Fanfics Brasil - 20 Made In The USA (DulcexDemi) - Finalizada

Fanfic: Made In The USA (DulcexDemi) - Finalizada | Tema: Dulce Maria, Demi Lovato


Capítulo: 20

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DulcePOV


“O que se usa para conhecer a sogra?”


Anahi riu. “O mesmo de sempre.”


“Anahi, a coisa aqui é séria. Eu tenho dez minutos para sair de casa ou vou chegar atrasada e eu não quero chegar atrasada na primeira vez que vou ver sua mãe.”


“Nunca pensei que chegaria o dia em que você quer impressionar a sogra.”


“Sua mãe já estava impressionada comigo, não é minha culpa que você preferiu me bater. Agora me fala o que usar.”


“A culpa não é minha que você me agarrou. E o que acha de um vestido?”


“A culpa não é minha que você é bonita. Você sabe minha opinião sobre eles.”


“A culpa não é minha que você me acha bonita. Que tal aquela saia preta que o Chris te deu no Natal e uma camisa bege?”


“A culpa não é minha que não tenho mais respostas para isso. E a saia não se enquadra nas minhas reclamações sobre vestidos?”


“Tudo bem, que tal sua camisa xadrez azul clara com a manga dobrada, uma calça jeans rasgada no joelho, all star skid grip todo preto, a jaqueta de couro que eu te dei se aí estiver frio, é claro, caso contrário coloque um suspensório preto cruzado atrás, e um chapéu panamá branco com faixa preta.”


Franzi a testa. “Como é que você sabe o que tem no meu closet?”


“Eu praticamente fiz ele da última vez que fui aí. Eu também sei tudo que tem no seu closet aqui no México. Lembra de tudo que eu falei? Coloque e vai ficar maravilhoso. Nem muito formal, nem muito informal. Na medida perfeita para conhecer a sogra em uma noite de quinta. Agora, lembre-se de tirar o chapéu quando se apresentar e na hora de comer, colocar o guardanapo no colo e de não beber mais que duas taças de vinho.”


Revirei os olhos, enquanto pegava os itens no closet. “Eu sei como me comportar, só precisava de ajuda com a roupa.”


“É sempre bom lembrar. Eu quase matei o Rodrigo quando ele não colocou o guardanapo e bebeu metade da garrafa sozinho. Quero te poupar desse constrangimento de passar uma péssima primeira impressão. Agora, vai de jaqueta ou suspensório?”


“Acho que de jaqueta.”


“Está friozinho, meio frio ou congelando?”


Sorri. Anahi sabe de absolutamente tudo sobre moda. “Friozinho.”


“Então vá de suspensório. Se ficar muito frio, não fale, fique esfregando os braços, mas sem exagerar, faça isso discretamente. Vamos ver se Demi Lovato é cavalheira e vai lhe oferecer sua jaqueta. Se troque e me mande uma foto.”


“Vai se masturbar?”


“Ai meu Deus, Dulce, você tem a mente na sarjeta.” Eu ri de seu tom horrorizado. “Só quero saber se realmente mandei bem na dica.”


“Vai ficar ótimo, como sempre, Barbie. Assim como o vestido com o qual conheci Demi, que você desenhou pra mim. Agora vou me trocar, porque tenho quatro minutos para sair.”


“São quase seis da tarde.”


“Eu demoro uma hora para chegar na casa dela.”


“Wow, que distancia. E mesmo assim você faz esse percurso para vê-la? Acho que está apaixonaaadaaaa.”


“E você está feraaaadaaaa se eu chegar atrasaaadaaaa porque você não me deixa desligar.”


“Tudo isso é desespero para vê-la? É amor. Vai lá, apaixonadinha. Depois me conta como foi. Posso ligar para Christian e contar para ele?”


“Não adianta dizer não. Fique a vontade. E fale para ele que foi vingança.”


“O que foi vingança?”


“Ele vai entender. Te ligo amanhã, Barbie.”


“Boa sorte, Ken.”


Desliguei o celular e saí me matando para me trocar a tempo, passar uma maquiagem leve e me encher de perfume. Coloquei minha carteira e celular nos bolsos da frente da calça, e desci as escadas correndo, peguei as chaves do carro e saí. Acabei colocando o CD de Anahi para tocar no caminho, e fui cantando com sua voz depois de algum tempo para me acalmar.


Essa deve ser uma das noites mais importantes da minha vida. É minha chance de ser aprovada ou reprovada por sua família. E eu não terei uma segunda chance depois disso, porque, bem, a primeira impressão é a que fica. Eu estava bem vestida, tinha um emprego, uma casa e um carro, o que já conta muitos pontos. E eu gosto de Demi, o que conta muito mais pontos. Agora só tenho que passar no teste de educação, gentileza e pelo interrogatório.


Dependendo de como a noite terminasse, eu teria a aprovação de sua família ou iria sofrer com sua indiferença e julgamento para sempre.


Nenhuma pressão.


Tive que respirar fundo antes de sair do meu carro. Bati na porta suavemente e esperei. A porta se abriu dez segundos depois e eu levantei meu olhar de um inseto na parede. Eu estava esperando Demi, honestamente, mas era outra pessoa que estava na porta. Uma mulher, loira, um pouco mais alta que Demi, com um sorriso divertido.


“Boa noite.” Cumprimentei, tirando meu chapéu respeitosamente.


“Boaaaa noiteeee.” Ela cantou. Algo me dizia que ela seria meu primeiro desafio. “Dallas.” Ela estendeu a mão. Apertei sua mão, firme, mas ainda suavemente para não machucá-la. A mulher sorriu. “Aperto de mão forte, que bom.”


Dei-lhe um meio sorriso. “Prazer em te conhecer. Me chamo Dulce Maria.”


“Eu sei quem você é. E Demi não fez jus ao seu sotaque, é muito mais fofo do que ela fez parecer.” Sorri um pouco sem jeito para isso. É, estou ciente que tenho um sotaque, mas não gosto de ser provocada por isso. “Entre.”


Ela deu um passo para o lado e eu passei por ela. “Com licença.”


“E ainda é educada.” Ouvi-a murmurar, mesmo sendo tão baixo, sei que o objetivo era me fazer escutar também.


Esperei que ela fechasse a porta e pegasse o caminho para a sala para segui-la. No sofá, havia uma garotinha sentada, mas ela levantou imediatamente quando eu entrei. Ela me olhou de cima à baixo duas vezes, então andou em minha direção e estendeu a mão.


“Madison, a irmã mais nova de Demi.”


“Dulce Maria, a namorada de Demi.” Respondi, apertando sua mão.


Ela largou minha mão e fez uma cara meio pensativa. “Você tem um segundo para responder: qual a cor do cavalo branco de Napoleão?”


“Branco.” Falei rapidamente.


Ela balançou a cabeça. “Bom raciocínio.” É, definitivamente meu segundo desafio. Madison é minha segunda avaliadora.


“Espero que entenda.” Dallas falou, andando até ficar na minha frente. Madison fez o mesmo. As duas cruzaram o braço, o que me fez pensar que talvez elas tivessem combinado tudo antes. “Nos preocupamos com Demi. Não a queremos com qualquer um.”


“Não mesmo.” Madison afirmou. Antes que eu pudesse pensar em algo para respondeu, as duas se viraram e foram em direção à cozinha.


Respirei fundo antes de segui-las, recolocando o chapéu. A próxima seria sua mãe, portanto, vamos mostrar as boas maneiras novamente. Tive um vislumbre das duas com os polegares erguidos para alguém, mas elas disfarçaram rapidamente quando apareci. Na frente do fogão, escorada, havia outra mulher, mais velha, com os cabelos curtos e loiros acobreados.


Estava com o rosto muito sério, o que me deu um certo calafrio. Ela se aproximou com passos firmes, me avaliando. Parou na minha frente e me olhou diretamente nos olhos.


Limpei a garganta e tirei meu chapéu novamente, estendendo minha mão em seguida. “É um prazer conhecê-la, senhora.”


Ela ficou parada, olhando minha mão por alguns segundos, então apertou-a com força. Tipo, muita força. “Dianna. E é uma pena que eu não possa dizer o mesmo...” Ataque cardíaco. “ainda.” Completou. Jesus, elas querem me matar. Sem soltar minha mão, ela continuou. “Demi é muito importante para mim e eu a amo com todo meu coração, assim como amo minhas outras filhas. Você sabe pelo que ela passou e eu só quero que ela seja feliz agora. Dito isso, vou avisá-la: se você fizer qualquer coisa, qualquer coisinha mínima que a machuque, você vai se ver comigo. Se a fizer chorar, você vai se ver comigo. Se não cuidar dela como ela merece, você vai se ver comigo. Se brincar com seus sentimentos, você vai se ver comigo. Se a magoar, você vai se ver comigo. Se encostar um dedo nela para machucá-la, você vai se ver comigo. Eu tenho contatos e eu sei como esconder um corpo.”


Engoli em seco, mas consegui manter meus olhos presos nos seus. “Entendido, senhora. Mas eu posso jurar que não pretendo fazer nada disso.”


“Não pretende?” Dallas perguntou de algum lugar à minha esquerda.


“Não vou.” Me corrigi rapidamente. Me sinto em um interrogatório da polícia. Alguém vai entrar de repente e me bater com alguma coisa até eu admitir algo que nunca fiz. “Vou fazer tudo ao meu alcance para fazê-la feliz.”


“Mesmo que tenha que se afastar dela?” Caramba, como é que elas conseguem chegar tão perto de mim sem que eu perceba? Madison estava bem atrás do meu ombro direito.


“Se isso a deixar mais feliz, vou me afastar com certeza.”


“E se a machucar?” Dallas perguntou.


“Vou me jogar no Grand Canyon. Mas vou fazer de tudo para que nunca a machuque.”


“E se ela tiver alguma recaída?”


“Vou ajudá-la.”


“E se esquecer de tomar o remédio?”


“Vou lembrá-la.”


“E se se sentir para baixo?”


“Vou alegrá-la.”


“E se precisar viajar para longe por muito tempo a trabalho?”


“Vou ficar esperando ansiosamente.”


“E se ela chorar?”


“Vou abraçá-la e fazê-la se sentir melhor, então irei atrás de quem a fez chorar e espancar.”


“E se ela não quiser mais você?”


“Vou embora.”


Dallas pareceu ficar sem perguntas e eu dei um suspiro discreto. Definitivamente um interrogatório da polícia.


“O que você seria capaz de fazer para alegrá-la?” Porra, Madison!


“Tudo, até mesmo me vestir de banana gigante e dançar oppa gangnam style em cima de uma cama elástica molhada com óleo.” Ok, eu não tenho ideia de onde isso veio.


“O que seria capaz de fazer no meio de uma briga?” Sua voz traia um pouco de diversão com minha resposta anterior.


Acho que ela quer saber se eu iria perder a cabeça e bater nela. “Prefiro lidar com brigas de forma calma, mas, se acabar ficando muito exaltada, jamais iria encostar um dedo nela, se é isso que quer saber.”


“A deixaria chorando no meio de uma briga?”


“Nunca. Não iria sair até que os problemas estivessem resolvidos.”


“E se ela te mandar sair?”


“Então sairei, mas não se ela não pedir.”


“Pode dançar oppa gangnam style vestida de banana em uma cama elástica cheia de óleo agora?”


“Não tenho uma fantasia de banana nem uma cama elástica.” É extremamente difícil manter contato visual com a mãe dela e falar “fantasia de banana” ao mesmo tempo. Ainda mais se eu não estou conversando com ela e sim com sua filha, que está logo atrás de mim, parecendo uma agente do FBI irritada e ameaçadora.


“E se ela começar a se cortar de novo? Ou a beber? Ou a parar de comer?” Agora era sua mãe.


“Eu iria ajudá-la. Da melhor forma possível. Se eu não conseguisse lidar com isso sozinha, iria procurar ajuda. É melhor falar para a senhora agora... Eu tive um problema com drogas no passado. Heroína e cocaína. Até quinze vezes por dia. Não procurei ajuda de forma voluntária, só aceitei o problema quando estava lá dentro cercada de médicos. Não aceitei a ajuda que me ofereciam até que já fosse isso ou a morte. Não vou deixar isso acontecer com ela. Não vou deixá-la chegar ao fundo do poço como eu cheguei.”


Seu olhar vacilou um pouco, mas se manteve firme no meu. “Faria qualquer coisa para não deixar isso acontecer?”


“Qualquer coisa.” Confirmei.


“Mesmo que tenha que fazer algo ridículo como colocar uma fantasia de banana?” Madison de novo.


“Sim. Eu me importo muito com Demi. Gosto muito dela. Acho-a a pessoa mais incrível e corajosa que já conheci. Eu a admiro demais. Como pessoa e como profissional. Ela é gentil, carinhosa, generosa, inteligente e absolutamente linda. Eu sei que sou bem mais velha e que ela poderia se dar melhor com alguém da idade dela. E sei que eu não sou a primeira escolha de vocês para ficar com ela. Mas eu vou ficar, até que ela me mande embora.”


“Porque você gosta muito dela.” Sua mãe afirmou, apesar de parecer uma pergunta.


“Porque eu gosto muito dela.” Confirmei.


Mantivemos o olhar por mais alguns segundos, então ela soltou minha mão e se afastou. “Madison, vá tirar sua irmã do banheiro.”


Franzi a testa. “Vocês a prenderam no banheiro?”


“Como se ela fosse deixar a gente fazer isso se estivesse aqui.” Dallas zombou.


“Antes de ela vir vou deixar as coisas claras.”


“Se eu fizer qualquer coisa errada, vou me ver com você. Acho que já entendi essa parte.”


O canto de seus lábios se contraiu, mas Dianna conseguiu conter o sorriso. “Vai se ver com todas nós. E eu posso não parecer ameaçadora, mas eu sou perigosa.” Dallas falou. Agora fui eu que tive que segurar um sorriso. Ela não parecia ameaçadora, nem perigosa, mas que seja.


“Você parece educada e uma boa pessoa. Ainda não tenho um relatório oficial sobre você. Não me faça buscar os meus contatos, ok? Demi gosta de você.”


“Entendido, senhora.”


“Me chame de Dianna, mas não me faça mudar de opinião sobre isso também.”


“Entendido.”


Segundos depois, ouvi passos pesados se aproximando rapidamente, então Demi entrou na cozinha correndo, mas parou imediatamente quando me viu. Então estreitou os olhos para sua mãe e irmã. “Vocês...”


“Sua namorada parece legal, maninha.” Dallas falou, passando por mim e indo para a sala, onde Madison já estava no sofá.


Demi observou-a partir até que Dallas se jogou no sofá. Demi olhou para mim novamente. “Eu sinto muito por isso. Elas me prenderam no banheiro e...”


“Está tudo bem. Já resolvemos tudo.” Dei de ombros.


Ela sorriu e se aproximou. Demi pegou o chapéu que ainda estava na minha mão e me beijou, colocando o chapéu na nossa frente para tapar a visão de sua mãe. Quando nos afastamos, ela recolocou o chapéu na minha cabeça, então passou as mãos pelo suspensório.


“Está muito bonita.”


“Tinha que impressionar sua mãe, não?” Brinquei.


Ouvi Dianna murmurando: “Com certeza.


Sorri e me inclinei para beijar sua bochecha carinhosamente. “Você está linda.” E era verdade. Ela usava uma camiseta branca da banda Paramore, com uma jaqueta de couro, o que deixava duas vezes mais difícil não olhar para seus seios. Usava também uma calça jeans escura e um salto que a deixava apenas alguns centímetros mais alta que eu.


Demi corou e desviou o olhar, colocando uma mecha de seu cabelo rosa atrás da orelha. Contive minha vontade de suspirar. Ela parecia nunca acreditar quando eu falava que ela é linda. Ok, vou ter que dar um jeito nisso em algum ponto.


Inclinei-me de novo e beijei a ponta de seu nariz. Ela o franziu da maneira adorável que me fazia sorrir de uma forma muito idiota. “Senti sua falta.”


“Também senti sua falta. Como foi sua semana?”


“Falei com alguns amigos e aproveitei o tempo para escrever algumas coisas. Então assisti a última temporada de Friends de novo e fui perseguida por um fotógrafo quando tentei ir ao mercado.” Ela acenou em simpatia para a situação. “E a sua?”


“Fiquei no estúdio e na gravação do programa. Não tive tempo para quase nada. Estou feliz por estar aqui.”


Seu rosto parecia um pouco cansado, então puxei-a para um abraço apertado. Ela suspirou, descansando a cabeça no meu ombro e me abraçando com força. “Acho que você deveria pensar em algo positivo sobre isso.”


“E qual é?” Sua voz estava abafada pela minha camisa.


“Bom, você está mais próxima de terminar outro álbum e logo as gravações acabam e será uma coisa a menos.”


“Mas aí tem o lançamento do meu livro e shows.”


Seu livro? Que livro? Acho que posso perguntar sobre isso depois. “Você gostaria de fazer faculdade nessas horas assim como eu?” Ela riu e concordou com a cabeça. “Ainda tem tempo, você é jovem. Já pensou em faculdade de medicina? Ou algo mais fácil, tipo, computação.”


“O que você escolheria? O que seria se não fosse cantora?”


Pensei por alguns segundos. “Teria feito faculdade de arquitetura ou investido em design gráfico.” Dei de ombros. “Mas não seria tão feliz com a profissão que tenho hoje.”


Ela concordou de novo. “Acho que temos que aguentar as consequências agora.”


“Ah, vai dizer que você não gosta de ficar surda sempre que encontra algum fã. Eu, particularmente, adoro. Inclusive fiz um dos meus primos fazer medicina para ficar na minha equipe e cuidar do meu ouvido. Por algum motivo, ele me abandonou quando ele mesmo ficou surdo ao encontrar um grupo de fãs em uma livraria. Nunca entendi o que aconteceu naquele dia.”


Demi riu e se afastou, me dando um selinho demorado. “Eu sabia que ficaria melhor quando você começasse com suas piadas.”


“Eu tenho uma bem melhor. Bom, na verdade foi Christian que inventou, mas eu patenteei como minha. Ah, falando nele, seus pais vão ficar hospedados na sua casa para ‘confirmar sua estabilidade mental’.” Ela riu novamente.


Eu ia falar algo mais, mas meu celular começou a tocar, por sorte eu havia deixado no silencioso, porque seria um tanto constrangedor que ouvissem a música de toque. Olhei o identificador e suspirei. É claro que ela não ria aguentar até amanhã.


“Com licença.” Falei. Estava indo lá fora para atender, mas Demi continuou me abraçando, então tive que atender ali mesmo. “É bom que isso seja importante.”


“Nossa, olá para você também.”


“Você sabe que estou ocupada essa noite.”


“É, eu sei. Eu queria perguntar algo. Eu liguei para Christian e sua mãe atendeu. Ela falou algo sobre mudança de sexo e me pediu para avisar você que tem o número de um médico excelente para curar seu problema. Pode me explicar o que isso significa?”


“Agora não é uma boa hora para falar sobre isso.”


“Eu preciso saber sobre o que ela está falando, porque ela fica me ligando a cada cinco minutos.”


“Não importa. Apenas diga que Christian mentiu.”


“Mentiu sobre o que?”


“Apenas fale.”


“Você parece mal humorada.”


“Estou tentando causar uma boa impressão aqui e você não está ajudando. Então, por favor, não ligue mais.”


“Tudo bem, tudo bem. Mas me ligue amanhã. Boa noite e boa sorte, Ken.”


“Que seja. Boa noite, Barbie.”


Desliguei o celular e guardei-o rapidamente. “Desculpa por isso. Alguma crise de pelanca de Christian de novo.” Brinquei.


Demi sorriu, mas percebi que não chegou até seus olhos como sempre. “Você o chama de Barbie?”


Ah, claro, ela está se dedicando ao espanhol. “Não. Era Anahi. Queria saber por quê os pais de Christian estão surtando e ligando para ela a cada cinco minutos. E eu a chamo de Barbie porque ela parece uma. Ou parecia, quando era mais nova. Mas o apelido ficou.” Dei de ombros.


A puxei para outro abraço e respirei seu cheiro inebriante. “Você deu um apelido para todos?”


Ah... Meu... Deus... Isso que estou detectando é ciúmes? “Sim. E todos deram um apelido para mim. Um mais detestável que o outro, se posso acrescentar.”


“Como te chamam?” Pelo menos sua voz agora parecia divertida.


“Candy, Ardilla, Chucky, Pollita e Ken.” Ela riu e eu sorri para o som adorável. “Eu sei, eu sei. Não são apelidos que você quer que usem em público. Christian e eu somos os gênios dos apelidos constrangedores.”


“Como você o chama?”


“Pollito, que é pintinho em espanhol.”


Demi riu novamente. “E te chamam de Pollita por quê?”


“Porque éramos praticamente inseparáveis depois que nos conhecemos. Onde um estava o outro estava junto. Só funcionávamos em dupla. Por isso.” Dei de ombros e fiquei na ponta dos pés para beijar o topo de sua cabeça. “Vou pensar em algo igualmente constrangedor para você.”


“Eu deveria ter medo?”


“Eu chamo Christopher de Uckerzito, você que sabe.”


“Sim, eu devo ter medo.”


Sorri. “Não pode ser pior que os meus. Não sei por quê eu fui a única que não ganhou apelidos parecidos com o nome. Me senti descriminada. Com exceção de Poncho, e Maite quando quer ser séria, todos me chamam de algo constrangedor. É por isso que eu os constrangi de volta.”


Demi acenou em acordo. “Faz sentido.”


“Obrigada. Você é a primeira que concorda.”


Ela sorriu e segurou minha mão. “Vamos para a sala enquanto minha mãe termina aqui.”


Me virei para Dianna, que nem tentou esconder o fato que estava de olho em tudo que eu fazia. “Precisa de ajuda, senh... Dianna?”


“Demi me disse que você cozinha muito bem.” Dei de ombros. “Talvez uma outra vez... se houver.”


“Mãe.” Demi sussurrou urgente. “Chega. Ok, vamos lá.” Ela me puxou rapidamente para fora da cozinha e suspirou. “Eu realmente sinto muito.”


Apenas sorri e entrelacei nossos dedos. “Para o caso de eu me perder.”


Ela me deu seu sorriso mais alegre, que fazia meu joelho virar gelatina. O sorriso pelo qual eu daria meu coração para vê-lo. É por isso que eu continuo com essas desculpas fracas, apenas para vê-la se divertir com elas e ver seu sorriso, seu lindo sorriso.


Demi me levou até o sofá que não estava ocupado por suas duas irmãs e sentou ao meu lado, sem soltar minha mão. “Você pode me ensinar um palavrão em espanhol?” Madison perguntou.


Dallas revirou os olhos. “Madison, por favor, não. Chega de palavrões.” Ela lançou um breve olhar acusatório para Demi, que apenas sorriu. “E eu estou de olho nas suas mãos, nada de avançar.” Ela me avisou. A mão que não estava entrelaçada com a de Demi estava no encosto do sofá, então não sei como eu poderia avançar, mas não queria falar isso para ela. “E não estou falando só de agora, mas para o futuro também.”


“Dallas!” Demi exclamou. “Será que vocês podem parar com isso?”


“Estou apenas te protegendo.” Dallas se defendeu. “Não quero as mãos dela perto de lugares perigosos em você.”


“Obrigada pela preocupação, mas você vai ficar de fora nesse assunto. Eu vou decidir se e quando ela pode colocar as mãos em ‘lugares perigosos’.” Ok, elas estão falando como se eu não tivesse aqui ouvindo tudo e me sentindo muito ameaçada com toda a história.


“Vou manter minhas mãos longes.” Afirmei.


“É bom mesmo.”


“Dallas, já chega.”


“Demi, eu sou a irmã mais velha, tenho que cuidar de você. Acha que vai ser diferente quando Maddie trouxer o namorado dela? Na verdade, vai ser dez vezes pior, porque você vai fazer exatamente o que estou fazendo agora. Então, deixe-me dar todos os avisos para que eu não precise cortar suas mãos depois sem que ela saiba o motivo.”


“Você não vai cortar as mãos de ninguém.”


“Que seja, só estou dizendo que as mãos só podem ficar no meio das costas, não mais pra baixo, não mais pra frente, não muito pro lado.”


“Nós vamos lá fora. Pra mim chega.” Demi levantou e me levou até a porta que levava ao jardim.


“MÃOS NAS COSTAS!” Ouvi Dallas gritar. Deixei Demi passar primeiro. “VOCÊ ACABOU DE OLHAR PRA BUN.DA DELA?! VOU ARRANCAR SEUS OLHOS TAMBÉM!”


Demi me puxou para fora e fechou a porta. “Não posso nem expressar o quanto eu sinto muito por isso.”


“Hey, ela só estava me avisando.” Brinquei. Ela me deu um pequeno sorriso. “E eu não olhei para sua bun.da, vou deixar isso bem claro.”


Ela riu e me abraçou de novo. Meu Deus, seus abraços salvariam o mundo de uma catástrofe iminente. “Você é incrível.”


Você é incrível, o que me deixa incrível também, por causa da proximidade.”


Foi quando ela me olhou, com os olhos brilhando, seu sorriso lindo enfeitando sua feição, no brilho fraco da lua que mal iluminava o jardim, que percebi que já estava apaixonada.



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Autor(a): chavinonyportinon

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Ka_oliveira: Barbie e Ken é pra fazer a cabeça rodar mesmo, né? Kkkkkk Baby.mello18: Opa, Lovatic =), espero que continue gostando kkk Dannyk: aí depois vem e diz que EU sou convencida. “Aceite que sua vida é melhor comigo”, mas olha só... kkkkkk Aceite VOCÊ que sua vida é mais alegre por minha causa kkkkkk ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 166



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  • dulvatoforever Postado em 23/08/2015 - 02:50:17

    Eu anei do começo até o fim ja li ums 15 vezes e vou ler muito mais😍😍. Por favor 🙏faz mais fanficfa Dulvato

  • dannylove Postado em 07/08/2015 - 16:55:46

    eu ainda não havia visto uma fic com Dulce e Demi como casal, mas deu muito certo. É uma história muito boa, que fala do amor entre duas pessoas, amor pela família, pelos amigos e claro superação. Parabéns!!!

  • dannylove Postado em 18/05/2015 - 11:29:03

    A fic está bem interessante. Pobre Dulce como está sofrendo:(

  • caiocoelho22 Postado em 15/04/2015 - 05:41:36

    Mano, eu acabo de ler e já tenho vontade de começar tudo outra vez... É viciante! <3

  • caiocoelho22 Postado em 10/04/2015 - 10:29:37

    E vamos ler pela 5° vez <3

  • Miihzinhx Postado em 08/04/2015 - 02:07:37

    Sobre essa familia ? PERFEIIIITA <3 Assim como a sua fic,ok..ainda vai demorar um pouco pra mim superar esse fim...Ameei demais essa fic.Graças a você eu shippo em Dulvato agora,suas fics são sem sombra de duvida,as melhores ... Obg por lembrar de mim nos agradecimentos kkkkk .. Cara,já falei que essa fic é perfeita? Pois é,ela é perfeita e essa familia é tão cuuut <3 <3 Realmente me apaixonei por essa fic.. vou esperar mais fic suas ok ? .. Obrigada por criar essa fic e me fazer shippar nesse casal mais que perfeito.. Parabéns *------* Você merece aplausos de pé heuheu .. Bjooos,espero comentar outra fic Dulvato em breve u.u

  • portinonj Postado em 05/04/2015 - 23:43:29

    Tá legal que eu amei a web do começo ao fim! Cara, você me fez ler a web desde o começo umas 4 vezes enquanto eu aguardava por mais capítulos. kk. Eu devo saber cada detalhe da web de cor! Eu realmente amei essa fic! Parabéns, de verdade! Eu aguardo por mais webs Dulvato! <3

  • Dannyk Postado em 05/04/2015 - 14:39:40

    Você sabe como eu fico quando como bolachas ... eu simplesmente engasgo e desapareço kkkkkkkkkkkkkk - AAAAAAH DE NADA, EU SEI QUE A MINHA PRESENÇA TE INSPIROU MUITO !!!!!!!!!!!! - Ok, vamos ficar sérias (nem tanto pq eu sou eu) A D O R E essa fic ! Tipo, de verdade mesmo, eu achei que eu era a única louca que shippava Demi e Dul mas você me provou mais uma vez que eu não estou sozinha no mundo ! Parabéns por essa fic ! Ficou demais e muuuuito diva (quase tanto quanto eu) PS : ESPERANDO OS ONE SHOT'S DULCE X NIKKI PSS : Até a próxima moça !

  • anadulcetes2 Postado em 04/04/2015 - 17:12:32

    Tututu eu to ficando loca, minha fanfic predileta ta acabando e eu já tou chorando

  • portinonj Postado em 04/04/2015 - 10:43:05

    Mais uma pequena pra família! Own *-*' Continua!


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