar um alargador em cada buraco do meu corpo e sambar na sua frente enquanto divido minha língua em duas partes. Se eu quiser, divido até em quatro.”

“Como eu estava dizendo, rebelde.” Sandro falou, voltando a olhar para Mitchel. “Minha sugestão é não falar sobre o assunto, todos vão esquecer em um segundo.”

“Vou me esquecer da sua existência.” Dulce murmurou. “Apenas encare os fatos, Sandro. Agora, por favor, refaça minha agenda e deixe que eu cuido da minha vida.”

“Acho que eu deveria ter me demitido.”

“Perdeu a chance.”

Mitchel limpou a garganta, parecendo desconfortável. “Bom, a minha sugestão é que elas dêem uma entrevista, juntas, para um programa. Explicam tudo de uma vez e elas podem ficar livres para curtir o namoro sem mais perguntas.”

“É uma excelente ideia.” Dulce falou com um meio sorriso. “Eu gosto de você.” Ela se virou para Sandro. “Eu não gosto de você. Se eu fosse você, iria me preocupar em ser como esse cara.”

Sandro ignorou. “Tem certeza que é uma boa ideia? Que programa seria?”

“Sempre quis conhecer a Ellen Degeneres.” Ela comentou, brincando com os óculos.

“Ellen Degeneres é uma excelente escolha.” Concordei.

“Vou confirmar a entrevista que seu programa pediu, então.” Mitchel balançou a cabeça. “Demi, você só tem horário semana que vem, querida. Qual o melhor dia para você, Dulce?”

Dulce suspirou. “Acho que vou me casar com você. Faz muito tempo que não escolho um dia e horário para algum compromisso. Pode ser qualquer dia, para mim. Até porque Sandro ainda não fez o trabalho dele e organizou minha agenda, então estou livre todos os dias.”

“Por que você não contrata ele no meu lugar, então?”

“Estou muito tentada a fazer isso.”

Eles ficaram se encarando por um longo minuto, até Sandro balançar a cabeça. “Odeio quando você não consegue dormir.”

“Eu também. Eu fico insuportável, não?”

“Muito, admito que já pensei em te matar quatro vezes desde que te vi hoje.”

“Vou ligar para a polícia quando acabarmos aqui. Que seja... Ellen?”

“Ellen.” Mitchel concordou. “Peço para Demi te passar o dia e horário.”

“Tudo bem.”

“Só mais um assunto a ser tratado. A revista “The Rainbow” pediu uma seção de fotos exclusiva.”

“Isso é uma revista gay?” Dulce pediu.

“Sim.”

“Esse é o nome mais patético que eles poderiam dar. Mas por mim tudo bem.”

Sorri. “Por mim também.”

“Vai fazer diferença minha opinião?” Sandro perguntou.

“Não muito.” Dulce respondeu rapidamente.

Ele acenou. “Ok.”

“Novamente, vou pedir para Demi te passar os detalhes quando tudo estiver feito.” Mitchel se levantou. “Vou dar um momento para vocês duas. Você tem quinze minutos, Demi.”

Dulce e Sandro se levantaram também. Dulce apertou sua mão e sorriu. “Foi bom te conhecer.”

“Foi bom conhecer a pessoa que faz a mente de Demi voar longe.” Mitchel brincou, me fazendo corar. De repente, ele a puxou para mais perto, até que sua boca estava bem próxima a sua orelha, e eu já sabia o que viria a seguir. “Cuide bem da minha garota.”

Eu não podia ver seu rosto, mas imagino que estava tão sério quanto sua voz. “Não pretendo fazer outra coisa.”

Mitchel se afastou com um sorriso, provavelmente satisfeito com sua resposta, e saiu com Sandro, conversando baixinho. Dulce suspirou e se aproximou de mim com um beicinho. Para minha surpresa, ela sentou no meu colo na cadeira e suspirou.

“Estou cansada.”

“Insônia?”

“Eu chamo de inspiração repentina e impossível de ignorar.”

Sorri em simpatia. “Horrível quando isso acontece, não é?” Ela apenas acenou em acordo. “Conseguiu falar com seus pais?”

“Sim. Meu pai esteve próximo de ter um ataque cardíaco, mas minha mãe não. O que eu vejo como um bom sinal. Minha irmã pode ter gritado algo do tipo: é melhor você me apresentar a ela. Mas, honestamente, eu não estava escutando, então não tenho certeza.”

“Isso pode parecer um pouco precipitado e eu vou entender totalmente se você não concordar, mas...” Suspirei. Vamos fazer isso do jeito que se arranca um band-aid. Rápido. “Minha mãe quer fazer um jantar para minha família te conhecer na minha casa na quinta feira. Apenas lembrando que você não precisa ir. É muito cedo, mas minha mãe é um pouco... maluca.”

Dulce riu. “Está tudo bem. Creio que passar pela parte de ameaças o mais rápido possível pode me isentar de riscos depois.”

“Eu juro que vou tentar mantê-la longe de você.”

Ela me olhou com um pequeno sorriso, o primeiro sorriso verdadeiro que a vi dar hoje. “Ela se preocupa com você. Ela é sua mãe, esse é o trabalho delas, certo? Ela só quer ter certeza que você está bem, feliz e que eu não vou fazer nada para machucar sua garotinha. Vou participar da ‘conversa’ e tranquilizá-la... Ela não vai me ameaçar com uma faca, vai?”

Sorri. “Não.”

“Isso é ótimo. Não que eu tivesse medo de ser atacada com uma faca, mas porque eu não iria poder me defender, porque, sabe, ela é sua mãe. E começar agredindo sua sogra não é um bom jeito de começar um relacionamento. Então, quinta?”

“Eu te busco.”

“Não precisa. Vou com meu carro. Quanto tempo falta?”

Olhei para o relógio do meu celular e suspirei. “Cinco minutos.”

Dulce suspirou também e beijou minha bochecha. “Minha irmã estava certa.”

“Pensei que não estivesse escutando ela. E certa sobre o que?”

“Não essa, minha irmã mais velha, já faz alguns anos. E ela estava certa sobre namorar alguém famoso.” Ela fez uma careta. “Sempre ocupados.”

“Você também não tem todo o tempo do mundo. Se bem me lembro, você só chegaria semana que vem.”

Ela sorriu. “Bem, a gente faz alguns sacrifícios. Podemos aproveitar os últimos minutos de outra forma?”

“Como?”

“Eu tenho uma excelente ideia.”

Deus, sim, que ideia maravilhosa. Eu sei que estive com ela ontem, mas que saudade de seus lábios.

Infelizmente, meu tempo acabou antes que pudéssemos realmente matar a saudade. Eu tinha que terminar de gravar uma música hoje e tinha que estar no estúdio em meia hora, apesar de apenas querer ficar ali com ela.

Estávamos no corredor, esperando Mitchel chegar com o carro, quando seu celular tocou. Sandro parecia querer falar algo, mas acabou desistindo. É, eu posso ver porque ela quer matá-lo na maioria das vezes.

“Al...” Ela se interrompeu quando a pessoa do outro lado começou a falar algo, então começou a ter um ataque de riso enorme, se contorcendo no lugar. “Ai meu Deus, Christian!”

Quando Mitchel chegou, ela ainda estava rindo, apesar de já ter desligado o celular a algum tempo. Eu acharia estranho, se não gostasse tanto do som de sua risada. “Os pais de Christian vieram visitá-lo.” Ela conseguiu sufocar em meio às risadas. “Trouxeram... Trouxeram revistas sobre mudança de sexo e um psicólogo.”

Comecei a rir também e nossos agentes ficaram nos olhando como se tivéssemos perdido a cabeça. O que talvez tenha realmente acontecido. Mas era tão engraçado a situação e sua risada contagiante, que eu comecei a rir tanto quanto ela.

Só conseguimos parar de rir quando Mitchel limpou a garganta. “Você vai se atrasar, Demi.”

Balancei a cabeça. “Ok. Eu só vou...”

“Se despedir, certo. Só não faça isso parecer como se uma das duas estivesse prestes a ir para a guerra. Não é necessário tanto drama.”

Mitchel virou de costas e eu ri de sua palhaçada. Aproximei-me dela e lhe dei um beijo demorado. “Te vejo na quinta?”

“Estarei lá as sete para ouvir todas as ameaças de sua mãe e irmãs.” Ela respondeu com um sorriso, brincando com uma mecha do meu cabelo, antes de me puxar para outro beijo. “Até quinta.”

Enquanto eu me afastava com um sorriso idiota, podia sentir seus olhos presos em minhas costas. Mitchel me provocou sobre isso por alguns minutos no carro, mas, assim que chegamos ao estúdio, ele se virou para mim e, assumindo sua postura mais séria, disse: “Ela é uma boa pessoa e parece gostar muito de você. Mas se ela te machucar, me fala, que eu corto os dedos dela fora.”

Sorri e acenei em acordo. “Agradeço a oferta, mas não vou precisar disso.” E eu acreditava em cada palavra que dizia.