Fanfic: Made In The USA (DulcexDemi) - Finalizada | Tema: Dulce Maria, Demi Lovato

DemiPOV

Fazia um bom tempo que eu não ficava bêbada. Mas o sentimento era o mesmo. Mal podia sentir minhas pernas, tudo parecia muito engraçado, as palavras saiam enroladas e eu perdia completamente a descrição.

Não lembro exatamente como conseguiram me convencer a sair da boate, mas foi uma ótima ideia. O som no carro de Dulce estava mais alto que o confortável, mas ela não reclamou, nem quando comecei a cantar junto com as músicas, errando o ritmo e a letra várias vezes.

Ela ainda teve que me ajudar a sair do carro e só percebi onde estávamos quando entramos na casa. Era sua casa. Dulce me ajudou a subir as escadas até seu quarto, o que me fez rir de algo que só eu achei incrível.

“Eu vou achar algumas roupas para você usar.”

“Acho que não vou precisar de roupas.” Murmurei tentando usar uma voz sensual. Claro que não funcionou, porque eu estava muito bêbada.

Dulce balançou a cabeça. “Vou procurar as roupas.” Falou depois de alguns segundos. A impedi, puxando-a para um beijo bêbado desajeitado e tentei puxar sua camiseta para cima, mas suas mãos agarraram as minhas e ela tentou se afastar. “Não sei se é uma boa ideia fazer isso.”

“É uma ótima ideia. Eu quero você.”

Ela se afastou totalmente quando tentei beijar seu pescoço. “Vou procurar as roupas.” Repetiu.

“Por que?” Reclamei enquanto ela se afastava.

“Porque você vai se arrepender disso pela manhã e eu já disse que não quero que você se arrependa de nada.” Ela voltou segurando um calção largo e uma camiseta de um time de futebol do México. “Coloque isso e vá dormir um pouco, tenho certeza que está cansada.”

DD-DD-DD

Ao contrário da maioria, eu costumo me lembrar de tudo quando fico bêbada. Por isso, eu sabia que Dulce havia me impedido de fazer algo que eu iria me arrepender. Eu não ia me arrepender de dormir com ela, mas de fazer isso bêbada, sim.

Eu estaria muito tocada pelo gesto, se não fosse o latejar insistente na minha cabeça. “Tome isso, vai melhorar.” Mesmo sua voz suave fazia minha cabeça pulsar.

Gemi e abri os olhos devagar. Ela estava em pé ao lado da cama, segurando um copo de água e dois comprimidos. Tomei rapidamente e me joguei de volta na cama. “Que horas são?”

“Meio dia. Liguei para seu agente e disse que você não está se sentindo muito disposta hoje.”

Acenei em agradecimento e olhei-a novamente. “Por que ainda está usando as roupas de ontem?”

“Dormi no sofá.” Ela deu de ombros. “Acha que consegue comer alguma coisa? Posso fazer um omelete ou algo mais leve, se preferir.”

“Estou enjoada. E por que dormiu no sofá?”

“Não sabia se iria me querer aí com você e você desmaiou antes que eu tivesse a chance de perguntar.”

Suspirei. “Desculpa.”

“Está tudo bem, meu sofá é confortável.”

“Estou falando sobre tudo. Por ficar bêbada, por te expulsar da sua cama, por você ter que cuidar de mim... E por ter tentado te agarrar ontem.”

Dulce sorriu. “Então se lembra disso?”

“Eu sinto muito.” Cobri meu rosto com as mãos e gemi em derrota. “Não sei o que deu em mim.”

“Está tudo bem, sério. Eu sei que não ficamos em plena consciência nessas condições.”

“Obrigada.”

“Sem problemas.”

“Estou falando sobre me parar.” Ela me olhou por alguns segundos, antes de acenar em acordo. “Você não tirou proveito de mim. Eu estava me jogando em você, completamente bêbada e, mesmo assim, você não tirou proveito disso.”

“Eu não faria isso com você.” Dulce fez uma pausa, onde parecia se decidir sobre falar ou não algo. “Eu falei sério aquele dia. Eu te amo, Demi. E não faria nada que fosse te machucar.”

Fiquei olhando-a diretamente nos olhos, com medo de quebrar o momento se falasse qualquer coisa. Aquela não era a primeira vez que alguém que não era da minha família falava aquilo, mas foi a primeira vez que eu acreditei. E eu sei que eu devia ter dito imediatamente que também a amava, mas minha boca simplesmente não se abria.

Ela limpou a garganta quando o silêncio se tornou insuportável e olhou ao redor. “Eu vou... Bom, vou preparar algo para você comer. Vai fazer você se sentir melhor.”

Dulce se virou para sair, mas eu estiquei meu braço mais rápido que eu sabia ser possível e segurei seu pulso. “Espera.” Falei.

Ela se virou para mim novamente, com uma sobrancelha levantada. “Sim?”

Fiz um esforço tremendo para sentar na cama, tentando ignorar a dor na minha cabeça que parecia prestes a explodir, e pendurei minhas pernas para fora da cama, puxando-a para mais perto de mim. “Não estou mais bêbada.” Essa é uma ótima forma de começar, Demetria? Você fritou seus neurônios ontem?

Dulce franziu a testa. “Eu não devia ter deixado você beber tanto ontem. Foi um pouco irresponsável da minha parte.”

Suspirei e virei a palma de sua mão para cima, traçando linhas tortas pela superfície suave. Não sei como dizer aquilo, eu já havia me arrependido tanto de ter dito aquelas três palavras antes. Mas lá estava ela... Ela cuidou de mim, me ensinou coisas bobas, fez coisas bobas para me fazer sorrir. E então lá estava ela ontem a noite. Eu estava bêbada e querendo sexo, mas, mesmo assim, ela não fez nada, não se aproveitou e ainda dormiu no sofá para que eu não imaginasse coisas. Dulce merecia alguém bem melhor que eu, e, ainda assim, estava ali comigo.

De repente, uma ideia me surpreendeu e eu olhei ao redor freneticamente. Lá! Uma caneta na mesinha ao lado da cama, em cima de um pequeno caderno. Peguei a caneta, tirei a tampa e deixei a ponta deslizar pela sua pele. Era quase idiota o que eu estava fazendo, mas era o único jeito de fazer aquilo.

Tampei sua visão enquanto escrevia, então pressionei um beijo suave em sua mão e deixei-a ver o que escrevi. Era simples e as palavras estavam meio tremidas, mas estava lá, brilhando em sua pele. I Love You.

Seus olhos, que brilhavam de lágrimas não derramadas, olharam para mim novamente e brilhavam com uma felicidade intensa. Ela abriu um largo sorriso antes de me beijar. Deixei a caneta escorregar pelos meus dedos e cair no chão do quarto, colocando minha mão em seu rosto. Com a outra, puxei-a para cima da cama pela camiseta.

O beijo começou apaixonado, mas logo se tornou aquecido. Puxei sua camiseta para cima e, dessa vez, ela me deixou tirá-la. “Pode não ser uma ideia muito boa.” Ela murmurou, distribuindo beijos pelo meu pescoço.

“Eu discordo.”

Senti um sorriso contra minha pele, então seus olhos voltaram aos meus. “Tem certeza que quer fazer isso? Podemos esperar mais.”

“Nunca tive tanta certeza de algo antes.” Respondi imediatamente.

Ela parecia procurar algo em mim, dúvidas talvez, mas não encontrou nada, porque voltou a sorrir. “Certo.”

“Verdade ou desafio?” Por que você insiste em perguntar isso, cérebro?!

“Desafio.”

Abri um sorriso para sua resposta. Era isso que eu estava esperando. “Eu te desafio a me mostrar seu amor.”

Não foi preciso um segundo pedido. Suas mãos ágeis tiraram a camiseta que havia me emprestado ontem e a vi jogar a peça por cima do ombro. Minha calça foi a próxima a sumir por trás de seu ombro e, de repente, me senti exposta demais.

Tentei afastar esse sentimento puxando seu cinto rapidamente para desfazê-lo, então o joguei para o lado e desfiz os botões rapidamente, abaixando a peça logo depois. Ela me ajudou a tirar sua calça e jogá-la para um lado, então deitou em cima de mim, tendo cuidado para não apoiar todo seu peso, e beijou meu pescoço.

Gemi ao senti-la chupar minha pele com força e deixar uma marca. Sua mão passou lentamente pela minha coxa, até chegar ao fecho do meu sutiã. Senti meu corpo inteiro arrepiar e suspirei quando ela deslizou a peça rendada pelos meus braços...

DD-DD-DD

Ainda podia sentir seus dedos dentro de mim e seus lábios contra meu clitóris, mesmo após meia hora. Estávamos deitadas em sua cama, abraçadas com força, com sorrisos idiotas no rosto.

Nunca havia me sentido assim. Tão desejada, tão amada. Ela sabia de minha insegurança com meu corpo e sussurrou o quanto me acha linda até que eu acreditasse nisso. Então percorrer meu corpo com as mãos e lábios com tanta adoração, que trouxe lágrimas aos meus olhos.

Lembro-me com perfeição quando Dulce tomou meus mamilos nos lábios, me fazendo gemer alto, de como meu baixo ventre fervia quando seus dedos entraram em mim. E então me lembro de seus gemidos altos quando repeti seus movimentos, sem ter ideia do que fazer, mas seguindo meus instintos.

Era tudo muito vivido em minha mente e continuei sonhando com isso quando adormeci novamente.